domingo, 12 de junho de 2011

Quem quer dar aulas em Miami?

Não querem professores de Educação Física? Pois, parece que é só para os sortudos de Português.

Estejam atentos ao Instituto Camões, se isto avançar é uma oportunidade de emprego que muitos vão querer.

Alberto Carvalho, luso-americano que dirige o quarto maior distrito escolar dos Estados Unidos, em Miami, e é um dos quatro candidatos a receber em setembro das mãos do Presidente Barack Obama o “Óscar da Educação” no país (podem ler outra notícia relacionada aqui). Quer agora professores de Português para se juntarem à sua força de trabalho naquela parte dos EUA.

Quem quer ir para os "states"?

"Miami quer receber professores portugueses no próximo ano letivo, através de um acordo que está a ser negociado com as autoridades portuguesas, disse à Lusa o superintendente das escolas do principal distrito da cidade, quarto maior dos Estados Unidos.

“Sou uma pessoa muito impaciente. A partir da altura em que discuto alguma coisa, gosto de vê-la materializar-se. Temos algum tempo, mas adorava ter algo em prática no próximo ano letivo, que começa em agosto”, disse à lusa Alberto de Carvalho.

Português naturalizado norte-americano que dirige as escolas do condado de Miami-Dade desde setembro de 2008, Carvalho discutiu na terça-feira a preparação do memorando de entendimento, que está a envolver também o Instituto Camões, com o embaixador de Portugal em Washington, Nuno Brito.

Segundo disse à Lusa, o acordo está a ser moldado à semelhança de outros firmados com Espanha, Itália, França e Alemanha, que negociou diretamente ao longo dos últimos anos.

Estes preveem intercâmbio de professores e aluno para ensino de diferentes programas e línguas em Miami.

“Com o Brasil, uma força económica tão potente e a crescer a cerca de 10 por cento ao ano, com um enorme contingente de emigrantes brasileiros e cerca de 70 mil portugueses a viver aqui no estado da Florida - 1,5 milhões no país - com um superintendente português do quarto maior sistema escolar, achamos que era altura de discutir o desenvolvimento de um acordo”, adiantou.

O objetivo é o fomento da instrução da língua portuguesa em Miami-Dade, e o vencimento dos professores pode vir a ser suportado pela parte norte-americana, portuguesa, ou ambas.

Atualmente, o ensino do português está “modestamente presente” em Miami, e existe até uma escola de ensino básico - Ada Merritt K-8 - e dois liceus em que todo o ensino é bilingue português e inglês.

“O português é ensinado talvez numa dúzia de escolas, em diferentes graus, mas nestas três escolas os alunos estão a aprender não apenas português mas todo o programa em português e inglês em simultâneo”, disse à Lusa Alberto Carvalho.

Para o embaixador de Portugal em Washington, Nuno Brito, está em causa um “objetivo estratégico e mais vasto” de implantação do português nos Estados Unidos e mesmo a nível internacional.

“É um trabalho de persistência que tem de ser feito por nós, pelo Brasil e pelos outros países de língua portuguesa. Estamos a ver também se conseguimos fazer pontes com o Brasil nestas áreas”, disse à Lusa.

O número de falantes de português tem vindo a subir, existindo atualmente cerca de 300 mil pessoas a aprender a língua nos Estados Unidos, desde o básico ao ensino superior, adianta.

Alberto de Carvalho, que apesar de mais de vinte anos dos Estados Unidos fala português fluentemente e segue a atualidade da terra-natal, Portugal, tem “um contacto muito fácil” e importa “manter o diálogo e acompanhar” o seu trajeto na vida pública e até política norte-americana, sublinha o diplomata.

“É uma pessoa com muito interesse, um americano recente, veio de Lisboa e é o superintendente do sistema escolar de Miami. Politicamente falando, está a tornar-se num peso pesado no Estado”, considerou."
Correio do Minho

Abraço!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Porque me interessam outras opiniões! Tentarei ser rápido a moderar o que for escrito, para poder ser publicado.