segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Professores que se evadem das Escolas

Li num mural do facebook, depois noutros blogues e no Jornal onde está publicado. Já está bem divulgado, mas arrisco a "repetição" pois vale a pena ler:


"A grande evasão

Jornal de Notícias

'Quem pode, foge. Muitos sujeitam-se a perder 40% do vencimento. Fogem para a liberdade. Deixam para trás a loucura e o inferno em que se transformaram as escolas. Em algumas escolas, os conselhos executivos ficaram reduzidos a uma pessoa. Há escolas em que se reformaram antecipadamente o PCE e o vice-presidente. Outras em que já não há docentes para leccionar nos CEFs. Nos grupos de recrutamento de Educação Tecnológica, a debandada tem sido geral, havendo já enormes dificuldades em conseguir substitutos nas cíclicas. O mesmo acontece com o grupo de recrutamento de Contabilidade e Economia. Há centenas de professores de Contabilidade e de Economia que optaram por reformas antecipadas, com penalizações de 40% porque preferem ir trabalhar como profissionais liberais ou em empresas de consultadoria. Só não sai quem não pode. Ou porque não consegue suportar os cortes no vencimento ou porque não tem a idade mínima exigida. Conheço pessoalmente dois professores do ensino secundário, com doutoramento, que optaram pela reforma antecipada com penalizações de 30% e 35%. Um deles, com 53 anos de idade e 33 anos de serviço, no 10º escalão, saiu com uma reforma de 1500 euros. O outro, com 58 anos de idade e 35 anos de serviço saiu com 1900 euros. E por que razão saíram? Não aguentam mais a humilhação de serem avaliados por colegas mais novos e com menos habilitações académicas. Não aguentam a quantidade de papelada, reuniões e burocracia. Não conseguem dispor de tempo para ensinar. Fogem porque não aceitam o novo paradigma de escola e professor e não aceitam ser prestadores de cuidados sociais e funcionários administrativos.

'Se não ficasse na história da educação em Portugal como autora do lamentável 'pastiche' de Woody Allen 'Para acabar de vez com o ensino', a actual ministra teria lugar garantido aí e no Guinness por ter causado a maior debandada de que há memória de professores das escolas portuguesas. Segundo o JN de ontem, centenas de professores estão a pedir todos os meses a passagem à reforma, mesmo com enormes penalizações salariais, e esse número tem vindo a mais que duplicar de ano para ano.

Os professores falam de 'desmotivação', de 'frustração', de 'saturação', de 'desconsideração cada vez maior relativamente à profissão', de 'se sentirem a mais' em escolas de cujo léxico desapareceram, como do próprio Estatuto da Carreira Docente, palavras como ensinar e aprender. Algo, convenhamos, um pouco diferente da 'escola de sucesso', do 'passa agora de ano e paga depois', dos milagres estatísticos e dos passarinhos a chilrear sobre que discorrem a ministra e os secretários de Estado sr. Feliz e sr. Contente. Que futuro é possível esperar de uma escola (e de um país) onde os professores se sentem a mais?'"
Manuel António Pina
 
 
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Abraço!

Ministra da Educação não adianta número de escolas que vão encerrar

"Esses números [do encerramento] não importam, o que importa é que as crianças tenham boas condições", frisou a ministra Isabel Alçada, lembrando que são 400 as escolas que foram identificadas como não tendo as condições adequadas "para poder permanecer".


É mais escola, menos escola, isso não interessa. Queremos é poupar uns euros aqui para podermos contratar mais um motorista, um acessor para o acessor do acessor, comprar umas flores para enfeitar o ministério... Professores há muitos... E a Educação lá se vai desenrascando...

É uma notícia do JN:

"A ministra da Educação escusou-se, esta segunda-feira, a concretizar o número exacto de escolas do 1.º Ciclo que encerram no final do ano lectivo, afirmando desconhecer as estimativas das autarquias, que apontam para cerca de 600 escolas.



De acordo com os levantamentos feitos pelas autarquias, "até 654 escolas do primeiro Ciclo, com menos de 21 alunos, poderão fechar as portas no final deste ano lectivo", noticiou o Diário de Notícias, esta segunda-feira.

"Esses números [do encerramento] não importam, o que importa é que as crianças tenham boas condições", frisou a ministra Isabel Alçada, lembrando que são 400 as escolas que foram identificadas como não tendo as condições adequadas "para poder permanecer".

A ministra da Educação falava aos jornalistas em São Brás de Alportel, à margem da inauguração dos trabalhos de ampliação da Escola Secundária José Belchior Viegas, intervenção que representou um investimento de 1,3 milhões de euros.

"Estamos a preparar tudo para que no momento certo vejamos quantas são as escolas que vão abrir e quantas vão encerrar", referiu, sublinhando que o ministério vai em conjunto com as autarquias "verificar todos os casos".

Quanto aos números estimados pelas autarquias de que irão encerrar no final deste ano lectivo até 654 escolas, Isabel Alçada diz não ter essa informação, referindo apenas que "não há dúvida" que irão encerrar as escolas sem condições.

Segundo a ministra da Educação, tratam-se de escolas muito pequenas, que não têm salas adequadas, cantina, instalações desportivas ou biblioteca."

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Poupança...

Abraço!

Lembram-se do Tiririca?

Ou melhor, do sr. Deputado Federal Tiririca?

Pois, este sr. já dá cartas no reino da Educação: vai integrar a Comissão de Educação e Cultura da Câmara de são Paulo. Como ele pertence ao meio da cultura, pediu para integrar esta comissão...

Uma brincadeira que foi longe (demais?).

Podem ler mais aqui.

Abraço!

Estude: pelo seu coração!

E chegaram à conclusão que... estudar faz bem à saúde!

E que tal usarmos esta para convencermos os políticos a darem-nos as condições que precisamos?

A notícia é do DN:

"Educação reduz pressão arterial



Ainda que o stress aumente com os exames, a educação a longo prazo é bom para a pressão arterial, segundo cientistas norte-americanos.

Pressão arterial alta ou hipertensão está ligada a ataques cardíacos, enfartes e insuficiência renal.

O estudo publicado no jornal "BMC Public Health" mostra que a ligação é mais evidente nas mulheres do que nos homens.

As pessoas que têm níveis superiores de educação têm menos riscos de ter doenças cardíacas. E os investigadores acreditam que é por terem níveis de pressão arterial mais baixos."

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Não parem de estudar!

Abraço!

Professores abdicam do salário...

...para salvar escola até ao fim do ano. Recebem apenas para as despesas com alimentação e deslocações.

Uma escola que vai ficar aberta à custa de solidariedade? Só se o ministério deixar...


"Pais não aceitam fecho da Escola Pedro Teixeira

DREC quer inserir alunos da Pedro Teixeira nas escolas públicas de Cantanhede. Associação de Pais não aceita. Professores, solidários, abdicam do salário até ao final do ano lectivo

Conforme o Diário de Coimbra adiantou na edição de ontem, a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC) chamou a Associação de Pais da Escola Pedro Teixeira para informar os encarregados de educação de que os seus filhos – face ao encerramento da escola previsto para terça-feira – iriam ser inseridos nas escolas dos três agrupamentos de Cantanhede. Simultaneamente, a directora da DREC, Helena Libório, chamou no mesmo dia (sexta-feira) os directores dos agrupamentos para os informar desta decisão, o que motivou uma reunião urgente, no mesmo dia à noite, da Associação de Pais, que não aceita o fecho do estabelecimento de ensino e muito menos a transferência dos seus filhos para outras escolas a meio do ano escolar.

«Não aceitamos! A DREC quis distribuir os nossos filhos pelas escolas de Cantanhede, o que é condená-los ao insucesso escolar», disse ontem ao nosso Jornal Lúcia Mateus, da Associação de Pais da Pedro Teixeira, inconformada com a decisão do Ministério da Educação. Para salvaguardar o ano lectivo em curso e o futuro dos alunos, os encarregados de educação decidiram criar um fundo financeiro (cada encarregado de educação contribui com uma verba) com a finalidade de pagar as despesas dos professores até ao final do ano lectivo e evitar, assim, que os alunos mudem de escola a meio do ano.

Esta decisão dos encarregados de educação recolheu, aliás, a aprovação dos mais de 20 docentes da Pedro Teixeira que, inclusive, «estão dispostos a abdicar do seu vencimento até ao fim do ano lectivo para evitar a mudança dos alunos», revelou Lúcia Mateus. O fundo criado servirá, apenas, para pagar as deslocações e alimentação dos docentes, revelou a encarregada de educação.

Por outro lado, o proprietário/director da escola, António Negrão, apesar de confirmar o fecho do estabelecimento de ensino e do despedimento colectivo de 44 pessoas (entre pessoal docente e não docente) a partir de 1 de Março (terça-feira), não se opõe a esta tomada de posição dos pais dos alunos.

«Até ao final do ano lectivo, nós, os pais, e os professores, ficaremos responsáveis pela gestão das aulas. Foi isto que decidimos juntamente com os professores, mas...»

Mas, nada desta resolução saída da reunião de pais e professores é exequível sem o aval do Ministério da Educação, o que deixa apreensíveis os encarregados de educação.


“Ao menos deixem-nos acabar o ano lectivo”

«Segunda-feira (amanhã), vamos novamente à DREC apresentar esta proposta à directora (Helena Libório), e não sabemos o que vamos ouvir. Já que o fecho da Pedro Teixeira é irreversível, não queremos que os alunos sejam condenados ao insucesso e pedimos que os deixem terminar o ano nesta escola», apela Lúcia Mateus.

O Diário de Coimbra também falou ontem com a representante dos professores que, emocionada, transmitiu uma imagem de grande desalento. «O despedimento colectivo está certo. São 31 professores e 13 funcionários que vão para o desemprego». Catarina Marques, visivelmente emocionada, lamenta este desfecho que considera «cruel» e revolta-se por «não nos deixarem fazer o que queremos: ensinar os nossos alunos», que consideram «a nossa família».

Esta docente, a leccionar na Pedro Teixeira há 13 anos, confirma que as próprias crianças «não param de chorar» ao saberem que têm de mudar de escola a meio do ano e, num apelo mais profundo, pede aos responsáveis: «ao menos deixem-nos terminar o ano lectivo com os nossos alunos». Amanhã, com a proposta que os encarregados de educação vão apresentar à directora regional de Educação, logo se verá..."

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Abraço!

654 Escolas para encerrar: vão ouvir as autarquias?

Uma notícia do Público.
"O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, reiterou hoje que nenhuma escola deve encerrar sem a concordância da respectiva autarquia, no âmbito do protocolo celebrado o ano passado com o Ministério da Educação."



Abraço!

Governo vai encerrar mais de 600 escolas em todo o país

Ora vamos lá fazer as contas: 654-40=614.

Ouve um "pequeno lapso" de 614 escolas na semana passada quando o sr. Secretário de Estado João da Mata referiu que haviam 40 escolas para encerrar?

São menos (pelo menos) 654 postos de trabalho para docentes (não se esqueçam de somar os auxiliares, as empresas que vão ter menos estes clientes para fornecer e outros "envolvidos").

Uma notícia do Jornal i:

"O ministério da Educação pondera encerrar 654 escolas do primeiro ciclo do ensino básico, com menos de 20 alunos.


A medida que está ainda a ser discutida entre o Governo e os municípios resulta de um levantamento exaustivo feito pelas autarquias.

Segundo avança a TSF, os agrupamentos de escolas já receberam ordens para não aceitarem novas matrículas e informarem os pais que devem esperar pela entrada em funcionamento da plataforma que vai centralizar o processo.

Para o coordenador do ensino básico da Federação Nacional de Professores (FNE), Francisco Almeida, a confirmação do encerramento destas escolas traduzir-se-á no "fechar" de muitas aldeias do interior do país.

"Pode parecer poucos alunos, mas uma aldeia que tem hoje 20 crianças no primeiro ciclo, nalgumas regiões é uma aldeia já de uma dimensão razoável", advertiu.

O número de escolas a encerrar são, no entanto, bastante superiores aos que foram projectados para este ano pelo secretário de Estado da Educação, João da Mata, que na semana passada, como refere o Diário de Notícias, falou de 40 escolas primárias por encerrar."


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Já no Público:

"José Junqueiro diz que encerramento de escolas faz parte do que está estabelecido nas cartas educativas"

Não é grave, está tudo como previsto, porque nos haveriamos de preocupar?

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Abraço!

Ainda a sanita para 80 alunos

Volto ao tema "sanitário" pois ouvi na Antena3 uma crónica muito engraçada que decidi partilhar convosco.

Para quem não esteve atento à mensagem aqui deixada ou às notícias do país, há uma escola em Aveiro com apenas uma sanita para 80 alunos. Das 4 habituais, 2 entupiram (diz o Serginho - responsável pelo áudio que disponibilizo) e uma foi partida por um funcionário da Junta de Freguesia.

Resulatado: urina-se no caixote do lixo e gere-se como se pode o "luxo" que é ter uma sanita - podiam não ter nenhuma!

Podem ouvir a crónica de Serginho (na Farmville) aqui.

Abraço!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Professores no período probatório sem fim à vista

Isto de passar do índice 126 para o 151 é um luxo que o governo não pode sustentar, coitadinhos...

O período probatório não vai ter fim à vista?

Foi com grande espanto que li isto no ad duo:



"De:DGRHE.MEducacao@dgrhe.min-edu.pt [mailto:DGRHE.MEducacao@dgrhe.min-edu.pt]


Enviada: sexta-feira, 25 de Fevereiro de 2011 11:xx

Para: DGRHE.MEducacao@dgrhe.min-edu.pt

Assunto: Docentes Contratados - Alteração de Indice em 2011.


Exmo.(a) Senhor(a) Director(a)

A alteração do índice remuneratório dos docentes contratados por decurso dos 365 dias de tempo de serviço ocorre automaticamente por força da lei, sem que os contratos careçam de qualquer aditamento. Todavia, por força da Lei nº 55-A/2010, de 31 de Dezembro (Lei do Orçamento), essa regra foi sustida, uma vez que estão impedidas quaisquer alterações ao posicionamento remuneratório.

Assim, a partir do dia 1 de Janeiro e, enquanto vigorar o art. 24º da supracitada Lei, qualquer direito que possa ser constituído por parte de algum docente que no decurso do seu contrato complete os 365 dias, a sua posição remuneratória não pode ser alterada do índice 126 para o índice 151.

Com os melhores cumprimentos

Jorge Oliveira
Director de Serviços
DSGRHE"


Enfim...

Abraço!

O ministério da Educação desapareceu...

A ideia parece-me certa... Não há dúvidas que a vertente económica está a esmagar todas as outras vertentes. A qualidade do serviço é secundária: poupe-se a todo o custo! Nem que se esteja a hipotecar o futuro do país!


"Para Mário Nogueira, a educação «carece» de um ministério atuante:
«Neste momento não há ministério da Educação. Há um ministério das Finanças
que decide e depois um ministério que aplica o que aquele decidiu»."



É o que se pode ler nesta notícia do Diário Digital:

"Professores: «Não há ministério da Educação» - Mário Nogueira


O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF) Mário Nogueira disse hoje «que não há ministério da Educação» e apelou à participação dos docentes nas manifestações previstas para março e abril.

As acusações de Mário Nogueira foram feitas no discurso do dirigente no sétimo congresso do Sindicato de Professores do Norte (SPN), em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor.

Para Mário Nogueira, a educação «carece» de um ministério atuante: «Neste momento não há ministério da Educação. Há um ministério das Finanças que decide e depois um ministério que aplica o que aquele decidiu»."


Abraço!

Partilhar com direitos de autor


Gosta de partilhar conteúdos mas quer manter os seus direitos de autor?

Uma forma de proteger os seus trabalhos é a CC: Creative Commons. É gratis, parece fácil e eficaz (ainda não experimentei. Se já sabem mais do que eu agradeço a partilha de conhecimentos).

Podem saber mais aqui.

Abraço!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Já é 1 de Abril?

Só pode ser. Isto deve ser mentira (ou não):



"Os pais dos alunos da escola do primeiro ciclo de Leirinhas, em Aveiro, dizem que só há uma sanita disponível para as 80 crianças que frequentam o estabelecimento, afirmando que se trata de um problema de saúde pública.


"Temos crianças a urinar para os caixotes do lixo, porque só têm uma sanita que funciona", revelou Fátima Duarte, da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Aradas, que marcou presença na última sessão da Assembleia Municipal de Aveiro, realizada na quarta-feira à noite.

Actualmente, segundo a mesma responsável, das quatro sanitas disponíveis, só restam três, porque na semana passada um funcionário da Junta de Freguesia partiu uma sanita quando a tentava desentupir, e destas, duas estão entupidas.

"Na prática temos apenas uma sanita a ser utilizada por 80 alunos numa escola primária", esclareceu a encarregada de educação, considerando que se trata de uma situação "impensável e um atentado para a saúde pública".

A coordenadora da escola, Cristina Monteiro, disse à Lusa que o problema é antigo e já obrigou ao fecho das casas de banho por vários dias. "As sanitas estão a entupir constantemente e quando isso acontece temos de chamar os funcionários da Junta de Freguesia para as desentupir", adiantou.

No entanto, este parece não ser o único problema da escola, já que, segundo a responsável da associação de pais, também não se encontram lavatórios nas casas de banho.

"O único lavatório existente na escola encontra-se no recreio, localizado nas traseiras do edifício e não perto das casas de banho, nem tão pouco do refeitório", precisou.

Fátima Duarte disse que a associação já contactou várias vezes a autarquia para proceder a reparações definitivas das casas de banho da escola, tendo-se até disponibilizado para pagar a obra, mas a única resposta que obtiveram até ao momento foi de que "necessitavam de conhecer mais concretamente a intervenção proposta".

"Numa altura em que estamos em crise, aparece uma associação que oferece tudo e a Câmara não se digna responder se autoriza ou não que os pais executem a obra", lamentou, avisando que se até à próxima sexta-feira não obtiverem uma resposta, a associação irá avançar para outras formas de protesto.

Na resposta, o presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, comprometeu-se a "averiguar as causas" do problema, deixando um pedido de desculpas "pelas falhas que terão acontecido"."

Jornal de Notícias


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Abraço!

Professores do ensino particular receiam perder postos de trabalho

Já se contava com isto. Se cortam nos apoios, onde é que as escolas vão cortar? Nos professores... Vão-se juntar a todos os outros do ensino público que para o ano vão estar fora da escola.

É uma notícia da Rádio Renascença:


"Os professores das escolas do ensino particular e cooperativo foram hoje ao Ministério da Educação manifestar a preocupação com os cortes feitos pelo Governo nas escolas com contratos de associação.


Os docentes afirmam que já estão a ser aplicadas reduções salariais na ordem dos 30%, há ordenados em atraso e cerca de mil postos de trabalho em risco, indica Rui Leite, o presidente da Associação que representa estes professores.

Rui Leite, da Associação que representa os professores do ensino particular e cooperativo, foi hoje recebido no Ministério da Educação.

Situação mais grave enfrentam as escolas que continuam a recusar assinar a adenda aos contratos de associação com o Governo. Das 93 escolas há ainda dez que não o fizeram.

O presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas, o padre Querubim Silva, afirma que os colégios que não assinaram o contrato terão grandes dificuldades em fazer face às despesas.

O padre Querubim Silva, também director do Colégio do Calvão, assinou na última semana, sob protesto, o contrato de associação com o Ministério da Educação. O responsável garante que haverá cortes nos salários dos funcionários."

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Abraço!

Mário Nogueira: o "mauzinho"

(Desculpe-me Dr. Mário Nogueira, mas lembrei-me deste título mais apelativo sem o querer ofender)

Combater a papela com... papelada!

E porque não? É dar ao ministério um pouco do seu próprio veneno.

Escolas que tenham dúvidas devem perguntar, não inventar. E já se ouve cada história...

É uma notícia do Diário Económico:



"Fenprof apela às escolas para que forcem o Ministério a responder a todas as dúvidas.


Os professores vão usar a burocracia para combater o modelo de avaliação, que acusam de ser ele próprio burocrático e injusto. A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) vai apelar às escolas que enviem para o Ministério da Educação "todas as dúvidas que tenham" acerca do processo de avaliação. "Sempre que haja dúvidas sobre o que fazer, as escolas não devem inventar", disse o secretário-geral da Fenprof ao Diário Económico, apelando às escolas para que enviem todas as perguntas para a tutela.

Mário Nogueira garante que o objectivo é "obrigar o Ministério a responder" a todas as questões, mas, na prática, o resultado será entupir a 5 de Outubro com pedidos de esclarecimento."

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Abraço!

Mostra de Ciência, Ensino e Inovação da Universidade do Porto

Dúvidas não lhes faltam. Uns não sabem o que querem, outros sabem mas não sabem como o fazer, outros apenas querem saber qualquer coisa mais. Porque não visitar a Mostra U.Porto?



"Para os jovens que ambicionam entrar no ensino superior, a Mostra da U.Porto assume-se como um local privilegiado para recolher informação pormenorizada sobre os mais de 50 cursos de licenciatura e mestrado integrado que são leccionados nas 14 faculdades da U.Porto. Estudantes, docentes e investigadores universitários estão disponíveis para esclarecer os visitantes sobre os variados aspectos do quotidiano académico, sobre as especificidades dos cursos de 1.º ciclo ou de mestrado integrado que a U.Porto oferece ou, ainda, sobre a actividade de investigação e a forma como esta contribui simultaneamente para a aventura do conhecimento humano e para aplicações práticas que se reflectem no quotidiano de todos."


"A 9.ª edição da Mostra da U.Porto terá lugar no Pavilhão Rosa Mota de 17 a 20 de Março de 2011, estando aberta nos dias 17 e 18 das 10h às 19h, no dia 19 das 11h às 23h e no dia 20 das 11h às 19h."

Para saberem mais, cliquem aqui.

Abraço!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Trabalham na escola e recebem 3 euros à hora

"Pessoal não docente está a ser contratado a tempo parcial, por três a quatro horas por dia, recebendo três euros à hora. Sindicatos acusam a ministra Isabel Alçada de promover a precariedade." - Rádio Renascença.

Eu sabia que eram mal pagos, mas 3 euros? Até na China devem receber mais...

Continuando:

"O Ministério da Educação continua a abrir concursos para preencher vagas de pessoal auxiliar nas escolas. Desde Janeiro e até ao dia 17 de Fevereiro, foram abertos 545 .


O levantamento foi feito pela Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, que revela que estes concursos são para colocar funcionários a tempo parcial com contrato até 28 de Fevereiro.

Os sindicatos insistem por isso que o Ministério de Isabel Alçada está a promover a precariedade nas escolas da rede pública.

Praticamente todos os dias, o “Diário da República” dá conta da abertura de novos concursos para contratos a tempo parcial nas escolas. No primeiro período deste ano lectivo, foram abertos 1.830 concursos, cujos contratos terminaram na sua maioria a 31 de Dezembro.

Uma situação que causa instabilidade nas escolas, além de todos os custos que estão associados ao recrutamento constante de novos funcionários, dizLuís Pesca, dirigente da Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública, à Renascença.

Para o sindicalista, é necessário que o Governo preencha as necessidades de carácter permanente - uma mensagem, que ainda na semana passada, foi reforçada junto do gabinete de Isabel Alçada, que ainda não respondeu. Por isso, os Sindicatos da Função Pública poderão endurecer a luta e avançar com paralisações: “Qualquer iniciativa pode passar por acções de luta específicas dentro do Ministério da Educação, nunca pondo de parte a ideia de recorrer a uma greve, para mostrar que realmente o pessoal não docente é essencial”.

Para os pais,o recurso a este tipo de contratos não está a evitar situações complicadas nas escolas. Segundo a Federação Regional de Setúbal da Associação de Pais, há serviços nas escolas deste distrito que não têm nenhum auxiliar."

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Andam a remendar quando é preciso comprar novo. Tal como nós professores contratados: se contratam e voltam a contratar não são necessidades provisórias, são permanentes!

E ainda há os casos em que "contratam" desempregados ao Centro de Emprego através de um programa especial de ocupação/incentivo para os desempregados. É suposto não "roubarem" lugar a ninguém, devem ser um "extra", mas já sabemos como são usados...

Abraço!

"Era uma escola muito engraçada...

... não tinha teto, não tinha nada..." Conhecem a canção? Adaptei-a agora mesmo depois de ler esta notícia da Rádio Renascença:

"Alunos de escola no Furadouro comem num contentor


Os problemas de segurança e higiene na escola de ensino básico da Praia do Furadouro, em Ovar, levaram em 2008 a autoridade de saúde a enviar à câmara local um extenso relatório a propor medidas urgentes para garantir condições de ensino no edifício erguido há 40 anos.

O estabelecimento escolar em causa conta com quatro turmas e 80 alunos. Não existe sequer um coberto entre a escola e o contentor onde funciona o refeitório e há graves problemas ao nível das casas de banho.

“Temos uma escola que não tem nenhuma área coberta para recreio. Esta escola não tem saneamento, tem duas fossas cépticas e as casas de banho estão obsoletas - têm de ser renovadas completamente”, explica Guilherme Campos, da Associação de Pais.

“Devíamos ter posto um cadeado nesta escola. Numa sala de aulas não há um interruptor para acender e apagar a luz - é preciso ir ao quadro para acender a luz da sala”, afirma Guilherme Campos.

Por enquanto, apenas foi arranjado um telhado num alpendre, que ameaçava ruir, improvisado para servir de recreio. Contudo, a vereadora da educação, Conceição Vasconcelos, anuncia mais obras na Páscoa, embora não se trate ainda de uma remodelação de fundo da escola.

“Agora vamos intervencionar a zona das casas de banho, que está uma miséria. A escola vai ser para aguentar nos próximos anos, mas não vamos ficar por aqui, aquela escola precisa de mais intervenção”, garante."

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Abraço!

PSD quer disciplina de "educação financeira" nas escolas

Já tinha referido anteriormente que concordo que os alunos aprendam a lidar com o dinheiro (bem como os pais). O PSD também parece vê-lo com bons olhos e decidiu avançar com um projecto para promover a literacia financeira, para alunos (EFA´s incluídos) e mesmo para os desempregados.

Numa primeira análise parece-me exequível e interessante (mas não me admirava se começassem a complicar e nos "tramassem" com mais esta em horas e manobras inventadas para não nos pagarem estas aulas).

É uma notícia do Joranal de Negócios.

"O PSD entregou no Parlamento um projecto em que recomenda ao Governo que promova a literacia financeira como "instrumento de estímulo à poupança e contributo para a diminuição do endividamento das famílias".


Entre as sugestões dos social-democratas está a inclusão da disciplina de Educação Financeira no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Secundário, assim como acções de formação nessa área para os desempregados inscritos no IEFP.

A "incorporação das noções financeiras básicas" deverá ainda abranger os cursos de Educação e Formação (3º Ciclo do Ensino Básico), os cursos profissionais (Ensino Secundário) e os cursos de Educação e Formação de Adultos.

No "prazo mais curto de tempo", completa o diploma, deve ser dada a "adequada formação" aos professores a ser envolvidos nas temáticas da educação financeira de forma a uma implementação bem sucedida desta disciplina nos currículos escolares.

Neste projecto, da autoria do deputado Nuno Reis (eleito pelo PSD no distrito de Braga), é recomendado ao Executivo que "tome as medidas adequadas no sentido de dotar os portugueses de conceitos financeiros básicos, tais como taxas de juro, funcionamento de créditos, direitos e deveres do consumidor, cálculo financeiro, funcionamento das bolsas, câmbios, entre outras noções importantes que contribuam para uma melhor gestão das finanças pessoais".


Literacia financeira dos alunos testada pela OCDE

A OCDE vai testar os alunos de 15 anos sobre os seus conhecimentos sobre finanças pessoais e capacidade para aplicá-los aos seus problemas financeiros. De acordo com um comunicado disponibilizado ontem na página desta organização, este primeiro grande estudo a nível internacional para avaliar a literacia financeira dos jovens será disponibilizado em 2013.

Nesta primeira fase, os estudantes portugueses ficarão de fora deste estudo, que será aplicado em apenas 19 países do conjunto de 65 que participam regularmente nos exames feitos no âmbito do PISA – Programme for International Student Assessment).

No último relatório, divulgado no final do ano passado, Portugal foi o país da OCDE que mais progrediu nestes testes de conhecimentos e aptidões dos alunos no conjunto dos três domínios testados: matemática, leitura e ciências. O melhor resultado de Portugal, face ao relatório de 2006, foi mesmo obtido na matemática.

Na sequência destes resultados, José Sócrates anunciou no Parlamento que no ensino básico, do horário semanal atribuído ao estudo acompanhado, um tempo lectivo passará a ser “obrigatoriamente alocado ao estudo da matemática”."

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Abraço!

Greve pelo respeito ao Estatuto da Carreira Docente

O assunto não é novo, mas ainda é actual.

Este artigo do Educare.pt é sobre o desrespeito pela lei por parte do ministério da Educação (ministério com o "m" minúsculo, mas a Educação com um "E" maiúsculo - cada um tem o que merece) no que concerne à remuneração das horas extraordinárias.

Trabalhar mais para ganhar menos? (Já tinha escrito sobre isto)

Põe-se a situação de algumas turmas ficarem sem aulas, ou com menos, a uma determinada disciplina, uma vez que não é possível fazer substituição dos professores que optarem por esta forma de luta. Isto deixa-me a pensar se os professores vão ter a "coragem" de deixar os seus alunos sem aulas, embora tenham toda a legitimidade para lutar pelos seus direitos.

Estava eu em início da carreira (lá estou eu a pensar que os contratados têm carreira) quando houve greve aos exames. Por acaso não tinha vigilâncias, mas vários colegas que tinham não assinaram a presença mas foram cumprir a sua função para que os alunos não saíssem prejudicados. Fomos todos "obrigados" a ir para a escola, um tipo de "serviços mínimos" que neste caso eram "serviços máximos", pois quem não aparecesse, tivesse ou não vigilância atribuída, poderia ser penalizado pelo ministério (lembram-se disto?). Mas os tempos eram outros e não eramos tão espesinhados. E será que ainda há muitos alunos que mereçam esta consideração?



"Professores avançam com greve a todo o serviço extraordinário a partir de 1 de março para que a tutela cumpra o estipulado na lei. Se os docentes não podem ser substituídos, poderá haver turmas sem aulas a uma disciplina até ao final do ano letivo.


A greve está convocada. A partir de 1 de março , haverá professores em greve às horas extraordinárias. Vários sindicatos do setor da educação, com a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) à cabeça, garantem que é uma ilegalidade estipular o valor da hora extraordinária pelas 35 horas, como agora o Ministério da Educação (ME) vem impor, e não pela componente letiva de 22 ou 25 horas, conforme definido no Estatuto da Carreira Docente. O assunto já bateu à porta da ministra da Educação e da Provedoria de Justiça.

Os docentes em greve a todo o serviço extraordinário só mudarão de atitude se a tutela recuar. A greve está marcada até 30 de junho e poderá haver turmas sem aulas a uma disciplina até final do ano letivo ou só com 1/3 da componente letiva . Os impactos só serão conhecidos quando se conhecer os números da adesão da classe docente.

O ponto seis do artigo 83.º do Estatuto da Carreira Docente estabelece que o cálculo do valor da hora extraordinária tem por base a duração da componente letiva , ou seja, 22 ou 25 horas. A recente decisão do ME de esticar a componente letiva para as 35 horas não é bem aceite.

O ME veio entretanto a público explicar que as escolas têm orientações para cumprir as regras que estão a ser aplicadas na função pública, quanto ao pagamento das horas extraordinárias. "O ME, em estrito cumprimento do estabelecido na lei do Orçamento do Estado, deu orientações às escolas para que o pagamento das horas extraordinárias seguisse a regra geral aplicável a todos os trabalhadores da Administração Pública", adiantou, à Lusa, uma fonte do ME. E acrescentou: "Não poderia o ME deixar de aplicar aos docentes as disposições que sobre esta matéria estão consignadas na referida lei".

Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, explica que o que está em causa é o cumprimento da lei. "O Ministério não pode andar fora da lei", refere. "É ilegal obrigar que a componente individual seja feita além do horário de trabalho", acrescenta. O responsável refere que cada professor é livre de aderir ou não à greve às horas extraordinárias. "A questão é que os professores têm na lei uma determinada fórmula de cálculo do valor da hora extraordinária que não está a ser respeitada. O ME decidiu, através de meras circulares, que esse cálculo passaria a ser feito de outra maneira".

Uma greve que volta a repetir-se. O secretário-geral da FENPROF lembra que o valor atribuído às horas extraordinárias mudou na altura em que Manuela Ferreira Leite era ministra das Finanças. Os professores fizeram greve e o Governo recuou na decisão e tudo voltou a ser como antes. "Desde essa altura que nunca mais ninguém ousou mexer numa coisa que tem de ser como está na lei", sustenta. Esta quinta-feira, a FENPROF reúne-se com o ME para analisar vários assuntos. Se nesse encontro a tutela recuar na sua decisão, a greve será imediatamente desconvocada.

O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) pertence ao grupo que marcou a greve e o departamento jurídico da estrutura já está a analisar a forma de recorrer à justiça. Vários docentes têm contactado o SIPE com a vontade clara de recorrer aos tribunais por causa desta situação. Júlia Azevedo, presidente do SIPE, considera incompreensível como o que se escreve numa circular pode apagar o que está estipulado no Estatuto da Carreira Docente.

"Os professores são penalizados duas vezes", sustenta Júlia Azevedo. Por um lado, o preço da hora extraordinária diminui pela "tabela" das 35 horas. Por outro, o valor líquido do próprio vencimento base também sofre devido à taxa de redução remuneratória. "Não queremos que os alunos fiquem sem aulas, mas que se reponha a legalidade", defende a responsável. "Não é desta forma que as coisas se fazem, queremos que o ME recue para que os alunos e os professores não sejam prejudicados", acrescenta.

A Pró-Ordem - Associação Sindical dos Professores Pró-Ordem também está descontente com a situação e aderiu ao aviso de pré-greve. Filipe do Paulo, presidente da Pró-Ordem, garante que é uma "questão de dignidade". "Não é tanto pelo número de colegas que estão em causa, mas sobretudo porque se trata de mais uma machadada no estatuto social do professor", adianta. "É uma forma de as pessoas demonstrarem a sua indignação. Sabemos que são apenas horas para contemplar horário porque o ME, e muito bem, não autorizou acumulações", conclui.

Antero Resende, professor de Educação Visual e Tecnológica, não vai fazer greve porque não tem horas extraordinárias, mas percebe o descontentamento dos colegas. "Trata-se de uma posição unilateral: é o patrão que diz, unilateralmente, como as coisas vão funcionar sem falar, sem conversar, sem negociar com ninguém". E se um professor faz greve e não é obrigado a comunicar a sua ausência à escola, poderá haver turmas sem aulas a uma determinada disciplina até ao final do ano letivo .

"Esta greve poderá causar situações de ausência de professores. O professor não pode ser substituído o que poderá levar a que uma turma fique meses sem um professor de uma disciplina", sustenta. Antero Resende considera, no entanto, que esta greve poderá não ter as repercussões da anterior paralisação realizada pelos mesmos motivos, uma vez que os agrupamentos têm vindo a receber ordens de reduzir as horas extraordinárias. De qualquer forma, compreende as razões do descontentamento. "Na componente não letiva , que está completamente desregulada, cabe tudo", repara.

Ricardo Mariano, professor de Geometria Descritiva e de Educação Visual, não fará greve porque não tem horas extraordinárias, mas defende o protesto. "É uma forma de fazer sentir que há situações muito graves que estão a ser preparadas para o arranque do próximo ano letivo . Acabar com 30 a 40 mil postos de trabalho é abdicar da qualidade do sistema educativo". O docente sabe que o défice ajuda a explicar muitas medidas, mas não compreende algumas decisões do ME. "É preciso perceber que a educação é um setor decisivo no desenvolvimento do país", remata."

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Abraço!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pais preocupados com as medidas açorianas

"As confederações nacionais de associações de pais e encarregados de educação manifestaram hoje "muitas reticências" e "dúvidas" quanto à anunciada intenção do Governo Regional dos Açores em aplicar coimas aos pais que não se envolverem na educação dos filhos."
 
Diário de Notícias
 

Claro que estão. Eu também estaria preocupado se visse que esta medida podia ser aplicada ao meu caso. Mas eu, tal como muitos (felizmente), não preciso de me preocupar...
 
Mas percebo que queiram saber mais sobre o assunto e deve ser daí que surge a inquietude.
 
Abraço!

De "rasca" para "à rasca"

No Expresso vem um artigo sobre a geração à rasca (sim, aqueles que eram da geração "rasca" agora são da "à rasca").

Alexandre de Sousa Carvalho, Paula Gil, João Labrincha e António Frazão estão na origem do "Protesto Geração à Rasca", começado no Facebook e já com mais de 20 mil apoiantes.

"...desafiam todos os "desempregados, 'quinhentoseuristas' e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal" a participarem no protesto."

Embora não quisesse, tenho que me incluir neste grupo. Eu e muitos professores que trabalham com horários incompletos. Eu e muitos professores que estarão fora da escola no próximo ano lectivo. Eu e muitos professores maltratados desde o início da carreira (carreira? Os contratados têm carreira?).

Ninguém me obrigou a seguir esta vida, mas sou parvo! Gosto do que faço, mas não mo deixam fazer...

Abraço!

Professores e médicos contestam cortes em tribunal

Continua a luta.
"Professores e médicos contestam cortes em tribunal


Fenprof está a fazer o levantamento de todos os casos para poder coordenar as acções judiciais. Médicos já estão a receber salário reduzido.

Cerca de 40 mil professores contestaram os cortes salariais do mês de Janeiro junto das direcções das escolas e vão agora seguir para tribunal. O número é uma estimativa da Fenprof, que ainda está a fazer o levantamento de todos os casos, para poder coordenar as acções judiciais, agora que os Ministério da Educação (ME) já deu indicações às escolas para recusar os pedidos de reclamação feitos pelos professores. Médicos e enfermeiros preparam-se para também contestas os cortes em tribunal.

A partir de hoje, os docentes que não entregaram a reclamação no primeiro mês do ano, podem começar a contestar a redução do segundo ordenado que recebem este ano. Mas a maioria dos profissionais já terá contestado os cortes logo em Janeiro, dizem a Fenprof e a FNE (Federação Nacional de Educação). Médicos já começaram a receber o segundo salário reduzido no dia 21."
DN



Abraço!

Responsabilizar os pais - Vídeo

Depois do texto, encontrei referência à mesma notícia em vídeo, na RTP Açores.

É caso para dizer que Cláudia Cardoso (nova secretária regional da educação dos Açores) chegou e disse... e parece-me "dizer" muito bem:



E "dá uma no cravo e outra na ferradura": vai continuar a política educativa do PS mas com alterações.

Carlos César apoia-a e elogia as suas capacidades.



Será uma revolta na ilha? Não seria a primeira vez que os insulares nos davam bons exemplos na educação.

Abraço!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Há condições para avançar com a obrigatoriedade do 12º ano?

Segundo o SPN, não é a melhor altura para prosseguir com essa medida. Com os cortes no orçamento não será fácil.

Mas, por outro lado, não poderá funcionar como uma "obrigação" para mais investimento? Eu sei que isto é só uma esperança e o mais certo é não acontecer.

Vai aparecer mais um iluminado que descobre uma maneira de tirar aqui e por acolá (tipo os reajustes de horários que vão permitir que não haja despedimentos no próximo ano lectivo - pois, sim...) e vai correr tudo às mil maravilhas (ou não...).

Ou então poderemos ter outro governo em 2012/2013. E todos sabemos que novo governo significa nova política educativa, como tem acontecido na nossa história democrática. Se é para melhor ou pior é que não sabemos. resta-nos a esperança!

A notícia tem outros assuntos e pode ser lida aqui.

Abraço!

Presidente do TC contra “monopólio do Estado” na educação

Já não é só uma ou duas, já começam a ser muitas vozes sobre este assunto: escolher a escola!

Podem ler no Público.

"O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins, que foi também ministro da Educação, defende que deve existir “liberdade de aprender e ensinar”, exigindo, assim, que o Estado “não tenha o monopólio do serviço público de educação”."

Responsabilizar os pais

Parece que há "alguma luz" nos Açores: os pais têm que ser responsabilizados pelos atos (ai que saudade do "c") dos seus filhos na escola. Muito bem! Assim deixavamos de ouvir "ele é assim", "em casa é pior", "até já bateu num bombeiro" e outras que certamente conhecem.

E onde dói mais? Na carteira: "coimas e perda de direitos sociais". São primeiro filhos e só depois alunos. Nós temos que dar a educação escolar, não temos que ensinar as regras de educação social (quando muito reforçá-las). Cada um com o seu papel e todos juntos no sucesso.

(Nem dei relevo à última parte da notícia, mas leiam, só para poderem rir à gargalhada.)

É uma notícia do Público:


"O Governo Regional dos Açores pretende reforçar a autoridade dos professores e aplicar coimas aos pais que não se envolverem na educação dos filhos, anunciou hoje a nova secretária regional da Educação, Cláudia Cardoso.

A posição do executivo açoriano foi anunciada no plenário da Assembleia Legislativa Regional, durante uma interpelação ao governo sobre educação promovida pelo deputado regional do PPM, Paulo Estêvão, para debater os problemas do sector no arquipélago.


Cláudia Cardoso, que tomou posse do cargo há cerca de um mês, defendeu ser necessário um “reforço urgente da autoridade do pessoal docente, dentro e fora da sala de aulas”, nomeadamente concedendo aos professores o estatuto de “autoridade pública”.

“Passar-se-á a considerar todas as situações de agressões, como situações de crime público”, afirmou a secretária regional da Educação, que pretende criminalizar os maus comportamentos escolares através de “profundas alterações” no Estatuto do Aluno, no Regulamento de Gestão Administrativa e Pedagógica dos Alunos e no Regulamento de Autonomia e Gestão das Escolas.

Cláudia Cardoso pretende também exigir uma maior participação dos pais e encarregados de educação no acompanhamento escolar dos jovens estudantes, admitindo aplicar “coimas” e “perda de direitos sociais” a quem não esteja interessado no sucesso escolar dos educandos.

“A educação não é apenas um papel da escola, nem sobretudo da escola ou dos professores”, frisou, recordando que o sucesso escolar de alguns países europeus resulta também do papel das famílias na educação dos alunos.

Artur Lima, líder parlamentar do CDS/PP, recordou que as iniciativas hoje apresentadas correspondem, em parte, ao que os sindicatos e alguns partidos da oposição já defendem há algum tempo, sublinhando o que considerou ser uma “viragem no discurso da Educação nos Açores”.

A nova secretária regional da Educação negou, no entanto, que exista alguma alteração na política para o sector, salientando que estas ideias já eram defendidas no programa eleitoral do PS e do Governo Regional.

Paulo Estêvão, autor da interpelação ao governo, exigiu a “suspensão imediata” do sistema de avaliação dos docentes, por entender que, além de fazer perder muito tempo aos professores, não discrimina os bons dos maus.

“Que avaliação existe num sistema em que quase 99 por cento dos docentes obtêm a classificação de bom”, questionou o deputado regional do PPM, respondendo de seguida que "pouca ou nenhuma”.

Cláudia Cardoso recusou esta exigência, recordando que a indicação que o executivo tem é que este modelo, além de estar devidamente integrado, já é “compreendido” e “aceite” pelos docentes."

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Abraço!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Testes cognitivos (com o selo da Universidade de Cambridge)

São vários testes cognitivos, divididos em 4 áreas, para exercitar todo o nosso cérebro.

Tiveram um teste de QI no fim do ano passado, mas já não está disponível. (Não sei se isto é bom ou mau, por vezes podem dar-nos resultados inesperados. Só para pessoas com boa auto-estima?)


É em inglês (mas o google translate pode resolver a barreira linguística satisfatoriamente - se não souberem como, pergunte-me).
Podem experimentar aqui (eu ainda não o fiz. Comentem a vossa experiência para sabermos mais sobre os testes).





Abraço!

Professores: três meses de greve às horas extraordinárias

Trabalhar mais para ganhar menos?

É uma medida  avançada pela FENPROF.

"A FENPROF anunciou esta segunda-feira uma greve de três meses, às horas extraordinárias, no sector da Educação. O protesto deverá realizar-se entre 1 de Março e 30 de Junho. Num comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, o sindicato diz ainda que o pré-aviso será entregue já hoje junto das entidades competentes.


Na base da decisão está uma decisão do Ministério da Educação em estabelecer que o valor das horas extraordinárias tenha por base as 35 horas, quando o que está actualmente previsto varia entre as 22 e as 25 horas.

Desta forma, segundo os sindicatos, é ainda mais reduzido «o valor líquido do próprio vencimento base».

No mesmo comunicado, a FENPROF diz ainda que a greve será levantada «quando o Ministério da Educação respeitar o disposto na lei». Acrescentando que a questões já foi colocada «junto da Ministra, na Provedoria de Justiça e também na Assembleia da República»."

TVI
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Abraço!

Os Presidentes de Portugal

É um trabalho interessante do Jornal Expresso: "De Teófilo Braga a Cavaco Silva, faça uma viagem histórica pela cronologia de todos os Presidentes da República portugueses."


Podem ver aqui.


Abraço!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O meu modesto blogue no Jornal Expresso

Desculpem-me a falta de humildade, mas isto premeia o autor e os seus leitores.

Eu, como autor, dedico atenção à construção deste blogue.

Vocês, como leitores (e já alguns comentadores), ajudam a torná-lo visível e são a razão do meu trabalho para manter este espaço vivo.

A todos um muito obrigado.


Pois, sim, falta o que deu origem ao título. É uma pequena alusão a este blogue no Jornal Expresso. Não é nada, mas começa a ser muito...

Abraço!

Percentagens das classificações de mérito serão distribuídas por grupos de docentes

Fez-se alguma luz, mas ainda há tanta escuridão...

Vai haver negociação das cotas (ou quotas) ou vão ser "apresentadas" aos sindicatos?

É uma notícia do Público:


"Os professores do ensino básico e secundário que estão a avaliar outros docentes já não terão, em princípio, que poupar nas classificações de Muito Bom e Excelente com receio de que a percentagem máxima se esgote antes da sua vez.

Um projecto de despacho do Ministério da Educação (ME), que começará a ser negociado com os sindicatos na próxima semana, cria quotas diferenciadas para as classificações de mérito para quatro grupos de docentes: os relatores (que são os avaliadores), os docentes do quadro, os contratados e os professores que são avaliados pelo directores dos agrupamentos.

Neste último grupo incluem-se, entre outros, os coordenadores de departamentos e de centros Novas Oportunidades. Um segundo projecto de despacho confirma para os directores as percentagens máximas estabelecidas para os dirigentes intermédios pelo Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP): 25 por cento para as menções de Desempenho Relevante e, de entre estas, cinco por cento para o reconhecimento de Desempenho Excelente. A avaliação é feita pelos directores regionais de Educação.

Uma das principais críticas que as escolas têm feito ao actual modelo prende-se precisamente com o facto de, a seis meses do final deste ciclo avaliativo, ainda não terem sido estabelecidas quotas diferenciadas para os diferentes grupos de docentes, o que estará a criar um "ambiente de desconfiança" sobretudo na relação entre avaliados e avaliadores.

Segundo o Estatuto da Carreira Docente, com classificações de Muito Bom e Excelente os professores podem progredir para o 5.º e 7.º escalão (existem dez no total) sem ficarem sujeitos ao número de vagas que anualmente serão abertas para estes níveis. Actualmente, a progressão está congelada. Para os professores, como para toda a função pública, as classificações de mérito passaram a estar sujeitas a quotas, não existindo excepções neste caso.

Com o novo despacho, segundo contas feitas pelo professor contratado Nuno Domingues, para que neste grupo exista um Excelente será necessário que existam, pelo menos, 20 professores a contrato numa escola. O projecto agora elaborado pelo Ministério da Educação confirma que as percentagens máximas por agrupamento ou escola não agrupada são de cinco por cento para Excelente e 20 por cento para Muito Bom.

Mas acrescenta que estes máximos aplicam-se a cada um dos quatro universos de professores acima referidos e que poderão ser ultrapassados nas escolas que foram sujeitas a avaliação externa e que tenham tido bons resultados nesta. Por exemplo, com cinco classificações de Muito Bom nos domínios que são avaliados pela Inspecção-Geral de Educação, terão direito a uma quota de dez por cento para a menção de Excelente e de 25 por cento para Muito Bom.

Este é, para já, o artigo em que tropeça Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares. Lembrando que no ano passado, fruto da reorganização da rede escolar, foram criados mais de 80 novos agrupamentos, questiona: "Nestas escolas, qual é a avaliação que conta? A de que teve a melhor nota ou a daquela que teve a pior?"

O secretário de Estado da Educação, Alexandre Ventura, já agendou para dia 23 uma reunião com a Federação Nacional de Professores (Fenprof). "Não vamos negociar nada que tenha a ver com quotas. Vamos reafirmar que somos contra este princípio. E vamos sobretudo dizer que o ministério devia ter atenção ao que se está a passar nas escolas e pôr fim a esta avaliação", disse Mário Nogueira, da Fenprof, ao PÚBLICO.

No próximo dia 23, também o Conselho de Escolas irá analisar os dois projectos de despacho"

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Abraço!

Isabel Alçada admite desbloquear luta contra homofobia

Há pouco tempo atrás escrevi uma mensagem sobre uma campanha contra a homofobia travada pelo ministério da educação.

Agora a posição já parece ser mais "aberta" e a notícia passa a ser "Isabel Alçada admite desbloquear luta contra homofobia", como se pode ler no Público:

"O Ministério da Educação (ME) reafirmou ontem "a sua disponibilidade para dialogar e apreciar as propostas" de uma campanha contra a homofobia nas escolas, de acordo com uma declaração prestada ao PÚBLICO pelo gabinete da ministra, Isabel Alçada. A ministra insiste assim em que não são oficiais as posições assumidas por técnicos da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, que terão recusado colaborar com o Projecto Inclusão da Rede Ex-Aequo, associação de jovens em defesa dos direitos dos homossexuais."


Abraço!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ADD: ameaças.

E chegou mais uma "facada" do nosso ministério: "não aplicas a avaliação és despedido"! É uma ameaça aos directores que não querem avançar com o que o ministério manda fazer na ADD.

Até estarão disponíveis para mudar alguma coisa que esteja mal (que tal tudo, já que tudo está mal), mas só depois de avaliarem a avaliação!

Podem ler (notícia da SIC):



"Em caso de incumprimento a suspensão é considerada ilegal, uma infracção disciplinar que pode levar à demissão dos directores.


Esta é a reacção do Ministério às críticas dos docentes. Cerca de 250 dirigentes escolares pediram ao Governo que suspenda o modelo de avaliação, em várias escolas circulam moções para travar o processo.

Esta semana, a maioria dos professores da Escola Secundária Infanta D. Maria (ESIDM), em Coimbra, expressou a sua discordância relativamente ao modelo de avaliação do desempenho do pessoal docente, defendendo um sistema "consensual, não burocrático e justo".

Numa tomada de posição divulgada esta quarta-feira, subscrita por 95 do total de 96 professores da ESIDM, é exigido, "a quem de direito, que promova, o mais brevemente possível, uma discussão séria e alargada sobre a avaliação do desempenho docente".

Com esta discussão, pretende-se "encontrar um modelo consensual, não burocrático, justo, que seja possível aplicar sem causar prejuízos ao normal funcionamento das escolas, visando a melhoria do serviço educativo público e a dignificação do trabalho docente".

Segundo o documento, duas das principais dificuldades de aplicação que os docentes da Escola Infanta D. Maria encontram no modelo dizem respeito à sua "excessiva complexidade" e à avaliação inter-pares, que "está a gerar conflitos pessoais de extrema gravidade".

A tomada de posição foi dada a conhecer ao Presidente da República, primeiro-ministro, ministra da Educação e a várias outras entidades.

Com Lusa"

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Abraço!

Finalmente as cotas para a ADD

No blogue de Paulo Guinote já estão as cotas para a ADD.

Podem consultar aqui.

E já há umas "contas engraçadas" no blogue Educar a Educação:

"Quotas ADD para os professores contratados - Cenários


Com base neste projecto de despacho conhecido ontem, sobre a aplicação das quotas para as menções de Muito Bom e de Excelente, observemos os seguintes cenários afim de podermos começar a desenrolar o novelo que é o referido despacho.


Cenário 1

Dez professores contratados numa escola sem qualquer classificação de Muito Bom na avaliação externa.

Quota de Excelente: 10x5(%)=0,5, pela aplicação do ponto 9, teríamos uma menção Excelente para atribuir.

Quota de Muito Bom: 10x20(%)=2, pela aplicação do ponto 9, teríamos duas menções de Muito Bom para atribuir.

Verificação do ponto 11: 10x25%=2,5, ora de acordo com o ponto 11 "não pode resultar ultrapassagem do valor obtido pela percentagem global resultante da soma das percentagens máximas a que se referem os n.os 3 e 4" e como 3 é mais que 2,5 e pela aplicação conjunta do número 12, na prática o que teremos é quota só para duas menções de Muito Bom!


Cenário 2

Nove professores contratados numa escola sem qualquer classificação de Muito Bom na avaliação externa.

Quota de Excelente: 9x5(%)=0,45, pela aplicação do ponto 9, não teríamos nenhuma menção Excelente para atribuir.

Quota de Muito Bom: 9x20(%)=1,8, pela aplicação do ponto 9, teríamos duas menções de Muito Bom para atribuir.

Verificação do ponto 11: 9x25%=2,25, ora de acordo com o ponto 11 "não pode resultar ultrapassagem do valor obtido pela percentagem global resultante da soma das percentagens máximas a que se referem os n.os 3 e 4" e pela aplicação conjunta do número 12, na prática ficamos na mesma e o que teremos é quota só para duas menções de Muito Bom!



Cenário 3

Dezanove professores contratados numa escola sem qualquer classificação de Muito Bom na avaliação externa.

Quota de Excelente: 19x5(%)=0,95, pela aplicação do ponto 9, teríamos uma menção Excelente para atribuir.

Quota de Muito Bom: 19x20(%)=3,8, pela aplicação do ponto 9, teríamos quatro menções de Muito Bom para atribuir.

Verificação do ponto 11: 19x25%=4,75, ora de acordo com o ponto 11 "não pode resultar ultrapassagem do valor obtido pela percentagem global resultante da soma das percentagens máximas a que se referem os n.os 3 e 4" e como 5 é mais que 4,75 e pela aplicação conjunta do número 12, na prática o que teremos é quota só para quatro menções de Muito Bom!



Cenário 4

Vinte professores contratados numa escola sem qualquer classificação de Muito Bom na avaliação externa.

Quota de Excelente: 20x5(%)=1, pela aplicação do ponto 9, teríamos uma menção Excelente para atribuir.

Quota de Muito Bom: 20x20(%)=4, pela aplicação do ponto 9, teríamos quatro menções de Muito Bom para atribuir.

Verificação do ponto 11: 20x25%=5, ora de acordo com o ponto 11 "não pode resultar ultrapassagem do valor obtido pela percentagem global resultante da soma das percentagens máximas a que se referem os n.os 3 e 4" e como 5 ainda é igual a 5 e pela aplicação conjunta do número 12, na prática teremos finalmente quota para uma menção de Excelente e para quatro menções de Muito Bom!


Conclusão: se não houver pelo menos 20 professores contratados não haverá lugar à atribuição de qualquer menção de Excelente!


Nota: Empiricamente parece-me ser possível concluir que só por cada 20 professores contratados poderá haver uma menção de Excelente!"

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Abraço!

Pensar o futuro da Educação

Pode ser uma ideia bem aproveitada. Olhar a longo prazo, como se de um investimeto se tratasse.

É uma notícia do Diário Digital:

"Educação: Ex-ministro David Justino pede debate sobre futuro



O ex-ministro da Educação, David Justino, apelou hoje, num debate em Oeiras, à criação de uma comissão que debata o futuro do ensino e que tenha como consequência uma alteração da lei de base da educação.

Num debate promovido pelas Conversas da Aldeia Global da Câmara de Oeiras, David Justino apresentou o seu livro «Difícil é educá-los» como «um alerta para se dar menos atenção aos problemas de amanhã e mais atenção aos problemas a 20, 30, 40 anos».

Para o ministro da Educação de Durão Barroso (PSD), este «é um sistema complexo que não consegue ser resolvido com imediatismo» e que necessita de «soluções racionais e ponderadas»."

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Abraço!

E quando os alunos falham por má gestão do tempo?

Aqui está um problema de muitos alunos. Aconselho a leitura.

"Gerir o tempo nos testes

Adriana Campos - Educare

Com frequência, encontro jovens que, durante os testes, têm a atenção perturbada por ideias do tipo: "Quando estou num teste, começo a pensar que os outros colegas sabem mais que eu e irão obter melhores resultados."...



"Tenho um filho de 14 anos que está no 8.º ano na escola portuguesa de Moçambique e nunca conseguiu acabar um único teste, deixa sempre duas ou três perguntas. Em resultado disto já chumbou um ano e tenho receio que este ano se repita. Estou sempre a ajudá-lo mas continua sempre com o mesmo defeito. Já tentei pedir aos professores para lhe darem mais tempo, mas não dão. Inscrevi-o na escola virtual da Porto Editora para tentar incentivá-lo a estudar. Sei que nas perguntas que não faz no teste não é porque não sabe, mas porque não tem tempo para concluir. É um aluno de negativas constantes e não consegue ser rápido no raciocínio, mas se lhe dão tempo ele consegue. Neste primeiro período teve três negativas: a Matemática, Português e Francês. Será que existe algum curso para a gestão do tempo nos testes para adolescentes? Como ajudar?"

Ana Gomes



A realização de testes é fonte de grande ansiedade para muitos estudantes. Para este adolescente, a ansiedade deve ser bastante elevada, dado que a sua história escolar é marcada por algum insucesso. O medo de falhar é, certamente, algo que perturba a sua capacidade de concentração, dado que ele parte para as tarefas cada vez menos confiante.

Tentar perceber o tipo de pensamento que lhe ocorre durante a realização de provas escritas e ajudá-lo a controlar pensamentos negativos será, seguramente, de grande importância. Com frequência, encontro jovens que, durante os testes, têm a atenção perturbada por ideias do tipo: "Quando estou num teste, começo a pensar que os outros colegas sabem mais que eu e irão obter melhores resultados." ou "Estou sempre a pensar que o teste me está a correr mal e que o resultado final será negativo." Quando os jovens tomam consciência do efeito perturbador que estes pensamentos têm no seu desempenho e os aprendem a questionar e a controlar há avanços positivos.

Um outro aspecto muito importante e que poderá ser facilitador de uma melhor realização é o conhecimento exacto das palavras mais frequentemente utilizadas nos testes. Quando analiso com os alunos os motivos da não realização de algumas questões ou mesmo o facto de as errarem, o que constato é que não compreendem o que é pedido. Concretizando, para poder responder de forma correcta é fundamental perceber as palavras com que iniciam a maioria das questões, tais como: analisar, avaliar, comparar, criticar, definir, descrever, identificar, relacionar, esquematizar, ilustrar, etc.

Os aspectos apontados podem contribuir para que o tempo previsto para o teste não seja suficiente para o concluir. Contudo, a má gestão é outro factor a ter em conta. Para a boa gestão do tempo disponível, é fundamental começar por ler o enunciado do princípio ao fim. O estudante não deverá avançar para as respostas antes de uma leitura de todas as questões. À medida que o enunciado é lido, deve tentar perceber o tipo de resposta que lhe é exigido, se é curta ou exige desenvolvimento, se para ele é difícil ou se facilmente responderá. Desta forma poderá tentar distribuir o tempo disponível pelas diferentes questões o melhor possível. Este é um exercício que poderá ser treinado pegando em testes que foram realizados anteriormente. Por exemplo, esta mãe poderá utilizar o último teste realizado e tentar ver com o filho, de forma muito concreta, como o tempo poderia ser correctamente distribuído pelas diferentes questões, depois de analisado o tipo de pergunta e o grau de dificuldade.

Sempre que o estudante recebe um teste negativo, é fundamental analisar com ele os motivos que conduziram ao insucesso. Pode ter sido a dificuldade de compreensão de algumas questões, a utilização de um tipo de resposta não adequada à pergunta, o desconhecimento de uma matéria específica ou pensamentos parasitas como os referidos acima, por exemplo. A compreensão das razões que levaram aos baixos resultados pode facilitar a criação de uma atitude mais positiva e a adopção de estratégias de remediação, bem como auxiliar a contrariar a ideia de que o insucesso foi o resultado da falta de capacidades.

Se o insucesso continuar apesar da utilização das estratégias aqui sugeridas, então o melhor é pedir ajuda a um técnico especializado, nomeadamente um psicólogo, no sentido de analisar de forma mais cuidadosa os motivos do problema e encontrar outras estratégias."


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Abraço!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Serviços da Educação barram campanha "ideológica" contra a homofobia nas escolas


"A Rede Ex-Aequo queria levar o combate à homofobia às escolas. Mas tropeçou nos contactos com os serviços do ministério, que consideraram a campanha ideológica. BE e PCP questionam"

Podem ler mais no Público.

Abraço!

Isabel dixit

Engraçado... já tentaram encontrar uma escola pública com ensino Pré-escolar para os vossos filhos? E temos todos os universitários no Ensino público?

Uma notícia da da LUSA:

""A República lançou sementes que foram germinando. Há muitos caminhos na área da Educação e hoje estamos a colher frutos desde ideário que envolveu as gerações que nos antecederam na construção de um sistema educativo que é frequentado por todas as crianças. O sonho da República era abrir a escola a todos e nós hoje temos isso plenamente conseguido", afirmou Isabel Alçada."

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Abraço!

Funcionários públicos com notas altas vão ter mais férias

Os melhores trabalham mais, logo cansados ficam, logo mais têm que descansar! Ou não, mas isso é outra história...

Isto até podia ser um "docinho" para quem tem avaliação suficiente para estas notas mas não as obteve por falta de cota: "Não temos cota para ti, mas toma lá mais uns dias de férias e não digas que vais daqui!" Já não era mau, uma vez que esses dias podem ser, por opção, remunerados, sempre ganhavamos mais qualquer coisita.

É uma notícia do Diário Económico:

"A medida está prevista desde 2008, no SIADAP, mas tem efeitos, pela primeira vez, este ano.


Este ano, os trabalhadores da administração pública e os dirigentes intermédios do Estado (directores de serviço e chefes de divisão) que tenham obtido classificação de Excelente pelo seu desempenho nos três últimos anos têm direito a cinco dias de férias extra ou à respectiva remuneração.

A medida consta da lei que institui o novo Sistema de Avaliação de Desempenho (SIADAP) e que entrou em vigor em Janeiro de 2008, mas produz efeitos, pela primeira vez, em 2011.

Em ano de contenção orçamental o Governo vê-se confrontado, pela primeira vez, com a produção de efeitos de uma norma que pretende compensar quem se destaca na avaliação. "O reconhecimento de desempenho excelente em três anos consecutivos" confere ao dirigente intermédio e ao trabalhador "o direito a cinco dias de férias, no ano seguinte" ou, por opção "à correspondente remuneração", lê-se no diploma.

Já os trabalhadores e dirigentes intermédios que tenham obtido a classificação de relevante (Muito Bom) em três anos consecutivos terão este ano direito a três dias de férias ou à correspondente remuneração."

Tribunal de Contas vai analisar quanto custa um aluno ao Estado

Parece que é mesmo desta que, com ou sem a ajuda e os sorrisos da nossa Isabel, vamos saber quanto "gastamos" (é claro que não é um gasto, é um investimento, que deveria ser muito sério, para o futuro) dos cofres do estado.

Depois de tanta polémica faz todo o sentido sabermos os números reais (quero acreditar na entidade que vai fazer as contas).

É uma notícia da TVI24:

"A comissão parlamentar de Educação aprovou uma iniciativa do PSD para que o Tribunal de Contas elabore um estudo técnico sobre o custo que representa para o Estado cada aluno a estudar no ensino público.


Em declarações à agência Lusa, o deputado social-democrata Pedro Duarte considerou que «este é um elemento essencial para que se possa avaliar as políticas públicas na área da educação».

Pedro Duarte referiu que a iniciativa - aprovada pelo PSD, CDS-PP e PCP e com os votos contrários do PS e BE - é «relevante» para verificar também o financiamento fixado para as escolas com contrato de associação.

«Nós tentámos várias vezes que esse estudo fosse feito, ao nível da Educação, com outra fiabilidade, e não temos tido sucesso. Nesse sentido, apresentámos uma proposta na comissão de Educação para que seja o Tribunal de Contas a realizar um estudo técnico que nos permita ter dados fiáveis e reais sobre o verdadeiro custo por aluno para os cofres do Estado», disse.

Segundo Pedro Duarte, com os resultados do estudo será possível «concluir se está a haver um sobrefinanciamento, um subfinanciamento ou se está a haver um financiamento correcto»."

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Abraço!

Que impacto terá em Portugal um sistema de empréstimo de manuais escolares?

Segundo este estudo do Observatório dos Recursos Educativos não é vantajoso.


"O ORE apresenta o primeiro estudo realizado no nosso país sobre a implantação de um sistema de empréstimo de manuais escolares. As questões pedagógicas, sociais, culturais e económicas são analisadas com detalhe, permitindo antecipar cenários e avaliar o impacto da eventual concretização daquele sistema."

Assistiu-se ultimamente, em nome da efectiva gratuitidade e universalidade do ensino obrigatório, ao lançamento de algumas iniciativas políticas com vista à criação de um programa de empréstimo de manuais escolares.


Sempre atento aos múltiplos aspectos que condicionam a situação dos recursos educativos em Portugal, e constatando a não existência, entre nós, sobre esta matéria, de qualquer trabalho sistemático e credível, o ORE - Observatório dos Recursos Educativos elaborou relativamente à mesma o presente estudo. Nele abordam-se os principais pressupostos, variáveis e consequências inerentes a uma aplicação no nosso país do programa em causa em alternativa ao actualmente vigente. Este último, recorde-se, deixando, em princípio, às famílias os encargos com os custos dos manuais, apoia, todavia, através do SASE (Serviço de Acção Social Escolar), as que são mais carenciadas.

Visando-se, pois, a equidade, importa apurar dentro de que medida o sistema de empréstimo pode cumprir na realidade os princípios e as finalidades invocados para a sua introdução, designadamente em termos de justiça social, confrontando-se complementarmente este aspecto com a imprescindível ponderação das dimensões pedagógicas e culturais que nele estão implícitas. Acresce que, vivendo o país uma situação de aguda crise económica e financeira, se torna incontornável a acuidade de uma reflexão fundamentada sobre a correlação entre os custos e os benefícios da eventual adopção de um programa de empréstimo.



Para o efeito:

i) compilaram-se algumas das conclusões de uma exaustiva avaliação empreendida recentemente pela Universidade de Santiago de Compostela sobre a diversidade de sistemas adoptados pelas diferentes autonomias do país vizinho;

ii) elaborou-se uma projecção da evolução comparada, nos próximos cinco anos, dos custos para o Estado inerentes ao sistema actualmente em vigor e ao sistema de empréstimo;

iii) organizaram-se os dados referentes à situação do mercado livreiro, na sua dupla componente deprodução e distribuição.

Espera-se, deste modo, dar um contributo para a fundamentação de um debate que, estimulante quanto às suas premissas, permanece, contudo, em aberto e, muitas vezes, por força da ausência de referenciais científicos, demasiadamente no plano das convicções prévias e do senso comum.

Adalberto Dias de Carvalho, coordenador do ORE"




O estudo:







Abraço!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Boa disposição

Uma sátira com uma boa mensagem.

Gostei do uso das novas tecnologias (telemóvel) e da grandeza dos conhecimentos noutras áreas (medicina).

E só 100%? Porquê parar nos 100%?

O melhor é verem. Enviaram-me isto e partilho agora connvosco:



Abraço!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pode um professor ser tudo?

Partilho convosco esta opinião:
"Pode alguém ser quem não é?

* José Matias Alves - Correio da Educação


Pode alguém ser quem não é? Pode um professor ser tudo? Um ser que instrui, cuida, socializa, e estimula? Que guarda e toma conta? Que é amigo, irmão, pai e mãe? Psicólogo, sociólogo, assistente social? Pode alguém ser quem não é?

Evidentemente que não. O professor não pode ser tudo o que se lhe está a exigir. Porque não sabe. Porque não pode. Porque neste excesso impossível de ser, corre o risco de não ser o essencial: ser professor.

E ser professor é ensinar, isto é, instruir, socializar e estimular. Ou, para sermos mais precisos e explícitos, fazer aprender os alunos. Diagnosticando as inteligências, os talentos e as vontades. Percebendo as resistências e os entraves às aprendizagens. E ensaiando as chaves capazes de abrir as portas da vontade, condição primeira do sucesso. Porque o verbo aprender não suporta o imperativo, o professor tem de se concentrar nessa tarefa essencial de despertar a sede de aprender. E quando o consegue, grande parte da sua missão de ensinar está cumprida.

E é também por isto, por esta muita difícil exigência, que o professor se tem de concentrar no que é: esse ser atento e frágil que muda o destino dos outros através do conhecimento e da exigência."

* José Matias Alves é professor do Ensino Secundário, mestre em Administração Escolar pela Universidade do Minho, doutor em Educação pela Universidade Católica Portuguesa e professor convidado desta instituição.

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Abraço!

Custo da Educação Pública

Também estou curioso por saber detalhes...

Mais uma do Público:

"Quarenta e nove escolas com contrato de associação reclamaram hoje a divulgação “isenta” do custo por aluno da rede pública e exigiram que o Governo suspenda os projectos de construção de estabelecimentos onde já existe oferta educativa."



Abraço!

Educador português critica modelos tradicionais de educação no TEDx Rio

Para internacionalizar as informações colocadas neste blogue, transcrevo um notícia do nosso país irmão que dá destaque ao colega José Pacheco, coordenador da Escola da Ponte. Esteve no Brasil a discursar sobre formatos alternativos de Educação.

É uma notícia d' O Globo.


"Educador português critica modelos tradicionais de educação no TEDx Rio

Publicada em 15/02/2011 às 12h15m
Carlos Alberto Teixeira


RIO - O educador português José Pacheco, coordenador da Escola da Ponte, criticou em palestra no TEDx Rio os modelos tradicionais de educação e falou sobre formatos alternativos, ponto forte da escola. O TEDx Rio é a versão carioca do evento americano TED.com. Organizado de forma independente, o evento é um ciclo de 23 palestras de no máximo 18 minutos divididas em quatro blocos, todas gratuitas, e transmitido em tempo real pela internet .

Baixinho, zarolho, vestindo traje casual e com forte sotaque luso, a fala de Pacheco foi muitíssimo bem-humorada, decerto como forma de atenuar a forte e dura mensagem crítica ao sistema de educação, não só o brasileiro, mas mundial. Sua palestra foi fluida e contundente, a fala cheia de emoção, fruto dos 35 anos de experiência como educador.

- Não adianta querer padronizar fórmulas de ensino. Há muitos meios de ensinar, mas não existe nenhum que sirva para todos os alunos - disse Pacheco.

Ele exaltou os valores e os talentos individuais os educadores brasileiros, mas apontou grandes falhas estruturais no processo educacional brasileiro, classificando o Brasil como um país em risco:

- O analfabetismo funcional grassa. De que adianta pensar em tecnologia de ponta numa sociedade que ainda tem 20% de analfabetos funcionais?

Segundo ele, as leis que regem o sistema educacional estão totalmente defasadas e, pior, destacadas da realidade. Na Escola da Ponte, onde ele atua, que as crianças de uma dada turma não precisam ter a mesma, mas sim, estarem num mesmo nível de aprendizado.

- Quem foi o jegue que estipulou que todas as crianças numa turma têm que ser da mesma idade? - questionou. - Um dos problemas mais sérios é a síndrome do pensamento único.

A repercussão da palestra de Pacheco no Twitter foi altamente positiva, com alguns gaiatos exaltando o nome dele como possível ministro da educação aqui no Brasil. Outros classificaram a palestra como excelente e obrigatória para ser assistida novamente depois, quando o conteúdo estiver disponível em vídeo pela web.

- A educação está nas mãos de pessoas que não sabem o que é educação - finalizou Pacheco. - Mas não será este portuguesinho que dará a solução para os problemas educacionais do Rio e do Brasil. Eu não sei qual é essa solução. Volto pra minha terrinha e deixo o problema aqui para vocês mesmos resolverem, pois há solução sim. Só depende de vocês."

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Abraço!

PIT: esclarecimentos.

No blogue ad duo foi disponibilizado um documento proveniente da DGIDC  em que se esclarecem algumas dúvidas sobre a aplicação do PIT.

dgidc - Ofício-circular_ofc-dgidc.2011.2 - art22_estatuto_aluno; 2011.fev.11

Abraço!

A Professora mais espectacular

Voltaram as notícias sobre a Professora de Espinho que discutia sexo nas aulas, já todos devem ter lido.

Não conheço todos os contornos e não estou a tentar defender a senhora em questão. Mas todos sabemos que é fácil cairmos numa "rede" de intrigas. E alguns alunos são espertalhaços...

Recordo-me de um Professor que também discutia assuntos históricos de cariz mais sexual nas aulas, e quase todos gostavamos muito das aulas deles. Hoje, se fosse um filho meu aluno dele, não sei se gostava tanto. Na altura não fui moralmente corrumpido, não fiquei chocado/traumatizado, mas agora, mais crescidinho que sou, tenho outros descernimento...

Numa pesquisa sobre notícias encontrei esta, no jornal i, datada de 19 de maio de 2009, onde os alunos defendem esta professora, dizendo mesmo que é a mais espectacular... só para dar outra prespectiva ao tema, transcrevo-a:

"Professora de Espinho suspensa é "a mais espectacular" para os alunos


Publicado em 19 de Maio de 2009
Dezenas de alunos da Escola EB 2/3 Sá Couto de Espinho descrevem a docente, que foi suspensa devido à acusação de manter conversas impróprias nas aulas, como “a professora mais espectacular na escola”.

Estudantes do 7.º ao 9.º ano - aos quais a referida docente Joaquina Rocha lecciona as disciplinas de História ou Cidadania do Mundo Actual - afirmam que ela sempre se revelou preocupada com os problemas pessoais dos seus alunos.

“Mas sem deixar de dar a matéria das aulas”, asseguram.

Samir Nica, 19 anos, diz que ela “é uma professora espectacular. Dá as aulas, mas também se preocupa com o que a gente anda a fazer lá fora. É a nossa segunda mãe aqui na escola”.

“Quando eu tinha algum problema, era com ela que ia falar e ela ajudou-me sempre”, acrescenta o jovem.

“Sempre foi muito correcta. Não tenho nada que lhe possa apontar”, disse.

Samir dá um exemplo da atitude pela qual diz “admirar” a docente: “Eu mudo muito de namorada e a professora Joaquina sempre me disse que isso não estava bem e que eu devia ter cuidado”.

Ricardo Joel Familiar, do 8.º ano, é outro aluno que garante que “ela é a professora mais espectacular da escola”.

Carlos Santos, 18 anos, também defende Joaquina Rocha: “Ela é muito boa professora e sempre a ouvi dar bons conselhos ao pessoal”.

Sobre a gravação da conversa em que a docente se terá referido à alegada actividade sexual de duas alunas, em termos que os pais das mesmas consideram impróprios, tanto Samir, como Carlos e outros jovens dizem que “aquilo foi tudo arranjado”.

Ricardo Joel Familiar assegura que “as alunas já fizeram aquilo de propósito e provocaram a conversa toda porque sabiam que estavam a gravar”.

Daniel Ferreira considera, aliás, que “a professora não disse nada de mais. Foi é muito provocada para chegar àquele ponto”.

Outro aluno, que preferiu não ser identificado, tem a mesma opinião, mas acrescenta: “Isto só chegou ao ponto em que está porque a nossa directora de turma nunca gostou dessa professora e, como também é directora dessa turma [em que se deram os incidentes], aproveitou para fazer disto um grande caso”.

“Se tivesse sido com outra professora qualquer”, continua o mesmo estudante, “não tinha havido nada disto”.

Rui Silva realça ainda que “ninguém tem razões de queixa da professora a não ser esse 7.º ano. E nem é a turma toda! São só as duas alunas que arranjaram este barulho todo”.

Essas estudantes, dizem, já teriam reclamado de Joaquina Rocha à directora de turma."

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Abraço!