sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Portugal: país de Mestres e Doutores

É bom ser-se educado (em todos os sentidos da palavra). Mas mais Mestres e Doutores significa um país melhor, mais apto para enfrentar o futuro? Espero que sim! Haja esperança!


"Esta melhoria das qualificações académicas não foi, porém, acompanhada de uma melhoria da situação laboral dos portugueses. "

Abraço!

Menos CNO, menos emprego


Muito se tem dito sobre a qualidade/mode de obtenção da formação neste tipo de Ensino, mas não é por este prisma que vou pegar na notícia.

Opto por pensar nos contratos que vão desaparecer, levando muitos para o desemprego. Nesta é poca de crise, quem perde o emprego está muito mais "enrascado"... Cerca de 800 trabalhadores têm o seu posto de trabalho em risco, força para os que ficam de fora!

E é claro que o PS fala em "enorme gravidade"...

"Vinte centros Novas Oportunidades vão fechar



O Ministério da Educação e Ciência afirmou hoje que são 20 os centros Novas Oportunidades que vão fechar, 14 por não terem cumprido “metas contratualizadas” e seis a pedido dos próprios promotores.



Em comunicado, o ministério separou estes encerramentos por “incumprimento de metas contratualizadas” do que venha a acontecer após o processo de avaliação do programa Novas Oportunidades que está a decorrer. E esclarece que a Agência Nacional para a Qualificação “concluiu o processo de encerramento” iniciado ainda durante o governo PS.

“As alterações mais profundas ao programa Novas Oportunidades serão aplicadas a partir de Setembro de 2012”, afirma a tutela, que não adianta mais nomes de centros a fechar além dos que foram referidos hoje em Diário da República.

O resultado das candidaturas dos centros a financiamento intercalar para funcionarem até Agosto será conhecido no próximo mês, acrescenta o ministério de Nuno Crato.

Segundo o despacho publicado no Diário da República, são extintos os centros Novas Oportunidades promovidos pela Escola Secundária de Montemor-o-Novo (Montemor-o-Novo), pela Escola Secundária com 2.º e 3.º Ciclos Gil Vicente (Lisboa), pela Escola Superior de Educação de Portalegre (Portalegre) e pela Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Sacavém (Loures).

Além destes, são igualmente extintos os centros Novas Oportunidades promovidos pela Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Madeira Torres (Torres Vedras), pela Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Leça do Balio (Matosinhos) e pela Escola Secundária da Moita (Moita).

O centro promovido pelo agrupamento de escolas da Pampilhosa fecha a pedido do promotor. Quanto ao centro do Instituto Politécnico de Leiria, o conselho de gestão daquela instituição afirmou hoje ao fim da tarde que o encerramento acontece também a seu pedido."

Abraço!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um Professor é só um Professor

Mais uma reflexão de João Ruivo no Educare que vale a pena ser lida. O Professor que não é mais do que isso, um Professor. Não vale a pena esperarem que resolvamos todos os problemas do mundo sozinhos.





"O professor e a varinha de condão
João Ruivo | Educare
Admitir que a educação pode resolver todos os problemas e contradições da sociedade resulta em transformá-la em vítima evidente do seu próprio progresso.
Ser professor acarreta uma profunda carga de utopia e de imaginário. Com o lento passar do tempo e da memória coletiva, gerações após gerações ajudaram a elaborar a imagem social de uma profissão de dádiva absoluta e incontestável entrega.

O poder simbólico da atividade docente leva a que os professores sintam sobre os seus ombros a tarefa herculeana de mudar, para melhor, o mundo; de traçar os novos caminhos do futuro e de preparar todos e cada um para que aí, nesse desconhecido vindouro, venham a ser cidadãos de corpo inteiro e, simultaneamente, mulheres e homens felizes. É obra!

Ao mesmo tempo que a humanidade construiu uma sociedade altamente dependente de tecnologias dominadoras, transferiu da religião para a escola a ingénua crença de que o professor, por si só, pode miraculosamente desenvolver os eleitos, incluir os excluídos, saciar os insatisfeitos, motivar os desalentados e devolvê-los à sociedade, sãos e salvos, com certificação de qualidade e garantia perpétua de atualização permanente.

O emergir da sociedade do conhecimento acentuou muitas assimetrias sociais. Cada vez é maior o fosso entre os que tudo têm e os que lutam para ter algum; entre os que participam e os que são marginalizados e impedidos de cooperar; entre os que protagonizam e os que se limitam a aplaudir; entre os literatos dos múltiplos códigos e os que nem têm acesso à informação.

E é este mundo de desigualdades que exige à escola e ao professor a tarefa alquimista de homogeneizar as diferenças.

Os professores podem e estão habituados a fazer muito e bem. Têm sido os líderes das forças de sinergia que mantêm os sistemas sociais e económicos em equilíbrio dinâmico. São eles que, no silêncio de cada dia, e sem invocar méritos desnecessários, evitam que muitas famílias se disfuncionalizem, que as sociedades se desagreguem, que os estados se desestruturem, que as religiões se corroam. Mas não podem fazer tudo. Melhor diríamos: é injusto que se lhes peça que façam mais.

Particularmente quando quem o solicita sabe, melhor que ninguém, que se falseia quando se tenta culpabilizar a escola e os professores pelos mais variados incumprimentos imputáveis ao sistemático demissionismo e laxismo das famílias, da sociedade e do próprio Estado tutelar.

É bom que se repita: os professores, por mais que se deseje, infelizmente não têm esse poder e essa magia. Dizemos infelizmente porque, se por milagre o tivessem, nunca tamanho domínio estaria em tão boas e competentes mãos.

E é precisamente porque nunca foram tocados por qualquer força divina que os professores, como qualquer outro profissional, também estão sujeitos à erosão das suas competências; que, como qualquer técnico altamente qualificado, eles também necessitam de atualização permanente. E é por isso mesmo que os docentes reclamam uma avaliação justa do seu desempenho. Uma avaliação em que se revejam, que os estimule a empreender e que os ajude no seu crescimento profissional.

Todas as escolas preparam impreparados. Até as que formam professores. Sempre foi assim e, daí, nunca veio mal ao mundo. É a sequência e a consequência da evolução dialética das sociedades e das mentalidades.

Por isso, centrar a discussão na impreparação profissional dos docentes, como se tal fosse estigma exclusivo desta classe e justificasse as perversas iniciativas que lançam a suspeita pública sobre a responsabilidade ética dos educadores no insucesso do sistema educativo e no desaire das políticas educativas que não têm vindo a sancionar, isso dizíamos, traduz uma inqualificável atitude de desprezo pela verdade e pela busca de soluções credíveis e partilhadas.

Admitir que a educação pode resolver todos os problemas e contradições da sociedade, resulta em transformá-la em vítima evidente do seu próprio progresso.

Repetimos: os professores não têm esse poder e essa magia. Os docentes não podem solucionar a totalidade dos problemas com que se confrontam as sociedades contemporâneas, sobretudo se não tiverem os contributos substanciais dos outros agentes educativos e das forças significativas da sociedade que envolvem a comunidade escolar.

Evidentemente que a escola e os professores podem e devem contribuir para o progresso da humanidade e para o seu desenvolvimento político, económico, social e cultural. Porém, tal não é atingível apenas com meros instrumentos educacionais porque eles, por si só, não são capazes de estilhaçar o mundo de crescentes desigualdades e uma cúpula política sob a qual coexistem a injustiça, o desemprego e a exclusão social.

Os professores não têm essa varinha de condão e, por favor, não os obriguem a ser mais do que são, ou nunca serão o que o futuro lhes exige que venham a ser."


Abraço!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mais alunos ajudados por terem fome

Sinais da crise económica e social em que vivemos. Infelizmente a fome é uma realidade. Infelizmente a gestão do dinheiro nas famílias nem sempre é a melhor. Infelizmente há quem queira trabalhar e não consiga. Infelizmente há quem esteja a ser mantido por todos os que trabalham.


"A fome nas escolas está a preocupar os Empresários Pela Inclusão Social (EPIS), que alertam para o aumento de sinalização destes casos, nos últimos seis meses.


Entre Março e Novembro, a associação que apoia cerca de nove mil alunos com dificuldades educativas reencaminhou 41 para instituições de apoio social por estarem em situações de risco provocadas, na maioria dos casos por carência económicas e alimentares.

O aumento de alunos que apresentam sinais de alimentação insuficiente é "alarmante" e, por isso, Diogo Simões Pereira, director-geral da EPIS, apela às escolas e a todas as entidades que estejam "mais atentas". E basta reparar em pequenos sinais, como as crianças que pedem pão para levar para casa,exemplifica.

Desde Setembro de 2008, quando começou a prestar apoio aos estudantes com más notas, que 11% dos casos reencaminhados pela EPIS estavam relacionados com carências alimentares. E nos últimos seis meses, só as carências económicas, alimentares e o desemprego de um ou de ambos os pais representam 23,5%.

Entre os estudantes reencaminhados para outras ajudas de Março a Novembro, 32% foram para consultas de especialidade, 11% para as comissões de protecção de menores, 10% para os médicos de família e 8% para a Segurança Social. "A tendência para reencaminhar para o médico deve-se ao facto de haver tempos de resposta a cumprir, enquanto que noutros serviços não há limite para o tempo de espera", justifica Diogo Simões Pereira, director-geral da EPIS. Por isso, "70% dos casos são resolvidos em tempo útil"."
DN

Abraço!

Revisão curricular no Parlamento a 10 de Janeiro

O ministro da Educação vai no dia 10 ao Parlamento explicar aos deputados a proposta do Governo para a revisão curricular que anunciou no passado dia 12 e está em consulta pública até fim de janeiro.


Abraço!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Reforma curricular: opinião de Vasco Barreto

Alguém com esperanças na reforma curricular em curso. Diga-se o que disser, não é a pensar no Ensino que esta surge, a motivação é económica... poupar a todo o custo! Quem poupa no Ensino hipoteca o futuro...



"Trivialidades sobre o ensino
Por Vasco Barreto, investigador do Instituto Gulbenkian de Ciência, no Jornal i







Há duas estratégias de ensino para responder aos "desafios da modernidade". Uma passa por inová-lo e fragmentá-lo, acelerando a especialização, tendência que o Tratado de Bolonha tornou irreversível no ensino superior.
A outra assenta na concentração dos esforços num núcleo de conhecimento que permanece incólume ao rebuliço da modernidade, mas que, bem dominado, equiparia os alunos para as surpresas do futuro, da mesma forma que um músico de jazz bom em harmonia não se atrapalha perante uma melodia desconhecida.
Saudosista anacrónico do "Trivium" e do "Quadrivium" dos antigos, defendo esta estratégia, e é bom ver que Nuno Crato está a dar os primeiros passos para a implementar no liceu, tentando corrigir o óbvio: somos péssimos a Matemática e a Português, temos uma cultura científica medíocre, e venha antes uma História bem dada, e até ao fim, do que umas pinceladas de Formação Cívica.
Mas pelas reacções que li na imprensa à reforma curricular em curso, continuamos reféns da tradicional clivagem entre esquerda e direita.
Ora, a esquerda não tem de aplaudir todas as experiências pedagógicas inovadoras, nem deve ser cúmplice eterna dos sindicatos dos professores, sob pena de se perpetuar o que me aconteceu há mais de 20 anos, que foi terminar o liceu como se Portugal tivesse acabado com o terramoto de 1755.
Nem a direita tem de persistir num "contra-eduquês" cego, um movimento ainda mais ideológico do que o próprio "eduquês" do "facilistismo", da burocracia e da experimentação, pois mostrou-se incapaz de reconhecer o desempenho razoável dos nossos alunos no exame internacional que conta (o PISA 2009) e devia piar mais fino, pelo menos até ser a sua vez de ir ao quadro."

Abraço!

ADD aprovada

Desta não nos livramos, pelo menos por agora.

O processo é mais simples, mas as quotas continuam.

O mal-estar nas Escolas vai-se manter até que nos vamos habituar como nos habituamos a tudo o resto que nos têm feito. 

Será que se trabalha mais ou menos desde que nos meteram nesta salsada da avaliação?

Será que se trabalha melhor?

Será que se dá o mérito a quem o merece? Ou há negociações e interesses na atribuição das avaliações?

Ou seja, será que a Escola tirou benefícios com a implementação da avaliação nos termos em que a temos e vamos continuar a ter?

"Governo mantém quotas no topo

O Governo aprovou ontem em Conselho de Ministros os diplomas de um novo e mais simples modelo de avaliação de professores, bem como a sua adaptação ao estatuto da carreira docente.


O novo regime resulta do acordo assinado em Setembro com sete de 13 sindicatos e entra em vigor no próximo ano lectivo. Os ciclos de avaliação passam a ter quatro anos, coincidindo com os escalões da carreira (a excepção é o 5º escalão, que tem apenas dois anos); as quotas para aceder às classificações mais elevadas mantêm-se; e a avaliação da componente pedagógica será efectuada por docentes de outras escolas, que integrarão uma bolsa de avaliadores.

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, afirmou ontem que com ciclos de avaliação maiores haverá "maior tranquilidade" na vida das escolas.

A Fenprof ficou de fora do acordo, em especial por não concordar com a manutenção das quotas, mas Mário Nogueira reconheceu que este modelo é mais simples e menos burocrático. O líder da Fenprof lembrou ontem que "enquanto a carreira estiver congelada não haverá conclusão do processo avaliativo".

O Conselho de Ministros aprovou ainda mudanças às leis orgânicas, devido à junção da Educação e do Ensino Superior num só ministério."

Correio da manhã

Abraço!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

ATL, explicador e afins


O negócio que vai dando sustento a muitos colegas nem sempre é levado com seriedade. Parte desta notícia é corroborada por casos que conheço na prática. A "ajuda" tem que ser mais do que "dar a resposta".

"Ensinar a “pescar” em vez de dar o “peixe”
Armanda Zenhas | Educare

Seja com a ajuda de explicadores, seja com a ajuda de familiares, os estudantes precisam que os ensinem a pescar e não que lhes deem o peixe.

Quem fez o trabalho de casa? - pergunta o professor.
Quase todos fizeram. O António vem, então, ao quadro fazer o exercício pedido. Não consegue. A professora pede-lhe o caderno com o TPC e está certo.

- António, fizeste tão bem em casa e agora não consegues? Explica lá como fizeste em casa.
- Foi a explicadora que me disse como era.
- E não ficaste a saber?
- Não, ela só me disse a resposta.

Sorte a do António, a professora tê-lo chamado e ter-se apercebido de que ele continuava com dúvidas. Pôde, assim, tirar-lhas.

Este relato, correspondente a muitas situações vividas nas salas de aulas, não significa que as explicações são sempre inúteis. Elas podem ser muito úteis, inúteis ou até prejudiciais.

Explicações prejudiciais ou, no mínimo, inúteis:
- Salas com muitos alunos de turmas/escolas diferentes em que o explicador dá aulas paralelas. Dá a matéria escolar a um ritmo que pode corresponder ou não ao que cada um dos alunos tem na escola. Desta forma, o aluno tem aulas em duas escolas paralelas e chega a casa sem ter estudado individualmente e, provavelmente, sem ter feito os TPC. Com uma escola dupla e com os TPC ainda para fazer em casa, quando vai ter tempo para descansar, para brincar e para ser criança?
- Salas com muitos (ou mesmo com poucos) alunos em que as respostas são dadas pelo explicador, em vez de este levar o aluno a descobrir a resolução das suas próprias dificuldades, ou seja, ensiná-lo a estudar autonomamente, apoiando-o nesse processo.

Explicações úteis:
- O explicador está atento a cada um dos alunos. Ajuda-os a organizarem o seu estudo diário e a sua sessão de estudo. Quando surgem dúvidas, ajuda-os a procurar as melhores formas/instrumentos para as resolverem. Dá o apoio de que cada um precisa, tendo em vista a construção da sua autonomia.

Seja com a ajuda de explicadores, seja com a ajuda de familiares, os estudantes precisam que os ensinem a pescar e não que lhes deem o peixe.

Quero com isto dizer que, de forma progressiva, eles devem aprender a encontrar a melhor forma para organizar o seu estudo e para encontrar respostas para as suas dúvidas. Muitas vezes, as soluções são tão simples quanto estas: primeiro estudar a matéria dada na aula e apenas depois fazer os TPC; se não percebe um conceito, procurar nas páginas anteriores do manual a sua explicação. Claro que dá trabalho, mas sem esse esforço individual não há aprendizagem nem desenvolvimento da autonomia.

Vários artigos que tenho publicado dão sugestões úteis que os pais podem pôr em prática quando ajudam os filhos a estudar (e quem sabe, até, poupar nas explicações). Aqui ficam alguns exemplos: "Como ajudar os filhos nos TPC", "Como organizar eficazmente o tempo de estudo", "A postos no posto de estudo".

Lembro ainda que nas escolas existem salas de estudo e que há professores disponíveis para ajudar os alunos no seu estudo. A frequência é gratuita. Nestes tempos de crise, nenhuma ajuda pode ser desperdiçada.

Termino dizendo que este artigo não é contra as explicações e lembrando que há situações em que elas podem ser muito úteis se, de facto, respondem às dificuldades do estudante, tendo sempre presente o objetivo de promover a sua autonomia. Pretendo, sim, dar algumas pistas de reflexão para os pais ponderarem na decisão a tomar sobre a melhor forma de apoiar os seus filhos."

Abraço!

Menos 20 mil professores em 6 anos

Desde 2006 pediram a reforma 23.469 docentes e entraram para os quadros, de escola e de zona pedagógica, apenas 3.493. 

Saíram mais de 23 mil e entraram 3500... e ainda temos que ouvir que estamos a mais no país???

Nós somos é muito bons (bons=burros), cada um de nós faz o trabalho de muitos. E depois é simples: se nos desenrascamos com 1, não nos vão dar 2. pior ainda: no ano seguinte vão tentar que funcionemos com 0,5...


"Educação perdeu 20 mil professores nos últimos seis anos

Desde 2006, quando o concurso para quadros deixou de ser anual, é este o saldo entre entradas e saídas no sistema. Este ano 3361 já pediram a reforma.

Em seis anos o sistema educativo perdeu 19.976 professores no ensino básico e secundário. Este é o resultado líquido que deriva da diferença entre admissões e saídas de efectivos. Desde 2006 - ano em que foram alteradas as regras de concurso de admissão aos quadros - pediram a reforma 23.469 docentes e entraram para os quadros, de escola e de zona pedagógica, apenas 3.493. Segundo um levantamento feito pelo Diário Económico com base nas publicações mensais do Diário da República, temos portanto uma quebra de perto de 17% no universo de 120 mil docentes em exercício.

Número que os sindicatos dizem ter um impacto forte no sistema e que prova que "não há nenhum excesso de professores nas escolas", como sublinha o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira. Além disso, os sindicatos encontram nestes números a resposta às declarações de Pedro Passos Coelho, que há quatro dias atrás aconselhou a emigração como alternativa aos docentes excedentários, lançando a polémica no sector.

Com a saída de docentes, João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), sublinha que as escolas "têm vindo a perder estabilidade porque funcionam cada vez mais com professores contratados"."
Económico

Abraço!

Educar para a poupança

Já que os pais não estão a ter muito sucesso neste campo, eduquem-se os (ainda) "educáveis". 

Gerir bem hoje para ter algum no futuro... e até podem ser um veículo de transmissão de conhecimentos para os mais velhos.

"Exposição itinerante da U. de Aveiro ensina jovens a poupar

Mais de quatro mil alunos do básico e secundário visitaram já a exposição itinerante de literacia financeira «Educação+Financeira», que, através de jogos interativos, os ajuda a ter noções de poupança e de gestão da «mesada».

Os dados foram hoje divulgados pela Universidade de Aveiro, que criou a exposição através do Projeto Matemática Ensino (PmatE), com o apoio da Caixa Geral de Depósitos.

A «Educação+Financeira» foi lançada em setembro, em Lisboa, e já percorreu cinco cidades de cinco distritos diferentes, sendo retomada em 2012, na cidade de Espinho."
Dinheiro Digital

Abraço!

Mais conclusões do CNE

São conclusões do CNE:

"Um curso superior ainda faz a diferença quando se procura trabalho, garante o Conselho Nacional de Educação (CNE), que concluiu que a taxa de emprego é mais elevada entre os licenciados."

Ainda faz? Por quanto tempo? Ou estarei a ser pessimista... é que para ser, por exemplo, caixa num supermercado, a licenciatura pode ser um entrave, por excesso de habilitações. É claro que um licenciado em princípio aspira a mais (não "desfazendo" qualquer profissão), mas quem precisa de trabalhar...


"O programa Novas Oportunidades deu um «forte contributo» no aumento da qualificação dos portugueses, considera o Conselho Nacional de Educação (CNE), mas precisa de avaliação externa e estabilidade nas equipas."

É claro que sim para as duas afirmações! Ou melhor, no que diz respeito à primeira, aumentou-se a (equivalência à) escolaridade, mas a qualidade das aprendizagens é, no mínimo, discutível.

Abraço!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Chumbos e abandono

CNE analisa e diz de sua justiça. Mas não é ouvido...

"Alunos portugueses chumbam muito e é preciso investir no apoio

Conselho Nacional de Educação chama à atenção para o número elevado de alunos que chumbam no ensino português e sugere reforço de apoio ao estudantes.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) alertou hoje para o elevado número de repetentes em todos os graus do sistema educativo português, defendendo que não se deve poupar no apoio aos alunos para evitar "chumbos".

"Temos um grande desvio etário. Os nossos alunos estão na escola mas não estão no ano em que deviam estar", afirmou aos jornalistas a presidente do CNE, Ana Maria Bettencourt.

Os alunos de meios sociais desfavorecidos são os que mais vão ficando para trás, com "desmotivação e o abandono escolar precoce" como consequências.

De acordo com os dados do CNE, no ano letivo de 2009/2010, 100 por cento dos jovens de 15 anos estavam na escola, mas "43% ainda permanecia no ensino básico e apenas 57% se encontra no nível adequado à sua faixa etária, o secundário".

Quando se olha para os jovens de 17 anos, 80% já chegaram ao secundário, mas 10%ainda estão no terceiro ciclo do básico. Quanto mais para a frente no grau de ensino, pior o desvio: em 2009/2010, 14% dos rapazes e 10% das raparigas a frequentar o 12º ano tinha 20 anos ou mais, quando idealmente deviam ter 17 anos.
"Não vale a pena investir [na educação] se as pessoas não aprendem"

Ana Maria Bettencourt defendeu a necessidade de "não deixar arrastar" os problemas, intervindo "ao primeiro sinal de dificuldade" e investindo no "apoio aos alunos" porque "se não se gasta agora gasta-se mais tarde e já com as pessoas fora da escola".

"Não vale a pena investir [na educação] se as pessoas não aprendem", reforçou a presidente do CNE, que nas suas recomendações apela a uma "mudança profunda na atitude das escolas e dos professores face ao insucesso".

Para o CNE, a solução passa pelo "reforço da formação em exercício dos professores e maior autonomia das escolas" para poderem "organizar as melhores soluções".

Em relação ao abandono escolar precoce, os dados do CNE indicam uma descida constante dos números: dos 43,6% em 2000, em 2009 chegou-se a 28,7% de população entre os 18 e os 24 anos que estudou no máximo até ao nono ano.

Mas os resultados de Portugal ainda estão 14 pontos acima da média europeia de taxa de abandono, que se situa nos 14,1% e que de acordo com as metas definidas pela União Europeia deve descer abaixo dos 10% até 2020.

Os maus resultados estão também relacionados com a situação social dos alunos, embora o CNE registe que Portugal está no sexto lugar entre 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico no que toca aos bons resultados obtidos por alunos desfavorecidos.

Mas na última década verifica-se uma tendência "preocupante": um aumento de 25% no número de alunos abrangidos pela ação social escolar. Atualmente, 42% dos alunos recebe ação social e destes, 56% estão no escalão mais elevado de apoio.

E de 68.421 crianças acompanhadas pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em 2010, mais de 15 mil não andavam na escola. Os distritos de Setúbal, Évora, Beja, Portalegre e Faro são aqueles onde há mais desvio etário e coincidem nos resultados mais baixos nas provas de aferição e exames nacionais, assinala o CNE.

Em oposição, Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro e Coimbra são os distritos onde que há menos repetentes e onde se verificam classificações mais elevadas nos exames."
Expresso

Abraço!

Ainda a emigração docente

A polémica/troca de ideias/desaforos continuam.
Duas mensagens do "contra", no Económico.

A Presidente do CNE, Ana Maria Bettencourt, diz que somos todos necessários.

O comissário europeu dos assuntos sociais, Laszlo Andor, diz-se preocupado com a emigração de jovens europeus.


"Não há professores a mais para a dimensão do País. Para melhorar o rendimento das escolas, todos os professores são necessários. Com a democratização do acesso à educação é preciso dar resposta e dar apoio a todos os alunos. É preciso que os alunos aprendam mais nas escolas e para que isso aconteça todos os professores são necessários."

""Alguns jovens já estão a sair da Europa para encontrar emprego em países como os EUA, o Canadá, Austrália ou o Brasil, Angola e mesmo Moçambique dependendo da sua língua de origem", lamentou o comissário."

Abraço!





Emigração Docente

Como não gosto de usar aquelas "palas" dos equídeos, deixo-vos um comentário de João Silva que considera "não escandaloso" as afirmações do nosso primeiro (sim, nosso, quer tenhamos votado ou não, é o que temos...).
Também não considero escandaloso, mas dito da forma que foi dito e pela pessoa que o disse...

"Onde está o escândalo?
João Cândido da Silva


Perante a crua realidade, adquirir uma qualificação é relevante, mas assegurar a empregabilidade e estar disponível para aprender a executar novas tarefas é ainda mais importante. E, por mais que custe admitir, isto não é válido apenas para os docentes.
Nos últimos anos, Portugal foi terreno fértil para semear e fazer crescer todo o género de ilusões. Da prosperidade baseada numa espiral de endividamento ao fim da necessidade de procurar soluções profissionais para lá das fronteiras nacionais, houve de tudo um pouco na promoção de sonhos e miragens que estouraram como bolas de sabão.

O futuro era tão radioso que o País se podia orgulhar de ter passado de uma nação de emigrantes para local de acolhimento de imigrantes em busca de uma carreira e de uma vida melhores. Mas o desenvolvimento era apenas aparente e assentava em pés de barro. Agora, não só os cidadãos estrangeiros estão a regressar às suas origens, motivados pela falta de perspectivas em território português, como o fenómeno da emigração regressou e vai subtraindo a Portugal gente qualificada, mas também mão-de-obra indiferenciada a que o mercado de trabalho não fornece respostas.

Esta tendência tem um motivo óbvio. A economia está a atravessar uma fase de contracção, o desemprego está em alta, as oportunidades são escassas e não há expectativas razoáveis de que o cenário venha a mudar tão cedo. Mas não é apenas a conjuntura recessiva que explica a situação. Há razões estruturais que se reflectem na menor procura por algumas qualificações e profissões. Têm a ver com o envelhecimento da população portuguesa e com os rápidos avanços tecnológicos que tornam obsoletas tarefas que já foram, pelo menos, mais relevantes.

Sobre estas matérias, Pedro Passos Coelho disse, numa entrevista ao "Correio da Manhã", duas coisas que parecem bastante evidentes. Referindo-se aos professores que não têm colocação pelo facto de haver cada vez menos alunos, sugeriu que tentassem encontrar outras saídas, através da formação profissional e da sua reconversão. Trata-se de uma realidade difícil de enfrentar, mas o facto é que, se já não existem empregos para toda a vida, também é verdade que começa a não haver profissões com prazo vitalício. Perante a crua realidade, adquirir uma qualificação é relevante, mas assegurar a empregabilidade e estar disponível para aprender a executar novas tarefas é ainda mais importante. E, por mais que custe admitir, isto não é válido apenas para os docentes.

Na mesma entrevista, o primeiro-ministro afirmou que "os professores podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa". Pode discutir-se se Passos Coelho devia ter dito o que disse e, até, ler nas suas declarações um convite para que os professores, ou qualquer outro português, optem pela emigração. Não há é motivos para escândalos ou para tirar da jaula a hipersensibilidade patriótica que já animou algumas reacções.

Se as declarações do líder do Governo têm algum aspecto relevante é o de não alimentarem novas ilusões sobre aquilo que professores ou outros desempregados podem esperar nos próximos anos. Mesmo que na frente externa tudo corra pelo melhor, o que exclui o cenário tenebroso de um colapso do euro, e que na frente interna as políticas sigam o caminho da perfeição, o que é duvidoso, os anos que se seguem vão ser de crise e de sacrifícios.

Nesta atmosfera, e havendo liberdade de circulação, é tão natural que as pessoas procurem saídas em mercados onde elas existam, como esperar que as empresas combatam pela conquista de posições nos mercados em que há negócios para concretizar. Seria preferível ter Portugal a crescer, pelo menos, o suficiente para evitar uma sangria de cidadãos em direcção ao estrangeiro? Seria. Mas, se alguém tiver a receita mágica, que avance e explique como se faz. Isso é que seria verdadeiramente patriótico."

Jornal de Negócios

Abraço!

Ano ainda será lectivo ou já será letivo?

Pelo que tenho visto "em campo", o Acordo, que tem tanto Desacordo, lá vai entrando na rotina.

Quanto ao Professor Raro, tenho algumas (várias) dúvidas que vou tentando esclarecer para entrar na corrente. Há mais do que os "c" ou os "p", não vai ser uma mudança pacífica, mas ficar para trás não me parece opção...

"Ano ainda será lectivo ou já será letivo?

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Corte de 380 M€ na Educação

Já não é grande novidade. Nem onde se vai cortar: pessoal! Somos o maior custo e, pelos vistos, dispensáveis...

Nós, habituados a artes mágicas, gestores incríveis de meios que não temos, tempo que não nos é dado, tarefas que não são nossas, e outros milagres mais, conseguimos (quase) tudo. Se "conseguimos" com 10, porque razão nos vão dar/contratar 20?

"Redução de custos em €380 milhões na Educação

O memorando revisto da troika estipula como meta a redução de €380 milhões do sector da Educação, através da racionalização da rede e pessoal.
A redução de custos na Educação, com o objetivo de poupar 380 milhões de euros, racionalizando a rede escolar e criando agrupamentos, diminuindo ao mesmo tempo as necessidades de pessoal, estão nas metas do memorando revisto da troika.

O documento aponta para uma centralização da oferta, redução e racionalização das transferências para as escolas privadas com contratos de associação e uma maior utilização de fundos comunitários para financiar atividades na área da Educação.

O texto, hoje divulgado, diz que o Governo vai continuar a trabalhar para combater a baixa escolaridade e o abandono escolar precoce, melhorando a qualidade do ensino secundário, a via vocacional e a formação, com vista a aumentar a eficiência no sector, a qualidade do capital humano e a entrada no mercado de trabalho.

Para estes objetivos, o Governo vai estabelecer um sistema de análise, monitorização, avaliação e informação para apurar a evolução dos resultados e impactos das políticas de educação e formação, nomeadamente os planos já existentes.

Mais incentivos ao desempenho
As ações para melhorar a qualidade do ensino passam por generalizar acordos de confiança entre o Governo e as escolas públicas, no sentido de uma ampla autonomia, um quadro de financiamento simples, baseado em critérios de desempenho, evolução e prestação de contas.

Preconiza-se também para as escolas profissionais e particulares com contratos de associação um quadro claro de financiamento fixo por turma e mais incentivos ligados ao desempenho.

O reforço do papel de supervisão da Inspeção-Geral está igualmente previsto.

O Governo deve ainda apresentar um plano de ação destinado a assegurar a qualidade, atratividade e relevância da educação no mercado de trabalho e formação profissional, através de parcerias com 60 empresas ou outros parceiros interessados."

Económico

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Revisão curricular: discussão on-line

Digam de vossa justiça.

FNE lança espaço on-line para discussão sobre revisão curricular

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"Discriminação" na emigração


Se não mudar o panorama atual, emigrar não é opção para todos os professores. Só algumas disciplinas são contempladas em protocolos com outros países. Eu, por exemplo, fui "discriminado"...


"Governo não tem acordos para todos os docentes no estrangeiro

Só os professores de Português, História e Geografia estão contemplados em protocolos.

Apenas os professores de Português, História e Geografia podem beneficiar de acordos estabelecidos entre o Governo português e os países estrangeiros. Todos os docentes de outras disciplinas não estão abrangidos por qualquer protocolo.

"Só os professores destas disciplinas e que estão na rede oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiro e do Instituto Camões, estão contemplados pelos acordos bilaterais entre o Governo português e os países estrangeiros", assegura, ao Diário Económico, o secretário-geral do Sindicato de Professores Estrangeiros, Carlos Pato. Todos os docentes de outros grupos disciplinares "não estão contemplados por nenhum acordo estabelecido", reforça o dirigente sindical.

Este alerta dos sindicatos é feito depois das declarações do primeiro-ministro, em entrevista ao "Correio da Manhã", onde deixa o conselho aos professores desempregados para olhar para "o mercado de língua portuguesa" e emigrar. "Em Angola e não só, o Brasil também tem uma grande necessidade, ao nível do ensino básico e secundário, de mão de obra qualificada", disse Pedro Passos Coelho que considera como sendo uma possível "alternativa" para encontrar emprego. Durante a entrevista, Passos Coelho deixou ainda o alertou para o facto que "o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos"."

Económico

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Emigrar!?


"Emigrar será um bom conselho? Parece que não...

Primeiro-ministro diz que a emigração poderá ser uma alternativa para os professores que não tenham trabalho nas escolas e até sugere "o mercado de língua portuguesa". Sindicatos e docentes não compreendem as afirmações.

As declarações do primeiro-ministro agitaram as águas. Passos Coelho, em entrevista ao Correio da Manhã, admitiu que a emigração poderá ser uma alternativa para os professores que não têm trabalho, chegando a sugerir que Angola e o Brasil são bons destinos para partir. "Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm, nesta altura, ocupação. E o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos. Estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem, e portanto nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que, das duas uma, ou consegue, nessa área, fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa", referiu.

As reações não se fizeram esperar. A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) ficou indignada com as afirmações de Passos Coelho. "Dizer que têm de emigrar é uma falta de vergonha imensa", comentou Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, à Lusa. E deixou uma sugestão: "Penso que o senhor primeiro-ministro podia aproveitar e ir ele próprio desgovernar outros países e outros povos. Não desejo, no entanto, que esses países e esses povos sejam os nossos irmãos de língua portuguesa".

Manuela Mendonça, coordenadora do Sindicato dos Professores do Norte e dirigente da FENPROF, refere que as declarações de Passos Coelho são "surpreendentes" e "muito infelizes". "Portugal tem grandes problemas estruturais ao nível da educação e, portanto, não pode prescindir de professores", sustenta ao EDUCARE.PT. O discurso político, na sua opinião, deveria ser feito ao contrário. Se há insucesso escolar, se há taxas preocupantes de abandono da escola, os docentes deviam ser incentivados a ficar para "ajudar o país a crescer".

As declarações do primeiro-ministro têm várias leituras para Manuela Mendonça. "Mostram que não há confiança e esperança no futuro e uma incapacidade de resolver os problemas do país." E comprovam, em seu entender, que as medidas de austeridade que têm vindo a ser implementadas, ao invés de resolver algumas questões, vão agravar a crise e as dificuldades. "Este Governo não tem uma estratégia para a saída da crise. Não há saída da crise que não passe por mais e melhor educação", defende. Dizer aos professores para emigrarem, que não são precisos no seu país, é algo que choca, na sua opinião. "É um atestado de desistência do país e de quem nos governa, de quem já não acredita num futuro melhor."

Para Armindo Cancelinha, da Associação Nacional de Professores (ANP), as afirmações do primeiro-ministro são um "balde de água fria", "uma machadada" nas expectativas de quem quer e gosta de ensinar. "Não consigo compreender como é que o primeiro-ministro quer promover o desenvolvimento de um país e diz aos jovens professores que terão de emigrar", refere ao EDUCARE.PT. "Era importante que fosse definido um currículo europeu que possibilitasse aos professores exercerem a sua atividade, no espaço europeu, mas de livre vontade", acrescenta.

De qualquer forma, a ANP teme que o cenário piore para os professores no próximo ano letivo. Os cortes nos salários, nos subsídios e a reorganização curricular poderão significar mais desemprego para a classe docente. Mesmo assim, Armindo Cancelinha considera as declarações de Passos Coelho "incompreensíveis". E os países que sugere não lhe parecem os mais indicados no atual contexto. "Angola é uma sociedade em convulsão e no Brasil há grandes dificuldades em termos de segurança."

Manuela Sousa, professora do 1.º ciclo, tem ouvido atentamente os comentários sobre as declarações do primeiro-ministro. Regra geral, concorda com o que os comentadores têm vindo a dizer aos órgãos de comunicação social. "Foi uma afirmação infeliz", comenta ao EDUCARE.PT. "Em vez de incentivar ou desenvolver o emprego do país, está a mandar os professores para fora, e isso é que é grave". Até porque o dia a dia mostra-lhe que as escolas precisam de mais docentes. "Neste momento, estamos com falta de professores, professores de apoio, e só quem anda nas escolas é que se apercebe disso", garante. Portanto, emigrar não é a solução. "Mais uma vez, rebaixam-se os professores, diz-se que eles não são importantes para a sociedade, em vez de se criarem mecanismos para promover o emprego."

O secretário-geral do PS, António José Seguro, ficou "profundamente chocado" com as declarações do primeiro-ministro. "Significa que é um primeiro-ministro que está demissionário, que está passivo e de braços caídos", reagiu, lembrando que esta não é a primeira vez que o Governo aconselha os portugueses a emigrar. "Estamos a falar de professores, jovens, nos quais o Estado investiu bastante na sua qualificação. Gente qualificada, com inteligência, que está disponível para dar o seu melhor ao país", afirmou o líder socialista."

Educare

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Se for para o que realmente interessa...

Se for para acompanharem melhor os educandos e articularem com a Escola em todas as suas obrigações, podem até ser 3 ou 4.

Se for para fazer o que faz a grande maioria...


Associação pela Igualdade Parental defende dois encarregados de educação

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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Estudantes inglesas prostituem-se para pagar estudos



E em Portugal? O que é preciso para se poder estudar?

"A tendência não é nova e está longe de ser exclusiva de algum país. Mas os dados que emergiram recentemente em Inglaterra mostram claros sinais de que as raparigas estão a recorrer cada vez mais à prostituição para poderem pagar os estudos."


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Adeus DRE's, olá DSAE's

Se é para mudar, que se mude para melhor(?).


"Educação: Direções regionais de educação substituídas por direções de serviço

As direções regionais de educação vão ser substituídas por direções de serviço para apoio às escolas, incluindo jurídico e inspetivo, disse hoje à agência Lusa o dirigente sindical Carlos Chagas, após uma reunião no Ministério da Educação.

De acordo com o presidente da Federação Nacional do Ensino e Investigação (FENEI), a informação foi avançada pelo secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, durante uma reunião pedida pela estrutura sindical para debater um novo modelo de gestão escolar e alterações à contratação de professores.

"Questionámos como seria feita a articulação às escolas com o fim das direções regionais de educação e sugerimos que deviam ter um jurista para interpretação de leis. O secretário de Estado disse que haveria direções de serviço, que apoiariam as escolas também juridicamente", afirmou Carlos Chagas."

Visão

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Quem quer ser professor? Ou deixar de ser...

Quem quer ser professor? Ou deixar de ser...

Quem quer ser meu sócio no "RestGin", o novo negócio do Restaurante+Ginásio inspirado no modelo de uma Escola de Odivelas (ver mensagem abaixo)?

Ministro da Educação: "Não há nenhum professor do quadro que venha a ser despedido"

Ensino público: 2600 professores ficarão sem horário


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Polivalência de espaços: comer e exercitar!


Come e logo a seguir abate as calorias... Até pode ser uma bela ideia para o negócio, já que estou à beira do desemprego: abro um Restaurante e um Ginásio, um 2 em 1 com todo o potencial de grande sucesso... "RestGin" soam-me bem...


"Alunos comem no mesmo sítio onde fazem ginástica

Os pais das crianças da escola Barbosa do Bocage, em Odivelas, criticam as condições do estabelecimento onde todos os dias o refeitório é montado e desmontado no ginásio, e os alunos comem no mesmo sítio onde a seguir fazem ginástica.

O ritual diário repete-se desde que a escola foi inaugurada, há dois anos, após obras de reabilitação que custaram quase dois milhões de euros.

Na escola Barbosa du Bocage estudam atualmente 363 alunos, sendo que 293 frequentam o ensino básico e os restantes 70 o jardim-de-infância.

O refeitório improvisado no ginásio funciona só durante o período do almoço, sendo em seguida desmontando pelas auxiliares e o seu chão lavado para que possa receber as aulas de ginástica da tarde, disseram à Lusa encarregados de educação.

Esta situação gera consternação junto dos pais que acusam a Câmara Municipal de Odivelas de ter projetado mal este equipamento escolar.

“Já na altura em que a escola foi inaugurada manifestámos a nossa insatisfação pela falta de condições que a escola oferecia aos nossos filhos. Desde então promovemos várias reuniões com a Câmara Municipal e visitas à escola, mas até agora não obtivemos resposta”, explicou à agência Lusa a vice-presidente da Associação de Pais, Maria Ferreira.

Além da falta de um refeitório os pais queixam-se também de outras deficiências da escola, nomeadamente as casas de banho terem equipamentos sanitários para adultos, sendo só acessíveis às crianças através de um degrau, assim como da ocorrência de infiltrações.

“Devido às últimas chuvas numa das salas caiu um bocado do teto e estamos à espera que a Câmara venha solucionar o problema. Também é comum chover cá dentro”, contou.

A Associação de Pais critica igualmente a falta de espaços exteriores com proteções para o sol e chuva e a existência de várias situações de risco no recreio.

“Os pais estão muito preocupados porque sabem que todos os dias as crianças correm perigo. É raro o dia em que não há braços e pernas partidas e que tenham de vir os bombeiros à escola”, alertou.

O descontentamento dos pais é partilhado pelo vereador independente da Câmara de Odivelas Paulo Aido que acusa o executivo municipal (PS e PSD) de ignorar os avisos dos vereadores da oposição.

“Sempre alertamos a Câmara para corrigir os erros mais graves. O problema é que esta escola foi edificada há apenas dois anos com graves problemas estruturais. São compreensíveis as queixas que recebemos dos pais, dos professores e das auxiliares”, sublinhou Paulo Aido.

A agência Lusa tentou contactar a vereadora com o pelouro da Educação na Câmara Municipal de Odivelas, mas não obteve resposta."

Destak


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