quinta-feira, 30 de junho de 2011

Escola de 1 M€ inaugurada em 2009 vai fechar

E assim vamos...


"Barcelos: escola de 1 M€ inaugurada em 2009 vai fechar

A escola do 1º ciclo de Minhotães, em Barcelos, inaugurada em setembro de 2009 após um investimento de um milhão de euros, vai fechar no final do próximo ano letivo «por falta de alunos», informou hoje fonte municipal.

O encerramento é contestado pela Junta de Freguesia (PSD) e pelos pais e encarregados de educação, que alegam que aquela é «uma escola modelo» e lembram que neste ano foi frequentada por 49 alunos (37 no 1º ciclo e 12 no pré-primário), pelo que prometem lutar para que continue aberta.

Em declarações à Lusa, a vereadora da Educação na Câmara de Barcelos, Armandina Saleiro (PS), admitiu que a construção daquela escola «foi um erro» face «ao forte decréscimo da natalidade» registado no concelho."
Diário Digital / Lusa

Abraço!

Ainda a Compensação por Caducidade do Contrato

Chamo a vossa atenção para esta mensagem no http://www.saladosprofessores.com.


Não posso comprovar a autenticidade, mas transcrevo a mensagem de um(a) vitorioso(a) que conseguiu a sua Compensação:


"Tenho na minha mão a cópia da primeira sentença de tribunal administrativo que condena o ME ao pagamento a uma colega (cerca de 500 euros), mas por precaução jurídica ainda não tenho ordem para divulgar aqui, o que deve acontecer dentro de dias. 

Esta sentença é definitiva, pois o ME deixou passar todos os prazos de recurso. E deixou, porque obviamente não iria recorrer, fundamentando de novo em legislação revogada há 2 anos. Se o fizesse averbaria ainda outra condenação: por litigância de má-fé.
  
Chamo a atenção para, que nestes casos (por diferirem uns dos outros) não há direito à figura da jurisprudência.

Por isso, quem quiser recuperar a "massa" indevidamente apropriada pelo ME, só tem arranjar um advogado para instruir o processo de acusação ao ME e aguardar. No caso que referi acima, a colega é sindivalizada e o seu advogado é do sindicato, pelo que não pagou nada. 

Quanto aos outros, os masoquistas, que não se imprtam de perdoar este roubo em larga escala praticado pela "mafia" da 5 de Outubro, bom proveito, mas "que se cale para sempre" com este assunto...

Boa sorte para todos!

TODOS EM FORÇA PARA TRIBUNAL!

"QUEM O ALHEIO VESTE, NA PRAÇA O DESPE"!"

Abraço!

Exames para candidatos a professores

Concordo que nem todos saímos da faculdade com o mesmo nível ou preparação para nos lançarmos às "feras".


Concordo que as faculdades inflacionam ou impõem barreiras às notas dos seus alunos.


Concordo que há muitos teóricos que são maus na prática.


Concordo que devíamos ter uma Ordem, como os advogados, médicos e outros - e estas exigem exames para admitirem associados.


O exame de admissão à carreira, visto como um meio para avaliar justamente o que realmente cada um sabe, não me parece mal.


O que me deixa preocupado é o tipo de exame e o que se pode concluir depois de o corrigirem. 


Teórico? Sobre o quê? Mistura-se cultura geral e conhecimentos de língua portuguesa nas questões de pedagogia e didática?


Todos nós sabemos que as teorias dos grandes "entendidos" funcionam quando funcionam. E acabo por acreditar que, de uma forma geral, "pedagógico é o que resulta": se resultar para a esquerda lá vamos nós para a esquerda. Se resultar para uns à esquerda e para outros para cima, lá vamos nós para os dois lados.


E como se avalia isto? Como se avalia a gestão dos alunos e das mil e uma situações com que nos deparamos? Como se avalia a interacção com eles? Como se avalia a transmissão dos conhecimentos? Como se avalia... Para isso temos o estágio!


Mas cada grupo de estagiários é avaliado por um professor diferente. E cada professor defende os seus estagiários como entende que deve fazê-lo. E um considera que fazer da forma "A" é melhor do que da forma "B", enquanto que outro prefere a "B".


Ou seja, uma prova "no terreno", prática, não é viável.


Pois, voltamos à prova teórica: é igual para todos e os critérios de correcção estão bem estabelecidos, logo a correcção é mais justa.


Mas há algum modelo de prova que nos garanta que o futuro professor que tira 16 é melhor do que o que tirou 13? Teremos um belo teórico mas mau professor na prática? Alguém que domina as teorias do estudioso "X" e do "Y" mas que se vê no inferno quando lida com os alunos?






"O programa hoje divulgado reintroduz como uma das condições de acesso à profissão docente a realização de uma prova da avaliação de conhecimentos dos candidatos a professores. 

Esta medida é justificada pela necessidade de “uma selecção inicial de professores que permita integrar no sistema os mais bem preparados e vocacionados”.

O Ministério liderado por Maria de Lurdes Rodrigues defendeu a realização de provas de ingresso, alegando que há professores "que não têm, de facto, condições mínimas" para serem docentes, apontando o dedo à formação ministrada em várias escolas do ensino superior. A medida foi fortemente contestada pelos sindicatos de professores, aplaudida por associações de pais, mas não chegou a ser implementada."

Abraço!

A educação dos pais

É verdade...



"Desde que tenho filhos estou muito mais educada. Nem se compara. Sou o orgulho de qualquer avó. Concluo que, ao contrário do que se pensa, são os filhos que educam os pais e não o contrário. É perverso, eu sei, mas é assim. Ora como os pais têm de dar o exemplo, vão assimilando as sentenças educativas e sendo forçados a cumpri-las. Ou seja, a dar o exemplo. E isto, parece que não, mas educa. Ter de cumprir regras todos os dias, ter a preocupação diária de não dar o dito por não dito, transforma qualquer pessoa numa pessoa bem-educada. É o meu caso. 

Se dizemos a um filho que não pode dizer palavrões, estamos feitos, nunca mais podemos insultar o condutor da frente; se sentenciamos que não se interrompe, nunca mais conseguimos ter uma discussão de jeito com um socialista; se obrigamos os pequeninos a mastigar de boca fechada e a não chamar nomes feios à sopa, é meio caminho andado para aderirmos a uma alimentação regrada e saudável (sempre de boa fechada). O caso torna-se mais sério quando as regras dizem respeito a questões estruturais como a arrumação, o trabalho, o ambiente, as regras de trânsito, o respeito pelos mais velhos, o cumprimento de horários, a poupança, a preguiça, a gula, a inveja, a vaidade, enfim, tudo.

Um pai quando se põe a educar um filho tem de saber ao que vai; tem de ter consciência de que mais cedo ou mais tarde o feitiço se vira contra o feiticeiro e a boa vida acaba-se. É preciso alertar os pais: se não tiverem cuidado, podem ficar uns betinhos do caraças! "

Inês Pereira - Jornal i


Abraço!

Calendário Escolar 2011/2012

Dei uma vista de olhos rápida, mas, se não me enganei nas contas, temos períodos, no mínimo, com 11 semanas e no máximo com 13, pelo que a distribuição é bem mais equilibrada quando comparada com a deste ano.

Podem ver (e fazer as contas para me corrigirem se for necessário) aqui.

Se quiserem o calendário civíl, podem ver, por exemplo, aqui.

Abraço!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Educação: Programa do Governo

Vi o documento e decidi partilhar convosco alguns excertos, que devem ser tidos em conta no seu contexto, pelo que também disponibilizo o documento na íntegra aqui - a parte da Educação vai da página 109 à 117.

Cada um vai poder pensar pela sua cabeça...


"A Educação é uma área que determina, de forma indelével, o nosso futuro colectivo."

"O Governo assume a Educação como serviço público universal e estabelece como sua
missão a substituição da facilidade pelo esforço, do laxismo pelo trabalho, do dirigismo
pedagógico pelo rigor científico, da indisciplina pela disciplina, do centralismo pela
autonomia."

"...necessidade de melhorar a qualidade do que se ensina e do que se aprende..."

"Estabelecer e alargar contratos de autonomia que constituem uma das políticas essenciais para garantir a diversidade e o prémio do mérito nas escolas"

"Apostar no estabelecimento de uma nova cultura de disciplina e esforço, na maior
responsabilização de alunos e pais, no reforço da autoridade efectiva dos
professores e do pessoal não docente"

"Proceder a uma intensa desburocratização e à avaliação das práticas e dos
processos administrativos aplicados à gestão da Educação"

"Implementar modelos descentralizados de gestão de escolas"

"Generalização da avaliação nacional: provas para o 4.º ano; provas finais de ciclo
no 6.º e 9.º anos, com um peso na avaliação final; exames nacionais no 11.º e 12.º
ano"

"Reestruturação do Programa Novas Oportunidades com vista à sua melhoria em
termos de valorização do capital humano dos Portugueses e à sua credibilização perante a sociedade civil"

"Revisão do modelo de contratualização da autonomia das escolas, assentando-o
em objectivos e incentivos definidos pelo Ministério e pela comunidade escolar, de
forma a que as escolas se possam abrir a projectos educativos diferenciados e credíveis"

"A simplificação do Estatuto da Carreira Docente a par do estabelecimento de
 medidas que reforcem as competências dos directores de escola"

"Uma selecção inicial de professores que permita integrar no sistema os mais bem
preparados e vocacionados designadamente através da realização de uma prova de avaliação de conhecimentos de acesso à profissão"

"Reforçando a autoridade do professor"

"Valorizando profissionalmente os docentes através de um investimento na
formação contínua e na elaboração de um modelo de selecção e de profissionalização, em exercício, dos novos professores e educadores"

"Reformando o modelo de avaliação do desempenho dos docentes de forma a
desburocratizar o processo, promovendo um regime exigente, rigoroso, autónomo
e de responsabilidade, sem que estes princípios conduzam a cargas desmedidas de
procedimentos burocráticos e administrativos, e ponderando os resultados de
outros modelos de avaliação, nomeadamente os já obtidos no modelo de avaliação em vigor no ensino particular e cooperativo"

"Implementar uma política de avaliação global, incidindo não apenas sobre os professores, mas também sobre a escola, os alunos e os currículos"

"Incrementação progressiva da descentralização de competências no domínio dos
estabelecimentos de ensino, em cada comunidade e município, integrando as escolas nas suas comunidades locais"

"Estabilização do processo de organização dos agrupamentos de escolas,
privilegiando a verticalização pedagógica e organizacional de todos os níveis de ensino, bem como a progressiva autonomia da sua organização e funcionamento"

"Contratualização com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses de um
novo modelo de delegação de competências correspondente aos objectivos acima enunciados"

"Reforçar a aprendizagem das duas disciplinas estruturantes: Língua Portuguesa e Matemática"

"Avaliar as actividades de enriquecimento curricular e promover a qualidade do ensino nessas actividades"
"Redução da dispersão curricular do 3.º Ciclo"


Abraço!

Autonomia das Escolas é para avançar!

Já antes deste novo governo tomar posse se falava nesta situação e agora Nuno Crato é também a favor.


E muitas vozes se juntam à dele.


É só esperar uns tempos e ver o que acontece.


E neste artigo de mais se fala: formação, avaliação, exames...


"Veiga Simão e Roberto Carneiro concordam com mais autonomia para escolas

Os ex-ministros da Educação Veiga Simão e Roberto Carneiro defendem que as mudanças para melhorar a Educação têm de passar por mais autonomia para as escolas e concordam que os resultados educativos devem ser interpretados por uma entidade independente.

O programa do Governo, conhecido esta terça-feira, aponta para a "progressiva autonomia da sua organização e funcionamento” dos agrupamentos de escolas. O Executivo quer generalizar a avaliação nacional a todos os ciclos de ensino e estipula "uma cultura de avaliação a todos os níveis do sistema de ensino”, prevendo a criação de “uma unidade autónoma e independente" para "aplicar provas e exames nacionais validados, fiáveis e comparáveis".
Tal medida poderá significar a extinção do atual Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), como muitas vezes o agora ministro da Educação, Nuno Crato, defendeu.
“A formação de professores para escolas em mudança parece-me ser tarefa prioritária”, disse à Lusa Veiga Simão.
O responsável pela maior reforma do ensino em Portugal, nos anos 70, defende: “As perspetivas derivadas da competência do ministro Nuno Crato resultam objetivamente da qualidade da sua intervenção pública e do mérito do seu currículo como professor, investigador e gestor”, indiciando uma governação “educativa e científica”, caracterizada pela autonomia das escolas e pelo culto de valores.
Para Veiga Simão, os exames são instrumentos reais de igualdade de oportunidades. “Estou certo de que eles serão inseridos num equilíbrio dinâmico do binómio qualidade – quantidade”. Confia que na base estarão metas internacionais que garantam a credibilidade de graus, diplomas e títulos profissionais, obtidos nas escolas, institutos e universidades portuguesas.
Sobre a extinção do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) afirma que a “excessiva politização” dos resultados educativos e científicos, bem como “as polémicas antagónicas” na sua interpretação por fontes governamentais e da sociedade civil “exigem que a avaliação seja protagonizada por entidades independentes”, constituídas por “personalidades de mérito reconhecido”.
Roberto Carneiro, que assumiu a pasta na governação de Cavaco Silva, defende “uma mudança radical” na autonomia das escolas para as coisas melhorarem.
Defende também que é preciso acabar com a “burocracia central” do Ministério da Educação, com a “quase opressão das escolas” por uma “máquina obsessiva” que “quer regulamentar tudo, em termos padronizados, como se existisse uma escola padrão, que não existe”.
As comunidades escolares “são todas diferentes”, sublinha, pedindo mais confiança nas escolas e “alguma municipalização das responsabilidades”.
Concorda também com uma agência independente para fazer os exames e considera que são uma forma de impor justiça no sistema.
Alerta, porém, que não deve ser imposto “um standard que negue a inovação”, sustentando que se os professores passarem a preparar os alunos tendo em vista apenas os exames e os testes “é mau”.
Os docentes “têm de se ocupar com o conhecimento, com a boa aquisição de competências dos alunos e não apenas com a passagem em exames”.
Exames compatíveis com inovação, elaborados de forma a estimular a criatividade, é o que pede à nova equipa ministerial.
“Mais exigência, mais rigor e uma pedagogia de esforço, acho que é muito importante, quer da parte dos alunos, quer dos professores”, anui.
Entende que avaliação dos professores tem de ser uma clara prioridade: “Não pode haver uma classe que não é avaliada”, refere, sustentando que o processo tem de ser feito com justiça e sem burocracia."
Destak/Lusa

Abraço!

Uma Escola com Surdos

Já leccionei numa Escola que tinha surdos. Numa das minhas turmas tinha 3, para além de outras duas alunas com Necessidades Educativas Especiais de outra ordem.

Na minha disciplina trabalhavam de forma igual aos outros. Para passar as informações tinha que os olhar de frente e certificar-me que me viam, para além de falar um pouco mais alto, uma vez que estes não tinham surdez total.

Os próprios colegas ajudavam-nos, não havia exclusão deste alunos no seio da turma. E eles também não se "encostavam a um canto", conviviam com os outros.

Posso-vos dizer que um dos meus alunos no ano lectivo anterior pertencia ao grupo de Danças de Salão e outro, que não era meu aluno mas tinha surdez total, também fazia parte deste grupo - não ouvia mas seguia muito bem os outros e com o treino adquiriu bem a "rotina" da dança que tinha que fazer.


"Uma escola como não imaginamos

A Caravana VISÃO foi até Riachos, Torres Novas, e encontrou uma escola como poucos imaginarão em Portugal. Uma escola para onde confluem miúdos surdos de todo distrito de Santarém e onde surdos e ouvintes constroem todos os dias um sítio melhor, como diz a canção que interpretaram na festa de final de ano

A Escola EB2,3 dr. António Chora Barroso é uma escola de referência para a educação bilingue de surdos e para a multideficiência, e aqui confluem miúdos de locais longíquos como Coruche, chegados todas as manhãs de táxi e regressados a casa ao final do dia também de táxi. À festa de final de ano, a que a Caravana VISÃO assistiu, juntaram-se os alunos do Jardim de Infância e da Escola Primária de Riachos, no fundo da rua, que estão também de braços abertos a miúdos diferentes. Numa comunidade de quase 900 alunos, existem 18 miúdos surdos.

As diferenças são visíveis mal entrámos no pátio : um rapaz faz gestos depressa, e uma rapariga olha atentamente para as mãos do seu amigo. Quando o rapaz pára, começa ela uma dança de dedos semelhante. Aparece uma senhora, que se junta à conversa sem som. Estão animados. Ao entrar no edifício, descobre-se, numa porta, por baixo da indicação "Casa de Banho", fotografias com gestos - é a tradução da palavra para Língua Gestual, a língua natural dos surdos.

Mas as diferenças acabam aí - porque aqui os miúdos surdos são tratados da mesma forma que os ouvintes, tendo acesso exactamente às mesmas actividades. Trabalham todos juntos dentro da sala de aula e fora dela. Dentro da sala de aula, além do professor da disciplina (História, Português ou Matemática), por exemplo, há um intérprete de Língua Gestual Portuguesa, que vai traduzindo o que o professor está a dizer. Estes intérpretes acompanham também os alunos nas actividades extra-curriculares - e esta escola tem recebido distinções em várias áreas, da Dança ao Português -, trabalhando para lá do seu horário. Trabalho dificil o seu: têm de dominar todas as matérias leccionadas no currículo para saberem como explicarem as palavras que não existem em Língua Gestual. Não existe, por exemplo, um gesto para conde ou para nobreza.

Os alunos surdos têm a mesma carga horária de Língua Gestual Portuguesa que um ouvinte tem Língua Portuguesa - e isto porque esta é a sua língua natural, aquela que têm de dominar com perícia para conseguirem comunicar e exprimir. O Português é a segunda língua leccionada (a de um aluno ouvinte é o Inglês) e, a partir do 7º ano, frequentam uma terceira língua.

À tarde, os alunos surdos têm apoio, para reforçar a aprendizagem das matérias curriculares, com professores de Educação Especial. De uma forma geral, estes alunos lêem muito bem mas têm dificuldade em escrever. Frequentam a terapia da fala uma vez por semana. Ao todo, trabalham no Gabinete da Escola de Referência quatro professores de Educação Especial, cinco intérpretes de Língua Gestual, três professores de Língua Gestual e uma terapeuta fala."
Visão



Abraço!

ADD - Continua esta

Fica esta até Outubro. Depois também fica, mas simplificada(?), para o próximo ano lectivo.

Já contava que a deste ano não fosse mexida, nesta altura seria complicado alterá-la. Mas a do próximo ano ser apenas "reformada"(?) - se é tão má, basta remendá-la para ficar melhor?

"Avaliação. Governo quer “reformar” o modelo que os professores gostavam de ver no lixo

Reforçar as competências dos directores ou simplificar o estatuto da carreira dos professores são algumas das novas linhas para a educação no ensino básico e secundário traçado no programa do governo. A primeira desilusão para a classe docente será a não suspensão do modelo de avaliação antes de terminar este ciclo avaliativo.

Só depois de Setembro é que o executivo pretende “reformar” o modelo actual. Reformar é um conceito abrangente, mas que deixará os sindicatos e docentes muito pouco satisfeitos, uma vez que exigiam a suspensão ou revogação do actual modelo. O governo contudo promete tornar o sistema avaliativo dos professores menos burocrático e inspirado no sistema utilizado no ensino particular.

Conceber uma prova de conhecimentos para acesso à profissão docente e ainda a criar um modelo de profissionalização em exercício para novos docentes são outras medidas que este executivo quer implementar.

Na avaliação dos alunos haverá também mudanças, com provas nacionais para os alunos dos 4.º e 6.º ano de escolaridade com maior peso na nota final dos estudantes. O executivo de Passos Coelho quer também criar uma entidade externa e independente do Ministério da Educação com competências para conceber e aplicar as provas e exames nacionais dos alunos.

A racionalização da rede escolar com a fusão de agrupamentos - tal como impõe a troika – ou mais contratos de autonomia com as escolas, alargando as competências dos agrupamentos e autarquias são outras áreas de relevo neste programa.

Nas linhas de acção do governo de coligação está também um reforço no investimento do ensino profissional que passará a ter uma maior ligação às empresas podendo estas vir até a financiar esta via de ensino.

Conheça em baixo o que é novo, o que vai ser revisto e o que vai continuar na educação com este governo.

O que é novidade
Criar de um sistema nacional de indicadores de avaliação da Educação, inspirado em práticas internacionais que permita à famílias tomar decisões informadas

Alargar "progressivamente" a liberdade de escolha para as famílias face à oferta disponível, considerando os estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo

Implementar uma política de avaliação global, incidindo sobre os professores, a escola, os alunos e os currículos

Exames nacionais: provas no final de cada ciclo de ensino, sendo que as provas dos 6.º e 9.º anos passam a ter peso na avaliação final; mantêm-se os exames nacionais para  o 11.º e 12.º anos

Criar uma entidade autónoma e independente responsável por conceber e aplicar provas e exames nacionais validados. A unidade deverá cumprir esse objectivo em articulação com entidades “internas e externas” ao ME
  • Lançar um programa de formação para os recursos humanos com o objectivo de:
    simplificar do Estatuto da Carreira Docente
    reforçar as competências dos directores das escolas.
  • sujeitar os candidatos a professores a uma prova de avaliação de conhecimentos e acesso à profissão que permita seleccionar os melhores
    elaborar um modelo de selecção e de profissionalização, em exercício, dos novos professores

Sector privado mais presente na educação

Defender uma política de contratos de associação com estabelecimentos de ensino particular e cooperativo que prestam serviço público em regime de contrato com o Estado

Lançar concursos públicos para contratualização de oferta privada em situações de carência ou ruptura da rede de oferta de ensino

No ensino técnico e formação profissional, as empresas serão incentivadas apoiar as escolas na vertente prática dos cursos, de forma a facilitar a transição para o mercado de trabalho; o financiamento desta rede pode ser partilhado entre o Estado e as empresas


O que vai ser reavaliado:
reformar o modelo de avaliação do desempenho dos docentes de forma a desburocratizar o processo

reavaliar e ajustar o Plano Nacional de Leitura e o Plano de Acção para a Matemática

avaliar as actividades de enriquecimento curricular

avaliar a componente de apoio à família e organizá-la de forma a constituir um estímulo directo para o estabelecimento de relações positivas entre a escola, a família dos alunos e a comunidade local

reestruturar o Programa Novas Oportunidades com vista à sua melhoria

rever o modelo de contratualização da autonomia das escolas, assentando-o em objectivos e incentivos definidos pela tutela e pela comunidade escolar, para que as escolas se possam abrir a projectos educativos diferenciados e credíveis


O que fica na mesma ou é reforçado

prosseguir a política de avaliação e certificação de manuais escolares

estabilizar o processo de organização dos agrupamentos de escolas

contratualizar com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses de um novo modelo de delegação de competências

reforçar o Programa Escola Segura em zonas urbanas de maior risco criando incentivos ao voluntariado da comunidade educativa."

Abraço!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Governo avança com rescisões amigáveis na Função Pública

Ui, se a moda pega no Ensino...

Eu vou ser amigavelmente dispensado, ou melhor, nem dispensado vou ser, apenas deixado de lado.

E se alguém se lembra de incentivar a mobilidade dos trabalhadores (docentes) entre os vários organismos do estado? Lá vai um quadro que sai caro e entra um contratado baratinho... A brincar que o diga...


"Passos Coelho vai criar um programa de rescisões por mútuo acordo na Função Pública.

No Programa do Governo, hoje entregue na Assembleia da República, o Executivo prevê a “optimização progressiva dos meios humanos afectos à Administração Pública, através da gestão de entradas e saídas, incentivando a mobilidade dos trabalhadores entre os vários organismos, e entre estas e o sector privado, criando um programa de rescisões por mútuo acordo”.

Programa acrescenta que será seguida uma “política de recrutamento altamente restritiva, avaliada globalmente, em articulação com os movimentos normais de passagem à reforma dos servidores do Estado”.

Ainda no âmbito da redução de custos, o Plano de Recursos Humanos deverá cumprir os termos e prazos inscritos no Memorando de Entendimento, sendo posteriormente objecto de reavaliação para efeitos de estabelecimento de novas regras de recrutamento.

Limitar o recurso ao “outsourcing”, racionalizar o património do Estado e remodelar os edifícios existentes são outras das medidas apresentadas pelo novo Governo.

Além da redução do número de cargos de direcção e administração e de dirigentes intermédios, respeitando constrangimentos legais, o parque de viaturas também vai sofrer restrições.

“Redução do parque de viaturas e revisão das categorias automóveis das administrações públicas de uma forma considerável e maximização do uso comum de viaturas”, lê-se no documento."

Abraço!

Abandono escolar

Um relatório da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco.


"Crianças. Negligência e abandono escolar entre os maiores riscos

Mais de 68 mil menores em risco receberam acompanhamento no ano passado





Mais de 68 mil crianças estiveram em risco e foram acompanhadas pela Comissão de Protecção de Menores em 2010, refere o relatório de Avaliação de Actividade das Comissões de Protecção, apresentado ontem em Lisboa. O documento conclui que o volume global de processos continua a aumentar, mas a quantidade de novos casos tem vindo a diminuir. Em contrapartida, o número de casos transitados de anos anteriores aumentou face a 2009 - houve mais 337 -, assim como o número de processos reabertos, que foram mais 1365.

"Os processos reabertos aumentaram significativamente, mais de 33%", afirmou Ricardo Carvalho, secretário-executivo da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco, citado pela Lusa. Durante o ano anterior, as comissões acompanharam 68 300 processos, que corresponderam ao envolvimento de 68 421 crianças em situações de risco, já que por vezes os procedimentos abrangem mais do que uma criança, como no caso de irmãos. Do total de processos, 34 753 transitaram de anos anteriores, 28 103 foram novos casos e 5444 foram reabertos.

As situações de perigo identificadas com mais frequência foram sobretudo negligência, seguida de exposição a comportamentos desviantes, como violência doméstica, e abandono escolar. Entre as situações de perigo identificadas com valores menos representativos estão a prática de crimes, o abandono, o abuso sexual e o uso de estupefacientes. Mas o número de casos de maus-tratos é superior ao de abandono escolar e o número de abusos sexuais é superior ao de abandono.

O abandono de crianças pela família aumentou desde há três anos, embora os casos continuem a ser residuais, contando-se perto de 300 situações destas. O documento destaca as medidas de apoio às crianças junto dos pais, havendo uma diminuição de medidas de separação do meio familiar. "

Abraço!

Crato já trabalha

Pelo menos já tem um calendário escolar!

E vai ser tudo reavaliado. 

"qualidade e quantidade não são incompatíveis", no que diz respeito aos professores: o que quer dizer com isto? Foi um engano na citação ou podemos antever que vamos ser muitos na escola e com qualidade? Pois, não me parece... é mais qualidade com pouca quantidade... digo eu...


"Calendário escolar foi aprovado esta manhã" revelou o novo ministro
O novo ministro da Educação, Nuno Crato, revelou hoje que o calendário escolar "foi aprovado esta manhã".

Em declarações fugazes aos jornalistas, à saída da tomada de posse dos restantes 33 secretários de Estado (35 no total) em Belém, o ministro reforçou a ideia de que "vai ser tudo reavaliado: é preciso avaliar professores, alunos e escolas". Crato acrescentou ainda que "qualidade e quantidade não são incompatíveis", referindo-se ao quadro de pessoal docente."
Abraço!

Computadores eles têm...

O que interessa é o que fazem com eles...


"Alunos portugueses acima da média no acesso à internet

Os alunos portugueses usam mais a internet em casa do que na escola, no entanto, Portugal está entre os 70 países que tem uma das mais elevadas percentagem de estudantes com acesso à net nos estabelecimentos de ensino.

Os resultados, apresentados hoje em Paris pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) fazem parte das conclusões do novo relatório da PISA (Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes) sobre as novas tecnologias e o desempenho dos alunos, que atualiza o estudo de 2009.

Segundo o documento, “Portugal ocupa o primeiro em percentagem de alunos que afirmam poder realizar uma apresentação multimédia”, (com som, fotografias e vídeo), “tendo registado uma duplicação deste indicador em relação a 2003, para uma percentagem acima de 70 por cento”, três vezes mais do que o valor médio dos 70 países que participam no PISA.

O estudo também realça que as diferenças entre alunos socialmente desfavorecidos e alunos provenientes de meios sociais com dificuldades são grandes, mas que “em países como Portugal, o uso da internet na escola compensa a falta de disponibilidade de computador em casa, sendo os alunos mais desfavorecidos os que têm maior tendência para utilizar o computador na escola”.

Dos 6.200 estudantes portugueses inquiridos para o estudo, apenas 0,4 por cento afirmaram “nunca ter usado um computador”, uma das percentagens mais baixas entre os países membros da OCDE.

Por outro lado, 98 por cento dos inquiridos responderam dispor de computador em casa. O número de alunos portugueses nestas condições aumentou 41 por cento entre 2000 e 2009."
RTP


Abraço!

Segurança na internet

Conhecem o seguranet.pt?

Já é tempo de conhecerem.

Como se pode "adivinhar" pelo nome, é um espaço dedicado à navegação em segurança na internet.

Conselhos, dicas, centro de recursos com algumas publicações, secções para Pais, Alunos, Escolas e Professores e mais.

Abraço!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Secretário de Estado da Educação

Ao que tudo indica Nuno Crato vai ter como "ajudante" João Casanova, segundo a Revista Visão:

"João Casanova será secretário de Estado da Educação

Dirigente do CDS e especialista em Educação vai trabalhar de perto com o ministro Nuno Crato

João Casanova, membro da comissão política do CDS/PP vai ser, apurou a VISÃO, empossado amanhã como secretário de Estado da Educação. Na anterior AD, Casanova foi chefe de gabinete de Diogo Feio quando este dirigente centrista ocupara precisamente a mesma secretaria de Estado.

É considerado, dentro do partido, como um grande especialista em Educação, tendo encabeçado as delegações do CDS que, nos últimos anos, negociaram com o governo vários diplomas como o Estatuto do Aluno ou da Carreira Docente."

Abraço!

A Troika e a Educação

Na página do Banco de Portugal está disponível o MEMORANDO DE ENTENDIMENTO SOBRE AS CONDICIONALIDADES DE POLÍTICA ECONÓMICA, ou seja, o "acordo com a Troika", em termos simples.

Estava à espera de medidas concretas, mas é tudo ainda muito vago. Não diz "cortar 20 mil empregos na Educação", ou "acabar com os mamões que levam milhares ao estado", é tudo muito "light".

Ponho-me a pensar com os meus botões: foi preciso vir alguém de fora para se lembrarem destas medidas?

Na parte da Educação, pode-se ler o seguinte:

"Educação e formação

4.10 O Governo irá prosseguir a sua acção no sentido de combater a baixa escolaridade e o
abandono escolar precoce e de melhorar a qualidade do ensino secundário e do ensino e formação
profissional, tendo em vista o aumento da eficiência no sector educativo, o aumento da qualidade do
capital humano e a facilitação da adaptação ao mercado de trabalho. Para este fim, o Governo irá:
i. criar um sistema de análise, monitorização, avaliação e apresentação de resultados
de modo a avaliar com rigor os resultados e os impactos das políticas de educação e
de formação, nomeadamente os planos já implementados (por exemplo, relativos a
medidas de redução de custos, ensino e formação profissional e políticas para
melhorar os resultados escolares e limitar o abandono escolar precoce). [T4‐2011]

ii. apresentar um plano de acção para melhorar a qualidade dos serviços do ensino
secundário, nomeadamente através: (i) da generalização dos acordos de confiança
entre o Estado e as escolas públicas, definindo autonomia alargada e um
enquadramento de financiamento baseado numa fórmula que inclua critérios de
evolução do desempenho e de responsabilização; (ii) um quadro de financiamento
simples orientado para os resultados para as escolas profissionais e privadas com
contratos de associação baseado em financiamento fixo por turma e incentivos
associados aos critérios de desempenho; (iv) um papel reforçado de supervisão da
Inspecção‐Geral. [T1‐2012]
iii. apresentar um plano de acção com o objectivo de (i) garantir a qualidade,
atractividade e relevância em termos no mercado de trabalho da ensino e formação
profissional, através de parcerias com as empresas e outros agentes; (ii) valorizar os
mecanismos de orientação e aconselhamento profissional para potenciais estudantes
de ensino e formação profissional. [T1‐2012]"

Abraço!

Professores e Educadores: reformas em Julho de 2011

Mais uma lista, desta vez de 207 colegas que vão deixar a profissão em Julho.

Contava com uma lista maior já este mês, uma vez que o ano lectivo está quase no fim e assim seriam dispensados mais facilmente. Talvez a de Agosto seja bem maior...




Abraço!

domingo, 26 de junho de 2011

É para quem quer, não para quem é rico...

Os alunos com menos condições financeiras são bons e maus alunos. Os com melhor condição financeira também!

Todos conhecemos alunos que querem saber e outros que não. Sejam pobres ou ricos...

No entanto os pobres têm menos acesso às ajudas de centros de estudo, explicadores, manuais, os pais são menos literados, etc., pelo que para conseguirem os resultados têm que se desenrascar por eles próprios. Os ricos podem usufruir de outras condições...

Não é nesta meia dúzia de linhas que a questão fica totalmente explanada, mas creio que percebem o meu raciocínio. No fundo, quem quer ser melhor faz por isso!


"31% dos alunos mais pobres estão no nível mais alto dos resultados escolares

Segundo o relatório PISA para os países da OCDE, são cerca de 31% o número de alunos mais pobres que conseguem obter os melhores resultados escolares.

Acima desta média encontram-se países como a Coreia do Sul, a Finlândia, o Japão, o Canadá e algumas regiões da China, como Xangai, Hong Kong, Macau e Singapura. Entre os países abaixo da média encontram-se a Alemanha, o Reino Unido ou a Dinamarca." 
El País/Correio da Educação

Abraço!

Portugueses confiam nos Professores!

E nos Bombeiros. E nos Carteiros!


Adivinhem em quem confiam menos? No políticos e nos advogados!


Estou surpreendido e até fiquei comovido: não sabia que acreditavam em nós. 


Veio-me logo à ideia aqueles tempos em que na aldeia as figuras ilustres eram o Padre, o Professor e o Médico.


Não sabia que quando confrontam a versão dos factos de um aluno/filho com a nossa acreditam em nós...


Posso estar a ser "mauzinho", pois há muitos pais que nos dão o devido valor. Mas há outros tão "enganadinhos" pelos seus filhos... 


O pior cego é aquele que não quer ver...


"Os portugueses confiam nos bombeiros, nos professores e nos carteiros mas desconfiam cada vez mais de advogados e políticos, de acordo com um estudo do grupo GFK hoje divulgado.

O estudo foi feito em 19 países, a grande parte da Europa, e consistiu em determinar os níveis de confiança que os cidadãos têm em relação a 20 profissões e organizações profissionais. Os portugueses sãos dos mais descrentes comparando com outros anos.

Em relação a anos anteriores (desde 2008) os portugueses mostraram este ano uma “significante” quebra de confiança praticamente em todas as profissões, especialmente em sindicatos, organizações de caridade, jornalistas ou juízes e publicitários.

Se bombeiros e professores surgem como dos profissionais mais confiáveis, no fundo da tabela, este como nos últimos três anos, estão os políticos, os advogados e os banqueiros, com os primeiros a sofrer uma queda de sete pontos em relação ao ano passado.

Em toda a Europa os bombeiros são os que estão no topo da tabela dos mais confiáveis. A Suécia apresenta-se como o país onde mais se confia nos diferentes profissionais mas os belgas são os mais desconfiados.

Na Alemanha, ainda segundo o estudo, é onde menos se acredita nos administradores de empresas mas onde os advogados têm melhor aceitação, enquanto o Reino Unido é o mais desconfiado em relação aos jornalistas.
Também em termos gerais, além dos bombeiros, os países que participaram no estudo confiam em termos gerais nos professores, nos médicos, nos carteiros e nos militares e polícias. Em toda a parte os políticos aparecem no fundo da tabela.

Ainda que sem serem diferenças significativasPortugal acredita mais nos professores e nos militares do que a média europeia, e é também dos que mais confia nas organizações de defesa do meio ambiente (79 pontos dados por Portugal, contra os 67 da média dos países europeus).

Apesar da confiança estar em declínio os portugueses ainda assim são dos mais crentes na igreja (69 pontos, contra 51 da média europeia), nos funcionários públicos, nos jornalistas, e nos profissionais de estudos de mercado e de marketing.

Já os advogados e juízes merecem muito menos credibilidade para os portugueses do que para os restantes europeus participantes no estudo (36 pontos contra 52 em relação a advogados, e 44 contra 63 em relação a juízes). Portugal é também dos que menos confia nos políticos, sendo neste caso os Estados Unidos o campeão da confiança.

O grupo GFK é uma das maiores companhias de estudos de mercado do mundo. Em Portugal a pesquisa foi feita com 1.257 entrevistas. Em todos os países foram feitas 19.261 entrevistas.

Além de Portugal participaram países como a Espanha, França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Turquia, Estados Unidos, Brasil ou Índia."

Abraço!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Professores portugueses têm piores salários

Foi agora publicado um estudo com umas conclusões interessantes acerca da remuneração dos professores na OCDE:

Somos o "segundo país que apresenta maior diferença entre os salários no início e no final de carreira de professores no ensino secundário";


A " meio da carreira, com 15 anos de experiência, o salário de um professor do secundário em Portugal é inferior ao da média da OCDE. A posição no 'ranking' cai ainda mais quanto se avalia o salário de início de carreira"...


"O salário dos professores é inferior ao de outros assalariados com formação equivalente noutros setores";


Nem digo mais nada...


Podem ler a notícia integral no Jornal i e tirar as vossas conclusões (há mais para ler).


Abraço!



Compensação por Caducidade de Contrato

Paga, não paga, é legal, não é, somos funcionários públicos iguais aos outros, não somos...

Pior do que não querem pagar este ano é o facto de algumas escolas terem pedido de volta o que pagaram no ano passado.

Quem recorreu para a DGRHE (depois de pagar, claro, porque antes de o fazer não podia reclamar) recebeu resposta negativa: não têm direito! Mas com argumentos discutíveis...

O assunto voltou à discussão e já há versões contraditórias, documentos que estão a ser tidos em conta mas que não são válidos, avisos que vêm esclarecer e só complicam...

Para poupar na factura da Educação nada mais fácil do que reduzir o número de professores. E quem pode ser reduzido sem grandes problemas: nós os contratadozitos!

Mas depois vem aquela parte "chata" de nos terem que compensar pela caducidade do contrato, como fazem aos outros funcionários públicos. E esta parte é mesmo chata, pois sai-lhes cara, quando a ideia é poupar...

Poupam na mesma, pois mais vale pagar a compensação uma vez do que um ano de salário. Mas se poderem não pagar - nem que seja com artimanhas e recorrendo à interpretação duvidosa das leis - é claro que não o querem fazer.

Devem pagar? Sim! Vão pagar? Parece que não!

Podemos protestar? Sim! Vale o esforço? Cada um sabe de si!

E quem nos protege/ajuda a protestar? Desenrasquem-se! Organizem-se e apresentem um protesto colectivo, poupam nos advogados dividindo despesas.

Somos todos iguais? Não! Umas escolas pediram as compensações de volta e outras não!

Há um artigo no Jornal i sobre este assunto (cuidado com este e com outros artigos que por vezes não estão bem "dentro" dos assuntos da docência e que podem falhar num ou noutro ponto. No entanto somos "crescidinhos" e sabemos melhor do que os jornalistas da nossa vida. O problema é o resto dos leitores que não conhecem e podem ficar com ideias erradas. Temos que os "educar"!). Há também outros colegas que apresentaram este assunto nos seus blogues, como por exemplo alguns do que tenho na minha lista identificada aqui na barra lateral. Leiam e se tiverem dúvidas exponham-nas: se puder ajudo!

Abraço!

Registo na DGRHE - Avaliação

Como muitos, fiquei curioso e lá entrei na página "área reservada", na dgrhe, e confirmei os meus dados da ficha de docentes.

Era só isto?

Posso não ter percebido muito bem, mas creio que este aviso posto nas escolas "de que devemos ter um registo na DGRHE para sermos avaliados" é mais para aqueles colegas que nunca concorreram e/ou não têm "utilizador" e "password" para acederem à área reservada, concursos, etc.

O NIF é essencial para os avaliadores acederem aos professores avaliados, pelo que confirmem que ele está nos vossos dados. Descobri que não tinha o meu código postal, foi a única coisa que preenchi.

Se não sabem do que estou a falar, leiam isto (e/ou vejam a vitrine na vossa sala de professores onde constam as informações importantes):

"Exmo. (a) Sr. (ª) Director (a) Informa-se que se encontra disponível no portal da DGRHE a aplicação electrónica para a avaliação do desempenho do pessoal docente, bem como o respectivo manual de utilizador.

Aconselhamos que indique aos docentes do seu agrupamento ou escola não agrupada, a necessidade de efectuarem o registo no portal da DGRHE, de forma a poder indicar quais os avaliadores e correspondentes avaliados na aplicação disponibilizada para que posteriormente os avaliadores possam continuar o preenchimento e emissão do anexo.

Cumps,

DGRHE"


Abraço!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Segurança no Facebook

Já sabemos que as redes sociais não são inofensivas.

Até já sabemos mais: as redes sociais são um bom meio para roubo de identidade, recolha de informações úteis para a prática de crimes, ciberbullying, abusos e outros.

Mas há quem teime em dar tudo a conhecer, em acreditar em todos, em dar o benefício da dúvida aos gestores destas redes...

Para ajudar  os pais e os alunos a "protegerem-se" do Facebook - e não só, pois muitas recomendações podem ser usadas para outras redes - a seguranet tem 2 panfletos informativos:

Guia do Facebook para os Jovens

Guia do Facebook para os Pais

Espero que estes documentos já não ajudem, se é que me estão a perceber...

Abraço!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Deixem-no aterrar, ele só pede que o deixem...

... aterrar. Ainda agora chegou, tem que aterrar e depois diz de sua justiça!

Foi o pedido de Nuno Crato:

"O ministro da Educação, Nuno Crato, pediu aos jornalistas «uns dias para aterrar» na pasta ministerial para a qual foi empossado no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
«Dêem-me uns dias, dêem-me uns dias para aterrar», limitou-se a dizer aos jornalistas Nuno Crato, à saída da cerimónia de tomada de posse do novo Governo.

O ministro tinha sido questionado pelos jornalistas sobre as medidas prioritárias que tomará à frente do Ministério da Educação."
TVI24


Abraço!

O novo Ministro da Educação não agrada a todos, mas...

...tem, pelo menos, o benefício da dúvida.

É mais ligado ao Ensino Superior e já ouvi quem teme que possa "puxar a brasa mais para essa sardinha".

Tem ideias que batem com as "tentadas" pelo governo do PS - o caso das provas de ingresso para os professores.

Tem muito menos dinheiro para gerir e muito pessoal para dispensar.

Está com a batata quente na mão e pode queimar-se... espero que não.

Mas não parece que vá ser "meu ministro", devo ser um dos muitos que vão ficar a ver o seu lugar como docente "por um canudo"... espero estar errado!

"


Nuno Crato é aguardado com expectativa
Sara R. Oliveira - Educare

Sindicatos e associações esperam que o novo ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência passe da teoria à prática, que aplique no terreno as ideias que tem defendido, que assuma uma postura dialogante. FENPROF e FNE aguardam pelas medidas que serão anunciadas e não desistem da suspensão do atual modelo de avaliação. Neste momento, pede-se rapidez na definição das normas de gestão do próximo ano letivo.
O novo ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência é Nuno Crato, matemático, professor catedrático, pró-reitor da Universidade Técnica de Lisboa. Tem 59 anos, é licenciado em Economia, doutorado em Matemática Aplicada e tem um mestrado em Métodos Matemáticos para Gestão de Empresas. Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, tem vários livros e artigos publicados em revistas científicas.

Em 2008, recebeu o prémio de comunicador científico do ano, atribuído pela União Europeia. Nesse mesmo ano, recebeu a comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelas mãos do Presidente da República. Amanhã, terça-feira, toma posse para liderar um ministério sensível durante os próximos quatro anos.

Nuno Crato tem três áreas sob a sua alçada e várias tarefas pela frente, como poupar 195 milhões de euros até 2012 e mais 175 milhões em 2013, reduzir pessoal e negociar com mais de uma dezena de sindicatos do setor. Combater a baixa escolaridade, travar o abandono escolar e melhorar a qualidade do ensino e da formação são assuntos que obrigatoriamente terá de manter debaixo de olho. De que forma o seu nome está a ser recebido? Com bastante expectativa. Até pelas ideias que tem vindo a defender ao longo dos anos.

A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) e a Federação Nacional de Educação (FNE) não abdicam da suspensão do atual modelo de avaliação de professores e aguardam pelas medidas que Nuno Crato irá implementar. "O que é determinante não é o ministro, mas sim os programas que vão ser implementados", referiu, à Lusa, Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF. De qualquer forma, o responsável espera que o novo titular da pasta mostre disponibilidade e capacidade para dialogar e negociar.

João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, quer, além da suspensão do modelo de avaliação, que a fusão dos agrupamentos de escolas seja colocada de lado. "No imediato, é evidente que queremos a suspensão da avaliação de desempenho e a suspensão do processo de fusão de agrupamentos para se encontrar uma nova forma de concretização dos agrupamentos de escola e também para determinação de um novo modelo de avaliação" - sustenta, a propósito.

A FNE vê com bons olhos a fusão das três áreas num único ministério, relembrando que essa divisão significou dificuldades no passado. "Houve alguma falta de articulação e este reencontro parece-nos positivo", referiu Dias da Silva, à Lusa. A FENPROF, por seu turno, prefere esperar para ver se se trata de apenas um ministério ou se serão dois com o mesmo ministro.

O Conselho de Escolas (CE) está satisfeito com a nomeação de Nuno Crato e acredita que o seu trabalho poderá ser uma mais-valia para o setor educativo. Para Manuel Esperança, o novo ministro percebe do que fala, está "por dentro dos problemas da Educação" e, por isso, espera que coloque em prática "as ideias que tem transmitido". O presidente do CE não discorda da fusão de três áreas no mesmo ministério, mas sublinha que é fundamental conhecer a equipa que irá acompanhar Nuno Crato. "Talvez um ministro só para o Ensino Superior fosse um exagero", reparou.

A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) aguarda com "serenidade" o desenrolar dos acontecimentos para ver o que acontece, apesar de reconhecer valor a Nuno Crato. "O ministro é pessoa cujo valor reconhecemos, mas como se trata de um super-ministério, é vital aguardarmos pelo programa do Governo e pelos nomes dos secretários de Estado, antes de nos pronunciarmos", disse Albino Almeida, presidente da CONFAP. O responsável espera abertura por parte da tutela para dialogar e expor situações que preocupam pais e encarregados de educação.

A Confederação Independente de Pais (CNIPE) espera que Nuno Crato seja coerente e que aplique no terreno o que tem vindo a defender publicamente. A nomeação não foi totalmente uma surpresa e não há contestação ao nome indicado. Maria José Viseu, presidente da CNIPE, gostaria que o novo ministro não tardasse a explicar as regras do jogo, ou seja, as normas de gestão do ano letivo. "Ele defende uma escola de qualidade, uma escola exigente, onde os conhecimentos científicos sejam valorizados, uma escola responsabilizadora e responsabilizante e, portanto, nesse sentido nós só podemos concordar com ele", comentou, em declarações à Lusa.

Uma pessoa dialogante, com sensibilidade e que reflete sobre o setor. É assim que o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP) olha para Nuno Crato. "Temos expectativas positivas. Trata-se de alguém que já tem reflexão sobre o Ensino Superior e cujas ideias, em grande parte, vão ao encontro do que defendemos. Aguardamos agora o início do diálogo", afirmou o presidente do SNESUP, António Vicente. E mais do que fusão de três áreas, o importante é, sustenta, "ter um ministro preocupado e sensível para as matérias". 


Abraço!