quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

E depois das reuniões sobre os concursos...


Surgem os primeiros comentários dos sindicatos e as afirmações do sr. Casanova (o último parágrafo é "um pouco cómico"):






"Professores pedem justiça e bom senso
Sara R. Oliveira | Educare

Governo não deverá antecipar concurso previsto para 2013. Sindicatos consideram alguns pontos "inaceitáveis" no novo regime de concursos, como a obrigatoriedade de concorrer a três zonas pedagógicas.

O novo regime dos concursos de professores é o assunto do momento. As negociações começaram esta segunda-feira e o próximo encontro está marcado para 5 de março. A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) e a Federação Nacional da Educação (FNE) estiveram reunidas com o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, pediram esclarecimentos, tiraram dúvidas e insistiram para que o concurso geral previsto para 2013 seja antecipado e feito ainda este ano. As sugestões estão agora em cima da mesa.

A FENPROF já começou a trabalhar para esta quinta-feira ao final da tarde entregar um parecer ao Ministério da Educação e Ciência (MEC). Esta segunda-feira esclareceu as dúvidas que tinha para então começar a preparar um documento com os seus pontos de vista. A estrutura sindical teme que a revisão do atual regime de concursos traga mais desemprego, mais precariedade e maior instabilidade. E, por isso, defende a realização de um concurso interno e externo com vagas ainda este ano, que os concursos sejam feitos anualmente e que haja um regime de vinculação para os docentes contratados.

"Este regime de concursos está feito para justificar duas coisas: uma limpeza completa de contratados das escolas e criar um regime de mobilidade forçada dos professores numa área geográfica muito extensa", refere Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, ao EDUCARE.PT. A obrigatoriedade de todos os docentes terem de se candidatar a três zonas pedagógicas, ou seja, a três distritos, independentemente do concurso, é uma situação que lhe parece "absolutamente absurda e inaceitável". Um professor poderá ter de aceitar um horário de seis horas numa escola que fica a centenas de quilómetros de distância de casa. E o mesmo poderá acontecer a um professor que pretenda aproximar-se da sua residência através de concurso ou de destacamento.

"Um professor de Olhão que queira ir para Tavira poderá ir parar a Grândola ou Alcácer do Sal. Ou um professor contratado que fique com um horário de seis horas pode ficar a 300 quilómetros de distância, com um salário que nem sequer dá para alugar um apartamento", alerta o secretário-geral da FENPROF. É quase como "um totoloto". Um contratado tanto pode conseguir um horário de 21 horas ao pé de casa, como com um de seis a centenas de quilómetros da residência.

A FENPROF discorda também da existência de apenas um intervalo, de seis a 21 horas, para efeitos de contratação, bem como da integração na primeira prioridade do concurso de candidatos provenientes de estabelecimentos privados, afastando-se assim outros docentes que deram aulas em escolas públicas. Neste ponto, Mário Nogueira diz que não se trata de uma questão de discriminação, mas sim de entidade patronal. "É um frete que se faz aos colégios privados e não um favor que se faz aos professores", comenta.

O recurso a outros critérios para a seleção de docentes que não sejam a graduação profissional e a extinção da reserva de recrutamento antes de se esgotarem os candidatos que a integram também não convence uma das maiores organizações sindicais da classe docente no país. Mário Nogueira acrescenta que há "discriminação" nas regras dos concursos quando, no processo, se diferenciam os professores do continente e das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, que poderão estar impedidos de concorrer em pé de igualdade.

A FENPROF espera receber mais contributos de professores para elaborar o parecer. Ao MEC já deixou claro que, entre outros fatores, "as necessidades permanentes deverão ser satisfeitas por docentes do quadro (que o MEC designa de carreira) e as necessidades temporárias por docentes contratados". E também que "os docentes com habilitação própria deverá poder ser candidatos ao concurso, sendo ordenados em prioridade seguinte à dos docentes profissionalizados". A FENPROF não afasta a hipótese de recorrer a formas de luta caso a tutela não altere o que, na sua opinião, são os aspetos mais negativos do novo projeto.

Substituir e corrigir
A FNE considera que há justificação plena para se antecipar o concurso geral previsto para 2013 e apresenta vários argumentos, como o aumento do número de docentes contratados, em função das saídas de muitos docentes dos quadros, e haver milhares de professores que foram impedidos de concorrer no último concurso geral em 2006 - sendo assim ultrapassados nas suas preferências por candidatos com menor graduação profissional. Já em 2011, no Governo anterior, a estrutura tinha pedido essa antecipação e nas negociações desta segunda-feira voltou a insistir neste ponto, ou seja, que o concurso de 2013 seja realizado este ano. João Dias da Silva, secretário-geral da FNE, pede "bom senso e justiça" na nova proposta que o MEC irá colocar em cima da mesa na próxima segunda-feira, 5 de março. "Há um conjunto de aspetos que precisam claramente de ser substituídos e corrigidos", adianta ao EDUCARE.PT.

A FNE defende que os docentes contratados que não puderem ser avaliados por não terem completado 180 dias de serviço devem poder contar com a nota da última avaliação para a graduação profissional. E não só. Na sua opinião, a contratação a nível de escola deve obedecer a critérios a definir em legislação, devendo a graduação profissional ter um peso relativo superior a 50 por cento em relação aos restantes critérios. A FNE também não concorda com a obrigatoriedade de concorrer a três zonas pedagógicas e considera que há "algumas injustiças", nomeadamente na "recolocação de forma simplista" dos professores das escolas privadas com contrato de associação com o Estado em detrimento dos docentes do setor público.

No final da reunião de segunda-feira, o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar sustentou que o concurso nacional de abertura de quadros se realiza de quatro em quatros anos e que, portanto, o próximo será feito em 2013. Até lá, e segundo o governante, a metodologia passa por perceber as necessidades do sistema grupo a grupo. E sublinhou que "em função da distância, os professores concorrerão ao horário que mais lhes convier: podem ter um horário mais reduzido perto de casa e um mais alargado a uma distância superior". João Casanova de Almeida garantiu ainda que nenhum professor será preterido, no escalão de primeira prioridade, por também estarem nesse patamar os docentes de estabelecimentos privados com contrato de associação. "Ninguém ultrapassa ninguém, a primeira prioridade contempla a maioria dos horários atribuídos", assegurou."

Abraço!

Sindicatos de professores voltam ao Ministério

Desta vez para "negociarem" o modelo de gestão escolar:

"Alterações ao modelo de gestão escolar levam hoje novamente os sindicatos ao Ministério da Educação, com a Fenprof a temer que sejam apenas ajustamentos subordinados aos interesses administrativos e financeiros impostos pela 'troika' para dispensar professores e funcionários.

Depois de uma primeira reunião em que a tutela apresentou os princípios orientadores para um novo regime jurídico de autonomia, administração e gestão das escolas públicas, os sindicatos esperam agora receber um documento que inclua já as sugestões que enviaram na semana passada.

O Governo anunciou um documento em que os directores perdem poderes e passam a ser avaliados por toda a comunidade escolar, mas esta questão está em segundo plano na análise dos sindicatos.

De acordo com o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), a proposta do Governo estava sobretudo direccionada para a criação automática de mais mega agrupamentos.

«Previa um mecanismo automático para constituir cada vez maiores agrupamentos. Cada vez que cessassem funções os órgãos de gestão que estão em funções – até ao final do próximo ano lectivo – seria designada uma comissão administrativa provisória para as escolas ou agrupamentos já existentes, no sentido de criar novas unidades orgânicas», disse Mário Nogueira à agência Lusa.

Para o líder da Fenprof, a prática implícita deixaria de ter em consideração a opinião das autarquias e das próprias escolas.

Mário Nogueira entende que um «ajuntamento cada vez maior de escolas» tem como objectivo «quase único» a dispensa de professores e outros funcionários: «O Orçamento do Estado para este ano prevê que com a criação de mega agrupamentos, deverão poupar-se 54 milhões de euros. Toda a dinâmica pedagógica é submetida aos interesses administrativos e financeiros».

Também contactado pela Lusa, o dirigente da Federação Nacional da Educação (FNE) insistiu em alterações justamente no sentido de reforçar o plano pedagógico, nomeadamente na composição do Conselho Geral.

«Pretendemos um equilíbrio na distribuição de responsabilidades e de funções dentro da escola, sem que haja um órgão que concentre um excessivo número de competências e que haja depois uma predominância daquilo que é a ordem pedagógica», afirmou Dias da Silva.

Segundo o secretário-geral da FNE, a escola deve ter um conselho pedagógico «autónomo, independente e com capacidade para, por si, tomar decisões».

«Consideramos que o conselho pedagógico deve ser constituído apenas por professores e que o seu presidente seja eleito de entre os membros» que o compõem, defendeu.

O documento divulgado pelo Governo prevê, entre outros pontos, que possam ser estabelecidas parcerias entre escolas públicas e privadas, de «forma temporária ou duradoura de cooperação e de articulação aos diferentes níveis», uma questão que a Fenprof quer também ver esclarecida."
Lusa/SOL

Abraço!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Comportamentos inadequados: a culpa é dos pais!

Não é novidade, mas fica mais "provado" quando fala um especialista...

"Crianças: mau comportamento é fruto da educação dada pelos pais desde o berço

 
As práticas educativas parentais desde o nascimento dos filhos são responsáveis, em noventa por cento dos casos, por comportamentos inadequados como o bullying e a indisciplina escolar, defende em livro o investigador e psicólogo Luís Maia, avança a agência Lusa.

“E Tudo começa no Berço”, é o título do livro a ser lançado esta segunda-feira, no qual o autor defende que é desde o nascimento da criança que se desenvolvem grande parte das suas características, positivas ou negativas.

“Perdoem-me pais, mas a culpa de muitos de nós não termos controlo sobre o comportamento dos nossos filhos, estou convencido, não é dos filhos, nem da sociedade: é nossa”, escreve o autor alertando para a necessidade de os pais estarem mais presentes na vida dos filhos.

Partindo de exemplos práticos, Luís Maia pretende demonstrar como a desresponsabilização dos membros familiares e educadores próximos das crianças e adolescentes apenas contribui para a acomodação a uma sociedade desumanizada.

Então haverá ou não uma relação entre o comportamento das crianças e a forma como são educadas desde bebés? Na opinião do psicólogo, baseada em 20 anos de prática clínica, essa relação é bem evidente e manifesta-se em 90 por cento dos casos.

“Na minha opinião cerca de 90% da responsabilidade do comportamento inadequado das crianças e adolescentes está sedeado nas práticas educativas nos primeiros dias e anos da criança”, disse em declarações à Lusa, adiantando que na maioria dos casos são os pais que precisam de ajuda para se reorientarem na educação dos seus filhos.

Luís Maia explica que nos milhares de casos que já atendeu, quando começa a investigar as causas dos comportamentos inadequados das crianças quer sejam de indisciplina escolar, de violência contra os pares ou de outras atitudes anti-sociais, na maioria das vezes os pais foram orientados percebendo que eram as suas práticas educativas que deveriam ser alteradas.

A má prática educativa, explicou, ocorre em todas classes socioeconómicas e mesmo em ambientes familiares normais quando por exemplo os pais se desautorizam em frente à criança, quando quebram rotinas ou quando delegam competências.

A sociedade, defende o autor em declarações à agência Lusa, desaprendeu a arte de educar os filhos e a comportarem-se em sociedade, delegando nas estruturas essa responsabilidade. Uma aposta que considera errada.

A educação desde o nascimento, diz, determina efectivamente o percurso de uma criança, porque "tudo começa no berço” à excepção de uma pequena minoria em que há de facto problemas no desenvolvimento ou distúrbios psicopatológicos.

O livro é baseado em vivências e casos reais, fruto da experiência do autor no acompanhamento de jovens e famílias.

Trata-se de um guia com informações dedicadas à boa aplicação da prática educativa, para pais, educadores, cuidadores, educadores de infância, professores dos mais variados níveis de ensino, psicopedagogos, psicólogos, técnicos de saúde mental, entre outros."
rcm pharma

Abraço!


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Concursos: negociações começam hoje

Todos(?) estamos contra esta proposta, não parece agradar a ninguém. 

O MEC lança vários pontos, alguns "a mais", para poder "negociar" e "esquecer" um ou outro pormenor, numa atitude de "abertura", fica-lhes bem. Acredito que se consigam alguns resultados, mas não sei em que aspetos... como contratado, sinto-me bastante lesado com as propostas, vai ser complicado manter-me na profissão. Como sou estúpido(?), tenho gosto no que faço e não quero mudar. Mas...


"Governo e sindicatos de professores iniciam hoje negociações sobre concursos



O Ministério da Educação começa hoje a negociar alterações ao sistema de recrutamento de professores com os sindicatos, que continuam a exigir a realização de um concurso nacional este ano.

Em cima da mesa vão estar as propostas das partes sobre o novo diploma de regulação dos concursos para selecção e recrutamento do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário.

A proposta do Governo mereceu já críticas dos sindicatos, com o líder da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira, a defender que mais importante do que um novo regulamento é que haja um concurso este ano para compensar milhares de professores que faltam efectivamente no sistema.

O Governo enviou há pouco mais de uma semana aos sindicatos uma proposta de decreto-lei para um novo regulamento, mas para a FENPROF este tipo de legislação não é uma prioridade.

O Ministério pretende, com a nova proposta, acelerar a substituição de professores e gerir melhor os recursos humanos ao serviço das escolas.

Neste sentido, um professor contratado que tenha horário incompleto poderá preenchê-lo até 22 horas semanais se a escola em que dá aulas precisar, por falta de outro docente doente ou de baixa.

A Federação Nacional da Educação (FNE) considera que a proposta do Governo tem aspectos negativos para os professores contratados.

«As pessoas terem de concorrer a nível de três quadros de zona pedagógica, o facto de, para estar na primeira prioridade, terem de ter tido horário completo e anual em quatro dos últimos seis anos são duas situações particularmente graves. Não têm qualquer consideração por aquilo que é a realidade dos professores que temos no nosso país», disse à agência Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.

Mário Nogueira sublinhou que o projecto de diploma praticamente extingue os professores contratados, não pela via da integração nos quadros, mas «pondo-os fora da profissão».

O líder da FENPROF continua a exigir a realização de um concurso este ano, condição sem a qual afirma nem valer a pena alterar o regime de concursos.

«Há omissões terríveis» na proposta do Governo, assinalou ainda, acrescentando que não inclui qualquer sistema de vinculação de professores.
Durante todo o dia, o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, vai reunir-se com as diversas organizações sindicais."
Lusa/SOL

Abraço!

Defesa pessoal para Professores

Seria uma formação bem importante para os professores, melhor do que algumas que se fazem neste momento.



"Empresa ensina professores a defenderem-se dos ataques físicos e verbais dos alunos"



Abraço!

50 Técnicas de Avaliação Formativa

Para quem estiver interessado:

"Dois professores da UTAD apresentam “50 Técnicas de Avaliação Formativa”

Dois professores do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Helena Santos Silva e José Lopes, acabam de publicar o livro “50 Técnicas de Avaliação Formativa”, uma obra que responde às necessidades de um bom desempenho do professor na sua relação com os alunos.

Os efeitos da boa avaliação formativa sobre o rendimento escolar são poderosos e é, das estratégias utilizadas pelo professor, a que tem maior efeito no desempenho escolar dos alunos: pelo feedback que dá aos professores sobre a eficácia das aulas e das actividades desenvolvidas; pelo feedback que dá aos alunos sobre o grau em que a sua aprendizagem e o seu trabalho correspondem às expectativas e às metas; pelas revisões que inspira ao ensino e à aprendizagem. Este livro, que se destina a professores dos vários ramos de ensino e a alunos universitários nas áreas da educação, apresenta não só as 50 técnicas de avaliação formativa, mas também a fase do processo de ensino-aprendizagem em que devem ser utilizadas e os objectivos que permitem atingir. A sua descrição, o modo de funcionamento e as finalidades, entre outros aspectos, também são exploradas. Uma vez postas em prática podem ainda vir a descobrir-se outras finalidades da sua utilização para informar o ensino e a aprendizagem, incluindo formas de adaptá-las à utilização em todas as disciplinas.

Assinale-se que os dois docentes publicaram anteriormente, também em conjunto, e na mesma editora (Lidel), os livros “A Aprendizagem Cooperativa na Sala de Aula” e “O Professor Faz a Diferença”."

Abraço!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Acordo ortográfico: mais uma ajuda

É um guia para a nova ortografia, prático, bem construído, que pode ser consultado (e/ou descarregado) aqui.

Aos poucos lá se vai entranhando...

Podem ainda ver mais ligações relevantes aqui (compilação de várias ligações relacionadas com este assunto).

Abraço!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CNE defende Formação Cívica

Com tantas vozes contra o fim da Formação Cívica, haverá coragem de prosseguir com a intenção?

"Revisão curricular deve garantir tempo próprio para Formação Cívica, defende CNE

O Conselho Nacional de Educação recomenda ao Governo que, no âmbito da revisão curricular para o ensino básico e secundário, assegure um tempo próprio de Formação Cívica.

A recomendação é feita num parecer sobre a “Proposta de Revisão da Estrutura Curricular para o Ensino Básico e Secundário” hoje aprovado em sessão plenária e elaborado a pedido do Ministério da Educação e Ciência.

Na proposta de revisão curricular apresentada em Dezembro pelo ministro da Educação, Nuno Crato, é defendida a concentração do horário nas disciplinas fundamentais ao conhecimento e o combate à dispersão curricular, que afecta sobretudo os alunos do 3.º Ciclo, apontando um aumento carga horária de História e Geografia nos 7.º e 9.º anos.

As medidas propostas pelo Ministério da Educação e Ciência reforçam as disciplinas nucleares e eliminam outras ofertas mais recentes, como a formação cívica, que tem sido alvo de muitas posições a favor da sua manutenção no currículo.

O Conselho Nacional de Educação (CNE) defende agora, no parecer votado em plenário, que a Formação Cívica deve ter um tempo próprio “em complementaridade com a dimensão transdisciplinar da Educação para a Cidadania”.

No seu parecer, o CNE defende também que as alterações a introduzir no sistema educativo devem decorrer de um processo de monitorização e avaliação sistemática, de modo a garantir a sustentabilidade das mudanças, a melhoria do funcionamento das escolas e das aprendizagens dos alunos.

Assinalando a importância de uma educação para todos, o CNE defende também a clarificação de qual o contributo das novas propostas para que mais alunos aprendam e aprendam mais sustentando que “mais qualidade não pode significar menor equidade”.

O Conselho Nacional de Educação aconselha o MEC que as alterações a realizar sejam concebidas no quadro de uma reflexão participada sobre o que deve ser a escolaridade obrigatória de 12 anos, aprovada em 2009, e cujos efeitos começarão a fazer-se sentir no próximo ano.

Recomenda, também, uma maior coerência entre as mudanças no currículo, os manuais escolares utilizados, os conteúdos e práticas de ensino, a formação dos professores e a avaliação do desempenho do sistema.

Por outro lado, o CNE considera importante que, no currículo, se compatibilizem saberes e competências.

A proposta do MEC esteve em discussão pública até ao final de Janeiro tendo recebido 1.628 contributos. A versão final deverá ser apresentada em Março."

Abraço!

Protestos frente ao MEC

"O objectivo do protesto, frente às instalações do Ministério da Educação e Ciência (MEC) na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, é reforçar a denúncia dos problemas de precariedade e desemprego que se "abatem violentamente" sobre os docentes e investigadores, afirma a FENPROF."


Abraço!

FNE contra "novo concurso"

E faz muito bem. São novas regras muito discutíveis (no mínimo) e não parece que agradem a muitos colegas.

"Professores: FNE rejeita novo regime para contratados

A Federação Nacional de Educação (FNE) rejeitou parte da proposta governamental para um novo regulamento de recrutamento de professores considerando que tem aspetos negativos para os docentes contratados.

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) enviou aos sindicatos a proposta de um novo regulamento de recrutamento de professores, com o qual pretende acelerar a substituição de docentes e gerir melhor os recursos humanos.

A proposta, que começará a ser discutida no final do mês, prevê que um professor contratado que tenha horário incompleto possa preenchê-lo até 22 horas semanais se a escola em que dá aulas precisar, por falta de outro professor doente ou de baixa.

Para a federação, o documento do MEC merece, à partida, «mais do que simples reservas, a rejeição de várias das suas propostas».

Em comunicado, a FNE refere ainda que o diploma proposto tem «um conjunto muito significativo de aspetos francamente negativos e que têm como alvo principal os docentes contratados».

Segundo a federação, milhares destes docentes contratado têm servido o sistema e agora, «em vez de serem valorizados e dignificados são totalmente desconsiderados» quando é exigida a manifestação de preferências para o âmbito geográfico de três quadros de zona pedagógica e quando é proposta a redução da manifestação de preferências para horários com intervalo entre seis e 21 horas.

A FNE critica também a redução para 30 de outubro do tempo de duração do funcionamento da reserva de recrutamento (ex-bolsa de recrutamento), a não consideração do tempo de serviço inferior a 180 dias e a exigência de que, para a primeira prioridade do concurso externo, o candidato tenha de ter trabalhado em horário completo e anual, em quatro dos últimos seis anos.

A federação regista contudo como positivo que o MEC queira clarificar as regras de determinação dos docentes em destacamento por ausência da componente letiva, exigir que, no caso da contratações pelas escolas, publicite a lista graduada dos candidatos, e que haja possibilidade de os docentes contratados com horário incompleto assegurarem substituições de outros docentes, nos limites que a lei define.

Na negociação, que se inicia na segunda-feira, a FNE diz que irá sublinhar a sua oposição a critérios e metodologias que constituam procedimentos de desconsideração para qualquer docente, quer em termos do desenvolvimento da sua carreira, quer em termos de equidade entre os diferentes candidatos.

Na proposta que enviou aos sindicatos, o Ministério defende a equiparação dos professores de escolas privadas aos de escolas públicas, dando-lhes acesso à primeira prioridade e aplicando «o princípio de igualdade por prestarem também serviço público de Educação».

Nos concursos de contratação de escola, a classificação e o tempo de serviço valem 50 por cento e o restante é atribuído depois de uma «entrevista ou análise curricular, com liberdade de opção da escola», processo que a tutela entende ser «mais objetivo»."
TVI24


Abraço!

Comparação entre leis dos concursos

No blogue Pé-ante-pé é-nos exposta uma comparação entre o diploma atual dos concursos (Decreto-Lei n.º 20/2006, de 31 de Janeiro, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 35/2007, de 15 de Fevereiro e Decreto-Lei n.º 51/2009, de 27 de Fevereiro) com a proposta apresentada pelo MEC.

Podem vê-la aqui.

Abraço!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Os professores também são “piegas”

"Os professores também são “piegas”


J. A. Pinto de Matos

A imagem romântica do professor, ligada ao status da sabedoria e ao seu reconhecimento pela comunidade, que permitia uma sã convivência e integração social, está ultrapassada e enferma duma contínua desvalorização, desde há algumas décadas.

A depreciação social e a forma como se desenvolve o trabalho dos professores afetam o seu bem-estar e a sua saúde, como concluem muitos estudos: é causadora de stress, da síndrome de burnout, do mal-estar docente e de outros distúrbios.

Reconhecendo-o também, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) considera a profissão docente, desde 1981, uma profissão de risco. Mas há outros riscos de que enferma: com alguma frequência os professores são enxovalhados (com termos ou apelidos depreciativos e palavras de baixo nível) e vítimas de atos de vandalismo (danos nas viaturas, nas roupas, etc.); em situações mais extremas, são mesmo agredidos fisicamente por alunos e/ou amigos e encarregados de educação.

Não nos alonguemos mais no elencar destes problemas, uma realidade que os professores bem conhecem, mas que a sociedade e as autoridades continuam a desvalorizar, porque quem sofre até aos limites do estoicismo, em Portugal, corre o risco de ser apelidado de piegas (por quem seguir a cartilha do senhor Primeiro Ministro).

As agressões verbais e os atos de vandalismo contra os professores são mais comuns do que as agressões físicas, mas, de vez em quando, a comunicação social faz eco de ocorrências graves deste tipo. No dia 31 de Janeiro, um professor de matemática de 63 anos, foi agredido, a murros e pontapés, à frente da sua escola, por três alegados familiares de uma aluna que expulsou da sala de aula, por estar a perturbar as atividades da aula.

O sofrimento adveniente não é só físico: uma vida profissional, já no seu ocaso, assim de algum modo posta em causa (é assim que os professores também interiorizam estas ocorrências) deixa mazelas físicas, mas também emocionais: o professor continua de baixa psiquiátrica. No entretanto, o inquérito, segundo a Lusa, aguarda por despacho da magistrada do Ministério Público.

A sociedade e os seus representantes deveriam de imediato posicionar-se, deveriam colocar-se do lado do professor que, dessa forma, procurava garantir aos outros alunos da turma o direito que tinham à aula e que, com o comportamento da colega, estaria a ser posto em causa. Mas nem sempre o posicionamento é claro e raras vezes a solidariedade parece sincera. Deprecia-se e esquece-se facilmente estes (e outros) atos de violência contra os professores.

No entanto, enquanto os holofotes da comunicação social permitem alguma visibilidade, na área do governo ou da oposição, logo aparecem os magos da praça pública, arautos detentores do saber necessário para resolverem o problema que, a seus olhos, ninguém ainda tinha vislumbrado.

Alçam a voz, em discursos inflamados, na ânsia de serem os primeiros a dar o seu palpite ou a milagrosa solução, ainda que sejam inócuos ou completos disparates, como essa de propor que os professores tivessem poderes policiais. A função docente alicerça-se no saber e na pedagogia, deviam sabê-lo, por elementar. Exige-se mais ponderação nas propostas, ou, como sempre ouvi dizer, calados não diriam asneiras (embora perdessem a oportunidade de aparecer...).

Do Ministério da Educação e Ciência (MEC) ficámos a saber que condena “veementemente este tipo de comportamentos” e que são totalmente inadmissíveis e intoleráveis agressões verbais e físicas a professores, funcionários ou alunos. É pouco. Muito pouco. Do MEC (e do governo) exige-se que adote políticas que cerceiem, na génese, este tipo de comportamentos, políticas proativas, a médio e longo prazo, que visem uma efetiva inclusão social e a redução da marginalidade e da pobreza, e que não seja arrastado para posições / soluções casuísticas, eminentemente reativas.

Focalizar a educação básica apenas em “conteúdos essenciais” é uma orientação que não ajuda muito a debelar este tipo de ocorrências. A abolição da Formação Cívica do currículo escolar do ensino básico é um exemplo eloquente dessa (des)orientação.

“Gastar” uma hora por semana para, entre outro tipo de ações de foro cívico, estabelecer os limites entre o que é aceitável e o que ultrapassa essa condição, não é perder tempo, é investir para (seguramente) ganhar. Quando os jovens (e seus agregados) estão familiarizados com a agressividade e a violência, quando as vivem no seu quotidiano, tendem a considerá-las 'normais'.

Nesta desconformidade social, se não for considerado também “essencial” a escola reorientar os comportamentos dos alunos, num tempo específico, (para não usurpar o tempo daquilo que o MEC considera “essencial”), os atos de indisciplina e violência continuarão a ser relativizados no que ao seu valor de transgressão diz respeito, porque são arbitrados pela noção de justo ou injusto, certo ou errado do próprio aluno, ou mesmo da sua família. Quem sai desautorizado é o professor e a própria escola, pois é muito frequente que os alunos atuem assim com naturalidade, sem sentimento de infração, pois os princípios da ética ou da boa educação, são os que eles próprios urdiram, e não aqueles que estão estatuídos na escola e na sociedade."
Correio do Minho

Abraço!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Andar com a casa e familiares "às costas"

Pois, os médicos não têm que concorrer, num concurso que muda as regras nas alturas que o "patrão" entende, a nível nacional, atrás de umas horitas que paguem as viagens e a estadia num destino a vários quilómetros de casa... nem lhes desejo tal coisa!

Colegas dos quadros, não quero ser muito pessimista, mas como não podem ser despedidos vão arranjar forma de vos fazer desistir da profissão... 

"Passos Coelho disse que é precisa "uma ferramenta para distribuir os recursos públicos de acordo com as necessidades da própria administração", exemplificando com o sector da saúde, em que há carências no interior do país. Acrescentou que será preciso criar "incentivos" para a mobilidade ocorrer: "Ninguém muda a família toda do Algarve para Trás-os-Montes sem ter um incentivo", reconheceu."

Abraço!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Acordo Ortográfico é inconstitucional(?)

Mais uma controvérsia sobre o Acordo Ortográfico. Defende este professor de direito, que " a língua não se muda por decreto”.


Abraço!

Liceu paga a alunos para irem às aulas

Isto acontece numa Escola nos EUA. Se forem à aulas e se portarem bem são recompensados monetariamente. Esta recompensa chega a ser de 25 dólares semanais.

Se a moda pega por cá... mas, se pegar, terá os resultados esperados? Melhoram as notas? Ou habituam-se, um velho hábito português, ao subsídio?

"EUA: Liceu paga a alunos para irem às aulas



Um liceu do Estado norte-americano de Ohio vai começar a pagar aos alunos para não faltarem às aulas e comportarem-se bem.

O Dohn Community High School em Cincinnati diz esperar que a medida faça aumentar o sucesso escolar e que providencie incentivo para as crianças permanecerem na escola, segundo o Canoe.ca.

«Dizemos aos nossos miúdos que deviam tratar a escola como se fosse o seu emprego e então eles disseram que não eram pagos [para vir]», explica o chefe da administração do estabelecimento, Kenneth Furrier. «Agora recebem dinheiro», aponta.

Os estudantes finalistas recebem uma quantia semanal de 25 dólares (cerca de 18,99 euros) só para não se «baldarem», enquanto os restantes alunos podem contar com «subsídios» de até 10 dólares (cerca de 7,59 euros).

Um número considerável de alunos vêm de lares afectados pela pobreza e/ou lares monoparentais.

«A formatura é o nosso objectivo», acrescentou ainda Furrier.

Recorde-se que no ano passado um liceu no Estado do Texas premiou uma aluna de 14 anos com um carro por ter tido boas notas, lembra o DigitalSpy."
Diário Digital

Abraço!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sétima sentença favorável a pagamento de compensação

De vitória em vitória...


"Sétima sentença favorável a pagamento de compensação a professores
EDUCARE

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF) disse hoje à agência Lusa que foi declarada a sétima sentença judicial favorável ao pagamento de uma compensação pela caducidade de contrato docente, desta vez em Aveiro.




"Confirma-se. O Ministério da Educação e o Governo agem à margem da lei e desrespeitam regras elementares do Estado de direito democrático", afirmou Mário Nogueira, referindo-se à recusa, que já vem do anterior executivo, em pagar uma compensação aos professores contratados pela caducidade do contrato.

A decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Aveiro eleva para sete o número de sentenças favoráveis relativas a processos de 2009 e 2010 e que foram proferidas desde setembro.
"Com este Governo já entraram nos tribunais mais de 500 processos" por idênticos casos, no final do ano letivo 2010-2011, acrescentou Mário Nogueira.

O problema já levou o provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, a recomendar ao Governo que pague as verbas em causa.

A FENPROF vai disponibilizar na quinta-feira, na sua página de Internet, uma minuta para a extensão de efeitos da indemnização que os professores podem pedir em tribunal.

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) tem preferido não comentar a questão, apesar de contactado pela Lusa.

No início de fevereiro, a FENPROF congratulou-se com a quinta sentença favorável à classe que representa, afirmando existirem condições para que todos os professores recebam a compensação.

A federação decidiu divulgar uma minuta para todos os professores poderem usar e reclamar as indemnizações a que entendam ter direito, pedindo a "extensão dos efeitos" das sentenças que já foram proferidas."



Abraço!

Fazer todos os exames na 1ª fase

Será mesmo que vão fazer? E que tal aparecerem, escreverem qualquer coisa, reprovarem e aparecerem na 2ª fase? Ui, sou mesmo esperto, inventei uma forma de contornar o problema...


Pior para nós que temos que os ter todos na sala e os que não sabem nada podem criar confusão enquanto os outros trabalham.


"Alunos do 12.º ano têm menos tempo para prepararem as provas. Tutela quer que os exames sejam este ano mais exigentes"


Abraço!

Blogues escolares valem viagem aos EUA

Quem quer ir aos states?






Abraço!

Crianças deprimidas são vítimas de 'bullying' mais facilmente

A depressão funciona como um íman para os bullys


"Crianças deprimidas são vítimas de 'bullying' mais facilmente

As crianças com sintomas depressivos têm mais facilidade em tornarem-se vítimas de 'bullying', de acordo com um estudo desenvolvido pela Universidade do Estado de Arizona, divulgado esta segunda-feira.

Já se sabia que as crianças rejeitadas e intimidadas pelos colegas tinham tendência a tornarem-se deprimidas, mas novas pesquisas vêm agora revelar que a relação pode funcionar em sentido inverso, indicando que as crianças com sintomas depressivos na escola primária podem tornar-se futuras vítimas e vir a sofrer de isolamento social.

Até agora, as investigações tentavam perceber se era o 'bullying' que levava à depressão ou se eram as crianças deprimidas que seduziam os "valentões" da escola.


O estudo, desenvolvido pelos investigadores da Universidade do Estado de Arizona, revela que os sintomas depressivos no 4.º ano de escolaridade aumentam as hipóteses de as crianças virem a ser intimidadas no 5.º ano e de, no 6º. ano, acabarem mesmo por ser rejeitadas pelos colegas.

Para chegar a estes resultados, os investigadores acompanharam 486 crianças, avaliando os seus sintomas de depressão e os níveis de aceitação social através de inquéritos confidenciais preenchidos pelos pais, professores e pelas próprias crianças, que se classificaram e avaliaram os colegas.

Os autores do estudo defendem que as crianças com sintomas de depressão, como isolamento social, comportamento passivo e choro excessivo, começam por ser rejeitadas pelos colegas e, em seguida, passam a ser alvo de intimidações."
Correio da Manhã

Abraço!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Jorge Jesus nas NO

Uma sátira bem divertida sobre as Novas Oportunidades.

Antes que fiquem "zangados" por exibir este vídeo, esclareço, de novo, que acredito na utilidade deste tipo de Ensino. E também acredito, ou melhor, tenho a certeza, que muitos trabalhadores com menos habilitações conseguem ensinar "segredos" da profissão a muitos sr.s Dr.s e Eng.s. Mas depois há os casos do "conta-me a história da tua vida e toma lá o papel..."



Abraço!

Trabalhar mais para receber menos

Então como é? Trabalha-se mais e recebe-se menos? Quatro duodécimos de subsídio de férias é dinheiro... 


"Contratados sem subsídios

Uma nota informativa enviada às escolas, pelo Gabinete de Gestão Financeira do Ministério da Educação e Ciência, está a gerar controvérsia. A nota esclarece que o pessoal que terminou contrato até 31 de Dezembro de 2011 "tem direito ao subsídio de férias relativo ao período em que exerceu funções em 2011". Quem terminou contrato a 1 de Janeiro de 2012, ou após esta data, "fica abrangido pela suspensão do pagamento dos subsídios de Férias e Natal".

Para Mário Nogueira, secretário--geral da Fenprof, é uma situação de "desigualdade, ilegalidade e de constitucionalidade duvidosa". "Para trabalho realizado no mesmo período, uns recebem, outros não. Penaliza-se quem trabalhou mais". E exemplifica: "um professor contratado em Setembro, cujo contrato acabou a 29 de Dezembro, tem direito a quatro duodécimos do subsídio de férias. Quem terminou contrato a 2 de Janeiro, nada recebe". Nogueira frisa que está apenas em causa o subsídio de Férias, porque o de Natal já foi pago. "O subsídio de Férias é constituído entre Setembro de um ano e Agosto do seguinte". Podem ser afectados "milhares de professores, a começar pelos 15 mil com contratos anuais". O MEC não prestou esclarecimentos."
Correio da Manhã

Abraço!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Alterações ao modelo de gestão das Escolas

Muitas novidades para serem debatidas. Não só as questões ligadas à direção, que têm mais destaque nesta notícia do passado sábado. 

Veja-se também a parte da notícia que refere que os departamentos podem variar de acordo com a realidade das Escolas. O Coordenador passa a ser "eleito".

E sobre os mega-agrupamentos sabe-se pouco, mas são para avançar. As TEIP podem optar por "ficar de fora".


"Ministério quer pôr avaliação dos directores nas mãos da comunidade escolar



A proposta de modelo de gestão das escolas do Ministério da Educação começa hoje a ser apreciada pelos sindicatos e será objecto de negociação durante as próximas semanas.

As alterações que o Governo pretende fazer ao modelo de gestão das escolas estão longe de "devolver a democraticidade" reivindicada pelos sindicalistas, mas também não contribuem para o temido reforço dos poderes dos directores. Se a proposta do Ministério da Educação e Ciência (MEC) for avante, estes precisarão de mais votos para serem eleitos e o seu desempenho passa a ser avaliado pelo Conselho Geral da respectiva escola, onde estão representados professores, funcionários, alunos, pais, município e instituições da comunidade local.

A proposta ontem à noite enviada pelo MEC aos sindicatos diz respeito à revisão do Decreto-Lei 75/2008, o diploma de Maria de Lurdes Rodrigues sobre o regime de autonomia, administração e gestão das escolas que, entre outros aspectos, pôs fim aos conselhos executivos. As sugestões feitas pelo MEC, que serão objecto de negociações com os sindicatos nas próximas semanas, vão no sentido de manter o modelo, mas com a alteração do funcionamento e das competências dos órgãos das escola e do reforço da autonomia. "Não pretendemos fazer uma revolução, mas eliminar constrangimentos detectados, conferir maior autonomia às escolas e garantir taxas mais elevadas de sucesso escolar, prevenindo também o abandono", sublinhou ao PÚBLICO o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova Almeida, na noite de ontem.

Uma das novidades prende-se com as qualificações exigidas aos candidatos a directores que, para além de terem de ser docentes com pelo menos cinco anos de serviço, vão precisar de ter formação específica na área da gestão e administração escolar. Uma condição que, segundo Casanova Almeida, se prende com a necessidade de garantir "a eficácia da gestão" e que está relacionada com outras duas modificações propostas, nesta área.

Com vista "ao reforço da legitimidade do poder do director", que actualmente pode ser eleito com apenas um voto, o MEC propõe a obrigatoriedade de que ele seja eleito com pelo menos um quarto dos votos do Conselho Geral, que é composto por um máximo de 21 elementos. Outra novidade: no momento da avaliação de desempenho, será precisamente perante este mesmo órgão que o director (hoje avaliado pelo respectivo director regional de educação) terá de prestar contas, segundo a proposta que ontem chegou aos sindicatos. Não se prevê alterações à composição do Conselho Geral, que conta com representantes do pessoal docente e não docente (numa percentagem não superior a 50%) e ainda dos alunos, dos pais, do município de empresas e de associações locais. Os critérios de avaliação, "a estabelecer em diploma legal próprio", "serão objectivos", assegura o secretário de Estado.

Para os professores, poderão ser também relevantes duas outras alterações propostas. O número de departamentos curriculares passará a variar, de acordo com a realidade das escolas, que passarão a ter autonomia para o determinar. E os coordenadores desses departamentos, defende o MEC, devem deixar de ser nomeados pelo director, que passará a indicar vários nomes, um dos quais será escolhido pelos docentes. O Governo passa ainda a escrito a já anunciada intenção de prosseguir com a constituição de agrupamentos verticais de escolas e com a sua agregação. Não são definidos critérios quanto ao número de alunos de cada mega-agrupamento, mas fica estabelecido que alguns tipos de escolas - entre as quais as 108 TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária) - só serão agregados se as direcções assim o desejarem."

Abraço!

Se pensam que não acontece na vossa Escola...

...tirem 10 minutos do vosso tempo para "passearem" pelos espaços onde os alunos se reúnem.


Só para relembrar: bullying implica atos repetidos dos mesmos sobre os mesmos, não podemos "meter tudo no mesmo saco". Há muitos atos isolados de violência, até de alunos que "não fazem mal a uma mosca" e um dia manifestam-se com agressividade. Também são para ter em conta, mas não são bullying.

Podem ficar a saber mais nesta mensagem.


"Aluna agredida por colegas acaba no hospital e faz queixa à GNR

Uma estudante de 16 anos da Escola Secundária de Azambuja foi agredida por duas colegas no intervalo das aulas. Os pais apresentaram queixa na GNR e tiveram de pagar cerca de 140 euros pelos cuidados médicos que a filha recebeu.



Na opinião dos pais da jovem, trata-se de um caso de 'bullying' perpetrado pelas colegas de 15 e 18 anos e criticam o estabelecimento de ensino por ter mandado apagar as fotos e os vídeos da cena de violência, filmados por outros alunos com telemóvel.

"Não se trata de bullying, mas antes de uma discussão entre miúdas por causa de conversas de Facebook que acabou numa rixa. A escola abriu um processo de inquérito e um procedimento disciplinar, e nos próximos dias haverá uma decisão", explicou à Agência Lusa, o director da escola da Azambuja, José Manuel Franco, acrescentando que apenas "chamou um aluno ao seu gabinete" para que este apagasse as imagens.

De acordo com o responsável, o castigo a aplicar, caso seja essa a decisão final, pode passar pela "repreensão, pelo trabalho comunitário" ou mesmo pela "suspensão" das alunas envolvidas nos actos de violência ocorridos na tarde de 24 de Janeiro no interior da escola.

Nesse mesmo dia, após ter chegado a casa, a jovem foi levada pelos pais ao Centro de Saúde de Azambuja e encaminhada para o Hospital de Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, onde realizou exames complementares.

"Fez quatro radiografias e foram diagnosticados três hematomas na cabeça. Ao todo, entre centro de saúde e hospital, gastámos cerca de 140 euros com esta situação lamentável e revoltante", disse António Pires à Lusa, enquanto mostrava o recibo de 108 euros relativos só ao "episódio de urgência" tratado pelo hospital como "vítima de agressão".

"Nenhuma jovem adolescente deve ser vítima de tais agressões no meio escolar e com uma plateia como que a pedir a sua cabeça. Em vez de funcionar como reguladora do sentido cívico dos nossos futuros homens e mulheres, a escola prefere dizer que foi uma simples briga entre jovens adolescentes, e manda apagar as imagens para que não haja provas", criticou indignado.

O pai foi com a filha ao posto da GNR de Azambuja no dia 30 de Janeiro apresentar queixa contra as duas jovens por "agressões físicas" .

"Disseram-nos que a queixa seguirá para o Núcleo da Escola Segura que encaminhará para o Ministério Público. Não vamos desistir e queremos levar isto até às últimas consequências. Se for preciso iremos para tribunal, pois uma das agressoras já tem 18 anos", assegurou António Pires.

A Escola Secundária de Azambuja é frequentada por mais de 600 alunos do 7º ao 12 º anos."
Jornal de Notícias



Abraço!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Alunos culpam professores pelas notas baixas

A moda pode chegar cá a Portugal.

Falando nisto recordo-me de umas determinadas pessoas que se assumiam como Professores mas que pouco ou nada sabiam da arte do ensino/aprendizagem. Realmente dá vontade de os processar...


"Alunos culpam professores pelas notas baixas



Na Grã-Bretanha há cada vez mais alunos a apresentar queixa contra o corpo docente dos seus estabelecimentos de ensino quando não conseguem obter a nota que desejam.
Esta tendência, cada vez maior entre as universidades, parece corresponder ao aumento das propinas, em que os alunos entendem que estão efetivamente a comprar um grau académico, e à elevada competitividade no mundo laboral, em que ter uma nota elevada pode ser determinante para obter um bom emprego.
Espera-se que a tendência se agrave no início do próximo ano letivo, quando as propinas das universidades inglesas voltarem a aumentar."

Eis o artigo (The Independent):

"Students blame poor teaching over degrees

Growing numbers of students are lodging official complaints against their universities if they fail to obtain a top-level degree.
More are contacting the universities' official watchdog, blaming the standard of teaching they received for their failure to achieve a first (1:1) or 2:1 degree pass.

The trend, reflecting a mood among some students that rising fees mean they are effectively buying a degree, is expected to spread in the autumn when universities begin charging up to £9,000 a year.

However, Universities Secretary, David Willetts, who revealed the rise in complaints during a lecture to the right-wing think-tank Politeia yesterday, insisted: "They're paying for higher education – they're not paying for a degree. One of the increasing areas of complaints is students saying: 'I've got a 2:2 when I should have got a 2:1 – they've let me down.'"

The students' concern stems from many potential employers no longer looking at candidates who have lower than a 2:1 degree.

Not all disgruntled students will qualify for an official investigation by the Office of the Independent Adjudicator. To do so, they have to satisfy the OIA that they have exhausted the internal appeals procedures of their university.

Mr Willetts rejected a suggestion that the Government should be increasing student numbers at a time of recession."

Ensinar é só uma (pequena) parte


Com uma certa provocação, Camilo Lourenço, pessoa a quem dou algum crédito na área dos "dinheiros", fala de Mário Nogueira, ou melhor, da sua avaliação, e acaba com um " Tudo menos ensinar. Afinal é para isso que os professores servem, não é?" E eu respondo: antes fosse! Quem anda nesta vida sabe o que eu quero dizer...


"A fantástica avaliação de Mário Nogueira

Mário Nogueira tem 31 anos de carreira. Onze deles passou-os a ensinar. O resto foi dedicado a esse extraordinário sindicato (ou será "think tank"?) da Educação que dá pelo nome de Fenprof. Mário Nogueira, efectivo na escola da Pedrulha desde 2006, mediante o regime de "ponderação curricular" (aplicável a docentes destacados em sindicatos e outros organismos e que não leccionam), foi avaliado. Com "Bom". Ao "Correio da Manhã", Nogueira explicou assim o processo: "Fui avaliado com base num relatório de toda a actividade desempenhada na Fenprof, acções de formação que realizei, conferências e congressos em que participei, artigos que escrevi na comunicação social, tudo". Tudo menos ensinar. Afinal é para isso que os professores servem, não é?"
Jornal de Negócios

Abraço!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Financiamento e autonomia para as Escolas


"Relatório europeu alerta para financiamento e recomenda autonomia escolar

O financiamento da educação é o maior desafio em tempos de crise, sublinha um relatório europeu divulgado nesta sexta-feira, segundo o qual a União Europeia gastava cinco por cento do seu Produto Interno Bruto até 2008 com o sector.

Apesar do total da despesa pública com educação se mater estável entre 2001 e 2008 nos 27 países da UE em percentagem do PIB, o custo por estudante aumentou, segundo o relatório “Eurydice”.

A despesa por estudante aumenta também com o nível de educação. Na UE, o custo médio anual por aluno no ensino secundário é mais alto do que na escola básica. A média no ensino superior é quase o dobro do que nos alunos do básico.

O financiamento privado da educação continua marginal.

Tendo em conta que a maioria dos alunos frequenta escolas públicas, a proporção de financiamento privado em muitos países destina-se, em larga medida, à educação pré primária e superior, em que as propinas são pagas pelos estudantes.

Em média, os países da UE destinam 6,4% do seu orçamento total para o sector público acolher alunos em todos os níveis de ensino. Abonos de família e isenções fiscais são métodos amplamente usados de apoio às famílias com crianças em idade escolar.

Na última década, um número crescente de países introduziu diferentes tipos de propinas a pagar pelos estudantes do ensino superior.

Ao mesmo tempo, a prestação de apoios financeiros específicos para determinados alunos tem mitigado os efeitos de sistemas universais para a cobrança de taxas administrativas e de ensino.

Subvenções e empréstimos para estudantes de ensino superior são uma das principais componentes da despesa pública em educação e representam mais de 16,7%.

No relatório é dito que as consequências sociais da crise económica e financeira estão a sentir-se em todos os estados membros.

“Neste contexto, os sistemas de educação e formação têm de ajustar as suas prioridades para assegurar que todos os cidadãos europeus ficam dotados do conhecimento, habilitações e competências necessários e exigidos para o mercado laboral e a vida actual”, escrevem os comissários da Educação, Androulla Vassiliou, e dos Impostos, Algirdas Semeta.

Na maioria dos países, o investimento em educação permaneceu praticamente inalterado na última década, até 2008, antes da crise económica. Em resposta à crise, alguns governos deram passos específicos para garantir que os fundos continuam a assegurar o funcionamento do sistema e salvaguardar as reformas realizadas.

O desenvolvimento profissional dos professores e as lideranças escolares são a chave para o sucesso dos alunos”, lê-se no relatório, no qual se defende maiores níveis de autonomia para os estabelecimentos de ensino.

Apesar de uma tentativa generalizada para aumentar a autonomia das escolas na Europa, ainda há diferenças significativas entre países, notam os autores do relatório.

Enquanto um terço dos países concede um elevado grau de autonomia às escolas para gerir recursos humanos e financeiros, num pequeno grupo de países -- Alemanha, Grécia, França (ensino básico), Chipre, Luxemburgo (básico), Malta e Turquia -, as escolas estão “muito limitadas ou sem liberdade nesta área”.

Em 2009, quase 90% dos europeus com 17 anos estava a estudar."

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Progressões regularizadas

O cerco aperta-se. No tribunal as decisões favoráveis no caso das compensações por caducidade dos contratos. Agora a Provedoria e o DGAEP reconhecem o direito às progressões de colegas do quadro que foram "barrados" indevidamente.

Tanto quiseram poupar que até nos roubaram. Haja esperança: vamos receber o que temos direito!



"Progressões de professores anteriores a Janeiro de 2011 serão regularizadas com direito a retroactivos

As escolas vão ter de regularizar as progressões na carreira de docentes, anteriores a 1 de Janeiro de 2011, pagando os respectivos retroactivos, depois do Provedor de Justiça ter feito uma sugestão nesse sentido, anunciou a Fenprof.

De acordo com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), “a Direcção-geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) tinha informado os diversos serviços, incluindo as escolas, que não era legalmente possível realizar progressões e alterações de posicionamento remuneratório, após 1 de Janeiro de 2011, ainda que ocorridos em momento anterior àquela data”.

Depois de ter recebido algumas reclamações, a questão mereceu uma sugestão por parte da Provedoria de Justiça, apontando que “a progressão é, a par da promoção, uma forma de evolução profissional e configura, no caso da carreira docente, um verdadeiro direito dos trabalhadores”.

“Assim, e ainda que se sustente que o legislador utilizou aqui a expressão promoções em sentido estrito, pode defender-se, por identidade de razão, que nos casos em que o direito do trabalhador à progressão ou à alteração do posicionamento remuneratório se constituiu por força da lei em momento anterior a 01/01/2011 e que não foram concretizadas por qualquer razão que não lhe seja imputável, possam sê-lo ainda hoje”, defendeu a Provedoria de Justiça.

A Provedoria diz também que “não se pode ignorar que algumas das promoções que são garantidas pela lei importarão sempre, segundo o regime que as regula, um acréscimo remuneratório para o trabalhador”.

Acrescenta ainda, no documento enviado à DGAEP, que “o que está em causa nas situações de promoção expressamente acolhidas é a supressão de uma omissão administrativa, mediante a reconstituição da situação jurídico-funcional em que os trabalhadores se encontrariam se a Administração tivesse actuado como estava adstrita e no tempo devido”.

"Em resposta, a DGAEP diz que, tendo em conta os argumentos apresentados pela Provedoria de Justiça, “aderem às respectivas conclusões no que toca àqueles casos em que a alteração de posição remuneratória era obrigatória à data da entrada em vigor do Orçamento de Estado para 2011”.

A DGAEP admite mesmo que os impedimentos para a progressão na carreira tiveram que ver com “erro ou inércia da Administração”.

Da parte do Ministério da Educação e Ciência (MEC), o trabalho agora é de “analisar caso a caso a situação destes professores e tomar as diligências necessárias para regularizar esta questão, tendo em conta a legislação aplicável e o parecer da DGAEP”.

A Fenprof acrescenta ainda que a DGAEP “emitiu nova orientação” e que o Gabinete de Gestão Financeira do MEC “já assumiu junto das escolas”.

“Assim, as escolas terão de pagar aos docentes os retroactivos que lhes são devidos e enquadrá-los no escalão respectivo, resolvendo um problema que se arrastou por mais de um ano”, conclui a plataforma sindical.

O responsável da Fenprof, disse à agência Lusa que o assunto é complexo e que “até os professores têm dificuldade em perceber se são abrangidos ou não”, devido às alterações nas carreiras ocorridas nos últimos anos.

“O MEC tinha obrigação de informar as escolas todas desta decisão porque é lá que estão os processos individuais dos professores. Apelamos aos professores todos que, reuniram até 31 de Dezembro de 2010 os requisitos para a mudança na carreira e que não o puderam fazer, que contactem os sindicatos para que possamos fazer a contagem de serviço”, disse Mário Nogueira.

Apesar de desconhecer o número de professores beneficiados, Mário Nogueira lembrou que “bastava que a média fosse um por escola ou agrupamento e esta decisão já atinge de 1.200 pessoas”.

A decisão da DGAEP abrange os professores e os restantes funcionários públicos."

Abraço!

35% dos alunos chumba pelo menos um ano

Caros colegas, ajudem o país, poupem uns euros ao estado: passar os alunos é poupar 12% nas verbas para a Educação! Unam-se na poupança! Afinal, que diferença faz reter um aluno? O que é que ele vai aprender de novo? Vale a pena a chatice das papeladas, pedidos aos Encarregados de Educação e outras "voltas" mais? No passar é que está o ganho!!!

Calma, antes que me atirem pedras, deixem-me garantir-vos que não concordo com tal, estou a ironizar.

Mas ainda acrescento que associados às reprovações estão ainda outros custos: "os estudantes que repetem um ano são mais propensos a comportamentos de risco ou de abandono escolar, a repetição aumenta os gastos noutros serviços sociais."


"Estudo da OCDE revela que a taxa de retenção tem um peso de 12% no orçamento escolar.

Em Portugal, um em cada três alunos (35%) chumba pelo menos uma vez até aos 15 anos. Uma taxa de retenção que tem um custo directo para o Estado e que pesa mais de 12% no orçamento das escolas. Segundo o estudo da OCDE "Equidade e Qualidade em Educação - Apoiar estudantes e escolas desfavorecidas", divulgado ontem, Portugal é o sexto país com maior percentagem de retenção de alunos entre os 40 analisados no relatório. Uma posição que coloca o país muito abaixo da média da OCDE, onde apenas 13% de alunos com esta idade chumbam pelo menos uma vez.

Estes são resultados que traduzem um "custo elevadíssimo para as escolas e para o contribuinte português", considera o ex-ministro da Educação, Roberto Carneiro, que acrescenta ainda que é, sobretudo, "um grande ónus pessoal para os jovens atingidos em idade formativa da identidade e da personalidade no sentido de uma baixa auto-estima, perda de confiança e destruição de sonho ou ambição".

O relatório da OCDE revela ainda que "na Bélgica, Holanda, Portugal e Espanha, os custos directos da repetição do ano consomem mais de 8% do gasto anual da educação primária e secundária. Além disso, uma vez que os estudantes que repetem um ano são mais propensos a comportamentos de risco ou de abandono escolar, a repetição aumenta os gastos noutros serviços sociais". "
Expresso

Abraço!

Mas isto é novidade?


"Oposição acusa Governo de rever currículos para despedir professores"


Abraço!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Escolher o bem ou o mal compete a cada um…

"Escolher o bem ou o mal compete a cada um…
Sandra Porto Ferreira | Educare



E para isso precisamos, urgentemente, de pais conscientes que ensinem verdadeiros valores aos seus filhos. Que lhes digam que é nobre dizer a verdade, mesmo que isso não os credencie a receber algum prémio de compensação.


É bastante comum as pessoas justificarem os seus erros, invocando as suas precárias condições de vida.

Dizem que foi o desespero que as levou a tomar atitudes equivocadas ou que as circunstâncias negativas as fizeram agredir o seu semelhante ou as suas propriedades.

Filhos agridem pais porque não lhes deram o que pediram no momento exato...Irmãos que mentem, enganam para ter um "quinhão" maior em heranças, não se importando em que condições ficarão os demais irmãos...

Viktor Frankl, um judeu vienense, que foi prisioneiro dos alemães, durante a Segunda Guerra Mundial, escreveu: "Nós que vivemos em campos de concentração podemos lembrar dos homens que andavam pelos alojamentos confortando os outros, distribuindo os seus últimos pedaços de pão..." Talvez eles tenham sido poucos. Mas são prova suficiente de que tudo pode ser retirado e um homem. Menos uma coisa, a última das liberdades humanas - escolher que atitude tomar em quaisquer circunstâncias, escolher o seu próprio caminho.

Portanto, escolher o bem ou o mal compete a cada um. O que nos falta sim, é uma melhor educação. Mas aquela que tem a ver com a formação do carácter de cada um. E para isso precisamos, urgentemente, de pais conscientes que ensinem verdadeiros valores aos seus filhos. Que lhes digam que é nobre dizer a verdade, mesmo que isso não os credencie a receber algum prémio de compensação.

Pais que tenham coragem de falar aos seus filhos sobre os dias mais tristes das suas vidas. Que tenham a ousadia de contar sobre as suas dificuldades do passado e como as conseguiram ultrapassar. Pais que não desejem dar um mundo aos seus filhos, mas que queiram sim abrir-lhes o livro da vida. Pais presentes que desenvolvam nos seus filhos: a autoestima, a capacidade de trabalhar perdas e frustrações, filtrar estímulos stressantes, dialogar e ouvir.

Pais que tenham tempo, mesmo que o tempo seja curto, que se sentem para conversar com os seus filhos sobre tudo o que os rodeia, descobrindo-lhes desta forma o mundo íntimo. Pais que não se preocupem somente com festas, com roupas, aniversários e com produtos eletrónicos. Mas que também se preocupem em dialogar e refletir.

Pais que sabem que não devem atender a todos os desejos dos seus filhos, pois isso torná-los-á fracos e dependentes. Existem pais que dão algo que "todo o dinheiro do mundo não pode comprar": o seu amor, as suas experiências, as suas lágrimas e o seu tempo.

Um autêntico processo de educação em que o filho aprende que amar é o maior dos tesouros. E não haverá de se tornar infeliz somente porque não tem a roupa griffe, ou não conseguiu viajar ao exterior nas férias.

É bom sempre pensar num bom processo de educação."


Abraço!

Por cá faz-se bem!

Mais uma oportunidade para louvar o que por cá se faz! E bem!

"Alunos da Universidade de Aveiro criam primeira impressora 3D portuguesa 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Educação para o consumo

E porque não também no continente?


"Governo aposta em educação para o consumo

Esta é uma iniciativa promovida pelo Governo dos Açores, através da Direcção Regional da Juventude, com vista a que os jovens envolvidos neste projecto ganhem competências na área do consumo inteligente.

Foi apresentado o projecto “Educação para o Consumo”, na Escola Secundária Domingos Rebelo, em Ponta Delgada, uma iniciativa promovida pelo Governo dos Açores, através da Direcção Regional da Juventude, no âmbito da Educação para a Cidadania.

Este projecto-piloto visa esclarecer conceitos relacionados com o consumo, a utilização de bens e serviços, a publicidade e marketing e, ainda, o orçamento e endividamento, de forma a promover jovens consumidores socialmente responsáveis.

O director regional da Juventude pretende que, desta forma, os jovens envolvidos neste projecto ganhem competências na área do consumo inteligente, defendendo que o hiperconsumismo e o sobre-endividamento obrigam ao uso da “inteligência emocional no acto do consumo”, por parte do consumidor.

Neste sentido, a iniciativa “Educação para o Consumo”, numa primeira fase, irá abranger cerca de 400 alunos de dez escolas do ensino secundário e profissional da ilha de S. Miguel e será materializado na concretização de cinco sessões de esclarecimento a alunos que frequentem o 10º ano de escolaridade.

“Comprar no século XXI”, “Utilizadores de serviços”, “Publicidade e meios de comunicação”, “Jogos, brinquedos e outros” e “Consumidores informados” são os tópicos das sessões.

Entre Julho e Dezembro, na ilha Terceira, realiza-se a iniciativa “Educa-te com a Crise”, que será desenvolvida em parceria com aAJITER-Associação Juvenil da Ilha Terceira. Ambos estes dois projectos são apoiados por fundos comunitários, através do programam europeu Juventude em Acção.

Bruno Pacheco afirmou que o objectivo, a médio prazo, é alargar este projecto inicial “a outras escolas e tentar abranger o maior número de alunos possível, à semelhança do que já se faz com a Educação para o Empreendedorismo”."


Abraço!

Escola como "depósito" de filhos?

O sr. Albino Almeida, presidente da Confederação das Associações de Pais (Confap), explica o seu problema: "Os pais que vão trabalhar nesse dia vão encontrar as escolas encerradas. Se não tiverem onde deixar os filhos, em familiares ou noutras soluções, têm de tirar um dia de férias para não faltar ao trabalho"



O problema é não ter onde deixar os filhos?


E não é costume as Escolas estarem fechadas no dia de Carnaval?



Por seu lado, "Adalmiro da Fonseca, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), desdramatiza, e diz que a decisão do Governo "não vai ter influência nas escolas", até porque "já estava prevista uma interrupção lectiva". "As escolas vão estar abertas, com serviços mínimos, mas não vão servir refeições porque já não era suposto haver aulas nesse dia", acrescentou."
(Excertos retirados do Correio da Manhã)


Afinal qual é o problema???


Abraço!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Plano Tecnológico: "desenrasquem-se!"


"Plano Tecnológico. Estado gastou 14 milhões para prestar assistência que escolas não usam


Docentes consideram o centro de apoio tecnológico lento e burocrático e optam por sobrecarregar o seu horário de trabalho para gerir o parque informático das escolas




Mais de 900 escolas públicas têm tudo o que é tecnologia de ponta – um computador para cada dois alunos, quadros inte-ractivos em cada sala de aula, retroprojectores, banda larga e internet nas salas de aulas. Entre 2008 e 2010, o Estado gastou 400 milhões de euros com o Plano Tecnológico da Educação (PTE). Agora que 75% das escolas portuguesas estão apetrechadas com o equipamento mais avançado da Europa há um problema que se levanta: o anterior governo retirou o tempo lectivo às equipas de professores que faziam a gestão e a manutenção do parque informático. Resta saber quem vai desempenhar essa tarefa nos estabelecimentos do ensino secundário e ainda dos 2.o e 3.o ciclos.

A resposta até poderia ser simples. O governo de José Sócrates pensou nisso e criou o Centro de Apoio Tecnológico às Escolas (CATE), com uma dupla finalidade: assegurar a manutenção do parque informático nos estabelecimentos de ensino e ainda desembaraçar os professores dessa responsabilidade, para que pudessem centrar toda a atenção nas aulas e no ensino.

O projecto custou 14,6 milhões de euros e começou a funcionar este ano lectivo. Só que boa parte das escolas não usa o serviço por o considerar lento e burocrático. Boa parte das escolas tem de depender agora do voluntarismo dos professores para manter as máquinas a funcionar sem falhas nem anomalias. “O CATE para nós não existe. É pouco ágil, implica enviar e reenviar emails, aguardar a resposta e as escolas não podem dar-se ao luxo de esperar esse tempo, porque quase tudo está dependente da rede informática”, explica José Alberto Ramos, director da Secundária Gonçalves Zarco, em Matosinhos. José Nogueira, professor e coordenador do PTE no agrupamento Ibn Mucana, em Cascais, também não fica à espera que lhe resolvam os problemas. De cada vez que surgiu uma anomalia na rede informática ou num computador da escola sede do agrupamento, contactou o CATE. Enviou um email com o relatório da avaria e a informação seguiu o seu percurso interno até ser devolvido ao coordenador do PTE com a indicação de que tudo estaria resolvido. Só que a anomalia persistiu.

José Nogueira repetiu o processo e voltou a fracassar. Prometeram-lhe então assistência presencial, perante algumas condições – depois das 18 horas, quando a escola está fechada, e na presença de um dos professores que integram a equipa. “Ao fim de duas ou três experiências destas desisti de recorrer ao centro e somos nós que fazemos a intervenção quando é possível”, conta.

Recorrer aos professores da escola é a única solução, até porque – esclarece a directora do agrupamento, Teresa Lopes – a escola não se compadece com as “listas de espera” do CATE, pois todos os serviços dependem da rede informática: “Estas questões têm de ser tratadas com urgência e com eficácia, daí necessitarmos de assistência disponível no momento e no local.”

SERVIÇO DUPLICADO. Há escolas que continuam a manter contratos de manutenção com outras empresas, apesar de o CATE ter sido criado para suprir essa necessidade. É o caso dos agrupamentos da Apelação (Loures) ou de São Julião da Barra, em Oeiras. O modelo de gestão do parque informático é semelhante nas duas escolas-sede. As anomalias “mais complicadas” são resolvidas com recurso a uma empresa e a manutenção do equipamento é feita por professores com experiência na área: “O tempo lectivo que os docentes têm para essa tarefa é mínimo, logo é por voluntarismo que asseguram esse serviço”, conta Félix Bolaños, director das escolas da Apelação.

Na Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa, ou na Secundária Severim de Faria, em Évora, o esquema repete-se. Direcção e professores reorganizaram-se internamente para não terem de depender do CATE. Por enquanto a solução funciona, embora seja difícil perceber porque é que o Estado gastou 14 milhões de euros para criar um serviço que boa parte das escolas não usam e nem sequer cumprem o objectivo de aliviar a carga horária dos professores, que têm agora de trabalhar horas extra e não remuneradas para manter o PTE.

“É bonito ter as escolas com computadores, internet, videovigilância e outras tecnologias, mas, se não é possível assegurar a sua manutenção, seria preferível ter menos”, censura Carlos Percheiro, da Secundária Severim de Faria.

O director da escola de Évora está convencido de que o único caminho para garantir o bom funcionamento do parque informático escolar passa por a tutela pôr técnicos a trabalhar “três ou quatro horas semanais” em cada escola com flexibilidade para responder prontamente aos casos de emergência com que os estabelecimentos de ensino se deparam frequentemente: “Os professores não devem ser missionários. Não se pode despejar tudo em cima deles, esperando que resolvam tudo à custa do seu voluntarismo. Caso contrário, vamos estar muito mal a curto prazo.”
Jornal i

Abraço!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Um gasto desnecessário

Pagar para ver pornografia? Há tantos que o fariam de graça...

"Universidade paga 30 euros a alunos para ver pornografia"

A estudantada, sempre a cravar dinheiro aos velhotes, tem aqui um meio de subsistência.

Abraço!

Rádio fármaco produzido pela UC

É melhor do que os da concorrência espanhola e mais barato. É produzido pela Universidade de Coimbra.

Por cá há muita coisa que se faz bem feita!

"Medicamento para diagnóstico do cancro apresentado na Universidade de Coimbra

Este rádio fármaco já está a ser fornecido aos centros privados existentes em Lisboa e Porto. Poderá evitar o gasto anual de cinco milhões de euros na sua importação de Espanha.

A Universidade de Coimbra (UC) apresenta hoje um medicamento para o diagnóstico do cancro que poderá evitar o gasto anual de cinco milhões de euros na sua importação de Espanha.

O primeiro rádio fármaco produzido por uma universidade portuguesa chega também ao mercado a cerca de metade do custo atual.

O denominado FDG (Fluodesoxiglucose[18f]), usado nos exames PET (Tomografia por Emissão de Positrões) para o diagnóstico de doenças oncológicas, já está a ser fornecido pelo Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da UC aos centro privados existentes em Portugal, em Lisboa e Porto, e a expectativa é que as unidades públicas o venham a comprar também, em breve, logo que cessem os contratos de importação com Espanha.

Além de tornar desnecessário o recurso à importação, e de fazer baixar os custos para os serviços de saúde, "há ganhos de eficiência" porque a molécula "tem uma atividade que decai a partir de duas horas após a sua produção", na sua componente radioativa, o que pode obrigar a utilizar mais do que uma dose para conseguir o mesmo efeito, explicou à lusa o investigador Antero Abrunhosa.

A sessão de lançamento formal no mercado realiza-se hoje com a presença dos ministros da Saúde, Paulo Macedo, e da Educação e Ciência, Nuno Crato, acompanhados pelo secretário de Estado do Ensino Superior, João Queiró."
Expresso

Abraço!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Profissão de risco

Esta nossa vida de professor tem-se complicado de ano para ano. São os congelamentos, os cortes, o aumento do número de alunos por turma, a falta de condições para exercícios das nossas funções, o desinteresse dos alunos e das suas famílias na Educação, enfim, uma longa lista que nos deixa  a pensar por que motivo ainda não abandonamos a profissão.

Já nem se pode ir almoçar descansado, pois no regresso podemos ter uma "espera", talvez por termos apenas cumprido com as nossas tarefas...

Não conheço o caso a fundo, não sei quais foram os motivos da marcação da falta, não sei como agiu o colega, mas seria mesmo necessário um 3 contra 1, desequilibrado, cobarde?

Será que o colega vai ter a coragem de manter a queixa e levar a sua intenção até ao fim? Não o condeno se desistir, mas espero que não, que seja um exemplo.

Já que nos cortam de todos os lados, posso sugerir um subsídio de risco? Ou uma estatuto que nos reconheça como profissionais de desgaste rápido?


"Ministério Público investiga agressão a professor que expulsou aluna da sala

A agressão ao professor de matemática dos Carvalhos, por alegados familiares da aluna que expulsou de uma aula, vai ser investigada pelo Ministério Público de Vila Nova de Gaia.

A informação foi prestada nesta quinta-feira à Lusa pela Procuradoria Geral da República.

O docente de 63 anos já apresentara queixa por agressão na PSP e encontra-se com baixa psiquiátrica, depois de ter sido esmurrado e pontapeado, na terça-feira de tarde, frente à Escola Padre António Luís Moreira, nos Carvalhos, concelho de Gaia.

A aluna do 5º ano foi expulsa da sala ao fim da manhã, por o professor considerar que estava a perturbar a aula e a agressão ocorreu ao início da tarde quando o docente regressava ao estabelecimento após o intervalo para ao almoço.

Após a agressão, a aluna abandonou a escola numa viatura com os três homens que terão espancado o professor, segundo testemunhas.

O docente foi transportado para o Hospital de Gaia, onde foi tratado aos ferimentos que apresentava no rosto, e teve alta médica por volta das 18h do mesmo dia."

Abraço!

Verbas para a Compensação por caducidade de contrato

Acrescento à notícia de ontem uma parte de outra onde se leem mais uns esclarecimentos:

"A FENPROF já se comprometeu a apoiar todos docentes no pedido de extensão de efeitos do pagamento de "compensação por caducidade", lembrando que “as cinco sentenças já proferidas são apenas algumas das que os Sindicatos da FENPROF interpuseram e referem-se ainda ao ano letivo 2009/2010” e que, “se considerarmos as que, desse ano, aguardam decisão e ainda as muitas que já foram e continuam a ser interpostas relativamente ao direito vencido no ano escolar de 2010/2011, são já centenas os processos que aguardam sentença e que, provavelmente, destacarão ainda mais a ilegalidade em que tem incorrido a tutela, quer a equipa ministerial anterior, quer a atual”.


Há esperança, sustentada em decisões legais positivas. Mas há sempre as manobras possíveis dos que não querem pagar... 

E, se pagarem, podem sempre ir buscar dinheiro que iria ser mal gasto:

"O Ministério da Educação espera poupar 64,5 milhões de euros com a reavaliação dos projectos aprovados para as 69 escolas que a empresa pública Parque Escolar ainda tem em obras."

Abraço!