quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Escolas: mais despesa, menos verbas.

Já se previa que o cinto era para apertar, mas com o aumento das despesas e a diminuição do financiamento, onde vai parar a Educação?

É um extracto de uma notícia do Público:

"Escolas têm mais despesas, mas vão ter menos dinheiro já a partir de Janeiro

A partir do próximo mês, o orçamento de funcionamento das escolas do ensino básico e secundário vai ser reduzido em 5,5 por cento. A medida faz parte do pacote de "consolidação orçamental" elencado num diploma que foi publicado, segunda-feira, em Diário da República.

Os directores de escola alertam que muitos projectos poderão ser interrompidos
O corte estava previsto no Orçamento do Estado para 2011, mas a sua dimensão, que só agora foi conhecida, surpreendeu os directores das escolas.

"É muito. Fiquei espantado", disse ao PÚBLICO o presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Adalmiro Fonseca, que confessa estar "muito preocupado" com as consequências: "É uma redução que não vai ser possível para as escolas. Já agora a ginástica que se tem de fazer para honrar pagamentos é tremenda. Não sei como vou conseguir suportar a factura da electricidade, do telefone e da água. E é provável que, em muitas escolas, a maior parte dos projectos que têm vindo a ser desenvolvidos seja interrompida".

Adalmiro Fonseca, que é director da Escola Secundária de Oliveira do Douro, lembra que vão ter que viver com menos dinheiro numa altura em que as despesas estão a disparar. Os estabelecimentos que foram sujeitos a obras terão que pagar rendas à empresa Parque Escolar - cerca de 500 mil euros em 2011 - e a climatização das escolas mais do que duplicou a factura da electricidade. "Só nos faltava mais este corte. Não auguro nada de bom para as escolas no próximo ano", confessa Adalmiro Fonseca."


E é assim que estamos...

Abraço!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Educação: o que é preciso?

"Educação: Os desejos para 2011


Sara R. Oliveira no site educare.pt

Professores desejam mais tranquilidade, escolas com mais autonomia, alunos motivados e famílias atentas aos sucessos e insucessos dos filhos. Dirigentes sindicais defendem uma educação de qualidade para todos.

O calendário segue o percurso dos dias e há desejos que sobressaem com o aproximar de 2011. O primeiro período das escolas terminou, as notas foram atribuídas, o segundo começa no início do novo ano. É tempo de análise. Para 2011, os professores pedem paz. Querem mais tempo para investir nos alunos e menos horas a preencher papelada. Querem menos instabilidade e escolas mais autónomas, com uma maior margem de manobra para apostar na competência. O ano de 2011 está à porta, é hora de fazer desejos.

Paula Canha, professora de Biologia e Geologia da Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, em Odemira, distinguida pelo Ministério da Educação com o Prémio Inovação há dois anos, deseja que em 2011 não se façam leis a pensar nas estatísticas de final de ano ou no orçamento que entretanto emagreceu. "O que desejo para a educação no próximo ano é um ministério que legisle apenas a pensar em longo prazo, em gerações bem formadas para o futuro", refere. A esperança faz parte do seu discurso. "Gostaria que todas as dificuldades por que estamos a passar não desalentem os professores sérios e empenhados, que eles continuem a achar que vale a pena, e que a falta de perspectivas de futuro não faça desanimar os alunos, mas os empenhe ainda mais num trabalho sério e criativo".

A professora deseja também escolas com verdadeira autonomia, que tenham nas mãos a escolha dos docentes e do restante pessoal pela sua competência. "E não uma falsa autonomia que passa para a responsabilidade da escola apenas algumas batatas quentes". Paula Canha gostaria de ver a classe docente a investir mais nos alunos e que os professores não passassem horas e horas em reuniões "a preencher formulários e a produzir planos e projectos sem fim", bem como famílias mais responsabilizadas pelos sucessos e insucessos dos filhos. "E alunos com mais vontade de construir o seu futuro com as suas próprias capacidades e trabalho."

Para Luís Sottomaior Braga, do agrupamento das escolas de Darque, em Viana do Castelo, e professor de História, é preciso, acima de tudo, saber o que se quer. "Estratégia em educação é a procura do bem comum e bem comum não é o bem do Governo. É pensar a 15 anos e não no horizonte do próximo PISA." Paz é um dos seus desejos. "O Governo, com Maria de Lurdes Rodrigues e seus acólitos e sucessores, apostou numa estratégia de confronto e divisão", recorda.

Na sua opinião, os problemas que o sector atravessa passam para o exterior como sendo culpa dos docentes. "Esse maniqueísmo bloqueador - fruto de marketing a mais e gestão a menos, na definição de políticas a nível superior - é uma das coisas que é urgente mudar". Motivar também é preciso e Luís Braga destaca essa componente. "A motivação dos agentes educativos preserva-se à força de sentirmos os nossos deveres como acções de interesse público. Essa motivação para o dever de educar e de contribuir para o interesse educativo é uma das coisas que se deve manter, apesar de a barca estar no meio da tempestade dos mercados e sofrer os embates das medidas desesperadas que agora se tomam", refere.

A crise não passa ao lado. Crise que, em seu entender, também atingiu a comunidade educativa, atacando, sustenta, de "forma corrosiva". "Corroeu solidariedade, motivação, perspectivas de longo prazo e sentimento de futuro". E a resposta surgiu com "visões de 'bola de sabão' ao nível das políticas macro e repercussão do desânimo nos agentes abaixo do nível central: escolas, pais, alunos, etc.". Por tudo isso, Luís Braga deseja uma mudança estrutural de espírito para que, explica, "os espíritos que conjunturalmente lutam continuem a fazê-lo".

Paulo Guinote, professor de História e de Português e autor do blogue "A educação do meu umbigo", gostaria que a educação "não se tivesse tornado o campo privilegiado para as experiências orçamentais do Governo", mas que se "mantivesse o pouco que resta de hábitos de companheirismo nas escolas". "Neste momento, gostaria que mudasse o clima de absoluta ansiedade que se começa a viver nas escolas, em relação à indefinição que existe em muitas áreas do sector, desde a reorganização do currículo à concentração da rede escolar, passando pela forma 'feudal' em que passou a ser gerida a educação, sem que pareça existir um centro decisor próprio", afirma.


Governantes "iluminados"

Políticas responsáveis e governantes "iluminados" que cuidem bem da educação e do país. Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), deseja que em 2011 os responsáveis políticos ponham a mão na consciência para que "percebam o mal que estão a fazer às escolas e à educação". Algumas medidas constantes no Orçamento do Estado para o próximo ano, relativamente ao sector, têm merecido duras críticas dos dirigentes sindicais e Mário Nogueira não tem dúvidas que terão consequências "ao nível da própria qualidade de ensino". "Além disso, "terão um impacto no desemprego: milhares de professores virão para a rua", sustenta. Para 2011, o porta-voz da FENPROF não deseja bens materiais. Mas sim "um anjo da guarda que fizesse aquelas cabeças pensantes terem a noção de que, de facto, as medidas vão ficar para a História como o maior atentado que foi feito à educação e ao ensino do país".

João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), deseja que os princípios da coesão social não fiquem esquecidos durante o próximo ano. "Que se trabalhe no sentido de uma educação de qualidade para todos, que se combata o insucesso escolar e que se valorize e dignifique os trabalhadores da educação", afirma.

João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), tem vários desejos para 2011 na área da educação. Gostaria que o sector deixasse de funcionar "como um palco de afirmação política" e que se empenhasse no que interessa, ou seja, na "valorização da Educação". "Que o ano de 2011 não fique marcado como o 'ano horribilis' do desemprego para os professores, com as medidas que se desenham", avisa. O responsável gostaria de assistir à estabilização das políticas educativas, para que o consenso educativo fosse, de facto, uma realidade.

No próximo ano, a ANP vai insistir na auto-regulação da profissão. João Grancho considera este ponto fundamental. A ideia é que a classe docente tenha uma entidade representativa para cuidar dos assuntos que lhe dizem directamente respeito. Para cuidar da dignidade. Este é um dos assuntos que marcará a agenda da ANP em 2011."

Quanto disto se vai tornar realidade?

Abraço!

domingo, 26 de dezembro de 2010

CNE - Reorganização Curricular Do Ensino Básico (de novo)

Desta vez transcrevo uma notícia do JN. Aumentei a letra em porções do texto onde se destacam as seguintes ideias:

- Alteração simplesmente económica, com falta de fundamentação pedagógica;

- CNE é um orgão plural e competente, não é "conversa" de sindicato ou de professores revoltados;

- Urgência em rever a carga horária, o número de disciplinas, os programas e os ciclos de ensino;

- Ministério das Finanças não vai ter em conta este documento e

- Em Janeiro já se vão sentir os cortes no orçamento (Em Setembro vão-se sentir os cortes no número de docentes).

Mesmo sendo optimista por natureza, desta vez não o consigo ser. as espero ser uma daquelas situações em que é mesmo melhor estar errado...


"Conselho de Educação rejeita reorganização curricular



O Conselho Nacional de Educação aprovou, por unanimidade, dois pareceres que criticam a reorganização curricular do ensino básico e secundário, proposta pelo Governo. Os professores garantem que não sabem como as escolas vão funcionar a partir de Setembro.

"Trata-se de uma alteração curricular que, na sua essência, é determinada por critérios económicos e não por questões educativas e pedagógicas", lê-se no parecer referente à reorganização do ensino básico. Os conselheiros consideram "discriminatórias" as limitações a Estudo Acompanhado, "perigosa" a redução de dois para um dos docentes de Educação Visual e injustificada a eliminação da Área Projecto.

Os dois documentos, apurou o JN, foram aprovados por unanimidade pelo CNE, órgão consultivo do Ministério da Educação (ME) com representatividade plural, já que inclui membros nomeados pelo Governo e grupos parlamentares, sindicatos, Associação de Municípios e confederação de pais, além de associações do ensino privado, superior e de juventude. A rejeição à reorganização proposta pelo ME transmite, por isso, alegam dirigentes ao JN, a posição do sector. O problema, insistem, é que o "Ministério das Finanças não terá em conta o parecer" e face aos cortes orçamentais - que, garantem os sindicatos, podem conduzir ao despedimento de 30 mil docentes, no próximo ano lectivo - as organizações não sabem como as escolas vão funcionar a partir de Setembro.

Nos pareceres, o CNE acusa a tutela de propor alterações "pontuais ou desconexas" e "sem fundamentação", especialmente pedagógica. "Não deve ser o caminho a seguir no sistema educativo português", sublinham os conselheiros, apelando "à tomada de medidas devidamente sustentadas por estudos de avaliação das práticas" curriculares.

Os presidentes da associação de directores (Andaep) e do Conselho de Escolas (CE), e os líderes da Fenprof, FNE e Sindep defenderam ao JN que urgente seria uma revisão global do sistema, que abrangesse a carga horária dos alunos, o número de disciplinas, programas e até reorganização dos ciclos de ensino. João Dias da Silva, da FNE, considera mesmo que a Lei de Bases do Sistema Educativo deve ser revista.

Manuel Esperança, presidente do CE, garante não estar previsto os directores pronunciarem-se sobre a proposta, porque o ME não pediu parecer ao órgão (também consultivo). No entanto, frisou, o Conselho de Escolas tem dois representantes no CNE.

O secretário-geral da Fenprof insiste nas contas: só as alterações curriculares propostas (eliminação da Área Projecto, reduções do Estudo Acompanhado e Educação Visual) podem determinar despedimento de 12 mil docentes. A partir de Janeiro, as escolas vão sentir o corte nas verbas de funcionamento, previstas no Orçamento de Estado, mas após as férias sentirão a redução de docentes. "Vai ser muito violento. Não sei como as escolas vão funcionar", diz Mário Nogueira.

Confrontado com o parecer pelo JN, o ministério rejeitou comentar a posição do CNE ou revelar quando pretende aprovar a proposta em Conselho de Ministros. Fonte oficial garante, porém, que vai "considerar o parecer, no âmbito das decisões que tem de tomar"."

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O que mais poderia ser?

Na véspera da véspera de Natal deixo-vos os meus votos de Boas Festas e um muito obrigado a quem permitiu que este blogue atingisse (mais do que - a qualquer momento) 3000 visitas.

Não exitem, comentem, critiquem, sugiram - aceito o que servir para eu melhorar!

Abraço!


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

CNE - Reorganização Curricular Do Ensino Básico

Há mais, no blogue de Paulo Guinote. Mas destaco:

"As medidas de alteração do Decreto-lei nº 6/2001, de 18 de Janeiro, não deveriam ser uma sequência directa de restrições orçamentais, já que o investimento em educação torna-se prioritário, sobretudo quando é reconhecida a melhoria dos resultados escolares, com base em estudos avaliativos internacionais (Estudo PISA 2009) e a partir de análises que têm sido feitas pela OCDE. O CNE considera, por isso, que as áreas curriculares não disciplinares tiveram, ao longo da década de 2000, um papel significativo na aquisição e desenvolvimento de competências dos alunos e que a sua redução representa uma revisão que atinge o elo mais fraco da organização curricular. Trata-se, assim, de uma alteração curricular que, na sua essência, é determinada por critérios económicos e não por questões educativas e pedagógicas."

Querer mais resultados com menos recursos... os euros falam mais alto e continuamos a cortar as pernas à educação, a alavanca da sociedade! Assim vai ela, a mancar...

Enfim...

Abraço!

Contra a violência sexual sobre as crianças

Outra notícia no educare.pt de leitura importante.

É bom saber que se tomam medidas, e parece que estas são adequadas, embora se saiba que lidar com esta questão pode sempre gerar polémicas.

Criaram um regra muito boa e fácil de passar:  não deixes que mexam nas partes cobertas pela roupa interior!

Pena não ser traduzido para português.

"Conselho Europeu criou um site para desenvolver uma campanha de luta contra a violência sexual sobre as crianças. Para que os mais pequenos, dos 4 aos 7 anos, aprendam a estabelecer limites e a denunciar abusos.

O filme é pequeno, mas a informação está lá e os desenhos foram criados a pensar nos mais novos. Uma grande mão faz festinhas na cabeça de um boneco, que representa uma criança. Faz-lhe cócegas e ouvem-se gargalhadas. Até que a mão fica atrevida e tenta tocar na roupa interior. A resposta é não. Nas partes cobertas pela roupa interior, não é permitido mexer. Esta é a regra da roupa interior.


O anúncio é um dos meios utilizados por uma campanha que o Conselho Europeu lançou contra a violência sexual sobre crianças. O objectivo é ensinar os mais pequenos, entre os 4 e os 7 anos, a estabelecer limites e a denunciar abusos. Melhorar a cooperação internacional na captura de pedófilos é também um dos propósitos da iniciativa. Até porque, segundo Maud de Boer Buquicchio, subsecretária do Conselho Europeu, "uma em cada cinco crianças é vítima de abuso sexual" na Europa. É essa dura realidade, "Uma em cada cinco", que baptiza a campanha alojada num site com várias informações disponíveis.

A iniciativa tem ainda um livro em que é revelado o nome do boneco do anúncio televisivo. Kiko volta a aparecer com a mão numa versão mais longa do que no vídeo. E quando Kiko diz que não se pode tocar na roupa interior, a mão dá-lhe os parabéns e aconselha-o a não guardar segredo se alguém tentar tocar-lhe. "Aqui não se toca" é a mensagem que se quer transmitir.

O assunto é sério e é fundamental que os mais pequenos percebam e saibam estabelecer fronteiras. "Todos os dias, crianças são vítimas de abuso, frequentemente cometidos por pessoas nas quais confiam: pais, professores ou figuras de autoridade", sublinhou Maud Buquicchio. Além do site, disponível em inglês, francês e italiano, a campanha tem também cartazes para que a mensagem passe. Os pais e as escolas não ficam à margem desta iniciativa e, nesse sentido, o Conselho Europeu vai distribuir um kit de documentação que aborda os meios de prevenção de abusos sexuais. É importante que os mais velhos saibam lidar com a questão para que os mais novos sintam que podem confiar nos adultos. A vigilância é importante e é necessário decretar tolerância zero face à violência sexual contra os mais pequenos.

"É muito importante que não se chateie com o seu filho e que não o faça sentir que fez alguma coisa de errado". Este é um dos conselhos lançados para que os interrogatórios intimidatórios não aconteçam. Os pais devem saber explicar aos filhos que ninguém pode tocar no seu corpo sem a sua autorização e que há bons e maus toques. A campanha lembra ainda que os maus toques podem acontecer em qualquer idade. "Uma boa comunicação com as crianças é a chave", aconselha-se. O que implica abertura, determinação e um ambiente amigável.

A campanha explica, por outro lado, o que fazer em caso de suspeitas. Como reagir, como procurar ajuda. É importante não ficar zangado com a criança, nem fazê-la sentir que fez alguma coisa de errado. Pode-se perguntar quando e com quem, mas nunca porque isso aconteceu. "Tente não ficar aborrecido em frente ao seu filho. As crianças podem facilmente sentir-se culpadas e podem guardar informação". Procurar ajuda técnica é também um dos caminhos a seguir. A informação do site foi desenvolvida por profissionais de vários países, que tiveram em linha de conta diversas campanhas desenvolvidas pelo mundo.

Informações:

http://www.underwearrule.org/ "
 
Abraço!

Quatro em 300 escolas avaliadas com "muito bom" em todos os domínios

É uma notícia do educare.pt

"Apenas quatro das 300 escolas sujeitas a avaliação externa no último ano lectivo obtiveram a classificação de "muito bom" em todos os domínios analisados, segundo dados a que a agência Lusa teve hoje acesso.


De acordo com um relatório da Inspecção-Geral de Educação, no ano lectivo de 2009/2010 foram avaliados 233 agrupamentos e 67 escolas não agrupadas, tendo em conta cinco parâmetros: "resultados", "prestação de serviço educativo", "organização e gestão escolar", "liderança" e "capacidade de auto-regulação e melhoria". 
Questionado pela agência Lusa, o Ministério da Educação revelou que quatro unidades de gestão alcançaram a classificação de "muito bom" nos cinco domínios: Agrupamento de Escolas de Minde (Alcanena), Agrupamento de Escolas D. João II (Santarém), Agrupamento de Escolas Joaquim Inácio da Cruz Sobral (Sobral de Monte Agraço) e Agrupamento de Escolas Grão Vasco (Viseu). - Parabéns!

Os resultados da avaliação externa determinam as percentagens de classificações de "muito bom" e "excelente" que cada escola poderá atribuir aos seus professores no âmbito da avaliação de desempenho.

Em termos globais, as escolas sujeitas a avaliação externa em 2009/2010 revelam mais dificuldades na "capacidade de autorregulação e melhoria", sendo que quase metade das 300 avaliadas não foram além de uma classificação de "suficiente" neste domínio.

Neste último domínio, 3% dos estabelecimentos obtiveram "insuficiente", 47% "suficiente", 46% "bom" e 4% "muito bom".

"O domínio 'capacidade de auto-regulação e melhoria da escola' assume uma distribuição de classificações diferente dos restantes domínios, ao registar, para além do equilíbrio entre as classificações de 'bom' e 'suficiente', uma expressão reduzida de 'muito bom' e a maior representação de 'insuficiente'", lê-se no relatório.

Nos últimos quatro anos lectivos em que se realizou a avaliação externa das escolas, este foi o parâmetro no qual sempre se registaram as percentagens mais elevadas da classificação de "suficiente": 39%, 50%, 54% e 47% em 2006/07, 2007/08, 2008/09 e 2009/10, respectivamente.

No parâmetro da "liderança", 92% das escolas tiveram este ano uma classificação de "bom" ou "muito bom", o mesmo valor registado em relação à "organização e gestão escolar".

Na "prestação do serviço educativo" registou-se uma classificação de "suficiente" em 17% das unidades avaliadas, 70% obtiveram "bom" e 13% "muito bom". - Prestar bom serviço educativo não será o que realmente importa?

No domínio dos "resultados", 24% das escolas foram classificadas com "suficiente", 64% com "bom" e 12% com "muito bom".

À excepção do parâmetro da "capacidade de auto-regulação e melhoria da escola", não se registaram notas de "insuficiente" nos outros quatro domínios.

Em 2010/2011 serão sujeitos a avaliação externa 147 agrupamentos e escolas não agrupadas."

E agora com cortes e mais cortes, exigências atrás de exigências, leis inadequadas e tudo mais, quem vai ter melhores avaliações? As escolas vão funcionar melhor?

Abraço!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Reformas - Dezembro de 2010 e Janeiro de 2011

Da lista de reformados da Função Pública de Dezembro e de Janeiro, retirei os Professores e Educadores. Podem consultar aqui:
Dezembro

Janeiro

Abraço!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Escolas educam e... alimentam!

Têm saído várias notícias e comentários sobre as medidas que várias escolas e autarquias têm desenvolvido para combaterem a fome!

Mais uma vez, a escola é mais do que uma instituição para educar (a "educação dos livros"), são-lhe dadas "obrigações" que não deveriam ser necessárias.

Temos que leccionar, preparar aulas, organizar visitas, dar educação que devia ser dada em casa, ser psicólogos/conselheiros, entreter alunos, resolver conflitos, ser administrativos e tudo mais. E agora alimentamos! Sim, há professores (e sempre existiram) a contribuir para alimentar alunos, dinheiro que sai do seu bolso por solidadriedade social.

Somos humanos, somos solidários, concordo que todos ajudemos, mas será que tinhamos que chegar a este ponto? Onde anda quem disto devia tratar?  Mais uma função - pesada - para a escola que cada vez mais tem menos recursos e mais funções! "Desenrasquem-se"...

Abraço!

P.S - E por que é que o menino que tem fome tem um telemóvel topo de gama e uma playstation portátil? E mesmo quando alimentamos somos "pisados" pelos pais? Dar-lhes o peixe ou ensiná-los a pescar?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Menos alunos por professor, mas...

"Uma turma inteira de Estudo Acompanhado não permite relação directa entre aluno e professor. Concluímos que o EA fosse reservado para os alunos que precisam de facto, sendo os alunos que não precisam dispensados" - Isabel Alçada em educare.pt

E tem toda a razão!

Menos alunos por professor, excelente ideia! Mas, consegue-se isso a reduzir os alunos ou aumentar os professores? Parece que a primeira opção é mais económica... Ou "mete-se isso como tempo não lectivo"?

Mas, quem (quantos) são os alunos com dificuldades? Como são identificados? Conseguem o apoio que precisam?

São só algumas dúvidas que quando forem esclarecidas não nos devem agradar... digo eu, que tenho esta desconfiança entranhada quando se trata de medidas deste ministério!

Abraço!

Ainda o PISA

Li e vou dar relevância.

Paulo Guinote, no blogue A Educação do Meu Umbigo (um dos que sigo):

"E só voltarei ao assunto se tiver mesmo mais elementos. O que se segue é parte de um mail que enviei em resposta a umas perguntas que me foram dirigidas acerca do assunto. Em vez de fazer post mais longo e elaborado, fica aqui o que acho e transmito, quer em privado, quer em público.


Tentando ser conciso:

O ME não disponibiliza os dados porque diz existir um “acordo de confidencialidade” com a OCDE.

A OCDE não disponibiliza porque diz que isso foi responsabilidade do Governo português.

As escolas que entraram não foram as mesmas, pelo menos em número assinalável, mas que não consigo quantificar neste momento.

O que eu acho é que estes PISA 2009 foram preparados com um “profissionalismo” que não existiu antes. A percepção da necessidade de resultados foi evidente e a “sensibilização” das escolas e alunos foi maior nos casos que conheço. No fundo, acho que fizeram em 2009 o que em outros países se faz há muito.

Penso que se este “profissionalismo” tivesse existido antes, em 2006 os resultados já teriam sido melhores.

Uma rede muito informal de pessoas está a tentar apurar mais informações sobre tudo isto, não para confirmar uma qualquer “teoria da conspiração”, mas para perceber se estaríamos assim tão mal em 2003 e 2006.

A teoria que apresentei pode ser confirmada (ou não) pelos dados. Não vou retorcê-los para “caberem” numa suspeita apriorística, Sinto o “aroma” de algo. Just that…."
 
Sim, também me ficou essa ideia, de, pelo menos, desconfiança... Nem precisam mentir sobre os números, esses vêm de "cima", da OCDE. Mas basta a questão do "profissionalismo" referida para que os dados sejam diferentes. 
 
Mas afinal pode ser bom: em anos anteriores eramos melhores do que faziamos ver!(?)
 
Mas assim surge outra questão: mais vale ser mau e subir ou ser bom e manter? Subir dá mais importância à notícia, manter é "mais do mesmo"...
 
Que sirva para motivar e dar alento à Educação!
 
Abraço!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Os nossos alunos

São estes os nossos alunos até aos 15 anos. Mais droga (mais barata e eficiente do que o álcool?), mais computador do que TV (compreende-se, até eu já devo estar perto disso), menos violentos (não noto), mais preservativos - mas não estão mais informados - e com hábitos mais saudáveis (praticam mais desporto). Há mais, podem ler:

"Jovens fumam e bebem menos, mas consomem mais droga" - IOL


"Jovens portugueses estão a sair menos à noite e já trocaram a TV pelo computador" - Público

Pelo menos não se lembraram de os chamar "rasca", como fizeram à minha geração.

Já agora leiam esta também:

"Falar de sexo é com colegas e não com pais" - Público

"Estou preocupada porque eles atrasam o início da vida sexual mas não têm mais informação [do que antes]. Os jovens não privilegiam os pais nem os professores para falar de sexualidade ou de infecções sexualmente transmissíveis. A vontade de falar de sexualidade é com os colegas. A maioria diz que aprende via Internet ou televisão, o que é um risco." - Margarida G. de Matos

Abraço!

Menos 30 mil professores: a confirmação?

Desta notícia de ontem, do Público, concluo o que não queria calcular: são mesmo muitos os professores que vão ficar de fora no próximo ano lectivo. Como diz Mário Nogueira, se os 30 mil cortes previstos pelos sindicatos fossem irrealistas o ministério da educação pelo menos contestaria-os.

Por outro lado vem o discurso bonito de Alexandre Ventura: "serão colocados nas escolas todos os docentes necessários para o funcionamento das aulas e para a prestação de um serviço educativo com o máximo de qualidade”. Nisto não acredito. se este ano já não o fazem, como o vão fazer com os cortes ainda maiores do próximo? Mas calma, a educação é prioritária para o Sócrates, tudo se resolve... por milagre!

A notícia:



"O Ministério da Educação diz que só em Setembro do próximo ano será possível saber quantos professores serão necessários nas escolas, recusando-se a comentar os números da Fenprof que alerta para o desemprego de mais de 30 mil docentes.


O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Ventura, esteve hoje mais de duas horas reunido com representantes da Federação Nacional dos Professores (Fenprof). No final, o secretário-geral da estrutura sindical, Mário Nogueira, disse à Lusa que a reunião foi inconclusiva: “Saímos exactamente com as preocupações com que entrámos”.

Entre as principais “preocupações” estava a possível redução do número de docentes, resultado dos cortes previstos no Orçamento do Estado. As contas feitas pela Fenprof apontam para que "mais de 30 mil professores" fiquem de fora já no próximo ano lectivo.

O secretário de Estado Alexandre Ventura recusou-se a comentar os números avançados pela Fenprof, dizendo que as contas ainda não podem ser feitas, porque cabe às escolas decidir de quantos professores é que vão precisar e essa é uma decisão que só será divulgada no próximo ano lectivo.

“O número de professores será conhecido em Setembro do próximo ano porque há um concurso para satisfação de necessidades transitórias onde se faz a contratação de docentes em função da manifestação de necessidades apresentadas pelas diferentes escolas”, disse à Lusa no final da reunião.

Alexandre Ventura acrescentou que o ministério quer “optimizar todos os seus recursos” mas que vai garantir que “serão colocados nas escolas todos os docentes necessários para o funcionamento das aulas e para a prestação de um serviço educativo com o máximo de qualidade”.

Já Mário Nogueira diz que se o número avançado pelo sindicato fosse surrealista, alguém já teria vindo a público contrariar a informação.

“O silêncio do ministério significa que a dimensão da catástrofe é tão grande como aquela que nós temos vindo a projectar. Se, eventualmente, fosse metade ou um terço daquilo que nós achamos seguramente o ME diria: 'não, vocês estão a exagerar', mas nem isso consegue dizer”, declarou.

Para Mário Nogueira, “quando alguém esconde aquilo que se quer saber é porque sabe que aquilo que esconde é muito, muito grave”.

Para a Fenprof, a situação “não pode ficar como ficou hoje”: “O Ministério tem de nos dizer com rigor quais é que são os impactos nos horários dos professores [no emprego dos professores] das medidas que já começaram a ser tomadas”, disse Mário Nogueira.

Por isso, a Fenprof vai enviar nova carta para o Ministério da Educação exigindo saber quais os impactos das medidas na situação laboral dos professores.

Mário Nogueira diz que o fim da Área de Projecto e do Estudo Acompanhado colocará no desemprego milhares de professores. Além destas duas situações, lembrou ainda as mudanças para as substituições de longa duração.

O sindicalista referiu ainda que não faz sentido que haja “muito menos professores por escola” numa altura em que se prevê que venha a haver “muito mais alunos nas escolas”, graças a medidas como o alargamento do ensino obrigatório até aos 12 anos de escolaridade ou o esforço no sentido de reduzir o abandono escolar."

Abraço!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Coisas do Diabo!

Não o que nos vai queimar, o jornal:


Já acredito em tudo... mas não sei até que ponto se pode dar credibilidade a este mensageiro de notícias. Até porque não vi referências em mais nenhum orgão de comunicação social. Se é difamação, a culpa é deles, eu só dei a conhecer o que escreveram...

Abraço!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

"Explicador virtual" para o Português e para a Matemática

Vai ser lançado um "Explicador virtual" para o Português e para a Matemática. Pelo menos é o que se refere nesta notícia do Público.

..."Sócrates anunciou também a criação de uma tutoria digital nas áreas do Português, da Matemática e das Ciências. Trata-se de desenvolver uma “modalidade de ensino digital” através da disponibilização de conteúdos educativos digitais “e com uma equipa de professores preparada para responder a dúvidas, promover actividades e exercícios”, segundo o primeiro-ministro.


Mas a genorisade e grandiosidade do discurso continua:

"José Sócrates anunciou ainda um reforço dos programas para o sucesso escolar nos estabelecimentos de ensino abrangidos pelos territórios educativos de intervenção prioritária e nas escolas abrangidas pelo Programa Mais Sucesso."

Para mim, como já sabem, o que vem deste governo leva um grande selo de desconfiança... Mas quero estar errado!

Ainda nesta notícia, uma contradição(?):

"O primeiro-ministro anunciou hoje que o horário semanal atribuído ao estudo acompanhado será “obrigatoriamente alocado ao estudo da Matemática” no ensino básico. No entanto, as escolas podem optar por dedicar esse tempo ao estudo do Português e das Ciências. Esta foi uma das medidas avançadas hoje por José Sócrates no arranque do debate quinzenal no Parlamento."

Parece estranho, contraditório, pelo que fui pesquisar mais notícias, que deram no mesmo. No Jornal de Negócios escrevem:

"Em primeiro lugar, e para insistir com a melhoria da aprendizagem da matemática, “no ensino básico, do horário semanal atribuído ao estudo acompanhado, um tempo lectivo será obrigatoriamente alocado ao estudo da matemática”. E, sempre que essa for a opção de cada escola, o mesmo poderá ocorrer para o estudo do português e da ciência."


Fica o registo!

Abraço!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Novo Acordo Ortográfico será aplicado no próximo ano lectivo

É uma notícia do Público, onde se refere que "O novo Acordo Ortográfico vai ser aplicado nas escolas já no próximo ano lectivo 2011/2012, ou seja, em Setembro do próximo ano"

A 1 de Janeiro de 2012 será aplicado "a toda a actividade do Governo e dos organismos, entidades e serviços que dele dependem."

Antes disso existirão "campanhas de sensibilização e informação para os cidadãos e outras específicas para os funcionários públicos".

O conversor Lince - que já foi referido neste blogue - é adoptado como ferramenta de conversão ortográfica de texto para a nova grafia.

Sendo assim lá terei que tirar um "c" daqui, um "p" dali e fazer outras modificações, que me deixarão lembranças... este acordo parece-me mais um "abrasileiramento" do nosso português, mas não sou eu que mando...

Abraço!

Matrizes dos 2º e 3º Ciclos

Chama a atenção para estas duas mensagens do blog ad duo (presente na minha lista de blogues), que comparam a proposta actual da matriz destes ciclos com as que vigoravam anteriormente:

http://adduo.blogspot.com/2010/12/matriz-comparada-do-3-ciclo.html

http://adduo.blogspot.com/2010/12/matriz-comparada-do-2-ciclo.html

São cortes que nos tiram lugares na escola...

Abraço!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Mais importante que os resultados estatísticos...

...é o que realmente sabem! E sabem ler?

Interrompi a correcção de testes para escrever umas linhas por aqui. Nestes comprovo: não, não sabem ler, não interpretam! E assim nem na minha Educação Física se safam...

"A professora que queria ensinar os alunos a ler


Boas notícias, finalmente! Os alunos portugueses estão, pela primeira vez, perto da média dos alunos que participam no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos). O PISA testa o conhecimento de estudantes de 15 anos, independentemente do grau de ensino que frequentam, nas áreas de leitura, Matemática e Ciências. Portugal fica ao nível dos Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Irlanda, França, Dinamarca, Reino Unido, Hungria e Taipé.

Boas notícias, portanto. O que soa estranho é a grandeza do salto. A que se deve tamanha evolução?

Ainda há pouco tempo, sensivelmente um ano, numa reunião de pais, com a direcção de turma, em que estive presente, participou a professora de Português. E veio ali pelo seguinte: pedia aos encarregados de educação de uma turma do 10.º ano autorização, por assim dizer, para deixar para trás por algumas aulas o programa curricular. Inesperado pedido, mas que se compreende bem. Em vez das aulas curriculares, a docente pretendia ajudar os alunos a ler! Os jovens, acabadinhos de fazer exame do 9.º ano a Língua Portuguesa, com sucesso, não sabiam ler. Era essa, pelo menos, a percepção dos professores que lhes davam aulas. Liam, mas não percebiam o que liam. Isto aconteceu há pouco tempo, no mesmo país que agora exibe os excelentes resultados no PISA. Seria um problema localizado naquela escola? Pouco provável. É certo que o contexto socioeconómico é importante, mas não chega.

As boas notícias não podiam vir em melhor altura. O Governo, como era de esperar, explorou a evolução dos resultados, levando o primeiro-ministro a prever um aumento da produtividade em Portugal. É uma leitura lógica. Se as competências dos cidadãos melhorarem, a competitividade da economia talvez acompanhe essa evolução.

Enquanto não chegamos lá, parece que existem outros meios para atingir melhores níveis de competitividade. Recentemente, numa reunião extraordinária de ministros das Finanças da União Europeia, Olli Rehn, comissário europeu dos Assuntos Económicos, anunciava: Portugal vai fazer uma reforma das leis laborais. Em Portugal, o primeiro-ministro, José Sócrates, admite a reforma, sem avançar pormenores. Mais informações para os próximos dias, diz. Se Bruxelas já sabe o que vai acontecer aos trabalhadores portugueses, seria bom que os portugueses também soubessem..."
Paula Ferreira no JN

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Espantem-se: são declarações do primeiro-ministro!

“Os principais agentes da educação em Portugal foram os professores, o mérito destes resultados é dos professores” - Espantem-se: são declarações do primeiro-ministro!

Frase dita aos jornalistas no final da apresentação dos resultados do relatório PISA 2009, da OCDE, que colocam "pela primeira vez Portugal “perto da média” dos países participantes no Programa Internacional de Avaliação de Alunos e na mesma categoria que os Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Irlanda, França, Dinamarca, Reino Unido, Hungria e Taipei."

"Antes, na intervenção que fez durante a cerimónia de apresentação dos resultados do PISA 2009, José Sócrates tinha já deixado rasgados elogios aos professores, repetindo as palavras da ministra da Educação ao dizer que “os heróis destes resultados são os professores”.

Mas lembraram-se, e muito bem, de perguntar "se estes elogios eram uma tentativa de “fazer as pazes” com a classe, o primeiro-ministro sublinhou que “muitos professores” apoiaram as reformas educativas.


“Nunca achei que a classe estivesse contra essas reformas”, frisou, lembrando, contudo, as “incompreensões” e “obstáculos” que as alterações introduzidas mereceram.

Contudo, acrescentou, os resultados do relatório da OCDE mostram que políticas seguidas na área da Educação “foram na direcção correta”."

Para quem é professor e anda nesta vida há algum tempo: sabem como é que os alunos melhoraram(?) os resultados, não sabem? Mas o que interessa são os números bonitos...

E agora com os cortes atrás de cortes na Educação: podemos melhorar?

A presidente do Conselho Nacional de Educação afirma: “Parece que o país percebeu que o futuro está na Educação”." Pois a mim parece-me que, infelizmente, não, ainda não percebeu. Relatórios com números disfarçados, discursos em cimeiras onde se fala do sucesso dos países a partir da educação e outras hipocrisias ainda não me convenceram! Mas eu quero estar errado...

sábado, 4 de dezembro de 2010

Magalhães, o milagroso!

"O primeiro-ministro destacou hoje as consequências da introdução de tecnologias na melhoria dos resultados educativos em Portugal, através do computador Magalhães..."

Acabei de ler e vieram-me logo estas questões à ideia:

Quem os usa na escola? Ou mesmo em casa para estudar?

Os alunos sabem trabalhar com eles? E se alguém carrega numa tecla e "aquilo desapareceu tudo"? Já sei, "vamo-nos queixar à professora, ela que trate disso!" - Alguém se lembrou que os melhores clientes destes computadores são os filhos dos pais a benificiar do RSI? E que estes, por norma, têm baixa instrução escolar e muito menor ao nível das TIC? "Dá-se isso e eles desenrascam-se..."

E os professores do 1º Ciclo, também têm direito a um por 50 euros? Ou a própria escola, quantos têm para que os professores se possam familiarizar com os programas "fantásticos"(?) que trazem instalados?

E são apenas algumas interrogações, de certo que se lembram de outras...

Viva o salvador, viva o Magalhães! Quantos mais Magalhães, melhor é a Educação neste país! Professores para quê?

E agora, o Magalhães visto pelos Gato Fedorento:





E são só dois, se forem ao youtube e procurarem "gato fedorento magalhães" vêm o resto da colecção.

Abraço!

Continuam os cortes na Educação

Desta vez é nos directores adjuntos.

E o critério é simples: pelo número de alunos. Não interessa se o agrupamento tem 5 ou 10 escolas, se estão próximas ou afastadas, as ofertas formativas, ou outras questões relevantes.

Alterações que entram em vigor a meio dos mandatos, já para o ano. Interrompem o ciclo normal de 4 anos.

"O despacho que reduz o número de directores adjuntos das escolas do ensino básico e secundário foi hoje publicado em Diário da República. Directores esperavam novos critérios."

Mais em Público.pt

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Estatuto da Carreira Docente - versão muito útil.

http://www.sprc.pt/upload/File/PDF/Propostas/ECDConsolidado_20101130.pdf

Cliquem e acedam ao Estatuto da Carreira Docente que o SPZS pôs ao nosso dispor. É muito útil, está com anotações e destacam as alterações introduzidas ao longo do tempo.

Agradeço ao blog dos Professores Lusos (está na minha lista de blogs), onde tomei conhecimento deste documento.

Abraço!

E se pudessemos escolher a escola dos nossos educandos?

A ideia parece boa e há quem aconselhe. Neste caso é o americano Herbert J. Walberg, especialista em Economia da Educação.

É simples: temos um voucheur para gastarmos na escola que escolhermos (tipo "cartão de presente" que gastamos na loja à escolha num determinado centro comercial). O Estado financia e nós escolhemos.

E acrecenta que “a concorrência parece funcionar na educação”.  Normalmente ficamos a ganhar com a concorrência, mais e melhor por menos custo, e parece que também pode ser este o caso.

Transcrevo a notícia do Público:

"Pais devem ter liberdade para escolher a escola, defende Herbert J. Walberg

O sistema educativo sueco pode ser um bom exemplo para Portugal, defende Herbert J. Walberg, especialista em Economia da Educação, que tem feito parte de vários grupos de conselheiros da OCDE para a área da Educação. Walberg recorda que a Suécia adoptou o cheque ensino, permitindo que as famílias escolhessem a escola, e que esta é obrigada a receber qualquer aluno.

“É o único país com um sistema de vouchers e as escolas têm vindo a melhorar os seus resultados [quando comparados com os internacionais]”, explica o autor do livro Escolha da Escola: descobertas e conclusões, uma edição do Fórum para a Liberdade de Educação, com o apoio da embaixada dos EUA e da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. O lançamento é esta tarde, na Escola Secundária Rainha D. Amélia, em Lisboa.


“Gostava de ter vouchers para todos”, diz em conferência de imprensa. E retoma o exemplo da Suécia. Foi em 1993 que o Governo ordenou às autoridades locais que financiassem, o equivalente a 85 por cento do custo por aluno das escolas públicas tradicionais, as escolas que os pais escolhessem. Portanto, as famílias deixaram de pagar propinas na maioria das escolas privadas.

A par desta decisão, estabeleceu-se que as escolas eram obrigadas a admitir todos os alunos, independentemente do nível socioeconómico. Segundo Walberg, não se verificou o aumento da segregação, nem da concentração de crianças com necessidades educativas especiais em determinadas escolas.

Foi criado um “mercado da educação” que, segundo Walberg, “conduziu a uma concorrência crescente, melhorou o desempenho dos alunos e aumentou a satisfação dos pais com as escolas dos filhos”. No livro, Walberg cita vários estudos que comprovam que os pais a quem são dados os cheque ensino, participam mais activamente na vida escolar dos filhos.

Privatização do ensino

Mas há outras alternativas para que as famílias possam ter liberdade de escolha, continua. O especialista defende que os Estados podem definir metas de aprendizagem e privatizar as escolas: “As escolas privadas fazem melhor do que o Estado”, declara.

“A concorrência parece funcionar na educação”, diz, com base em investigação que tem sido feita nos EUA, onde há estados que apostaram nas charter schools, escolas com quem contratualizam que no espaço de cinco anos, os alunos têm de obter determinados resultados. Se esses não forem cumpridos, a escola fecha ou é mudado o seu corpo docente.

Segundo um estudo comparado entre as escolas com este tipo de contrato e as escolas públicas norte-americanas, as primeiras têm um bom desempenho, sobretudo os alunos pobres e hispânicos.

Walberg cita um outro estudo que revela que nos EUA, os professores do ensino público têm expectativas mais baixas do que os do ensino privado. Portanto, conclui, são muitos os dados que demonstram as mais valias das famílias poderem escolher a escola, dados que têm levado países como a Suécia, a Holanda, a República Checa ou o Chile a pôr em prática políticas de privatização na educação.

Os pais “têm tanto direito a tomar as decisões importantes sobre a educação dos filhos como o direito a dar-lhes um nome, morada e a escolher a pessoa que trata deles quando adoecem”, termina. "

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Novas Oportunidades: 10 mil certificações por mês

E é mesmo assim, "toma lá diploma" que já vem outro atrás para receber o dele, "é a 1 euuuuro", vai tudo!

Certificar conhecimentos: excelente ideia. Um mecânico com 20 anos de experiência não sabe mais do que um recém diplomado num curso profissional? Acredito que sim, pelo que deve ser reconhecido o seu valor. E hoje é preciso um papel para ser reconhecido...

Distribuir diplomas a quem nada continua a saber:  Queres o 9º ano? Escreve num longo texto no Word (ou arranja quem escreva) a história da tua vida, os teus sonhos, ascendentes e descendentes, mede um pacote de leite e diz qual é o volume... de certeza que conhecem esta realidade - eu conheço.

Não tem mal, os números dizem-nos que temos portugueses mais instruídos, e é o que interessa - para as estatísticas!

A notícia é do Público:

"Novas Oportunidades: 1,489 milhões de formandos e 456 mil certificações.
 
A ministra da Educação, Isabel Alçada, disse hoje, em Guimarães, que o programa Novas Oportunidades registou já adesão de 1,489 milhões de portugueses, tendo feito 456 mil certificações.
 
“Isto corresponde a uma média de 10 mil certificações por mês, o que é muito”, frisou, baseando-se nos números que lhe foram transmitidos pelos gestores do programa.


A governante encerrou a sessão de abertura do 4.º Encontro Nacional Centros Novas Oportunidades, que hoje começou no Pavilhão Multiusos, em Guimarães.

O encontro pretende proporcionar uma visão global dos progressos alcançados com a Iniciativa Novas Oportunidades e da trajectória que seguirá nos próximos anos.

Isabel Alçada disse que o programa vai continuar e lembrou que as Novas Oportunidades abriram caminho a milhares de portugueses que assumiram uma atitude nova perante a ideia de que "o conhecimento é um valor”.

“As pessoas hoje sabem que podem ir sempre um pouco mais longe no seu processo de formação e aquisição de novos conhecimentos”, frisou, defendendo que “cada um dos portugueses que entrou no programa representa, também, um conjunto de novas oportunidades também para o país”.

Presente na iniciativa, o secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional, Valter Lemos, disse que “os adultos que passaram pela iniciativa manifestaram ganhos objectivos do ponto de vista pessoal, melhorando a auto-estima por via da valorização e conciliação com o passado, da redescoberta da escola, da percepção das capacidades e competências possuídas e do reconhecimento da experiência e do seu valor para progredir na educação formal e certificada”.

“Mas também do ponto de vista profissional: cerca de um quinto das pessoas sentiram alterações na sua vida profissional que se traduziram em melhorias, alargaram as competências, assumiram mais responsabilidades e aumentou a sua estabilidade no emprego”, sublinhou.

Valter Lemos acentuou ainda que, se se considerarem “os aspectos menores dos impactos profissionais, sobe para um terço o número de indivíduos que afirma ter havido pelo menos um factor positivo na sua vida profissional na sequência da sua passagem pelas Novas Oportunidades”.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Os nossos professores

A instabilidade que os professores sentem e que todos testemunham só se pode reflectir na qualidade de ensino de forma negativa e é aqui que voltamos a lamentar, os alunos são as vítimas de tudo isto...

É vergonhosa a forma como esta classe profissional tem sido e está a ser tratada (não sou suspeito, sou informático!). Toda a classe política que tem passado pelo Ministério nas últimas décadas tem mostrado um profundo desrespeito pelos professores, chegando a retirar-lhes a autoridade dentro da sala de aulas, o que contribuiu para a falta de respeito colectiva em relação a eles.

Há duas coisas a lamentar.

Uma é o desrespeito por uma classe profissional de elevadíssima responsabilidade que para poder desempenhar as suas funções na plenitude (como se pretende!) necessita, como qualquer outro, das mínimas condições de vida familiar e social, começando pela estabilidade. Só nessas condições é que seria legítimo pedir responsabilidades aos professores, de outra forma está-se a pedir que façam omeletas só com sal!.

A outra é que a instabilidade que os professores sentem e que todos testemunham só se pode reflectir na qualidade de ensino de forma negativa. É aqui que voltamos a lamentar, os alunos são as vítimas de tudo isto, os adultos (com responsabilidades no sector) não mostram respeito absolutamente nenhum pelas gerações que estão a tentar criar as bases para uma vida de trabalho que legitimamente pretendem viver com alguma qualidade.

A forma ligeira de tratar os problemas, as soluções adoptadas, a instabilidade vivida no sector a todos os níveis, a falta de coerência, a falta de rumo, a falta de projectos a longo prazo (validados!), a falta de diálogo e a falta de respeito estão a hipotecar de forma irreversível o futuro das próximas duas ou três gerações! (a ser optimista).

Não consigo entender o que falta para que os governos tomem consciência disto, só podem andar mesmo muito distraídos, para infelicidade de todos nós."

Por Rui Moreira, em Educare

Ainda sobre cortes no orçamento da Educação

"Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido."


                                                                                            Sir Arthur Lewis

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Escola Verde

Escola amiga do ambiente. (Leiam e decubram onde está a mentira...)

"Apetece dizer que tem tudo e mais alguma coisa a pensar no ambiente. O novo Centro Escolar da Gandra, na freguesia de Águas Santas, na Maia, será inaugurado na próxima segunda-feira, pela ministra da Educação, Isabel Alçada.

São 5.190m2, distribuídos por cinco salas de jardim-de-infância para 125 meninos, 12 salas com capacidade para 300 alunos do 1.º ciclo do Ensino Básico, recreio coberto e parque infantil exterior, sala de informática, sala de educação plástica e ainda uma biblioteca.

Até aqui seria uma escola perfeitamente normal, mas o novo equipamento tem também um sistema de renovação mecânica, que garante a qualidade do ar interior em todo o edifício, aquecimento das águas através de painéis solares. Tem ainda um sistema de reutilização de águas pluviais, que são recolhidas numa cisterna, tratadas e reutilizadas na rede interna de descarga das sanitas e nas águas de limpeza exterior e regas dos espaços ajardinados.

No exterior há também um pomar que será mantido recorrendo apenas a métodos de agricultura biológica, com laranjeiras, limoeiros, pessegueiros, macieiras, pereiras, ramadas de vinha, kiwis e maracujás."


Para os mais atentos foi fácil (e até devem ter sorrido como eu fiz mal acabei de ler):

"Até aqui seria uma escola perfeitamente normal" - Não conheço estas escolas normais...

Abraço!


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Governo - um terço. Fenprof - 80 por cento

Até pode parecer o resultado de um jogo, mas é mais uma guerra de números.

Na minha escola não se leccionou, houve uma grande (muito representativa) adesão à greve - e é uma escola históricamente pouco dada a estas coisas da greve. Mas não seio o que se passou no resto do país.

Sabem o que era interessante? Registarem aqui nos comentários as situações que conhecem, sempre seria um barómetro para "decidirmos" quem tem razão. Fica a sugestão.

E Fica também a ligação para a notícia do Público: Governo diz que fechou um terço das escolas, Fenprof aponta para 80 por cento

Abraço!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Portugal está a deixar cair a geração mais qualificada

"Nunca houve tantos licenciados em Portugal. E nunca foi tão difícil para os jovens encontrar emprego. As centrais sindicais dizem que a greve geral também é feita em nome desta geração que se pode perder, entre a precariedade e o apelo da emigração. Num cenário de "défice democrático" no mundo laboral, os melhores são os que arriscam sair do país."

Greve - A luta dos números

"A greve geral de hoje está a contar com uma adesão de 85 a 90 por cento dos trabalhadores da Administração Pública central, revela a Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSFP), enquanto o Governo afirma que a participação se cifra nos 20,1 por cento."
...

"Educação


A adesão dos professores à greve geral de hoje é a maior de sempre numa paralisação não sectorial, assegura o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira. "Há cidades inteiras sem aulas”, diz Mário Nogueira.


A Fenprof não tem ainda números da adesão à greve dos docentes, mas Mário Nogueira garantiu que, em vários pontos do país, alcançou os 80 a 90 por cento. Ainda não há números oficiais sobre a paralisação avançados pelo Ministério da Educação."

...

Greve - FENPROF E FNE

Parece o tema do momento.

FENPROF

"Greve Geral encerra milhares de escolas no país!


GRANDE ADESÃO DOS PROFESSORES AO PROTESTO NACIONAL É CONTRA AS INJUSTIÇAS, PELA MUDANÇA DE POLÍTICAS, PELA DIGNIFICAÇÃO DA PROFISSÃO E EM DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA

Os primeiros dados que já se encontram disponíveis, apontam para uma grande Greve Geral na Educação, com um impacto fortíssimo nas escolas que, um pouco por todo o lado, se encontram encerradas. Há localidades, incluindo capitais de distrito, onde não se encontram escolas abertas. Muito importantes também, e de grande significado, são os dados que já são possíveis de apurar no que respeita à adesão à Greve Geral por parte dos professores, educadores e investigadores. Do Pré-Escolar, Básico, Secundário, Especial, Superior e Investigação Científica chegam dados que permitem afirmar, desde já, que é muito forte a adesão dos profissionais a esta Greve Geral o que permite concluir que, de uma forma inequívoca, se rejeitam as políticas que o Governo vem desenvolvendo, geradoras de injustiças, e se exige uma profunda mudança no seu rumo."

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FNE

"Greve está a ser uma forte demonstração de repúdio às medidas do Governo 24 de Novembro de 2010 A FNE congratula-se com a forte adesão dos trabalhadores da educação à Greve Geral.


Esta adesão expressiva dos docentes e não docentes à luta que hoje foi determinada é a mais forte demonstração de repúdio às medidas que o Governo pretende impor aos trabalhadores.

A FNE continua a ter o entendimento de que a concretização destas medidas agrava a situação económica do país e terá como consequência um maior empobrecimento dos portugueses. Estas medidas, nomeadamente na educação, cujo corte para 2011 é de cerca de 800 milhões de euros, provocarão uma maior taxa de desemprego na educação, um aumento da precariedade do emprego e uma forte restrição às condições de funcionamento das escolas e agravamento das condições de trabalho dos professores e trabalhadores não docentes.

A FNE considera que esta clara e inequívoca contestação dos trabalhadores às políticas seguidas pelo actual Governo tem de ter consequências ao nível de uma alteração das políticas globais e sectoriais que permitam aos portugueses encarar o futuro com confiança. Neste âmbito, a FNE mantém a firme convicção de que o progresso do pais só acontecerá desde que se criem medidas promotoras do emprego e do crescimento económico, assentes num modelo de desenvolvimento sustentável e equilibrado para o país. Deste modo a FNE rejeita totalmente medidas, como as que actualmente estão a ser levadas a cabo, que levam ao crescimento da taxa de desemprego, à desestruturação do Estado Social e ao cada vez maior empobrecimento dos portugueses.

A FNE considera que a partir desta viva expressão de contestação dos trabalhadores se exige uma diferente atitude do Governo na discussão das politicas económicas e sociais, em sede de negociação e concertação com os parceiros sociais e que se traduzam em soluções de compromisso para o futuro.

Departamento de Informação da FNE

Lisboa, 24 de Novembro de 2010."

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

FENPROF diverte a Ministra

"A ministra da Educação, Isabel Alçada, respondeu hoje com uma gargalhada à proposta de extinção das direcções regionais de Educação apresentada pelo secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof) e defendeu que uma eventual reestruturação deverá partir do ministério."

Alterações no currículo do ensino básico e secundário

Estratégia para currículo do ensino básico e secundário delineada até final do ano lectivo


"O Governo vai concluir até final do ano lectivo uma nova estratégia para o currículo do ensino básico e secundário, baseada na definição de metas de aprendizagem para cada ciclo e áreas nucleares, segundo as Grandes Opções do Plano." - Uma nova estratégia é necessária, sem dúvida! Mas há algo que me deixa já de sobreaviso quando são medidas do Ministério da Educação...

"Pretende-se fazer ajustamentos no plano de estudos do ensino básico, de forma a reduzir o número de unidades curriculares simultâneas em cada ano de escolaridade" e a "promover uma maior flexibilidade de gestão", bem como a "efectiva integração curricular de áreas transversais", como a Educação para a Saúde e a Educação para a Cidadania.

Estas iniciativas serão desenvolvidas "de forma faseada até ao ano lectivo 2012-2013", de modo a assegurar mecanismos de consulta, acompanhamento e monitorização." - Quer isto dizer que vão dar ouvidos a quem  conhece a realidade?

"O Governo compromete-se também diversificar a oferta educativa e formativa dirigida aos jovens do ensino secundário, "através da valorização das modalidades de dupla certificação, de uma oferta adequada aos seus interesses e expectativas e da conclusão da reforma do ensino artístico". - Convém, uma vez que está a chegar a obrigatoriedade do Ensino Secundário. Não queria ver arrastar marasmo (e malabarismo) que é manter os alunos até ao fim do Básico para a realidade do Secundário...

"Prevê igualmente consolidar e desenvolver programas e projectos destinados a melhorar as competências-chave e combater o insucesso e abandono escolar precoce, apostando na "prevenção e detecção" de situações de risco, com o envolvimento das famílias e da comunidade local." - Pois, envolver a comunidade e a família... até parece bem, mas o que tenho visto deste envolvimento não tem servido para melhorar, é mais para criticar, agredir, trazer problemas de fora para dentro da escola...

"O Governo destaca o Plano de Acção para a Matemática e adianta que o Plano Nacional de Leitura terá uma segunda fase a partir de 2012.

As Grandes Opções do Plano preconizam ainda programas de formação contínua para professores em português, matemática, ciências experimentais, inglês, tecnologias da informação e comunicação, educação para a saúde." - Formação? Sim, eu quero! A não ser que seja tanta que se esgote nos Quadros que precisam de subir de escalão. Vou dar o benefício da dúvida, mas com cortes no orçamento...

"Às escolas classificadas como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP) são prometidos "recursos humanos e pedagógicos adicionais". - Cortes no orçamento, aumento de recursos... vão ter que cortar em algum lado. E talvez fosse melhor rever este conceito de TEIP e a sua autonomia. Já que são autónomos e têm privilégios em relação aos outros Agrupamentos, porque não começar a pedir contas do sucesso que nem sempre obtêm?

"Irá também ser aprofundada a dimensão inclusiva da educação especial, designadamente através do estudo de modalidades de diagnóstico precoce na educação do pré-escolar e no 1.º Ciclo, da caracterização da população educativa com necessidades especiais", entre outras medidas para aperfeiçoamento do regime em vigor." - Aperfeiçoar, ou eliminar e recomeçar, porque assim não parece estar a resultar.


domingo, 21 de novembro de 2010

Como criar um milionário

"Ou, pelo menos, um miúdo que não vai acabar os dias enterrado até ao pescoço em dívidas de cartão de crédito. Sim, vale a pena começar logo no infantário."

É assim que começa esta interessante notícia do Metro.

Há um tempo atrás já abordei a importância dos mais pequenos estarem a par de coisas simples da economia (preços, poupança, dívidas, entre outros) e agora ao ler esta notícia decidi reforçar a mensagem.

"Hoje, 93% dos pais de jovens estão preocupados porque os seus filhos vão gastar mais do que têm, acumular dívidas e não ter dinheiro para fazer face a uma emergência."

"81% não ensinam o que é e como se deve investir.

80% nunca falaram do custo da escola

71% nunca explicaram o que são juros e taxas

80%não os envolvem em decisões sobre poupanças

76% não costumam falar de dinheiro

71% nunca ensinaram a usar o cartão de crédito

72% dos miúdos que aprendem a poupar tendem a fazê-lo regularmente

Os pais têm de começar a educação financeira muito antes de os filhos chegarem a adolescentes.

Porque lidar com dinheiro conta com dois factores essenciais: sabedoria e hábito.

A melhor idade para os ensinar a ter hábitos é quando ainda estão no ardim infantil. Se esperamos pelo liceu, vai ser muito mais difícil que eles ganhem novos hábitos.

A organização norte-americana “Pay Your Family First” sugere que se ensine os primeiros conceitos monetários a miúdos de 4/5 anos. Só a partir desta idade é que são capazes de distinguir a diferença entre uma nota de 5 e 20 euros, por exemplo.

Começar com o porquinho mealheiro pode ser uma boa ideia.

Aquilo que damos aos filhos deve ser visto como muito valioso, um tesouro que deve ser muito bem guardado ou para gastar apenas em ocasiões especiais. As lições que aprenderem com essa idade ficarão para o futuro.

As crianças e jovens devem perceber bem a diferença entre desejo e necessidade. Por exemplo, se pedem alguma coisa que custa o dobro só por causa da marca, obrigue-os a pagar a diferença em dinheiro retirado da mesada ou a fazer um trabalho doméstico em troca."

Mais tarde poderei ter oportunidade de debruçar-me mais e melhor sobre este artigo.

Abraço!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Menos Professores para o ano - "Diz que disse..."

Fala-se (não vi nada escrito oficialmente) em passar o Desporto Escolar para os tempos de estabelecimento e aumentar a carga lectiva dos últimos escalões para as 22h.

São mais desempregados a acrescentar aos já falados 30 mil que não vão ter lugar na escola no próximo ano!

Por enquanto só se fala...

Abraço!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Normas para a criação de agrupamentos

Portaria n.º 1181/2010 - Diário da república

Extractos da notícia
Normas para a criação de agrupamentos - Lusa / EDUCARE

"Os procedimentos de criação, alteração e extinção de agrupamentos de escolas ..."

"No caso da criação de agrupamentos de escolas, a apresentação de propostas compete às direcções regionais de educação (DRE) e no caso da criação de estabelecimentos da educação pré-escolar, do Ensino Básico e Secundário, envolve também os municípios."

"Quando apresenta as propostas, a DRE deve antes auscultar os municípios abrangidos e pode também ouvir outras entidades da comunidade educativa."

"Se a iniciativa for dos municípios, as propostas serão dirigidas ao director regional de Educação, devendo as entidades consultadas pronunciar-se no prazo máximo de dez dias. O silêncio equivale à "aceitação tácita das propostas" e a decisão compete ao titular da pasta da Educação."

"A resolução estabeleceu orientações para o reordenamento da rede, no sentido de a adaptar à escolaridade obrigatória de 12 anos, adequar as condições das escolas ao sucesso escolar e combate ao abandono, bem como de promover a racionalização dos agrupamentos, "de modo a favorecer o desenvolvimento de um projecto educativo comum, articulando níveis e ciclos de ensino distintos", de acordo com os argumentos do Governo."


"Estão também sujeitos a alteração os estabelecimentos que "deixem de reunir as condições e os recursos necessários a uma efectiva capacidade pedagógica à promoção do sucesso escolar" num dos níveis ou ciclos de educação ou ensino.

"Os agrupamentos ou escolas não agrupadas que não reúnam as "condições necessárias" ao cumprimento dos princípios e orientações de reordenamento da rede escolar definidas na resolução do Conselho de Ministros "devem ser objecto de extinção", a menos que sejam os únicos existentes em determinado território."


"No final do processo [de reorganização] da rede escolar, deverão estar cerca de 900 escolas encerradas, mas este universo só corresponde a 3,5% das crianças que frequentam o 1.º ciclo", declarou Isabel Alçada, em conferência de imprensa."
Lusa/Educare


Como todos se recordam, fecharam 700 escolas, ainda faltam 200... Vai continuar a redução de despesa e respectiva redução de qualidade do ensino.

Sofremos nós, os professores, mas sofrem também eles, os alunos!

Como nós não fazemos nada, vão ter que ser os pais deles a fecharem escolas a cadeado e a manifestarem-se para conseguirem uma ou outra migalha.

Abraço!

Solidão não rima com inclusão...

"Nunca será de mais voltar ao assunto, para lembrar que, apesar da teoria e contra ela, a realidade diz- nos que, desde há séculos, tudo está escrito e tudo continua por concretizar. Nunca será de mais falar de inclusão. Nunca será de mais lembrar que os projectos humanos carecem de um novo sistema ético e de uma matriz axiológica clara, baseada no saber cuidar, conviver com a diversidade.
A chamada educação inclusiva não surgiu por acaso, nem é missão exclusiva da escola. É um produto histórico de uma época e de realidades educacionais contemporâneas, uma época que requer que abandonemos muitos dos nossos estereótipos e preconceitos, que exige que se transforme a "escola estatal" em escola pública - uma escola que a todos acolha e a cada qual dê oportunidades de ser e de aprender.

Os obstáculos que uma escola encontra, quando aspira a práticas de inclusão, são problemas de relação. As escolas carecem de espaços de convivencialidade reflexiva, de procurar compreender que pessoas são aquelas com quem partilhamos os dias, quais são as suas necessidades (educativas e outras), cuidar da pessoa do professor, para que se veja na dignidade de pessoa humana e veja outros educadores como pessoas. Sempre que um professor se assume individualmente responsável pelos actos do seu colectivo, reelabora a sua cultura pessoal e profissional... "inclui-se". Como não se transmite aquilo que se diz, mas aquilo que se é, os professores inclusos numa equipa com projecto promovem a inclusão.

Aos adeptos do pensamento único (que ainda encontro por aí...) direi ser preciso saber fazer silêncio "escutatório", fundamento do reconhecimento do outro. Que precisamos de rever a nossa necessidade de desejar o outro conforme nossa a imagem, mas respeitá-lo numa perspectiva não narcísica, ou seja, aquela que respeita o outro, o não-eu, o diferente de mim, aquela que não quer catequizar ninguém, que defende a liberdade de ideias e crenças, como nos avisaria Freud. Isso também é caminho para a inclusão.

Aos cínicos (que ainda encontro por aí...) direi que, onde houver turmas de alunos enfileirados em salas-celas, não haverá inclusão. Onde houver séries de aulas assentes na crença de ser possível ensinar a todos como se de um só se tratasse, não haverá inclusão. Direi que, enquanto o professor estiver sozinho, não haverá inclusão. Insisto na necessidade da metamorfose do professor, que deve sair de si (necessidade de se conhecer); sair da sala de aula (necessidade de reconhecer o outro); sair da escola (necessidade de compreender o mundo). O ethos organizacional de uma escola depende da sua inserção social, de relações de proximidade com outros actores sociais.

Também é requisito de inclusão o reconhecimento da imprevisibilidade de que se reveste todo o acto educativo. Enquanto acto de relação, ele é único, irrepetível, impossível de prever (de planear) e de um para um (questionando abstracções como "turma" ou "grupo homogéneo"), nas dimensões cognitiva, afectiva, emocional, física, moral... As escolas que reconhecem tais requisitos estarão a caminho da inclusão.

Na solidão do professor em sala de aula não há inclusão. Nem do aluno, metade do dia enfileirado, vigiado, impedido de dialogar com o colega do lado, e a outra metade, frente a um televisor, a uma tela de computador ou de telemóvel... sozinho. A inclusão depende da solidariedade exercida em equipas educativas. Um projecto de inclusão é um acto colectivo e só tem sentido no quadro de um projecto local de desenvolvimento consubstanciado numa lógica comunitária, algo que pressupõe uma profunda transformação cultural. "


(Texto de) José Pacheco, Mestre em Ciências da Educação pela Universidade do Porto, foi professor da Escola da Ponte. Foi também docente na Escola Superior de Educação do IPP e membro do Conselho Nacional de Educação.
Estas e outras em Educare



Abraço!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sabiam que...

... em 2009 tivemos 4716 diplomados na área da educação? E que em 2004 foram 14999? - Parece que foram ganhando juízo.

... nasceram 220 pessoas hoje (até agora)? E morreram 234 (até agora)? - Saldo negativo.

Isto e muito mais em Pordata. População, saúde, educação, emprego, cultura entre vários temas interessantes.

"A Pordata é um serviço público, um projecto destinado a todos, pensado para um vasto número de utentes que comungam do interesse em conhecer, com confiança e rigor, mais sobre Portugal. É, por isso, com imenso orgulho que passo, a partir de hoje, a partilhar esta fonte de informação com todos os que possam dela necessitar.


Maria João Valente Rosa
Directora do Projecto"

Vale a pena visitar e adicionar aos favoritos.

Abraço!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Só porque podem...

Apetece-me, faço e depois... será que sou punido à altura da gravidade?

Espero que não seja mais um caso sem consequências disciplinares.


Eles estão nas nossas escolas...

Abraço!

"...alunos a comporem músicas com piropos."

O título foi só para chamar atenção. A notícia não é real, mas "se não aconteceu podia ter acontecido".


"Trolha de Vieira do Minho vai ensinar alunos a comporem músicas com piropos


Por Fábio Benídio

Alguns professores que concorreram para cargos nas Actividades de Enriquecimento Curricular, em Vieira do Minho, perderam o lugar para pessoas que não tinham qualificações suficientes, incluindo um operário da construção civil, que vai substituir a professora de música.

Contactado pelo IP, o edil de Vieira do Minho garantiu que estava tudo dentro da legalidade, acrescentado que não se trata de um trolha qualquer, mas sim de um servente de primeira categoria, com habilitações para manusear betoneiras, e que já foi elogiado várias vezes pelos colegas devido à musicalidade dos seus piropos, que são quase poesia, e dos quais se destacam o famoso ‘Ó morcona, comia-te o sufixo’ e o não menos célebre ‘Usas cuecas TMN? É que o teu rabinho é um mimo’. O autarca minhoto salientou ainda a importância de ser um trolha a trabalhar com estes alunos, uma vez que a maioria deles acabará certamente a trabalhar na construção civil em Espanha."
Mais uma do Inimigo Público

Já não digo nada, há que aproveitar os melhores profissionais para ensinarem o que interessa...

Ai o sufixo...

Abraço!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Curso de Gandinismo

O Politécnico de Curral de Moinas está em grande e avançou com o curso de Gandinismo:



"Suspensório negro em gandinismo", ora aí está o futuro...

Abraço!

"Tiririca provou que sabe ler e escrever"

E depois da mensagem que escrevi abaixo, não podia deixar de referir esta notícia:

"Tiririca, eleito deputado federal por São Paulo nas eleições de 3 de Outubro, conseguiu ler e escrever durante o teste de alfabetização ontem realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral, noticiaram os media brasileiros.
Francisco Everardo Oliveira Silva, de seu nome verdadeiro, foi o deputado federal que mais eleitores conquistou em todo o Brasil: 1,3 milhões de votos foi quanto obteve nas eleições.

No entanto, as suas capacidades de escrita e leitura suscitaram dúvidas e foi mesmo acusado de ter falsificado o documento oficial que susteve a sua candidatura.

Uma perícia que foi feita levantou a suspeita de que a declaração de alfabetização não teria sido redigida pelo humorista.

No teste que fez ontem, o humorista nordestino teve que escrever a seguinte frase: "A promulgação do Código Eleitoral, em Fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral."

Tiririca teve ainda que ler título o subtítulo de duas reportagens: uma sobre o Procon e outra sobre o filme de Ayrton Senna. O deputado federal eleito em São Paulo pelo Partido da República teve ainda que fazer uma interpretação sobre aquilo que escreveu e leu.

A decisão final sobre o teste, para saber se o deputado pode ou não exercer o cargo, fica agora nas mãos do juiz Aloízio Silveira."

DN

Não conhecem Tiririca?



Abraço!

"Quando se aprende a ler..."

"... é como se uma armada vitoriosa chegasse às costas desprevenidas do nosso cérebro. Muda-o para sempre, conquistando territórios que eram utilizados para processar outros estímulos"

É assim que começa a notícia do Público - "O cérebro de um adulto muda tanto como o de uma criança, quando aprende a ler".

Retirei outras partes (aconselho a leitura integral):

"...nunca é tarde para aprender: "O cérebro dos ex-analfabetos só em poucas coisas difere do dos alfabetizados, está muito mais próximo destes", diz José Morais"

Continua dizendo que  "Ensinar alguém a ler na idade adulta tem os mesmos efeitos do que ensinar uma criança. É uma boa notícia, não há razão para desistir dos iletrados".

"...há o curioso roubar de terreno à área cerebral que processa o reconhecimento de rostos pela Área da Forma Visual das Palavras, que ganha terreno no córtex, quando se aprende a ler."

Abraço!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Coordenadores de Departamento, Relatores e Coordenadores de Estabelecimento

Referem-se aos Coordenadores de Departamento, Relatores e Coordenadores de Estabelecimento. São  decisões de carácter excepcional para a designação destes.

Chamo atenção para os blogues  que tenho na secção "o que os outros escrevem", onde encontram as informações referidas.

Chamo também atenção para este post interessante: http://educar.wordpress.com/2010/11/11/caminhos-veredas/  Conflitos de interesse, recusa em ser avaliado por algum colega em especial e outros "direitos" que temos ao ser avaliados.

Abraço!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Funcionários públicos vão poder desistir da ADSE

"A proposta de lei prevê que a ADSE passe a funcionar como um seguro de saúde, cabendo a cada funcionário escolher se quer ou não beneficiar do sistema que comparticipa consultas, medicamentos e cirurgias.


Para o dirigente da Frente Sindical da Administração Pública, José Abraão, esta alteração poderá pôr em causa o financiamento do sistema. “Pode ser fortemente comprometedor, porque aparentemente haverá sempre a tentação para outras alternativas, nomeadamente criando condições para os mais altos salários abandonarem a ADSE e aquilo que é sistema que devia ser solidário, acaba por não ser”.

Já Ana Avoila, da Frente Comum, considera que esta proposta abre caminho para o Governo acabar com o sistema ou então para aumentar os descontos dos funcionários públicos."
RR

"No artigo 17.º da proposta a que o PÚBLICO teve acesso prevê-se que "os beneficiários podem, a todo o tempo, renunciar a essa qualidade" e acrescenta-se que essa "renúncia tem natureza definitiva" e impossibilita uma nova inscrição."

"Já os novos funcionários terão seis meses, contados a partir do momento em que entram para a função pública, para se inscrever na ADSE."

"...a proposta prever que os actos e cuidados médicos comparticipados pela ADSE passem a ter um número limite, além de uma duração temporal também previamente limitada."


Podem ainda ler a lista dos cuidados médicos que vão ser excluídos aqui.

Cortam nos salários, cortam na ADSE, cortam nas contratações... Ainda há vontade de ser professor?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Kant afirmou

"É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade."

Immanuel Kant

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ainda sobre a formação "obrigatória"

Recebi um e-mail em que, mais uma vez, se esclarece a "obrigatoriedade" da formação para AAD (Avaliação de Desempenho Docente):
Se os Centros de Formação de Associação de Escolas não tiverem capacidade para absorver todos os docentes que dela precisam, os que ficam de fora não podem ser prejudicados.

Mas atenção para o nº3 deste documento:
 "...o docente requer ao Centro de Formação de Associação de Escolas a que pertence o respectivo agrupamento de escolas / escola não agrupada, uma declaração que demonstre esse facto. "

E alerto para mais um pormenor que me têm falado, o qual ainda não pude confirmar: creio que nos temos que inscrever nos centros de formação da área geográfica da escola, não só no ao que a nossa escola está associado. Se alguém conseguir confirmar ou desmentir esta informação, agradeço que deixe comentário ou me envie um e-mail.

Podem ler o OFÍCIO C I R C U L A R Nº B10015647X  aqui.


Abraço!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Lince - o programa.

Não, não é um animal, é mesmo um programa:


"O Lince é uma ferramenta de apoio à implementação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa que converte o conteúdo de ficheiros de texto para a grafia neste momento a ser introduzida em vários países do espaço da CPLP. Suporta vários formatos e permite converter em simultâneo um número elevado de ficheiros de qualquer dimensão."

Podem obtê-lo clicando na imagem.

Abraço!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Corte de 30 mil professores?

As contas são da FENPROF.

Ainda há pouco tempo eram 8 mil, agora são 30... que seja um número exagerado e seja metade dos professores a não serem admitidos/despedidos: 15 mil - continua a ser um número assustador.

Como vão funcionar as escolas?

Como podem garantir o ensino que os alunos precisam?

Se somos perto de 30 mil contratados, como ficará a nossa situação? Metade de nós é dispensável?

Será que está na hora de deixar a profissão antes que ela nos abandone? O futuro não parece brilhante...

Abraço...

Cortes afectam 115 mil professores

A notícia já é do fim do mês passado, mas só hoje a li. E depois li os comentários dos senhores leitores. E, claro está, lá vem o "dos professores não tenho eu pena" - estamos todos metidos no mesmo saco, sejamos contratatos ou quadros, tenhamos um resto de horário ou um completo, trabalhemos todos ao lado de casa ou longe, sejamos insultados ou elogiados...
Esta mania mesquinha de deitar os outros abaixo em vez de querer subir para o lado deles ... Afinal querem ganhar mais ou querem que os outros ganhem menos? Querem ter mais direitos ou querem que outros tenham menos? Querem ficar melhor ou querem que os outros fiquem piores? Já que querem igualdade, que eu aceito muito bem e também quero, porque não ficarmos iguais ao nível dos melhores e não ao nível dos piores???

Podem ler a notícia e comentários no JN.

Abraço!