segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Boa disposição - ADD: És Bonito(a)?

Colegas (eles e elas), será que isto é verdade também na ADD nas escolas? Claro que sim! Eu já mandei fazer um fato de treino à medida para a minha 1ª aula observada...

Reduzam o tamanho da saia, desapertem mais um botão para mostrar o peito cabeludo - tudo isto para parecerem mais competentes...



Espero que tenham levado isto para a brincadeira;)

Abraço!

Tensão social aumenta agressividade na escola

Não é nada que não se estivesse à espera, muitos dos nossos alunos são oriundos de famílias que passam, cada vez mais, por dificuldades financeiras.

É um mal da sociedade que é espelhado na Escola, não é fácil passar ao lado.

Podem ler a notícia aqui.

Abraço!

Escola troca livros por iPad

Calma, ainda não é por cá, mas quem não quer ficar para trás tem que acompanhar os avanços tecnológicos.

Ainda há pouco tempo um belo pentium II era um maquinão que metia medo a muitos e ninguém, que eu conheça, foi comido por algum...

A notícia é da TVNET:

"Uma escola privada norte-americana decidiu trocar os livros pelo iPad. Os responsáveis alegam que os alunos carregam demasiado peso para a escola.


Depois de se terem apercebido que os alunos carregavam com quase 20 quilos em livros para a escola, a Webb School of Knoxville decidiu substituir os habituais manuais escolares pelo aparelho da Apple.

O uso do iPad será obrigatório para todos os alunos, dos 8 aos 18 anos, mas quem não tiver condições para comprar um pode pedir emprestado à instituição.

O iPad dos alunos terá as redes sociais, jogos e outras aplicações bloqueadas: "Temos alunos que carregam quase 20 quilos de livros didácticos, enquanto um iPad pesa menos de 1 quilo", explicaram os responsáveis."

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Modernices...

Abraço!

Bruxelas adopta plano para ajudar países como Portugal a reduzir abandono escolar

Li, com alguma esperança que se faça finalmente luz em algumas cabecinhas, no Público e transcrevo:


"Bruxelas adopta plano para ajudar países como Portugal a reduzir abandono escolar

A Comissão Europeia adoptou hoje um plano de acção para ajudar os Estados-membros a reduzir para menos de 10 por cento, até 2020, a taxa de abandono escolar, objectivo do qual países como Portugal ainda estão longe.

Apontando que três países da União Europeia (UE), Malta, Portugal e Espanha, têm taxas de abandono escolar precoce superior a 30 por cento, o executivo comunitário sublinhou hoje que este fenómeno “dificulta o desenvolvimento económico e social e constitui um sério obstáculo ao objectivo da UE de um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo”, razão pela qual quer um maior empenho.

“A Europa não pode dar-se ao luxo de que tantos jovens com potencial para contribuir para as nossas sociedades e para as nossas economias sejam deixados para trás. Temos de aproveitar o potencial de todos os jovens da Europa de forma a recuperar da crise”, comentou o presidente da Comissão, Durão Barroso.

Deste modo, a nova iniciativa da Comissão sublinha a actual situação na Europa, analisa as grandes causas do abandono escolar, os seus riscos para o futuro desenvolvimento económico e social, e sugere formas de lutar contra este problema de forma mais eficaz, numa proposta para uma recomendação do Conselho contendo linhas directrizes para ajudar os Estados-membros a desenvolver políticas abrangentes e baseadas em dados concretos para reduzir o abandono escolar.

Relativamente à actual situação na Europa, Bruxelas aponta que a média comunitária de abandono escolar precoce é de 14,4 por cento, mas este valor “mascara” diferenças consideráveis entre os Estados-membros, já que, por exemplo, sete países (Áustria, Finlândia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia e Eslovénia) já atingiram a meta dos 10 por cento, mas três registam taxas superiores a 30 por cento (Espanha, Malta e Portugal).

A Comissão reconhece, todavia, que alguns países com altas taxas de abandono escolar “alcançaram reduções significativas”, entre os quais aponta Portugal, além de Roménia, Malta, Itália e Chipre.

De acordo com dados divulgados no ano passado pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o Eurostat, a taxa de abandono escolar precoce em Portugal foi 31,2 por cento em 2009, menos 4,2 pontos percentuais que em 2008 e menos 13,7 que em 1999.

Quantos às formas de combater o fenómeno, a Comissão sustenta que, tratando-se de um problema complexo, não pode ser resolvido apenas com políticas educacionais, sendo também necessário tomar medidas sociais e a nível de juventude.

Para Bruxelas, são necessárias medidas preventivas (combatendo as condições que podem conduzir ao abandono), de intervenção (quando forem detectadas dificuldades emergentes) e de compensação (a necessidade de oferecer uma segunda oportunidade para jovens adultos regressarem ao sistema educativo e ou de formação).

As propostas da Comissão vão ser discutidas pelos ministros da Educação dos 27 numa reunião entre 02 e 04 de Maio, em Bruxelas."

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Não podem pedir à Escola que resolva tudo. É mesmo necessária uma intervenção mais abrangente, eu não quero ser psicólogo, animador ou assistente social - entre outros: quero ser (só) Professor. Cada um faz a sua intervenção e todos obtemos sucesso.

Mas será que querem sucesso na Escola sem Professores ou com estes descontentes? Difícil...

Abraço!

Aposta na Educação - Riam-se comigo

A Educação é uma prioridade, vamos cortar nos professores, reduzir funcionários, minimizar as bolsas de estudo, fechar mais umas escolas, juntar tudo "à molhada" nos hiper-mega-agrupamentos...

Leiam esta notícia do Público e já percebem do que estou a falar...



"O primeiro-ministro afirmou hoje que “o grande projecto” para Portugal é a aposta na educação, “porque é o investimento mais importante na afirmação de um país”. - Está a gozar connosco?


“Aqui está o grande projecto nacional. Esta época vai ficar marcada pela aposta na educação”, afirmou José Sócrates a propósito do projecto de modernização das escolas secundárias que prevê a requalificação 313 estabelecimentos, num investimento global de 2,9 mil milhões de euros.

O primeiro-ministro, acompanhado da ministra da Educação, Isabel Alçada, inaugurou a remodelação da Escola Secundária de Sá de Miranda, um dos 21 estabelecimentos inaugurados também hoje em todo o país por vários membros do Governo.

José Sócrates sublinhou que com as escolas hoje inauguradas o país já remodelou 75 estabelecimentos do ensino secundário, num investimento de 1,3 mil milhões de euros. “Este é um país que aposta tudo na educação. Este é um projecto de muita ambição para o país e é a aposta maior na educação de que há memória”, reafirmou o primeiro-ministro, sublinhando que é “uma aposta de conjunto, que vai do pré-escolar ao ensino secundário”.

José Sócrates frisou que o país tinha de fazer este investimento na reconversão do parque escolar, ao nível do secundário, porque “essas escolas eram espaços que tinham ficado para trás no processo de desenvolvimento do país”.

Para o primeiro-ministro, quando há cerca de três anos se iniciou o programa, houve o cuidado de dar atenção às escolas mais antigas, avançando-se para uma intervenção que permitisse aos estabelecimentos manterem “a alma, a identidade e a memória”.

Os grandes investimentos na educação, segundo o primeiro-ministro, significam que “o país “apostou na igualdade de oportunidades” e que por isso “vai ter sucesso no futuro.

“Mostra-me a tua escola, dir-te-ei que nível de desenvolvimento tens”, vincou, a propósito da importância da formação na competitividade de cada país.

Para José Sócrates, os resultados já são claros, lembrando os números da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que colocam Portugal, no domínio da educação, ao nível de vários países desenvolvidos. “Este é o caminho do futuro. Este é o grande projecto que mobiliza o país”, reafirmou.

A ministra Isabel Alçada aproveitou para sublinhar, por sua vez, que este é “o maior investimento de sempre em construção escolar, concretiza uma caminhada do conhecimento, da cidadania, da formação técnica, profissional”.

Questionada sobre a demora na intervenção em algumas escolas com más condições, Isabel Alçada justificou a alegada demora com o facto de “as obras demoram sempre tempo a fazer”, mas mostrou-se compreensiva e afirmou “entender essas queixas e compreender que as comunidades educativas ao verem a qualidade das obras nas escolas já intervencionadas desejem que isso também aconteça nas suas escolas”.

No entanto, a ministra garantiu que “os recursos financeiros postos ao dispor da educação são aplicados da melhor forma”, e que o Governo “tem consciência das várias situações e que há escolas que precisam de intervenção imediata”. Mas, adiantou, “não interessa remediar apenas. Interessa que os investimentos nas escolas sejam sustentáveis e para o futuro”.

Para Isabel Alçada, uma das mais-valias deste projeto de modernização é que irá “dotar todas as escolas com as condições necessárias, instalações e equipamentos adequados e necessários para os fins das escolas”.

O investimento na Escola Sá de Miranda, inaugurada hoje, foi de 13 milhões de euros “aplicados na construção de uma nova ala para a parte administrativa, na modernização de equipamentos, na criação de espaços flexíveis para usa da comunidades escolar entre outras melhorias”. A ministra deixou, ainda, uma garantia: “em breve haverá mais escolas a inaugurar”.

No âmbito do projecto de modernização das escolas secundárias, o Governo anunciou hoje a quarta fase, que integra mais 90 escolas."

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Parece mais uma "política do betão", construir para dar a ganhar aos que apoiam as campanhas eleitorais - Não se esqueçam é que estas escolas ficam a pagar uma renda mensal à Parque Escolar, num período em que o financiamento às escolas está mais curto do que nunca. E estas "modernices" têm custos de manutenção, elctricidade... um "presente envenenado".

Mas é uma bela notícia para quem não sabe o que realmente se passa, somos uns sortudos porque o estado está a postar na Educação... E continuamos a reclamar - "esses professorzecos que não querem é trabalhar..."

Abraço!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Medo de ser feliz - Uma realidade para alguns alunos

Para reflectir.

Muitos de nós conhecem esta realidade ou uma muito semelhante. Como é parte da vida fora da escola por vezes até nos esquecemos...

"Medo de ser feliz

Teresa Lima - Educare.pt

Não consegue mexer-se. Paralisaram-lhe os movimentos. Vá lá! Uma angústia, um nó na garganta, vontade de fugir, para onde não sabe.

Tem os intestinos às voltas enquanto ouve a professora. Precisa de uma casa-de-banho. A professora olha-o a direito nos olhos, ele finge-se de morto. "Preciso ficar em casa", responde. Porquê? "Preciso mesmo". É para cuidar dos teus irmãos, não é? "Foi só porque a minha irmã ficou doente". E a tua mãe? Silêncio. A tua mãe trabalha? Silêncio. Não há mais ninguém que fique com os teus irmãos? Silêncio. Vontade de ir à casa-de-banho. Um nó na garganta a subir para os olhos. Finge-se de morto. "Sabes que já esgotaste as faltas todas deste ano e do próximo? Podes reprovar. Se fizeres este curso tens um futuro." A garganta apodera-se dos olhos. Os intestinos às voltas.

Demora a chegar a casa, não quer voltar. Vai pelo caminho mais longo. A casa está vazia. A mãe saiu pela noite. Apenas o aguardam os dois irmãos mais novos, reclamam comida. A menina tem a fralda suja.

"Falta à escola? Não sabia. Ele sai todos os dias de manhã para as aulas". Ouça, todas as mães querem o melhor para os seus filhos e o melhor para ele é vir às aulas. Ele está a tirar um curso, para o ano conclui a escolaridade, tem uma profissão. "Pois é... vou ter uma conversa com ele, não faço ideia. Anda-me a mentir. Não se preocupe professora, eu vou falar com ele". Levanta-se. Arranja-se dentro da mini-saia de ganga, faz tilintar as pulseiras que tem nos braços. "Obrigada, professora".

Sai da escola com a cabeça em água. Ferve-lhe na carteira a notificação do tribunal. O homem já está na prisão, aguarda julgamento. Se ela também for dentro quem é que assegura o negócio? O cunhado e o primo dão conta do recado, mas não vai chover o dinheiro do costume. O filho é parado, mas com dezasseis anos já é um homem. Tem que o iniciar, para o caso de acontecer o pior.

Falou com a mãe do seu aluno? Ela pode ficar sem os filhos, se for presa. Vamos ter que os encaminhar para famílias de acolhimento ou instituições de menores. Toda a família vive do tráfico de droga e os menores estão em risco. "Sim, falei. Também falei com ele".

Queres experimentar a escalada? Sim? Encolhe os ombros, finge-se de morto. Um peso na cabeça, um adormecimento constante. Queres ou não? Os colegas trepam a parede, batem palmas, estimulam-se para chegar ao fim, riem-se. Não consegue mexer-se. Paralisaram-lhe os movimentos. Vá lá! Uma angústia, um nó na garganta, vontade de fugir, para onde não sabe. Sobe, vamos lá. Medo, confiança, um formigueiro a agitar-lhe o sangue. Palmas, risos, confiança. Conseguiste, vês? Gostaste? Um sorriso, um brilho nos olhos. Uma angústia. Medo de ser feliz."

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E na defesa da minha dama, foi o desporto que o permitiu ser feliz? Eu sei que é mais do que isto, mas...


Abraço!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ainda o Ensino Privado

iComentário na RTPN: De que falamos, quando dizemos ensino privado
Jornal i





São vários os pontos de vista...

Abraço!

Um olhar diferente sobre o Ensino

Um olhar diferente sobre o Ensino

"Exportar Ensino


O Congresso das Exportações terá lugar no início de Fevereiro, com o objectivo declarado de «definir uma estratégia clara e em pormenor sobre a forma de o país conseguir aumentar as exportações».

Sou director de uma instituição do ensino superior cujo contributo para as exportações nacionais ronda os cinco milhões de euros, mais do que 95% dos exportadores nacionais. Não fui convidado!

O ensino superior tem um volume de exportações que o coloca facilmente no top 100 dos maiores exportadores nacionais. Que eu saiba, também não foram convidados nem reitores, nem o presidente do Conselho de Reitores, nem o ministro Mariano Gago.

A razão é simples: para os organizadores do Congresso, o ensino superior não exporta. Exportações são o vinho, o azeite, os têxteis, o calçado ou as máquinas e equipamentos. Não o ensino.

Como se exporta ensino? Basicamente, importando pessoas, ou seja, atraindo estudantes estrangeiros para as escolas portuguesas. Quando um estudante de outro país vem fazer um mestrado em Portugal, paga as propinas, o alojamento, as refeições, os transportes, os livros e o lazer. Tudo isto são receitas. Tudo isto são exportações.

Isto sem falar em contributos indirectos. Como o daquele estudante de MBA que iniciou um negócio de exportação de azeite para o seu país, um dos maiores mercados mundiais. (Tivesse ele ido estudar para Espanha e seria o azeite dos nuestros hermanos a ser exportado). Estes estudantes, uma vez retornados aos seus países são grandes embaixadores de Portugal e um nó da cadeia global de relações sem as quais competir globalmente não é possível.

O ensino superior está no top 10 dos exportadores nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália. Na Austrália é mesmo o segundo maior sector exportador, atrás das matérias-primas, mas à frente do turismo. A Alemanha planeou investir, em 2010, 397 milhões de euros para atrair estudantes de todo o Mundo.

Abramos os olhos!"

Sol, 24 de janeiro

Prontuário adopta linguagem SMS e Acordo Ortográfico

Prontuário adopta linguagem SMS e Acordo Ortográfico




..."A nova edição inclui ainda vocabulário SMS, lista de smilings, lista de abreviaturas para E-mails e SMS."


"...«O português é uma língua viva, uma árvore frondosa com vários ramos, o brasileiro, o angolano, o moçambicano e por aí fora»."


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Confesso que ainda me custa a engolir (escrever), mas não nos vamos livrar desta realidade...

Abraço!

Más formações - Deformações

Todos conhecemos bons e maus profissionais, sejam médicos, professores, engenheiros e em todas as outras profissões.

Fica este artigo de opinião para nos ajudar a reflectir. Cada um que retire o que achar pertinente.

"Deformações

José Pacheco - Educare.pt

Há uns vinte anos atrás, fiz uma breve incursão na formação inicial de professores. Ao cabo de cinco anos, fui embora. E não desejei voltar. Dessa breve experiência, ficaram amigos e recordações. Ficou a confirmação de que outra formação de professores é necessária e possível.

Após o incremento da formação, decorrente da institucionalização de um subsistema e do investimento de milhões de euros, os resultados foram decepcionantes. Após vinte anos e milhares de cursos e palestras, pouco ou nada se alterou na atitude dos professores, pouco ou nada terá mudado nas suas práticas: "o professor vai, fica ouvindo e, no fim, não aprende nada que consiga usar".

Há uns vinte anos atrás, fiz uma breve incursão na formação inicial de professores. Ao cabo de cinco anos, fui embora. E não desejei voltar. Dessa breve experiência, ficaram amigos e recordações. Ficou a confirmação de que outra formação de professores é necessária e possível.

Recusei trabalhar sozinho e reparti com uma jovem psicóloga os tempos de ensinar e aprender. Avisaram-me que era norma os alunos assinarem à entrada e à saída de cada aula, mas recusei o uso das "listas de presenças", por serem inconciliáveis com a "formação de professores autónomos e responsáveis" (conforme rezava o projecto da instituição de formação). E, também, porque eu não dava aula - aprendia com os jovens alunos que, hoje, são professores diferentes daqueles que uma formação inicial obsoleta engendra.

Atrevo-me a registar um episódio "exemplar". Perguntei aos meus alunos o que queriam aprender. Responderam que desejavam que eu falasse de Jerome Bruner. Manifestei a minha satisfação por irmos abordar o pensamento e a obra de um autor que eu admiro e quis saber a razão pela qual haviam escolhido esse autor. Esclareceram-me: na semana seguinte, iriam fazer uma prova de psicologia da educação e, entre os possíveis conteúdos da prova, estariam os trabalhos de Bruner. Quando eu quis saber o que já tinham estudado desse autor, responderam que nada tinham estudado, que bastaria decorar na véspera da prova. E a minha prelecção também ajudaria... Recusei fazê-la e mandei-os para a biblioteca, para que lessem os livros do Bruner. Se desse estudo resultassem dúvidas, eles poderiam vir ao meu encontro. Passei todo o dia na faculdade. No final da tarde, dialoguei com um pequeno grupo de alunos, que me trouxeram interrogações decorrentes das leituras que fizeram.

No início do ano, combinámos que, entre outros trabalhos, fariam uma pequena dissertação sobre um tema à sua escolha. Desagradável surpresa: a maior parte dos trabalhos era cópia de trabalhos feitos por alunos... de anos anteriores. Os raros originais primavam pela falta de pontuação e de... ideias próprias. De fundamentação científica, nem é bom falar - a leitura daqueles textos era um autêntico suplício. Os alunos amontoavam um chorrilho de lugares-comuns alinhavados com citações a esmo. Quando os interpelava sobre o conteúdo teórico das suas produções, confirmava que fazer citações não é sinónimo de ter aprendido alguma coisa. Se retirássemos as citações, nada restaria.

Essa breve experiência, fez-me recordar as heresias a que tive de recorrer, quando percorri a via-sacra da minha passagem pela situação de estudante universitário. Dotado de um mau feitio a toda a prova, perverti regras de um academismo fútil, questionei falsas solenidades e o respeitinho instituído. Mas quantos o fazem? Talvez poucos ousem fazê-lo, porque mais vale um diploma na mão do que dois a voar... "


Abraço!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Centenas de alunos com cobertores para protestar contra frio em escola de Vila Real

"Centenas de alunos da Escola Camilo Castelo Branco, em Vila Real, cobriram-se de cobertores, luvas e gorros e manifestaram-se hoje de manhã contra a falta de aquecimento naquele estabelecimento de ensino."

Uns têm, outros não...

Abraço!

A versão das Escolas com Contrato de Associação

Não foi há muito tempo que senti na pele (e não fui só eu de certeza) que era incompreendido como professor, mais recentemente mesmo como professor de Educação Física (a propósito do Desporto Escolar). Li comentários de colegas de outras áreas e de outros não docentes que me deixaram, mais uma vez, espantado (será mesnmo que ainda fiquei espantado?) com a rivalidade mesquinha e falta de informação latente.

Neste assunto das "privadas" notei também que muitos andam a julgar/opinar sem conhecerem bem o lado destas. Eu próprio fiquei tentado a fazê-lo ao ler notícias e declarações do ministério da educação, mas fui logo travado pela desconfiança que já me está entranhada quando se trata das vozes que de lá chegam.

Assim, tentei conhecer o lado de quem lá trabalha e consegui estes registos que me foram enviados por e-mail e que estão também no blogue http://ina-sos.blogspot.com/ 

Neste vídeo podem ver e ouvir declarações de Marques Mendes:



E foram-me enviados também textos, que por serem volumosos não transcrevo na totalidade - mas podem ser consultados no anteriormente referido blogue.

"Ensino Público não Estatal – O que o Estado poupa, ou deixa de gastar!

"...a partir do próximo ano lectivo vai atribuir às escolas com “contrato de associação”, não mais que às suas escolas, mas bastante menos: 90.000 euros por turma/ano às escolas estatais e 80.000 euros para as escolas com “contrato de associação”. "

"...Todas estas parcelas somam 757 milhões de euros/ano. Esta é a poupança que o ensino público não estatal representa para o estado."

João Teixeira

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"... existem três tipos de escolas públicas não estatais:


Escolas sem qualquer apoio do estado...
Escolas com “contrato simples” ou “patrocínio”...
Escolas com “contrato de associação”...

"...As escolas que neste momento estão na ordem do dia e têm levantado todo este protesto e agitação devido à alteração abrupta das “regras de jogo” por parte do ministério da educação, são as que estão abrangidas pelos “contratos de associação”

"...implantadas em zonas carenciadas de escolas estatais, muitas delas em zonas rurais e distantes das cidades."

João Teixeira


 
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Sem esgrimir defesas a nenhum lado, espero ter ajudado a esclarecer um pouco mais esta situação mostrando agora este lado da barricada. Aconselho a leitura integral dos textos.
 
Abraço!

Área de Projecto - a estocada final

Parece que já não há volta a dar.

Mas acalmem-se: a sra. ministra garantiu que levou em conta recomendações do Conselho Nacional de Educação. Só não se sabe bem onde...

"Cavaco promulgou diploma que extingue Área de Projecto



A versão final do decreto-lei que extingue a Área de Projecto e consagra outras alterações curriculares no ensino básico contempla algumas das recomendações feitas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que se pronunciou contra aquele diploma, garantiu ao PÚBLICO o Ministério da Educação. Cavaco já o promulgou.


O diploma foi aprovado na reunião do Conselho de Ministros de 25 de Novembro. As recomendações do CNE foram aprovadas algumas semanas depois, a 14 de Dezembro. O decreto-lei já foi promulgado pelo Presidente da República, confirmou ao PÚBLICO o assessor de imprensa de Belém. Também o presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais, Albino Almeida, indicou ao PÚBLICO que, numa reunião há duas semanas, o secretário de Estado da Educação lhes garantiu que foram incorporadas no diploma recomendações dos parceiros.

No comunicado do Conselho de Ministros de 25 de Novembro informa-se que este procedeu à aprovação final do diploma que "elimina a Área de Projecto e o Estudo Acompanhado do elenco das áreas curriculares não- disciplinares, procedendo à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro". Estas medidas entram em vigor no próximo ano.

O ministério não esclareceu em que alturas foram introduzidas as recomendações do CNE. A assessora do CNE informou não ser possível indicar em que data chegou àquele organismo o último projecto, mas afirmou que "o parecer foi sobre a versão aprovada a 25 de Novembro" pelo Governo.

Já Albino Almeida, que na qualidade de presidente da Confap tem assento no Conselho Nacional de Educação, garante que já depois da aprovação do diploma em Conselho de Ministros chegou ao CNE uma nova versão, consubstanciando o que o primeiro-ministro, José Sócrates, anunciara na Assembleia da República depois de, no dia 7 de Dezembro, terem sido conhecidos os resultados dos testes do PISA.

O PISA é um estudo da OCDE que se destina a medir as competências dos alunos de 15 anos. Pela primeira vez, os alunos portugueses aproximaram-se da média da OCDE. Uma das razões apontadas para esta melhoria foi a de, nos últimos anos, os tempos lectivos de Estudo Acompanhado e Área de Projecto terem vindo a ser utilizados para reforçar as aprendizagens de Matemática e Língua Portuguesa.


Estudo Acompanhado

As alterações curriculares do ensino básico e secundário estavam já contempladas na proposta de Orçamento do Estado para 2011 com o objectivo de reduzir o número de professores e diminuir custos. Na altura, o ME esclareceu que, ao contrário de Área de Projecto, que será extinta a partir do próximo ano lectivo, o Estudo Acompanhado iria continuar mas apenas para alunos com "efectivas necessidades". Na matriz de organização curricular que acompanhava o diploma não estavam, contudo, reservados tempos para esta disciplina.

No dia 11 de Dezembro, José Sócrates anunciou no Parlamento que, do horário semanal atribuído àquela disciplina, "um tempo lectivo será obrigatoriamente alocado à Matemática". O ministério reafirmou no mesmo dia que esta disciplina será só para alunos com dificuldades.

No parecer de 14 de Dezembro, o CNE, que é um órgão consultivo do Governo e do Parlamento, opõe-se a esta restrição: "Reduzir o Estudo Acompanhado a alunos com dificuldades de aprendizagens é insistir numa concepção de escola de remediação". O CNE sublinha também que, "uma vez definido como componente nacional, o Estudo Acompanhado deveria ser para todos os alunos, pois, doutro modo, introduz-se um elemento de discriminação curricular".


Diploma do particular também foi alterado

Não é caso único alterar-se um diploma já depois da sua aprovação em Conselho de Ministros. Foi o que aconteceu com o decreto que vai regular os novos contratos de associação com escolas particulares: foi alterado quando já estava em Belém, de modo a responder a dúvidas levantadas por Cavaco, que ameaçou com o veto. A versão modificada não voltou a ser submetida ao Conselho de Ministros. Este procedimento levantou dúvidas a constitucionalistas. Quanto ao diploma sobre as alterações curriculares, não se sabe que recomendações do Conselho Nacional de Educação foram acolhidas."



Abraço!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Educação sexual na escola

É um tema que toca a todas as disciplinas, mas nem todos queremos tratar dele nas nossas aulas.

Para dar uma ajuda podem consultar vários documentos aqui (não respondo pela qualidade/utilidade/adequadibilidade dos mesmos).

A intenção é boa...

Abraço!

Os pais e as idas à escola

Encontrei este artigo e este vídeo que decidi partilhar convosco.

Tratam da velha questão "os pais são convocados e não aparecem" que tanto nos queixamos.

Armanda Zenhas, mestre em Educação, deixa-nos o seu ponto de vista/conselhos - que são discutíveis (que tal deixarem o vosso comentário) - para a melhoria desta relação casa/escola.

Podem ver aqui o texto (que transcrevo) e aqui o vídeo (que não consegui incorporar).

"Quando os pais não vão à escola...


"Os pais que não vêm à escola são os que mais precisavam de vir." É um lamento sincero que frequentemente se ouve aos professores ou até mesmo a encarregados de educação em reuniões de turma. Falam, obviamente, dos pais dos alunos malcomportados, com insucesso ou que faltam muito às aulas.

Porque não vão todos os pais à escola? As razões serão, com certeza, muitas. Pensemos em algumas:

O "professorês" ou "escolês" - Esta linguagem é frequentemente utilizada nos documentos distribuídos aos encarregados de educação e nos contactos orais ou escritos (competências transversais, áreas curriculares não disciplinares, critérios de retenção).

Abordagens negativas - Muitos pais são chamados à escola devido a ocorrências negativas: faltas às aulas, mau comportamento. Estas informações podem acabar por ser sentidas como acusações, porque nem sempre se lhes segue uma busca de estratégias de resolução do problema. Se a acusação é feita numa reunião de encarregados de educação, o vexame é maior ('O Francisco é insuportável e malcriado. Está sempre a insultar os colegas. Até no meio das aulas!') e a vontade de nova deslocação à escola desaparece.

Reuniões sem conteúdo significativo - "Senhores encarregados de educação, chamei-os cá para lhes distribuir a ficha de avaliação do 1.º período. Não tenho muito mais para dizer. Estou à disposição para responder às perguntas que queiram fazer e depois dou por terminada a reunião". Os encarregados de educação poderão sentir-se defraudados perante uma reunião com tão pouco conteúdo. Terão vontade de se esforçar por ir a outra?

O que fazer para motivar os pais a irem à escola?

As estratégias seriam, pelo menos, tantas quantos os problemas que afastam os pais da escola. Vejamos algumas, em contraponto aos problemas referidos.

A linguagem - O director de turma precisa de conhecer bem o contexto sociocultural dos encarregados de educação e utilizar uma linguagem a ele adequada. Deverá ter esse cuidado na comunicação oral e na escrita.

Abordagens positivas - Quando é preciso chamar os pais por haver problemas, há vários cuidados a ter:

1. Não culpabilizar os pais, seja de forma directa ou indirecta.

2. Respeitar a sua dignidade e a sua privacidade - Não se deve nomear alunos e respectivo mau comportamento diante de outros. Essa estratégia vexa e não motiva nem orienta para a resolução. Quando se quer falar de um aluno específico, tal deve ser feito num atendimento individual.

3. Sugerir e/ou procurar, em conjunto com eles, estratégias de resolução.

4. Reuniões com conteúdo significativo.

Há muitas coisas que podem ser transmitidas aos pais numa reunião. Podem ser dadas indicações de formas de apoio ao estudo dos filhos (organização do local de estudo, organização do tempo de estudo, eliminação de factores de distracção). Podem ser debatidos temas, como por exemplo 'A alimentação e o rendimento escolar'. O professor de Ciências da Natureza poderia colaborar na sua dinamização.

Da boa relação entre a escola e a família beneficiarão todos os envolvidos, particularmente os alunos. Há portanto que reflectir sobre ela e promovê-la."

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E que tal usar a velha, mas sempre eficaz, estratégia do "venha cá que temos um XPTO para lhe dar", tipo o cheque dentista ou o Magalhães?

Ou, por exemplo, responsabilizar os pais pelos actos dos seus filhos (ou, pelo menos, por grande parte deles)... Pois, esta é difícil, não estou a ver o ministério a lançar uma medida destas, é bem mais fácil mandarem as escolas desenrascarem-se e melhorarem a relação com a comunidade envolvente.

Abraço!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Tabelas salariais actualizadas com a "taxazinha"

No blogue ad duo deram-se ao trabalho e fizeram umas tabelas muito "direitinhas" com os salários actualizados após a aplicação da "taxa" que nos trama.

Podem consultar aqui.

Abraço!

Conversor de medidas online

Pode ser útil tanto para colegas como para alunos (e mesmo para outros profissionais).

Está dividido nas seguintes categorias:

Unidades de Comprimento

Unidades de Superficie
Unidades de Volume
Unidades de Capacidade
Unidades de Peso
Unidades de Velocidade e Energia
Unidades de Temperatura
 
Não perdem nada em fazer uma visita aqui.
 
Abraço!

O privilégio de ser português...

... agora paga uma taxa:


Há nacionalidades bem piores...

Abraço!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

115 mil ao ataque?

"Milhares de professores vão na terça-feira entupir as secretarias das escolas com pedidos de impugnação das reduções salariais, processos que deverão depois seguir para os tribunais após o previsto indeferimento por parte do Ministério da Educação."

Pelo menos 50 escolas privadas fecharão esta semana

Já não são as 93? De qualquer forma ainda é um belo número, bem mais de metade.

E nós do público continuamos... à espera!

Podem ler aqui.

Abraço!

Concurso internacional de ciência para os jovens

O concurso Google Global Science Fair pretende revelar jovens cientistas promissores. De todo o mundo. Para tal, jovens entre os treze e os dezoito anos são desafiados a apresentar, individualmente ou em grupos de duas ou três pessoas, m vídeo de dois minutos ou uma apresentação virtual de vinte diapositivos, onde deverão expor "projectos interessantes e criativos, pertinentes no mundo de hoje".


Os trabalhos, obrigatoriamente redigidos em inglês, devem ser entregues até 4 de Abril de 2011. Um júri de professores avaliará as candidaturas e, no início de Maio de 2011, "sessenta semifinalistas serão escolhidos". Os trabalhos seleccionados serão colocados online para uma votação aberta, a que se seguirá a atribuição de um prémio pelo público.

A Google vai anunciar os quinze finalistas que serão convidados a visitar a sede do grupo, nos Estados Unidos da América (Califórnia), onde reconhecidos investigadores, incluindo alguns prémios Nobel, vão proceder à votação final.

Haverá três grandes vencedores, de acordo com o grupo etário em que se incluem: treze e catorze anos, quinze e dezasseis anos e dezassete e dezoito anos.

O primeiro prémio do Google Global Science Fair consiste numa viagem às ilhas Galápagos e uma bolsa de estudo no valor de cerca de trinta e oito mil euros.

Escola de obediência

Um momento de boa disposição, para variar.

Uma sátira(?) já com algum tempo, mas nem por isso desactual...




Abraço!

Escolas de ensino particular fecham portas por três dias

Pelo menos já estão a mostrar mais indignação do que os do público.

"Escolas de ensino particular fecham portas por três dias

Lusa / EDUCARE
2011-01-24

As 93 escolas com contrato de associação vão fechar portas entre os dias 26, 27 e 28 e estão a preparar o "funeral" do ensino particular e cooperativo à porta do Ministério da Educação.

O porta-voz do "SOS Movimento Educação", Luís Marinho, disse na passada sexta-feira à agência Lusa que "há ainda algumas escolas que estão em fase de consulta aos encarregados de educação", assegurando, contudo, que "todas estão alinhadas neste protesto" contra o corte do financiamento aos estabelecimentos com contrato de associação.

"Há algumas escolas que fecham um dia, outras dois e outros os três dias, mas daquilo que vou sabendo são poucas as que encerram num único dia", afirmou Luís Marinho, também membro da Direcção do Externato de Penafirme, em Torres Vedras, adiantando que para esses dias estão previstas várias iniciativas.

A realização de cordões humanos, envolvendo pais e alunos, com a palavra SOS é uma das acções programadas para este protesto, que vai ser avaliado ao final de cada dia. "Se vierem sinais positivos por parte da tutela, o protesto pode ser suspenso", admitiu o responsável, explicando que o objectivo da contestação é que "quem causou este problema, que foi o Ministério da Educação, o resolva".

O porta-voz garantiu que um eventual boicote às eleições presidenciais de domingo não consta no plano de acção do "SOS Movimento Educação".

"Não foi votada pelos encarregados de educação essa hipótese, mas se acontecer apoiaremos. Estamos solidários perante qualquer iniciativa de protesto que surja", acrescentou.

Luís Marinho disse ainda ser "possível acontecer" o "funeral" do ensino particular e cooperativo à porta do Ministério da Educação.

"Nada está decidido", garantiu o responsável, admitindo que "já existem escolas que têm caixões prontos" para levar até à Avenida 5 de Outubro, em Lisboa.

A concretizar-se, este protesto passará pela colocação, junto ao Ministério, de 93 caixões, um por cada escola com contrato de associação, sendo cada caixão transportado por dois pais e dois alunos.

Com esta acção, os encarregados de educação querem sensibilizar a opinião pública para o "perigo de morte" que correm estas escolas.

Os caixões vão ficar com a tampa ao lado, ficando na mão do Ministério da Educação fechá-los, iniciativa que os pais encaram como um derradeiro apelo à ministra Isabel Alçada para resolver o problema do financiamento às escolas do ensino particular e cooperativo.

Em vigor desde o final do mês passado, após alterações, o diploma que altera o regime dos contratos de associação entre o Estado e o ensino particular e cooperativo engloba a redução dos montantes dos apoios do Estado àquelas escolas e colégios.

Entretanto, a ministra da Educação, Isabel Alçada, considerou na quarta-feira "absolutamente justo" o diploma sobre o regime dos apoios do Estado ao ensino particular e cooperativo, que coloca este financiamento num patamar "equivalente" ao do ensino público.

"O financiamento tem que ser idêntico. Nenhum português compreenderá que se financie a níveis superiores o ensino privado em relação ao ensino público. Tem que ser equivalente", argumentou a ministra."

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Abraço!

Será que é um ciberdependente?

Espero que não seja o caso dos mesu estimados seguidores...

"Será que é um ciberdependente?

Adriana Campos - Educare


Actualmente, sabe-se que o uso da Internet pode causar dependência, o que significa que a net se pode tornar o centro da vida da pessoa, à volta da qual tudo gira. A satisfação de necessidades básicas, como comer e dormir, pode mesmo passar para segundo plano, até porque a perda da noção do tempo é muito frequente neste tipo de dependência.

São muito poucos os adultos que admitem ser dependentes de alguma actividade ou substância. Por isso é perfeitamente compreensível que tenha respondido à questão colocada no título da seguinte forma: "Eu, dependente? Não, de forma alguma." Geralmente a vontade incontrolável de ficar no computador a trocar mensagens, a jogar ou a navegar sem destino muito definido é designada como "vício" ou "mania" sem importância de maior. Actualmente, sabe-se que o uso da Internet pode causar dependência, o que significa que a net se pode tornar o centro da vida da pessoa, à volta da qual tudo gira. A satisfação de necessidades básicas, como comer e dormir, pode mesmo passar para segundo plano, até porque a perda da noção do tempo é muito frequente neste tipo de dependência.

Continuando a considerar a hipótese de ter respondido de forma negativa à questão do título do artigo, vamos ver se, analisando bem este conceito, até alteraria a resposta. O "ciberdependente" é alguém que, há pelo menos seis meses, utiliza a internet diariamente, mais de três ou quatro horas por dia, em actividades não relacionadas com o trabalho ou o estudo. Este uso excessivo da net provoca consequências negativas, quer ao nível do desempenho das actividades do dia-a-dia quer ao nível das relações familiares e sociais. Quem falta ao trabalho ou à escola e deixa de estar com a família e os amigos só para estar online é claramente dependente e, provavelmente, precisa de ajuda.

A ideia de que, para alterar este tipo de relacionamento com a Internet, basta o indivíduo querer é falsa, pois a dependência provoca modificações cerebrais, que levam a que o comando da situação já não dependa só da vontade do indivíduo, uma vez que, quimicamente, se produziram alterações no organismo que dificultam todo o processo.

Se, definitivamente, concluiu que não é ciberdependente, será que corre sérios riscos de entrar para este clube? O que os estudos referem é que há efectivamente algumas pessoas mais vulneráveis que outras. Quando um conjunto de factores biológicos, psicológicos e sociais se conjugam e fragilizam o indivíduo, este poderá tornar-se mais propenso a uma dependência, seja ela da Internet ou de qualquer outra actividade ou substância. Concretizando um pouco, se tem dificuldades de interacção social, se não gosta da sua imagem corporal, se tem medo de se relacionar com elementos do sexo oposto e está inserido numa família que não está muito atenta a este tipo de questões, então poder-se-á dizer que o risco de se tornar dependente é maior. Aprofundando um pouco mais e fazendo uso das palavras de Luís Patrício, autor da obra "Droga, aprender para prevenir", a dependência da Internet mostra "um mal-estar mais profundo, porventura de carências afectivas, de dificuldades conjugais, de imaturidade" podendo ocorrer na sequência da "procura de soluções para dificuldades afectivas, sexuais ou lúdicas".

Em alguns países como a França e a Alemanha já existem clínicas especializadas para tratar este tipo de dependência. Em Portugal, ainda não existem consultas especializadas para o tratamento de ciberdependentes, dado que vários especialistas na área consideram que este tipo de dependência pode ser tratado no contexto de uma perturbação social e de personalidade mais vasta.

Como a ciberdependência não escolhe idades, o melhor é estar também atento aos seus filhos, pois o uso excessivo da Internet pode também estar a prejudicar seriamente a vida deles em diferentes áreas."

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Mensagem de preocupação

Acabei de receber por e-mail e decidi partilhar convosco.

Mesmo sendo um discurso sindicalista - e ajustarmos para "valores mais baixos" por esse facto - a situação que aqui se põe é muito grave. E não só para os contratados, os quadros têm muito que se preocupar, pois "lugares seguros" estão a acabar, os mais antigos saem mais caros ao ministério da educação...







É mais um aviso para nos unirmos e fazermos valer a força que temos mas que deixamos adormecer...

Abraço!

Para impugnar a redução ilegal dos salários

Para os que ainda não tiveram acesso ao documento - nova versão -  podem obtê-lo aqui.

Eu, infelizmente, não vou necessitar...

Abraço!

Como vão ser cortados os salários na Função Pública

Notícia do Público.

"Os cortes previstos no Orçamento do Estado afectam 350 mil funcionários públicos e permitirão ao Estado poupar 990 milhões de euros. Conheça as regras e veja as simulações feitas pelo Ministério das Finanças.


As remunerações entre 1500 e 2000 euros terão um corte de 3,5 por cento.

As remunerações superiores a 2000 e inferiores a 4165 euros será aplicada uma redução de 3,5 por cento sobre o valor de 2000 euros, acrescida de um corte de 16 por cento sobre o valor que excede aquele montante.

As remunerações acima de 4165 euros terão um corte de 10 por cento.

O corte incide sobre o valor agregado de todas as prestações pecuniárias que inclui, além do vencimento base, subsídios, suplementos remuneratórios, senhas de presença, despesas de representação e trabalho suplementar ou extraordinário. O trabalho extra prestado no ano passado e pago em 2011 também é contabilizado para este bolo.

Os subsídios de férias e de Natal têm uma redução autónoma, para evitar que nos meses em que são pagos os funcionários vissem a taxa de redução aumentar.

Fora do corte ficam subsídio de refeição, ajudas de custo, subsídios de transporte, reembolso de despesas e prestações sociais.

Simulações

1. Funcionário com remuneração base de 1300 euros - A remuneração não tem qualquer redução uma vez que o valor é inferior a 1500 euros.

2. Funcionário com remuneração de 1538 euros - A remuneração é reduzida, uma vez que o valor é superior a 1500 euros

Cálculo da Redução: 3,5% sobre € 1538 (1538 x 3,5%) = 53,83

Contudo, atendendo a que da redução de 53,83 euros resultaria o pagamento de uma remuneração inferior a 1500 euros, o valor efectivamente reduzido será de 38 euros, garantindo assim que o funcionário não receberá uma remuneração inferior a 1500 euros.

3. Funcionário com remuneração de 2137 euros

Cálculo da Redução: 3,5% sobre € 2000, 16% sobre o valor da remuneração que excede os 2000 euros, no caso 137 euros. (2000 x 3,5%) + (137 x 16%) = 70 + 21,92 =91,92. Esta redução de 91,92, representa um corte de 4,3%.

4. Funcionário com remuneração total de 1650 euros, resultante de uma remuneração base de 1450 euros, a que acresce um suplemento remuneratório de 200 euros: Neste caso, a remuneração base não estaria sujeita a redução por ter um valor inferior a 1500 euros. Contudo, atendendo a que a redução remuneratória se aplica as remunerações totais ilíquidas, esta remuneração estará efectivamente sujeita a redução por atingir o valor total de 1650 euros.

Cálculo da Redução: 3,5% sobre € 1650 (1650 x 3,5%) = 57,75

5. Funcionário com remuneração de 4500 euros:Tratando-se de uma remuneração superior a 4165 euros, a redução corresponde a 10 por cento desse valor, ou seja, 450 euros"

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Para quem ainda tinha dúvidas.

Abraço!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Obrigado a todos!

Agradeço as vossas visitas no momento em que estas ultrapassarm as 5000. Apesar deste blogue já ter algum tempo, apenas comecei a dedicar-lhe mais tempo a partir de Agosto de 2010, pelo que este é um belo número para 5 meses de existência "mais a sério".

A minha luta agoravai no sentido de vos incutir mais intervenção, seja pelo envio de sugestões, temas, pedidos, entre outros, seja pela escrita de comentários depois de lerem as mensagens que deixo expostas.

Entretanto pretendo fazer uns acrecentos/melhoramentos para cativar os actuais visitantes e atrair outros.

Relembro que aceito sugestões, artigos, opiniões... e comentários!

Um grande abraço!

Ameaça de bomba

Obra de um aluno que não queria ter aulas ontem? Nos tempos que correm até não me admirava que fosse por sugestão do encarregado de educação...

"Ameaça de bomba em escola de Baião "era falsa"

As aulas na Escola EB 2,3 de Campelo, em Baião, já foram retomadas depois de se ter descoberto que a ameaça de bomba foi um "falso alarme".

19 Janeiro 2011

A ameaça de bomba foi comunicada através telefonema anónimo para o estabelecimento de ensino, informou fonte policial.

Para o local foram enviados meios especializados na desactivação de explosivos, que não encontraram qualquer objecto estranho.

As aulas tinham sido suspensas, pelas 09h00, aquando do telefonema anónimo, mas já foram retomadas."



Abraço!

Em defesa do Desporto Escolar: Posição da FADEUP

O Director da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) apresentou este documento, em nome da Faculdade, em defesa do Desporto Escolar.

É um documento extenso, escrito com rigor, que aborda várias razões para não se avançar com os cortes anunciados nesta área.

Leiam, nem que seja na diagonal, aqui.

Abraço!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Alterações no ECD?

Chegou-me às mãos, via e-mail, a mensagem que abaixo transcrevo.

Li e assustei-me. Tentei comprová-la, mas não encontrei nenhum documento "mais oficial".

De qualquer modo decidi partilhar convosco:


"Más notícias da Dr.ª Isabel Alçada...


Professores perdem estatuto especial na Função Pública

REENVIO COMO RECEBI, POR CONSIDERAR MUITÍSSIMO PREOCUPANTE: As desventuras vêm aí...

«Não sei se este Estatuto da Carreira Docente tem pernas para andar, mas os professores têm pernas para voltar a descer a Avenida da Liberdade», alerta Mário Nogueira, depois de receber do Ministério uma proposta «que nunca tinha estado em cima da mesa» e acaba com os quadros de escola e os concursos de docentes

Professores perdem estatuto especial na Função Pública

«Os sorrisos da ministra já não nos enganam». Mário Nogueira, dirigente da Federação Nacional de Professores (Fenprof) assume a ruptura total com Isabel Alçada, depois de ter recebido do Ministério da Educação uma proposta de Estatuto da Carreira Docente com aspectos «que nunca foram alvo de negociação».

O fim dos concursos de professores e dos quadros de pessoal, assim como a criação da figura da «cedência por interesse público» constantes no documento enviado aos sindicatos são, para Nogueira, alterações inaceitáveis que o Ministério está a fazer de forma ilegal.

«É ilegal, porque de acordo com a lei 23, o Ministério tem de submeter essas matérias à negociação». Ora, apesar de os sindicatos estarem em negociações com o Governo desde Setembro, estas propostas «nunca foram apresentadas à discussão», sublinha o líder da Fenprof.

Mário Nogueira diz que «neste momento, ainda nem sabemos bem quais as consequências do fim dos quadros de escola e da sua substituição por mapas de pessoal». Mas não tem dúvidas quanto às intenções do Governo nesta matéria: «Vai embaratecer os custos com pessoal e aumentar a precariedade».

Na prática, as novas regras vão fazer com que «os contratados entrem apenas para mapas e não para quadros, ou seja, não façam parte da carreira e, por isso, não sejam abrangidos pelas progressões».

Outra consequência será a instabilidade: «Segundo as regras gerais da Função Pública, os mapas de pessoal são definidos anualmente», recorda Nogueira, alertando para a possibilidade de vir a acontecer o mesmo na Educação.

Mas é ao nível do recrutamento e da mobilidade que as mudanças mais se vão fazer sentir. «Acabam os concursos. Os professores não vão poder concorrer para mudar de escola».

Se quiserem mudar de escola, os docentes «vão ter de recorrer à mobilidade interna, que permite estar noutra escola por períodos renováveis de um ano, até ao máximo de quatro».

«Caso contrário, só vão poder mudar quando e se o Ministério quiser, através de uma coisa chamada cedência de interesse público, que nem sabemos bem o que é», critica.

Concursos, requisições, destacamentos e comissões de serviço «deixam de existir».

As novas regras permitem ainda ao Estado colocar funcionários públicos em mobilidade especial a dar aulas. «Depois de termos lutado tanto pela formação de professores, não se percebe como se pode fazer isto», questiona o sindicalista.

Esta terça-feira, a Fenprof pediu ao Ministério «uma reunião com carácter de urgência», mas no sábado o sindicato deverá já pôr em cima da mesa a discussão sobre formas de luta.

«Com papas e bolos se enganam os tolos e esta ministra pensa que nos engana com sorrisos, mas é ela quem está enganada», diz Nogueira, recordando que a proposta de Isabel Alçada vai contra o prometido por Maria de Lurdes Rodrigues «que em 2009 assegurou que as regras da lei 12/A da Função Pública não eram para aplicar na Educação».

DIVULGUEM POR TODOS OS VOSSOS CONTACTOS! A UNIÃO DE TODOS É MAIS DO QUE NUNCA NECESSÁRIA!"
 
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Espero que não seja verdade, mas...
 
Abraço!

Violência escolar: Governo e CDS querem penas de prisão

Lendo a notícia tenho que reconhecer razão ao Bloco de Esquerda. primeiro deveriamos prevenir, não deixar que acontecesse. Mas isso é "caro": mais auxiliares nas escolas, mais e melhor formação de todos os intervenientes, tutorias, seguranças... Depois, se mesmo assim acontecer, as medidas penais devem ser aplicadas.

Fica a esperança que esta medida melhore a vivência salutar na escola, tal como deveria ser.

"Violência escolar: Governo e CDS querem penas de prisão
LUSA/Educare

Os deputados da Assembleia da República discutem na quinta-feira duas propostas em defesa da criminalização da violência escolar com penas até dez anos de prisão e uma recomendação contra essa solução em defesa de medidas como o trabalho comunitário.


O Governo vai apresentar uma proposta de lei e a bancada parlamentar do CDS-PP uma projecto de lei que defendem alterações ao Código Penal que permitam a criação de um novo crime público: a violência escolar.

Com a definição deste crime, os jovens entre 12 e 16 anos, que eram inimputáveis para efeitos da lei penal, podem ser penalizados com a aplicação de medidas tutelares educativas. Os mais velhos podem sofrer penas de prisão até dez anos, caso haja mortes.

A proposta de lei defende que os "maus-tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais" passe a ser punido com pena de prisão de um a cinco anos. As ofensas à integridade física graves têm uma moldura penal entre os dois e oito anos de prisão e, em caso de morte, o agressor pode ser condenado a 10 anos de prisão.

A proibição de contacto com a vítima, proibição de uso e porte de armas, pelo período de seis meses a cinco anos, ou a obrigação de frequência de programas específicos de prevenção da violência escolar são outras das medidas que o Governo quer ver transformadas em lei.

Governo e CDS-PP entendem que os menores devem passar a ficar submetidos à aplicação de sanções adequadas à respectiva faixa etária, ou seja, a medidas tutelares educativas. Também os populares defendem que os criminosos podem ser punidos com penas de prisão até dez anos, em caso de morte.

Contra a criminalização dos actos cometidos nas escolas, o Bloco de Esquerda entende que é preciso apostar na prevenção e por isso apresenta uma recomendação ao Governo para que tome "medidas urgentes".

Para os deputados do Bloco de Esquerda, "a criminalização destes actos não vai resolver o problema".

"Nos últimos anos, há quem tenha vindo a sugerir soluções meramente repressivas ou criminalizadoras para a questão da violência escolar. Esta é a estratégia da ilusão e da desistência. A criação de novos tipos penais não resolve nada, não responde a nenhum problema", defendem os bloquistas na recomendação que apresentam quinta-feira em plenário.

O BE apresenta ao Governo o que considera serem soluções "urgentes e necessárias": reforço dos auxiliares de acção educativa, a formação na gestão e prevenção de conflitos para docentes e não docentes, a redução do número de alunos por turma e a criação de equipas multidisciplinares com capacidade de intervenção e acompanhamento personalizado de situações problemáticas.

Para os bloquistas, devem ser as escolas a decidir quais os melhores mecanismos de sanção para responsabilizar os agressores, sugerindo medidas como a privação do convívio com os colegas e a atribuição de trabalho comunitário."

Abraço!

Uns saem, outros não entram...

A notícia não é muito recente, mas é sempre um assunto actual:

Diário de Notícias:

"Em meados de 2006 havia 135 mil professores com vínculo definitivo e 15 mil contratados pelo ME. Desde então, não chegaram aos 400 (396) os novos ingressos na carreira. No final de 2009, restavam 114 970 docentes efectivos. Actualmente, rondarão os 111 800. Uma quebra de 23 200 em apenas três anos e meio."
...

"O recurso aos contratados - bastante mais baratos em termos de vencimentos, do que os professores do topo da carreira que se reformam - tem sido a solução encontrada para compensar as saídas.


Só este ano lectivo já foram colocados cerca de 20 mil precários, metade dos quais através da renovação de vínculos anuais anteriores. Mas o seu número deverá ser reduzido este ano, por via das reorganizações curriculares e cortes orçamentais na Educação."

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Palavras para quê? Não é novidade, mas vale a pena fazer a referência.
 
Abraço!

Manual de Primeiros Socorros

"Manual de Primeiros Socorros - Situações de Urgência nas Escolas, Jardins de Infância e Campos de Férias" é o título de uma publicação da DGIC.

"Com o Manual de Primeiros Socorros – Situações de Urgência nas Escolas, Jardins de Infância e Campos de Férias, a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, em parceria com instituições de referência, pretende facultar à Escola, com rigor científico, de forma simples e ilustrada, os cuidados mais relevantes a ter em situações de emergência, das mais comuns às mais complexas que podem ocorrer no dia a dia, para que professores, pais e alunos estejam preparados até à chegada do auxílio médico."

Se estão interessados podem consultá-lo aqui.

Abraço!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O Desporto Escolar já está a salvo?

"Um novo projecto de despacho do Ministério da Educação já não estipula que as actividades de Desporto Escolar deixam de estar integradas na componente lectiva dos docentes, mas não especifica quais as condições em que se desenrolarão a partir do próximo ano lectivo."

A confirmar-se podem ser boas notícias. No entanto "não especifica quais as condições em que se desenrolarão a partir do próximo ano lectivo." E isto ainda me assusta...

A notícia é do Público e continua com umas contradições/confusões que não sei bem como interpretar, até porque repetem extractos de outras notícias mais antigas... já não sei se referem o novo ou o antigo projecto.

E espero que esta parte não seja verdadeira: "Por outro lado, o apoio aos alunos e a direcção de turma deixam de estar integrados na componente lectiva." A Direcção de Turma, com as suas insuficientes 2 horitas, deixa de estar na componente lectiva?

De qualquer forma leiam aqui e dêm a vossa opinião.

Abraço!

Directores de escolas prioritárias temem punição da Comissão Europeia

"E é esta a questão ainda por esclarecer que mais atormenta as direcções destes agrupamentos. "O que tememos é que as regras nacionais mudem, mas as normas que a Comissão Europeia definiu para este programa se mantenham iguais", avisa um director de uma escola TEIP que prefere não ser identificado. Se assim for, os directores poderão enfrentar no prazo de dois ou três anos uma fiscalização de Bruxelas que, no caso de detectar irregularidades nas despesas apresentadas, os obrigará a devolver essas verbas."


Podem ler tudo (e vale a pena fazê-lo, parece que o estado adoptou o "chico-espertismo" típico do português) aqui.

Como diria o saudoso Pessa: "E esta, hein?"

Abraço!

Viaturas «Escola Segura» param por falta de seguro automóvel

"Não tem seguro? Não faz mal, os carros do estado não precisam de o ter" (desta eu não sabia... se um destes bater no meu como faço?).

"Podem circular sem seguro? Então quem é que se responsabiliza pelos acidentes que possam ocorrer?"

No fundo é esta a questão retratada na notícia da tvi que podem ler aqui.

Era quase um momento de boa disposição, se o assunto não fosse sério...

Abraço!

Directores afirmam que escola a tempo inteiro está em perigo

É uma notícia adiantada pelo educare.pt.

É uma reafirmação, uma vez que já tinham chegado a esta conclusão.

"Se o projecto for implementado desta forma, as escolas não terão sequer capacidade de fazer o seu trabalho social, de ser uma escola a tempo inteiro: o desporto escolar acaba, outros projectos acabam, a escola vai limitar-se a dar aulas e a mandar os alunos para casa", afirmou Adalmiro Botelho da Fonseca, à margem de um encontro de directores escolares em Lisboa."

No fundo, pedem muitas omoletes, mas dão poucos ovos (desculpem-me a analogia):

"O responsável da ANDAE considera, tal como muitos dos directores escolares que participaram no encontro, que as escolas devem ter autonomia para distribuir o "bolo de horas" consoante as suas necessidades.


"Que gestão podemos fazer dos créditos, se não nos derem nenhum?", questionou, acrescentando que os responsáveis das escolas querem ajudar a racionalizar os meios, mas precisam de ter meios para trabalhar."

Alguém os vai ouvir? Ouvir até ouvem, mas "cai em saco roto"...

Estes recortes foram retirados daqui.

Abraço!

Avaliação: mais esclarecimentos da DREN

O assunto é aboradado aqui e aqui, e interessa principalmente aos que têm dúvidas sobre a obrigatoriedade da observação de aulas no 2º e 4º escalões: estas observações incidem apenas no ciclo imediatamente anterior à mudança de escalão.

Abraço!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quando a noite só começa às 22H

Há já muito tempo que considero (e outros o farão também de certeza) que a "noite" começa às 20H. Dantes o Ministério da Educação também o considerava. Agora não: a "noite" começa às 22H. E não é por acaso, é mesmo para poupar mais uns euros noutra das besteais modificações a meio do ano lectivo:

"É trabalho nocturno o que é feito depois desta hora!  Agora desenrasquem-se!" - E eles é que mandam, pelo menos enquanto estivermos aqui para obedecer...

Podem ler sobre este assunto aqui.

Abraço!

"Adultos consideram que passaram a poder acompanhar mais os filhos nos estudos"

"Adultos consideram que passaram a poder acompanhar mais os filhos nos estudos"

E isto devido às novas oportunidades. Notaram os vossos alunos mais acompanhados?

Eu não sou contra as Novas Oportunidades, mas questiono alguns aspectos. Mas tenho a certeza que foram muito bem utilizadas por muitas pessoas que realmente queriam ver reconhecidas as suas competências, porque hoje em dia um papel a comprovar que sabemos qualquer coisa é indispensável (mesmo que seja um papel quase dado ou obtido às custas do trabalho de outros...)

Podem ler a notícia do Público (de sexta-feira) aqui.

Abraço!

Há mestres e mestres

Mestres com 5 anos de ensino superior, mestres com 6, mestres com 7... mas são todos mestres.

E os licenciados com 5 anos? São isso mesmo, licenciados.

Mas já começou "oficialmente" a contestação: afinal 5 anos são iguais a 3? Não podem ser!

Podem ler estas duas notícias do Público para terem uma noção de como estão estas situações a ser tratadas:



Abraço!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Não me pagaram a publicidade

Não pagaram mesmo, mas penso que pode ser uma partilha interessante:

Novo Guia de Avaliação de Desempenho Docente

É da Texto Editores, que garante que é o único actualizado no mercado.

Se alguém comprar que deixe, por favor, a sua opinião.

Abraço!

Todos os elogios são poucos

E estamos a precisar tanto de elogios, para recordar os tempos em que tinhamos o nosso papel reconhecido...

Eramos nós, o médico e o padre as grandes autoridades da aldeia. Em tempos que já lá vão...

Este registo tem mais do que um mês, está "costurado" com 3 pedaços, um pouco toscos, mas vale a pena mostrá-lo, a mensagem é gratificante. Foi-me enviado por um colega e partilho-o convosco aqui.

Abraço!

Para quem quiser acreditar

O Desporto Escolar vai ter uma regulamentação própria? Vai ser integralmente mantido? Porque será que estou desconfiado...? Deve ser aquela minha costela desconfiada de tudo o que vem deste ministério.

Espero estar enganado, mas não consigo ficar optimista com estas palavras de "calma, está tudo bem, foi só uma má interpretação"...

Transcrevo a notícia do Público de 14 de janeiro:

"Desporto Escolar vai ser "integralmente mantido", garante ministra


A ministra da Educação garantiu hoje, no Porto, que o desporto escolar “vai ser integralmente mantido” e essa componente educativa terá “uma regulamentação própria” ainda a ser preparada.

O desporto escolar “vai ser integralmente mantido” e não haverá “absolutamente nenhuma redução de investimento”, assegurou Isabel Alçada, durante a cerimónia de encerramento das comemorações dos 125 anos da Escola Artística Soares dos Reis, no Porto.

“Não vai haver nenhuma alteração. Vai haver uma regulamentação própria para o desporto escolar mas ainda não está contemplado. O que foi divulgado foi uma interpretação errónea”, salientou.

Isabel Alçada disse acreditar que “o desporto escolar é muito importante no desenvolvimento de crianças e jovens”, pelo que “o investimento deve continuar”.

A redução que existe é apenas uma optimização de recursos no quadro do horário do docente”, salientou.

A ministra explicou que “o horário do docente tem uma componente não lectiva” e que essa poderá ser “reajustada para que sejam optimizados os recursos” e para que “o trabalho dos professores seja mais rentabilizado”

“As decisões que tomamos resultam da necessidade de nos focarmos no que é importante, formativo e essencial para o desenvolvimento dos nossos alunos nos vários níveis educativos”, defendeu.

A ministra garantiu também que não haverá cortes nas vagas para professores e que “todos os horários que as escolas considerarem necessários vão ser postos a concurso”.

“Vai haver, sim, um reajustamento da componente não lectiva e depois, quando chegar o momento próprio, o ministério assegurará a contratação de todos os professores que forem necessários”, sustentou.""

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Estes dois últimos parágrafos também são muito interessantes, algo me diz que daqui por uns tempos vou  usá-los...

Abraço!

A Educação em números

É um documento do GEPE que pode ser consultado aqui, sobre:

Alunos
Pessoal docente e não docente
Escolas e Centros Novas Oportunidades
Educação Especial
Programas/projectos em escolas
Construção/requalificação de edifícios escolares
Plano Tecnológico da Educação

Pode ser útil.

Abraço!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Ainda a importância do Desporto Escolar

O Conselho de Escolas lançou o seu parecer sobre o despacho de organização do trabalho nos agrupamentos ou escolas não agrupadas (podem consultar o documento no blogue Educação do Meu Umbigo).

Sobre o Desporto Escolar, tem a seguinte conclusão:

"Artigo 3.º, n.º 5


As horas de que a escola necessite para a dinamização de actividades com grupo/equipa a nível do desporto escolar, dado tratar-se de uma actividade de enriquecimento e complemento curricular, sairão desta componente

7. O Desporto Escolar tem sido uma mais-valia na educação e formação dos jovens, um antídoto para combater o abandono escolar e uma importante medida socioeducativa que tem permitido manter muitos jovens ligados à escola, afastados de ambientes prejudiciais ao desenvolvimento equilibrado do corpo e da mente e dos valores que devem guiar a vivência em sociedade.

8. As actividades dos grupos/equipas do desporto escolar sempre foram desenvolvidas em horário equivalente a lectivo e os respectivos professores tinham direito a uma redução específica da componente lectiva para o efeito.

9. O CE está firmemente convencido de que a alteração agora proposta (supressão da redução da componente lectiva) prejudicará irremediavelmente o Desporto Escolar, porque as escolas não terão crédito horário suficiente para atribuir aos responsáveis pelos grupos/equipas o número de horas que lhes permitam desenvolver os projectos, com a dimensão e a extensão que existia até ao momento.

10. O CE não tem dúvidas de que a forte redução de crédito horário disponível para o desenvolvimento das actividades de Desporto Escolar, prevista no projecto de diploma, implicará uma redução inevitável do número de alunos envolvidos no Desporto Escolar.

Assim sendo, o CE discorda do n.º 5 do art.º 3.º do projecto em análise e propõe a sua eliminação, com a consequente alteração do quadro referido no Anexo II."
 
Se cruzarem esta informação com o que se passou na "discussão acesa" sobre o Desporto Escolar no blogue acima referido, podem chegar à conclusão que quem dizia que ficava tudo na mesma não tinha razão. E quem duvida do valor do Desporto Escolar tem aqui um argumento contra o que pensam.
 
Abraço!

"A tutela tem-se comportado como um 'grande chefe' das escolas"

É uma afirmação de Adão da Fonseca, presidente do Fórum para a Liberdade de Educação (FLE), que defende que o Estado não deve financiar as escolas onde os alunos não recebem uma educação de qualidade e as famílias não querem colocar os seus filhos. É uma ideia que tem andado na moda, será que tem futuro?

Podem ler, e depois reflectir, em Educare.pt

Abraço!

Reformas de Fevereiro

E os contemplados são:

229 colegas Professores e Educadores que vão deixar mais lugares que vão ser ocupados por contratados (estou a escrever e a sorrir desta minha pobre ironia).

Boa reforma para os que vão e boa sorte para os que ficam!

Abraço!

Horas extraordinárias de Dezembro não vão ser pagas

Leram bem. Pelo menos é o que estão a interpretar da

NOTA INFORMATIVA Nº 1 / 2011 do GGF

São mais uns euros que fogem do nosso bolso...

Abraço!

Prémios para os professores com as melhores ideias

Prémios para os professores com as melhores ideias no eskills

"Enter the Teachtoday ‘Teacher of the Month’ competition and win a cash prize to help you implement your eSafety project in class.

All you have to do is share your ideas and experiences on promoting the responsible use of digital technologies (eg internet, mobiles, social networking and games consoles) in the classroom. Read the rules to learn more about the competition or simply sign in and post your blog or create a new strand in the forum. In sharing your ideas you will help foster a community of support from your peers. The author of the best entry each month will become "Teacher of the Month". Please feel free to post your questions in the blog below, in the forum or via the contact form. We have a team of experts ready to respond.

NEXT DEADLINE FOR SUBMISSIONS: SUNDAY 23rd JANUARY"

Ou seja,

Compartilhe as suas ideias e experiências sobre a promoção do uso responsável das tecnologias digitais (por exemplo, internet, telemóveis, redes sociais e consolas de jogos) na sala de aula. Leia as regras para saber mais sobre a competição ou simplesmente entre e poste o seu blog ou crie uma nova vertente no fórum. Ao compartilhar as suas ideias vai ajudar a fomentar uma comunidade de apoio dos seus pares. O autor do melhor trabalho de cada mês será "Professor do Mês". Sinta-se livre para postar as suas perguntas no blog abaixo, no fórum ou através do formulário de contato . Temos uma equipa de especialistas prontos para responder.


Próximo prazo para submissões: 23 de janeiro domingo

Boa sorte.
 
Abraço!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Compensação por caducidade nos contratos a prazo

Tive conhecimento destes casos e decidi fazer uma procura de documentos (outros que não simplesmente as leis) que ajudassem a esclarecer a situação. Muitos colegas já cederam à pressão e concordaram devolver o que receberam. No site da FENPROF aparece a informação que abaixo transcrevo e que espero ser útil:

"Compensação por caducidade nos contratos a prazo


Têm chegado à FENPROF e aos seus sindicatos denúncias de que as escolas, sob orientação ou não da administração educativa, pretendem limitar o abono da compensação por caducidade. Entre as situações em que o pagamento tem sido indeferido, ou que está a ser exigida a reposição de verbas, encontram-se as de renovação de colocação (diferente de renovação de contrato) e as que corresponderam a nova colocação a partir de 01 de Setembro, incluindo colocações posteriores mas cujos efeitos se reportam igualmente a essa data.

Como poderá ser confirmado pela sua leitura, a Lei n.º 59/2008, de 11 de Setembro, estabelece o pagamento da compensação por caducidade como está exposto na página 11 do GUIA DE SOBREVIVÊNCIA publicado pela FENPROF (disponível também na página electrónica). A prestação em causa é uma (escassa) compensação pela situação de instabilidade a que o trabalhador com contrato precário está sujeito e não uma prestação substitutiva ou complementar do subsídio de desemprego.

O ME parece apostado em encontrar subterfúgios para que as escolas não abonem a compensação em causa, ainda que para isso tenha de tripudiar sobre o que a Lei diz. Aos/Às colegas contratados/as importa defender os direitos consignados, ainda que, como é o caso, possam ser apenas uma reduzida compensação para a incerteza que as opções políticas do Governo continua a impor nas suas vidas. Aos/Às colegas contratados/as compete também maiores envolvimento e determinação na luta contra as opções do Governo pela precariedade, o que não exclui, antes exige, a defesa do cumprimento da legislação, nomeadamente em relação aos (poucos) direitos que são reconhecidos a quem trabalha com contratos precários.

A FENPROF e os seus sindicatos insistem na legitimidade da exigência do pagamento da compensação por caducidade, mesmo em situações em que tal tem sido indeferido. Como o ME não respeita o que a Lei diz, para assim poupar milhares euros à custa dos docentes contratados, só resta um caminho: o recurso ao apoio dos serviços jurídicos do sindicato a que pertences.

O apelo que a FENPROF renova é que não abdiques dos teus direitos!

O SN da FENPROF

14.12.2010"

Abraço!

Conferências via Internet sobre as TIC na educação

Conferências via Internet sobre as TIC na educação
12/01/2011

O projecto Webinar, que consiste na realização de conferências via Internet, contando com a presença de especialistas em diversas matérias relacionadas com a utilização das TIC em contexto educativo, tem início no dia 12 de Janeiro.

Com a duração de 40 minutos, as sessões Webinar irão para o ar quinzenalmente, às segundas e às quartas-feiras de cada mês, pelas 16h30.

Os interessados podem apresentar questões ao orador, através do endereço de correio electrónico webinar@dgidc.min-edu.pt, que serão respondidas por este no final da sessão.

A primeira sessão contará com a presença de Fernando Albuquerque Costa, do Instituto de Educação de Lisboa, que abordará a temática Metas de Aprendizagem nas TIC.

É possível assistir em directo aos Webinars a partir do endereço http://webinar.dgidc.min-edu.pt/.

Estas sessões são organizadas pela Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, através da Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas/Plano Tecnológico da Educação (ERTE/PTE).

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

"Discussão acesa" sobre o Desporto Escolar

Está a acontecer num dos blogues que sigo e que já aconselhei a visitarem:

http://educar.wordpress.com/2011/01/09/48209/#comment-504203

Vale a pena lerem e mesmo comentarem. Há comentários a defenderem, outros a atacarem, uns que sabem do que falam, outros que escrevem para desprezar. Enfim... A expressão é livre, mas se é para dizerem asneiras...

Abraço!

Fim do Desporto Escolar

Ainda relacionada com a notícia do post anterior, mais uma notícia do Público:

"A partir do próximo ano lectivo, as actividades desportivas nas escolas do ensino básico e secundário irão sofrer uma redução drástica. O alerta é feito por directores e professores ouvidos pelo PÚBLICO, que falam mesmo de uma morte a prazo do Desporto Escolar, uma actividade de complemento curricular, que no ano passado mobilizou cerca de 160 mil alunos.

Esta será, afirmam, uma das consequências das alterações propostas pelo Ministério da Educação à organização do trabalho nas escolas. O projecto de despacho foi já "chumbado" por unanimidade pelo Conselho de Escolas (CE), um órgão consultivo do ME onde estão representados os directores. Os pareceres do CE têm sido ignorados pelo ministério. Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, que tem assento naquele órgão, espera que desta vez tal não aconteça: "Espero ainda que haja bom senso, que o ministério ouça as escolas e que leve em conta a angústia e apreensão dos seus directores."


Segundo ele, caso venha a ser aprovado aquele despacho, a situação nas escolas "pode tornar-se catastrófica". Já sabiam que iam ter menos dinheiro e menos professores, com este despacho terão também muito menos horas disponíveis, resume. Segundo a Federação Nacional de Professores, as alterações agora propostas pelo Ministério da Educação poderão levar à eliminação de cerca de dez mil horários de trabalho, mil dos quais do Desporto Escolar.

O horário semanal dos professores é de 35 horas; destas, 22 são consagradas a aulas (componente lectiva) e entre nove a 11 ao trabalho individual dos docentes. Para outras actividades sobram assim entre duas e quatro horas. Até agora, as escolas conseguiam garantir muitas das actividades extra-aulas através da redução do tempo lectivo dos professores que estavam à frente de projectos. É o que se passa, por exemplo, com os docentes de Educação Física que, em simultâneo, asseguram as actividades de Desporto Escolar. Estas ocupam uma média semanal de quatro tempos lectivos, desenvolvidos depois do período normal de aulas. Com o novo despacho, estes professores deixarão de poder usufruir de uma redução da sua componente lectiva normal e, em resultado, as escolas poderão ter de reduzir em mais de 30 por cento o número de horas consagradas ao Desporto Escolar, exemplifica Manuel Pereira.

"Na prática, isto vai implicar o encerramento dos grupos das várias modalidades desportivas a breve prazo", alertou um professor de Educação Física de Paredes de Coura. O futsal e o voleibol são as actividades mais populares. Num email enviado ao PÚBLICO, este docente lembra que "o problema da obesidade, associado ao sedentarismo reinante, é um fantasma que assombra as escolas". Lembra também que, a par das aulas de Educação Física, o Desporto Escolar "constitui, para a maior parte dos alunos, a sua única actividade física".

Cargos para mais de 50

As alterações propostas poderão provocar outros efeitos "perversos", como por exemplo o de afastar os docentes mais novos da coordenação de projectos e da assessoria às direcções, adverte uma professora de uma escola de Lisboa. A redução da componente lectiva deixará de ser válida para o exercício destes cargos, o que levará, segundo Manuel Pereira, a que as escolas sejam obrigadas a entregar estas funções apenas aos professores com mais de 50 anos - uma vez que, por lei, só eles passarão a ter direito àquela redução. "Com isto vai atirar-se todos o serviço e projectos para cima de professores que, independentemente de fazerem muito bom trabalho, se encontram já, devido à idade, num processo de desinvestimento", adverte.

O Ministério da Educação enviou também aos sindicatos o projecto de despacho para eventuais contributos. A Fenprof exigiu já a abertura de um processo negocial. O ministério não respondeu ao PÚBLICO."

Quando li pela 1ª vez o projecto de despacho oal não quis acreditar na minha interpretação, mas afinal era real: o Desporto Escolar tem os dias contados. Ficamos todos a perder!

Abraço!

Supressão do Desporto Escolar pode levar cada aluno a ganhar quatro quilos num ano

Não será assim tão linerar, são contas generalizadas.

Acreditem que há muitos alunos que apenas têm esta prática desportiva regular (fora da Educação Física obrigatória), que agora corre o risco de desaparecer.

Será ainda necessário falar sobre todos (e mais alguns) benefícios conseguidos por uma prática desportiva regular e orientada?

O Desporto Escolar é gratuito, o que dificilmente se encontra nos dias de hoje.

O Desporto Escolar é orientado por profissionais, o que nem sempre acontece em clubes,

O Desporto Escolar permite aos melhores e piores executantes trabalharem por igual e fazerem parte das equipas que representam a escola, não está orientado para "melhorar os melhores" e só a estes permitir representarem a sua equipa/clube.

E podia continuar...

E não estou só a "puxar a brasa para a minha sardinha": o Desporto Escolar não emprega só Professores de Educação Física, todos os professores com capacidade comprovada podem ficar à frente de um Grupo/equipa. E, por outro lado, se acabar o Desporto Escolar os professores dos quadros de Educação Física vão ter que fazer outras coisas na escola, que poderiam ser distribuidas a colegas de outras áreas.

Aconselho a leitura do projecto-de-despacho-oal e da notícia do Público onde este assunto é refrido.     .

Abraço!

Boletim Semanal de Legislação

Divulgo o Boletim Semanal de Legislação que está no ad duo.

Há documentos  interessantes que merecem a leitura - pareceres e recomendações do CNE.

Podem ler aqui.

Abraço!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Para nos alhearmos um pouco das desgraças

Um momento de diversão para nos esquecermos um pouco da realidade (sob o risco deste vídeo nos fazer recordar casos muitos semelhantes aos reais...)

Chamo atenção para a parte do entulho, qualquer coisa do género: "este entulho é inademissível, amanha já vamos ter um novo..." e para o computador topo de gama que já "encrava".

Divirtam-se:


Abraço!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Nós em números

Só por curiosidade, fui investigar o número de Professores e Educadores no activo nos últimos anos, até porque pode ser muito útil para compararmos com o número de docentes do próximo ano (mesmo tendo em conta a nota abaixo escrita). Deixo-vos aqui os dados desde 2000, mas se clicarem aqui têm muitos mais dados e num limite temporal maior.

2000 - 175209

2001 - 176707

2002 - 180880

2003 - 178720

2004 - 180472

2005 - 185157

2006 - 181433

2007 - 174002

2008 - 175919

2009 - 177997

Já fomos mais, já fomos menos...

Nota: O ano apresentado corresponde ao último ano do par ano lectivo.O total pode não corresponder ao número real de docentes dada a possibilidade, no período temporal considerado, de existirem docentes que leccionam em mais do que uma instituição.

Abraço!

Projecto de Despacho de Organização do Ano Lectivo 2011/2012

Não é novidade, mas em conversa com colegas apercebi-me que já todos ouviram falar mas nem todos tiveram acesso ao documento.

"Projecto de Despacho" - Não sou versado na área das leis, mas "projecto" não me soa a documento oficial/definitivo. No entanto parece que já está a ser levado a sério. Nem sei se está suheito a negociação ou a auscultação dos sindicatos (não conheço as posições oficiais destes sobre esta matéria)

Parece-me um pouco confuso, não consigo perceber, por exemplo o que vai realmente ao Desporto Escolar e às Direcções de Turma. Por um lado inserem-se na componente não lectiva, mas mais abaixo referem tempos lectivos para a Direcção de Turma e "mistos" (lectivos e não lectivos) para o Desporto Escolar (cujas horas passam a ser atribuidas segundo a vontade da direcção da escola - ??? Quem anda nesta vida sabe a razão destes pontos de interrogação).

Projecto de Despacho de Organização do Ano Lectivo 2011/2012

Leiam, reflictam e partilhem a vossa interpretação.

Abraço!

E em Março (março pela nova moda ortográfica)...

... mais uma "grande manifestação de rua" de professores - diz Mário Nogueira.

Acredito que uma manif tem mais peso do que uma greve, concentrar muitos professores (120 mil na última do género não passou despercebida) num local mostra mais força de que uma greve passada em casa. Mas ainda falta algum tempo, esperemos para ver como corre.

Abraço!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Portugalex - 3 melhores vídeos de 2010

O Portugalex é um programa de rádio com dois excelentes profissionais (e outros que não são visíveis), Manuel Marques e António Machado , que fazem "paródias" das notícias "reais".

"Portugal simplificado em três minutos. Quatro, vá lá, se acontecer muita coisa. Um magazine humorístico, que combina as principais notícias da actualidade com várias rubricas: Já Bateu (boletim de trânsito), Gosto Muito do Seu Programa (fórum de opinião pública), Escuta em Dia (escutas telefónicas), Previsão do Estado da Actualidade (futurologia), Informação Personalizada (para quem não tem tempo de se informar sobre a sua vida), OPA Ela (tudo sobre Opas e contra-Opas), Momento Relax, Pensamento do Dia, etc."

Deixo-vos com os 3 vídeos do ano, onde não podia deixar de faltar o da Sra. Isabel Alçada:



Divirtam-se.

Abraço!