segunda-feira, 30 de abril de 2012

Sexualidade

Concluí recentemente uma formação nesta área que considero ter sido bastante proveitosa.

Embora não seja do agrado de todos, ela está aí e é para ficar. Convém estarmos preparados.

Já há muitos materiais, livros, vídeos e afins que nos dão uma grande ajuda mesmo que não consigamos formação adequada. (Querem materiais? Mandem-me um mail que eu partilho).

"Ponte da Barca: 'Educação para a sexualidade'


A educação para a sexualidade não pode reduzir-se à componente científica da saúde e da fisiologia, mas deve apresentar a informação enquadrada em valores e perspetivada numa visão humanista. Este é o grande desafio da escola, que tem a responsabilidade de fazer o contradiscurso e de propor um caminho alternativo ao atual ambiente reinante de pornografia, sempre redutor e degradante para a pessoa.
A afirmação é do Doutor Carlos Gomes e foi proferida na Escola Básica e Secundária Diogo Bernardes, em Ponte da Barca, no decorrer de um colóquio subordinado ao tema “Educação para a Sexualidade em contexto escolar”.
Falando para professores que concluíam um curso de formação no âmbito do Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar (PRESSE), o docente da Universidade do Minho sublinhou que, na nossa sociedade, a única arma que temos é a da educação para a responsabilidade, apresentando à população escolar, com clareza e frontalidade, as “armadilhas da liberdade” e os riscos que um conjunto de comportamentos sexuais pode acarretar nas mais diversas dimensões.
Ao professor não compete formular juízos de valor. Cabe-lhe, isso sim - esclareceu -, mostrar as consequências, apresentar as várias perspetivas, explicar as razões, alargar horizontes, provocar os espíritos, propor valores, dialogar, proporcionar ferramentas que ajudem os jovens a saber ler a vida e interpretar as situações com que se vão confrontar no seu dia-a-dia.
Um docente que tem esta abordagem com os alunos, conversando com eles sobre as “armadilhas da liberdade” no campo da sexualidade, presta-lhes um grande serviço e um apoio inestimável na construção dos seus projetos de vida, destacou o professor universitário.
Num registo muito próximo, coloquial e de enorme interligação com as vivências da atual população escolar, Carlos Gomes realçou, ainda, a importância de se estabilizar um conjunto de orientações consensuais no quadro de uma sociedade humanista, democrática, universalista, de tal forma que um determinado programa seja desenvolvido no seu máximo potencial e não fique sujeito às instabilidades dos ciclos políticos.
Recorde-se que o PRESSE é um programa da responsabilidade da Administração Regional de Saúde Norte em parceria com a Direção Regional de Educação do Norte, com o objetivo de promover a Educação Sexual em Saúde Escolar. Tem como população-alvo professores e alunos, e envolve também pais, encarregados de educação, pessoal não docente e restante comunidade."
Correio do Minho

Abraço!

Desemprego Docente

Calma, apliquem o "filtro de conversa de sindicato" e só depois é que podem ler a notícia.
 
Não estou a afirmar que "não estamos mais desempregados", disso não há dúvida. Mas estas contas são feitas com que dados? Enquanto não sei, vou manter o "filtro" bem ligado...

"Fenprof diz que desemprego subiu 137% entre professores

A Fenprof diz que o aumento do desemprego de professores atingiu em março 137%. Contra a revisão curricular e outras medidas que consideram estar na causa deste aumento, o sindicato marcou concentrações para os dias 3 e 4.

"Este problema gravíssimo que resulta das políticas de devastação e destruição que o atual governo está a desenvolver, no que aos professores respeita, iniciou-se há vários anos. Os dados relativos ao biénio 2009/2011 provam isso tendo, nesse período, aumentado em 225% o desemprego docente", refere a Fenprof num comunicado.

O sindicato afirma ainda que a situação vai agravar-se até ao final do ano. "O governo, através do Ministério da Educação (MEC), impõe medidas que em setembro se traduzirão num aumento ainda maior de desempregados, a par de milhares de docentes com "horário-zero" nas escolas".

"Entre outras medidas (mega-agrupamentos, aumento dos alunos por turma...), destaca-se uma revisão da estrutura curricular que elimina disciplinas, atrofia o ensino experimental e extingue as designadas áreas curriculares não disciplinares, tudo com o intuito de reduzir 102 milhões de euros, através da redução de milhares de postos de trabalho", acrescenta o documento."
DN

Abraço!

Quem não paga as propinas...

...arrisca-se a "ser alvo de penhoras ou, em último caso, ver cancelados os actos curriculares relativos a esses anos lectivos."

"Dezenas de recém-licenciados podem ver os seus graus anulados por causa da existência de propinas em atraso."

...

"Nas três instituições que disponibilizaram os valores em dívida, a verba chega aos 3,6 milhões de euros. Na Universidade do Minho, Universidade Nova de Lisboa e Universidade de Coimbra há mais de 4500 antigos alunos em incumprimento. As universidades estão a cobrar uma taxa de juro de mora, aplicável às dívidas ao Estado, e cujo actual quadro legal fica em 1% ao mês, até um máximo de 7%. A Associação Académica de Coimbra defendeu um perdão de juros, mas a reitoria da universidade mais antiga do país recusa essa possibilidade."

Abraço!

A importância de uma Escola

Muitos e perde quando se perde uma Escola...




"Junta demite-se se perder escola

O presidente da Junta de Tropeço anunciou hoje que o seu executivo se demite em bloco se a Câmara de Arouca retirar dessa freguesia a sua única escola, decisão que o município admite, mas cuja responsabilidade atribui ao Governo."

Abraço!

Quem ousa não concordar?


"Portugal precisa de educação de adultos "de vistas largas", Novas Oportunidades não chegam"
Licínio Lima

Abraço!

domingo, 29 de abril de 2012

Rigor nas contas públicas


Sem comentários...

Abraço!

Ensinar a ler e escrever: Novo método.


Nesta área tão sensível todos os métodos são poucos...


"Descoberto método para ajudar alunos a ler e escrever





Uma investigadora do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) descobriu algumas fórmulas simples que, ao serem usadas na sala de aula, podem ajudar os alunos com mais dificuldades a aprender a ler e escrever.


A docente universitária Ana Cristina Silva coordenou três investigações com alunos, com dificuldades económico-sociais, que frequentavam o primeiro, segundo e quarto anos de escolaridade.

"A aprendizagem é um processo complexo e temos muitas crianças que enfrentam o insucesso escolar logo no primeiro ciclo. Não nos podemos esquecer que existem crianças que não são acompanhadas em casa pela família e que vão ficando para trás. No entanto, desenvolvemos três estudos de intervenção cientificamente fundamentados que podem prevenir as dificuldades de aprendizagem que vão surgindo", contou à Lusa a professora.

Uma das investigações centrou-se num grupo de meninos, sinalizados como tendo falhas na aprendizagem, a quem foi pedido que descobrissem sozinhos algumas regras ortográficas através da apresentação de grupos de palavras.

Por princípio, num sistema de escrita de base alfabética cada letra deveria representar um som. No entanto, no português, essa regularidade encontra-se poucas vezes. Por exemplo, as letras "m" e do "n" podem ler-se da mesma maneira (como em "campo" e "canto") e para quem está a aprender esta pode ser uma regra difícil de perceber.

Os investigadores davam às crianças grupos de palavras e pediam-lhes que descobrissem as parecenças. No final, quando comparado o grupo a quem era exigido que descobrissem as regras com o grupo a quem simplesmente eram ensinadas as normas, percebeu-se que os primeiros estavam mais aptos a escrever e "davam muito menos erros", revelou Ana Cristina Silva.

Com os alunos do quarto ano, a equipa de investigadores de ISPA tentou perceber se havia alguma forma de conseguir com um método simples que eles conseguissem melhorar a escrita, nomeadamente as suas composições.

Assim, a um dos grupos foi entregue várias grelhas com regras que as crianças tinham que seguir quando realizavam os trabalhos enquanto um outro grupo mantinha o ensino normal. No final, Ana Cristina Silva diz que os meninos que tinham o apoio das grelhas escreviam muito melhor e conseguiam, durante a revisão do trabalho, corrigir algumas das suas próprias falhas.

"Estes são métodos de ensino sem custos para as escolas e que iriam permitir que as crianças com mais dificuldade conseguissem ter melhores resultados, mas a verdade é que não são aplicados nas escolas", lamentou a doutorada em Psicologia da Educação.

A docente universitária criticou ainda alguns projetos do Ministério da Educação, como o aumento de alunos por sala de aula, que considera perigoso, uma vez que poderá agravar a qualidade do ensino dos meninos com mais dificuldades, já que "os professores passam a ter ainda mais dificuldade de os conseguir acompanhar".

Os projetos da investigadora são apresentados hoje no ISPA durante a conferência "É possível aprender a ler e a escrever com sucesso"."

DN

Abraço!

sábado, 28 de abril de 2012

Salvação da Escola

Um texto "afiado" mas que pode ter alguma verdade sobre o financiamento das Escolas no futuro...

"Escola lugar de publicidade e felicidade

José A. Quaresma (Expresso)

A salvação do ensino está no marketing. Sem conta, peso e medida, já que estes predicados são do foro interno da escola, nomeadamente nas disciplinas de Matemática e Física.

Há uns dias, um membro da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) alertou para a situação de médicos desta especialidade estarem a atender, nos seus consultórios, cada vez mais crianças que usam óculos sem deles terem necessidade, por recomendação das empresas ópticas que fazem rastreio nas escolas.

O oftalmologista condenou as "técnicas agressivas de marketing" utilizadas por algumas ópticas que entram escolas adentro para fazerem testes aos alunos. Até há pouco julgava que só o professor tinha competência para fazer testes na escola. Os tempos mudam e ainda bem.

A SPO não está a ver a situação. Se uma clarividente direcção da escola acha que um técnico de optometria ou um oculista estão habilitados para descobrir, num aluno, astigmatismo, miopia, estrabismo, e pô-lo a usar cangalhas para ver o que antes não via, e passar a ver pior, só revela antevisão e boa visão do problema.

Toda a acuidade visual é pouca para combater os elevados níveis de iliteracia na escola e na sociedade. Neste sentido, as preocupações das ópticas são justas. E as direcções das escolas, que permitem a sua acção, visionárias. Se a escola não consegue graduar de forma conveniente os alunos, venha quem saiba graduar-lhes a vista.

Vejo sempre, com bons olhos, a inovação a penetrar na escola. Se os alunos vêem o professor desfocado, permita-se o enfoque no aparelho optométrico. Se os alunos não vêem o docente a três dimensões, nem em dimensão alguma, prescrevam-se óculos 3D.

É importante alargar o conceito a outras perturbações do desenvolvimento discente. Se um aluno ouve mal, ou não consegue mesmo ouvir o que o professor diz, convoque-se para competente rastreio qualquer empresa de audiometria. Se um aluno dá gritos lancinantes na aula, se desata na galhofa alarve e estridente, chame-se o fabricante de Halls mentholyptus, ou o Dr. Bayard, empresas que no marketing, contemporâneo ou arcaico, da garganta têm provas dadas. Se o aluno se mexe muito, não consegue estar quieto, chamem-se ervanárias, farmácias, o professor Bambo, tarólogos, bruxos, quiromantes, a santa da Ladeira, gente qualificada que a há e muita no país para resolver os casos bicudos do sistema educativo.

A salvação do ensino está no marketing. Sem conta, peso e medida, já que estes predicados é do foro interno da praxis docente e da escola, nomeadamente das disciplinas de Matemática e Física.

Ouse-se colocar painéis publicitários em todas as salas de aula, no refeitório, na biblioteca, no pavilhão de Educação Física. Espalhem-se ecrãs multimédia por todo lado, nomeadamente pelas casas de banho onde qualquer aluno está muito desacompanhado.

Invista-se em marketing e publicidade. É a melhor forma de financiar o ensino que, como sabemos, é altamente deficitário. E de resolver o crónico défice cognitivo e comportamental de quem por lá anda.

E, sobretudo, permita-se arrecadar uns milhões de euros para a Parque Escolar acabar o trabalho de renovação das escolas, comprar uns lustres assinados pelo Siza Vieira, pelo Renzo Piano ou pela Aghata Ruiz de la Prada, e fazer de cada escola um lugar de felicidade, perdão, de publicidade, onde docentes, discentes, auxiliares de educação, viverão felizes para sempre. Ou, pelo menos, enquanto durar um spot."

Abraço!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Universidade: menos alunos.

Parece que finalmente "lá de cima" já reconheceram que os alunos estão a abandonar o ensino superior por dificuldades económicas.

Agora surge mais um estudo (daqueles que valem o que valem, uns pegam por uma ponta e dizem que está melhor, outros pegam por outra e dizem que está pior...) que nos põe em 2º lugar no que toca à perda de alunos:

"Portugal foi o segundo país, entre os 47 que compõem a Área Europeia do Ensino Superior (EHEA, na sigla em inglês), que mais estudantes perdeu entre os anos lectivos de 2003/04 e 2008/09."

Abraço!

AO: custa a encaixar...

Dúvidas temos todos (mais hífen, menos hífen, acento aqui e acolá, "c" e "p"...), mas estas são sobre a aplicação do AO:

"Associações de Pais de Lisboa têm dúvidas quanto ao Acordo Ortográfico"

Alguém anda a ganhar muito dinheiro com isto?

Abraço!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Salas sem espaço para 30 alunos


Bonitinhas, moderníssimas, equipadas com tudo e mais alguma coisa, com uns belos mármores e... sem espaço para 30 alunos!


"Salas sem espaço para 30 alunos

Há salas de aula em escolas requalificadas pela Parque Escolar que não estão preparadas para receber turmas de 30 alunos, conforme decisão do Ministério da Educação e Ciência. O problema é ainda maior nas escolas mais antigas e que não sofreram obras de melhoramento. A Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) está preocupada com a decisão do ministro Nuno Crato e espera bom senso da administração."


domingo, 22 de abril de 2012

Escola de segunda oportunidade em risco


"Escola de segunda oportunidade pode fechar em Matosinhos

Pedro Oliveira Pinto/João Oliveira20 Abr, 2012, 13:44

A escola de segunda oportunidade de Matosinhos corre o risco de fechar as portas antes do final do ano letivo. Em causa está o corte nas ajudas financeiras que a instituição recebia da Câmara Municipal. O encerramento pode ser a única solução para um projeto educativo com resultados positivos no encaminhamento de jovens em risco."

Podem ver o vídeo na notícia aqui.

Abraço!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

E tu? Fazes mesmo de tudo para incentivar os alunos?

Lá nas américas já pagam aos alunos para não faltarem às aulas. Agora cantam também.

Por cá corta-se no orçamento, nas disciplinas, aumenta-se o número de alunos por turma, fazem-se megas...

Podem ver o vídeo aqui.

Abraço!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Exames nacionais

Para nós, profissionais do setor, não chega saber isto. Mas para os outros é uma boa informação:

"Existem várias novidades este ano para a realização dos exames nacionais. Saiba quais em cinco perguntas."

Abraço!

A voz maltratada dos professores

É o nosso principal "instrumento" de transmissão de conhecimentos, mas nem sempre a tratamos como merecia. 

Eu que o diga, que nos primeiros dias de aulas após interrupções letivas lá tenho que a "afinar" para não ficar com as terríveis dores de garganta. Se numa sala já não é fácil, imaginem quando nós da Educação Física damos aulas no exterior ou nos pavilhões com aquela acústica terrível...


"Professores representam 20% do absentismo laboral por problemas nas cordas vocais



Os professores representam cerca de 20% do absentismo laboral por problemas relacionados com a voz, uma situação que resulta essencialmente da falta de formação sobre a correcta utilização das cordas vocais, referiu sábado um especialista, citado pela agência Lusa.

Segundo Manuel Mendes Leal, do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de S. João, esta realidade acarreta “custos muito elevados” para o Serviço Nacional de Saúde e para o sistema de Segurança Social, uma vez que obriga a tratamentos “mais ou menos prolongados” e a baixas médicas.

“Tudo seria bem mais simples e mais barato se a aposta fosse na prevenção dos problemas, mas isso passaria desde logo pela formação dos professores quanto à correcta utilização da voz, já durante o curso”, acrescentou aquela especialista à Lusa.

Sublinhou que nos grupos "não profissionais da voz" o absentismo laboral por problemas com as cordas vocais não ultrapassa os 4%.

O problema mais recorrente da má utilização da voz é o surgimento de nódulos nas cordas vocais.

O tratamento passa por sessões de terapia da fala, sendo normalmente necessárias “entre sete a nove”, durante três ou quatro semanas.

No entanto, sublinhou, há casos que demoram muito mais a resolver, como o de uma professora que só ao fim de quatro meses é que começou a recuperar parte da fala.

“O problema é que os professores e outros profissionais têm uma noção irrealista da voz, pensam que ela aguenta tudo, e depois acontecem casos muito complicados”, alertou.

Como conselhos básicos, Mendes Leal “receita” higiene oral, hidratação, aquecimento, atenção às infecções do nariz e cuidado com o tabaco, vincando ainda a importância de uma adequada postura corporal, de forma a que a voz seja projectada o mais longe possível com o mínimo de esforço.

“Mas essencial mesmo é os professores saberem como funciona a voz”, disse ainda, aconselhando também os docentes a não abusarem do “estoicismo” que faz com que sublevem sintomas como constipações ou inflamações”.

“Os professores devem lembrar-se de que, para eles, a voz é tão importante como os instrumentos o são para os músicos”, afirmou.

Manuel Mendes Leal é um dos convidados do seminário sobre “A Saúde dos Professores – Que Respostas?”, que decorre em Vila Nova de Famalicão, promovido pelo Sindicato dos Professores da Zona Norte."

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ensino Superior à frente na investigação


São os institutos e universidades que mais empregam os cientistas nacionais. O Estado fica para trás.
...
São mais os investigadores e estão também mais activos, o que confirma o número crescente de publicações científicas, a solo e em co-autoria com instituições de outros países: passámos de 101 artigos publicados em 1981, para 6941 em 2010."

Abraço!

17 cêntimos para fazer 100 Km

Mais um belo motivo para deixar os meus parabéns! Trouxemos o ouro da terra dos "nuestros hermanos":


"Egiurban do IPGuarda faz 100 Kms por 0.30€…

…e vence prova internacional em Madrid

O protótipo do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), que participou (no último fim-de-semana) na Madrid Ecocity, venceu a prova destinada aos veículos “Urban Concept” eléctricos, tanto na categoria “Plug in”, como a na classificação geral dos “Urban concept” eléctricos.

O Egiurban, assim se denomina o veículo do IPG, fez um consumo de 48,41 km/kWh.



De referir que este consumo, tendo como base os preços da energia eléctrica, corresponde a cerca de 30 cêntimos para cada 100 quilómetros. “Se trabalharmos com o horário de vazio da EDP podemos gastar 17 cêntimos para 100 quilómetros”, comentou o Prof. Jorge Gregório um dos responsáveis pela equipa do Egiurban.



“Esta marca foi conseguida em condições muito adversas, devido à natureza do próprio circuito com declives muito acentuados, e piso em muito mau estado e curvas muito apertadas no fundo de descidas, às quais se juntaram as condições atmosféricas com muito períodos de pluviosidade que obrigavam ao encerramento da pista e das sessões de testes”, acrescentou ainda este docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPG.



Em nome do Pplware, os parabéns a toda a equipa do Egiurban que conseguiu ganhar esta prova além fronteiras."

Abraço!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Compensação por caducidade do contrato: outra vitória!

De vitória em vitória aperta-se o cerco.

 Mas será que todos vão ter direito ao que merecem e está estipulado na lei?

O problema é que o estado pode jogar o seu trunfo e argumentar que está em causa a economia do país, como já foi referido noutra mensagem neste blogue. E assim não pagam...

"Tribunais dão razão aos professores contratados que exigem ser indemnizados



É a nona sentença favorável ao pagamento de indemnizações aos professores que estavam contratados e não conseguiram colocações nas escolas em 2010 e 2011.

Foi proferida no passado dia 12 pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra. Na sentença, divulgada hoje pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), aquele tribunal volta a considerar improcedentes as alegações apresentadas pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), que tem defendido que a indemnização por caducidade do contrato a termo certo, prevista no regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas, não se aplica aos professores do ensino básico e secundário.

É a segunda sentença favorável aos professores decidida pelo tribunal de Coimbra, na qual se lembra a propósito que o Estatuto da Carreira Docente determina que o regime de contrato de trabalho previsto neste diploma “é o que consta do Código de Trabalho e respectiva legislação especial”. “Ora, das especificidades do regime de contrato individual de trabalho da Administração Pública, nada se retira no sentido de desobrigar o Estado do pagamento aos servidores da causa pública a compensação que o legislador obriga os empresários privados a pagar aos empregados contratados a prazo, em razão da precariedade do vínculo”, afirma-se na sentença do passado dia 12.

Em Novembro passado, o provedor de Justiça fez uma recomendação formal ao MEC no sentido de que este proceda ao pagamento das indemnizações aos docentes contratados, insistindo que a interpretação da lei feira pelo ministério “subverte a intenção do legislador” e conduz “a uma total desprotecção do trabalhador”.

Segundo o Código de Processo nos Tribunais Administrativos, a partir de cinco sentenças transitadas em julgado relativos a casos idênticos os seus efeitos podem ser estendidos a outras pessoas que se encontrem na mesma situação jurídica. Em resposta a questões do PÚBLICO, o MEC indicou que, nesta matéria, também tem já cinco sentenças favoráveis ao seu entendimento de que não são devidas indemnizações.

“Com a sua prática de desrespeito pela lei, o MEC está a descredibilizar o Estado de Direito Democrático, o que é absolutamente inaceitável, agindo como se nos encontrássemos numa qualquer ditadura de uma “república de bananas”, em que a lei não é para cumprir e de pouco vale o que ela consagra”, denunciou hoje a Fenprof, que vai recorrer agora à Procuradoria-Geral da República e à Assembleia da República "para que, dentro das respectivas competências, sejam tomadas as medidas indispensáveis à resolução desta situação, generalizando-se o pagamento da compensação por caducidade a todos os que a ela têm direito”.

Segundo os sindicatos, são milhares os docentes lesados pela falta de pagamento das indemnizações estipuladas na lei. Estarão em dívida entre 30 a 40 milhões de euros. A Fenprof indicou hoje que, com a sentença do tribunal de Coimbra, os professores nesta situação podem requerer o seu pagamento até Abril de 2013.

Este mês, o Governo apresentou uma proposta com vista a eliminar da lei o pagamento por caducidade do trabalho, que poderá ainda ser revista. A concretizar-se, abrangerá os professores contratados que no próximo ano lectivo deixarão de ter lugar nas escolas, uma perspectiva que, segundo a Fenprof, ameaça 10 mil docentes."

Abraço!

"E esta, hein?"

Pois, alguém já tinha previsto isto, não era difícil, nem era preciso uma bola de cristal ou um Zandinga no seu melhor...

Mas o que interessa é que a Escola tem tudo do bom e do melhor e que os arquitetos, construtores, responsáveis pelos equipamentos aplicados e todos os outros "mamões" meteram o seu ao bolso...

"Uma remodelação de 10,2 milhões de euros dotou a secundária Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha, de sistemas de climatização e equipamentos que a escola não pode usar por falta de verbas para pagar a água e a electricidade."

Abraço!

Mega agrupamentos por decidir?

Mas ainda há algum diretor que não saiba se o seu agrupamento vai ser fundido com outro? Qual é a dúvida que já está decidido que avançam estes "mega monstros da poupança"?

E, já agora, o que é que tem que existir para os "mega" serem disfuncionais? Isso quer dizer que os que já estão decididos são funcionais? 

"Crato diz que mega-agrupamentos não podem ser disfuncionais



O ministro da Educação, Nuno Crato, assegurou hoje que nada está ainda decidido quanto à criação dos mega agrupamentos escolares, excepto não darem origem a disfuncionalidades no processo que visa agrupar escolas de forma mais racional.

Em declarações à Lusa, à margem da inauguração das obras de requalificação da Escola Básica D. Miguel de Almeida, em Abrantes, Nuno Crato disse que as Direcções Regionais de Educação, as autarquias e as escolas estão num processo de discussão, no âmbito do trabalho a ser desenvolvido numa primeira fase, e que vai ser apresentado ao secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar.

“Entre o dia de hoje e o de amanhã vão ser feitas reuniões relativas a todas as situações do país”, notou o ministro, tendo acrescentado que esse processo “é o culminar de um primeiro passo”, que antecede um período de reflexão e de decisão.

“Queremos agrupar escolas para que o processo educativo seja mais racional, para que haja mais contacto entre os diversos níveis de ensino, e para que tudo funcione de forma mais harmónica”, disse o governante, tendo observado que tais objetivos “não podem levar à criação de agrupamentos disfuncionais”.

Nuno Crato afirmou à Lusa nada estar decidido quanto à criação dos denominados mega agrupamentos escolares, tendo assegurado que haverá espaço para “novas discussões com todos os actores envolvidos” no processo."

Abraço!

Mais 10 euros para a revisão de exames

Será para dissuadir? Será para ganhar mais uns euros?

Acredito que muitos peçam revisão por tudo e por nada. Acredito que outros peçam convencidos que têm razão. Outros ainda ouvem dizer que vem sempre mais qualquer coisinha depois de revisto.

Quem acredita e precisa de mais umas decimazinhas vai pedir na mesma (digo eu). Ou outros...


"Rever nota de exame subiu de 15 para 25 euros



Mais dez euros é quanto vai custar aos alunos que realizem exames o pedido de revisão da nota, caso não estejam satisfeitos com a avaliação atribuída.

Segundo o despacho do Gabinete da Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, o pedido de reapreciação das provas aumento de 15 para 25 euros.

Para contestar uma nota, o aluno (quando maior de idade) ou encarregado de educação deve fazer um requerimento, dirigido ao director da escola e entregue, nos dois dias úteis imediatamente após a publicação das classificações, na secretaria da escola onde foram afixados os resultados.

A escola fica encarregue de, nos dois dias úteis seguintes, fornecer as cópias do exame, com as cotações e critérios de classificação. Caso o aluno queira pedir a reapreciação, o aluno deverá pagar 25 euros. Este valor pode ser restituido ao estudante caso a classificação do exame seja superior à inicial."

Abraço!

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pais contra o aumento do número de alunos por turma

Estamos todos (ou quase, há uns políticos a favor...).

Numa altura em que temos alunos desinteressados e pais por vezes mais desinteressados que os filhos, o melhor mesmo é aumentar o número de alunos por turma.

A medida é económica, não há dúvidas!

"Pais contra o aumento do número de alunos por turma



Quer a Confap quer a CNIPE revelam-se contra a decisão do Governo de aumentar de 28 para 30 o número de alunos por turma.

A Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap) desaprovou no domingo, em Vila Real, a medida do Governo de aumentar o número de alunos por turma entre o 5.º e o 12.º anos, dos actuais 28 para 30 estudantes. Também a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) lamenta a decisão governamental.

Reunida em assembleia-geral, a Confap aprovou um documento que será remetido ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ministros da Educação e da Solidariedade e Segurança Social. Segundo o presidente da confederação, Albino Almeira, os pais desaprovam a medida e lamentou a forma como a alteração foi anunciada, sem as associações de pais terem sido ouvidas ou envolvidas no processo. Referiu ainda não entender esta imposição às escolas, numa altura em que se fala precisamente de lhes dar mais autonomia.

Por princípio, a Confap “não associa o número de alunos por turma ao sucesso escolar”, mas considera que a “organização das turmas nas escolas é o segredo de encontrar vias de qualificação do ensino e da aprendizagem”. “Dificilmente os portugueses entenderão que nas cidades em que temos muitos jovens multiculturais, com dialectos e linguagens diferentes, seja possível garantir sucesso educativo com 30 alunos numa turma”, salientou.

A confederação reagiu com preocupação ao facto de nada se ter dito sobre as turmas com alunos com necessidades educativas especiais e que, segundo Albino Almeida, no passado, “levavam à redução de dois alunos por turma e a um máximo de alunos por turma inferior ao valor até agora estabelecido”. Outra preocupação dos pais é a dificuldade de se “encontrar no interior do país 30 alunos para organizar a oferta do ensino recorrente”. “Na prática isto é impedir muitos alunos de estudar à noite”, frisou Albino Almeida.

“Esta forma de conceber a constituição de turmas confirma que os responsáveis pelo Ministério da Educação se debruçam exclusivamente sobre os números e as estatísticas, esquecendo que a escola é feita de pessoas”, refere a CNIPE, em comunicado. Quanto mais crianças e jovens forem agrupados numa sala de aula, maiores serão os estímulos à distracção e à desconcentração e menores as possibilidades de haver um ensino mais individualizado.

O sucesso escolar sustentado é extremamente difícil de conseguir em turmas com mais de 18 alunos, sustenta a CNIPE, defendendo que aumentar o número de alunos por turma é hipotecar o futuro dos educandos e reduzir as possibilidades da escola pública poder contribuir para um salto qualitativo da sociedade.

Escolher a escola

Outra alteração anunciada pelo Governo é a possibilidade dos pais escolherem a escola que os filhos vão frequentar no ensino pré-escolar e no básico (até ao 9.º ano). Contudo, o diploma salvaguarda que, caso o estabelecimento escolhido não seja na área de residência, as despesas que essa opção possa significar ficam por conta do encarregado de educação ou do aluno, desde que a escola da zona onde reside tenha o percurso formativo desejado.

A Confap “lamenta que a liberdade de escolha da escola dependa da capacidade dos pais para pagarem o transporte”."

Abraço!

Matrículas para o pré-escolar e 1º ciclo: Novidades

Como serão ordenados/escolhidos os alunos de fora da área de residência?

Podem ler a notícia da RTP ou ver o vídeo aqui. (Em tempos que já lá vão a RTP permitia incorporar o vídeo da notícia, mas agora não...)

"Começou período de inscrições para alunos do ensino básico e pré-escolar

As matrículas para o pré-escolar e para o ensino básico já começaram, os pais podem escolher as escolas para os filhos, mesmo fora da área de residência, mas estão condicionados ao número de vagas. O Ministério da Educação definiu ainda que a escola tem um conjunto de critérios a respeitar na escolha dos alunos. O local de residência ou do emprego dos pais, haver irmãos já a estudar na escola ou os candidatos terem necessidades educativas especiais. As inscrições podem ser feitas através da internet ou presencialmente até 15 de Junho."

sábado, 14 de abril de 2012

Turmas de "elite" e de "refugo"

Começo por "atiçar" a discussão com este pensamento: "a quem vão ser distribuídas as de refugo?" Na lógica de aproveitar os melhores para fazer as coisas mais difíceis, os professores do quadro e que tiraram "muito bom" ou "excelente", como são melhores, vão conseguir lidar melhor com estas turmas...

Agora, depois de "atiçar", penso noutras questões (mas não esperem, pelo menos para já, pela resposta): esta ideia do separar vai funcionar como um "gueto" onde mais facilmente surgem problemas? Os melhores alunos vão ser mais estimulados e os piores mais desculpados? Os objetivos são iguais para todas as turmas? E como se vai fazer a triagem? Juntar fracos com maus vai ajudar a melhorar os maus ou a piorar os fracos?

"Nuno Crato autoriza escolas a separar bons dos maus alunos» - DN

Turmas selecionadas e mais alunos por cada uma delas. O Ministério da Educação aprovou um novo regulamento de matrículas nas escoals que dá aos diretores o poder de criar turmas selecionadas depois de ouvidos os conselhos pedagógicos. A medida abre a porta à criação de turmas que juntam só bons ou maus alunos. O ministério de Nuno Crato diz que «confia no bom senso dos órgãos de gestão» e admite que quer dar «atenção especial aos alunos com mais dificuldades e aos mais avançados»."

Abraço!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Concursos: aviso de abertura

Já saiu no Diário da República.


Abraço!

Mais alunos por turma no próximo ano

30?  Só? Isso só dá para 5 equipas de Voleibol, ou 6 de Futsal... E se eu quiser fazer 3 equipas de Futebol?

30 numa sala? Pede-se à Parque Escolar para deitar uma parede abaixo e dá-se aulas a 2 turmas de cada vez...

Como recomenda a OCDE, temos que nos centrar mais no aluno. Com trinta, temos mais alunos para nos centrarmos...

Mas sabem que mais? Quem se desenrasca com 28 também se desenrasca com 30. Quem se desenrasca com 30 depois vai-se desenrascar com 32... e de desenrasco em desenrasco levamos com estas medidas. Comemos e calamos, como já há muito fazemos.

Um dia isto vai ser diferente: só temos que nos sentar e esperar. O problema é que vai ser diferente para pior...


"Um despacho do Ministério da Educação e Ciência (MEC), que será publicado nesta sexta-feira em Diário da República, determina que, do 5.º ao 12.º ano, o número máximo de alunos de turma passará a ser de 30 em vez dos 28 actuais. Por outro lado, para a constituição de turmas será necessário um número mínimo de 26 alunos. Até agora eram 24.
Em Agosto passado, o MEC já tinha aumentado de 24 para 26 o número máximo de alunos por turma no 1.º ciclo, tendo então justificado com uma “procura excepcional de matrículas” neste nível de escolaridade. Este novo limite mantém-se.

Conforme já anunciado pelo ministro da Educação, Nuno Crato, o despacho confirma a possibilidade de, no ensino básico, os pais poderem escolher a escola dos seus filhos independentemente de qual seja o seu local de residência, mas as vagas existentes nas escolas continuarão a ser distribuídas como até agora, tendo prioridade os alunos com necessidades educativas especiais, os que têm irmãos matriculados no agrupamento e aqueles cujos pais residam ou trabalhem na área de influência da escola.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) já reagiu: "Os governantes devem estar loucos". Numa nota enviada à comunicação social, a maior federação de sindicatos de professores lembra que esta medida é conhecida depois de a OCDE ter chamado a atenção de novo para os índices "muito elevados" de insucesso dos alunos portugueses.

"Nuno Crato dá assim cumprimento ao seu axioma de que a qualidade das aprendizagens dos alunos é directamente proporcional à grandeza numérica da turma em que se inserem", afirma a Fenprof. Em Janeiro, durante uma audição na comissão parlamentar de Educação, Crato disse que "não está demonstrado que o aumento do número de alunos por turma prejudica a aprenziagem".

"Vitor Gaspar vê assim cumprida a norma orçamental que impõe esta medida", afirma também a Fenprof, que classifica esta medida como um "atentado à qualidade de ensino". "

Abraço!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A culpa deve ser minha...

Recordo-me de uma "brincadeira" de criança em que, quando faziamos qualquer coisa "menos boa" perguntavamos a todos à nossa volta se tinham sido eles. Como ninguém se acusava, chegavamos à conclusão "se não foi ninguém devo ter sido eu"...

"Isabel Alçada nega excessos na Parque Escolar"

"Maria de Lurdes Rodrigues defende que Parque Escolar "é um exemplo de boa prática de gestão""

Abraço!

Concurso de professores por etapas arranca dia 16

É já para a semana...


"O concurso de professores do próximo ano letivo, que terá a particularidade de se realizar por etapas, separando os diferentes tipos de finalidade das candidaturas, arranca já a 16 de Abril, de acordo com informações divulgadas pelos sindicatos de professores após reuniões com a tutela.

Nessa data, deverão começar as inscrições de professores candidatos a um contrato a termo, que em Junho poderão manifestar as suas preferências (escola, horário, etc,). Este ano, por ter sido substituído o antigo modelo, a avaliação dos professores não será considerada para efeitos das listas, onde vai prevalecer a classificação académica e a antiguidade.

Em Maio deverá avançar a candidatura para a mobilidade de professores que pediram destacamento por condições específicas (regra geral a doença própria ou de um familiar), sendo que os contornos específicos dessa candidatura serão ainda definidos pelo Ministério da Educação e Ciência.

Em Junho, também ao abrigo de legislação ainda por publicar, será aberto concurso de mobilidade interna, que abrange professores dos quadros aos quais não tenha sido possível atribuir pelo menos seis horas semanais de carga letiva nas escolas a que pertencem e também aos que pretendam transitoriamente ser transferidos para outra escola.

Estas três etapas decorriam habitualmente em conjunto, com os resultados a serem conhecidos no final de Agosto.

Seguem-se duas outras fases pós-concurso: reservas de recrutamento (até agora chamadas de bolsas de recrutamento) e contratação de escola, sendo que também em relação a estas houve novidades acordadas entre sindicatos e Governo.

O número de professores contratatos tem vindo a descer nos últimos anos letivos, fruto das reorganizações da rede. E este ano a tendência deverá manter-se, não só devido aos fechos e fusões de escolas como na sequência da reorganização curricular do básico e secundário."
DN

Abraço!



Educação pouco centrada no aluno

"Para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) não é claro que os alunos estejam no centro do ensino. Este continua a ser feito com o professor à frente da sala de aula e o aluno pouco envolvido no planeamento e organização das aulas; e a sua avaliação continua a ser sumativa."

Leiam tudo no Público.


Abraço!

terça-feira, 10 de abril de 2012

TPC

Uma coisa é certa: não deviam ser necessários!

Num mundo perfeito os conteúdos das aulas seriam os mesmo importantes. Haveria tempo para se abordar todos e consolidá-los. Não se passaria um aluno que não soubesse o que devia. Todos os alunos estariam empenhados e com vontade de saber. Acreditariam na Escola como meio de os preparar para o futuro e os seus pais também. E, para não estender muito o assunto, fico por aqui.

"Pais e investigadores dividem-se quanto à importância dos TPC



Em Portugal, pais, psicólogos e professores dividem-se: há os defensores dos trabalhos para casa (TPC) e há quem não veja vantagens em obrigar as crianças a fazê-los.

Uns consideram-nos fundamentais para incutir hábitos de trabalho e autonomia no estudo, outros acham-nos excessivos, contraproducentes e até potenciadores de desigualdades entre as crianças na medida em que umas podem beneficiar da ajuda dos pais e outras não.

O debate reacendeu-se com o recente boicote de uma associação de pais franceses aos TPC. Alegam estes pais que são cansativos e, se a criança já aprendeu a matéria na escola, então mais vale ler um livro em casa. Se não aprendeu, não vai ser em casa que o vai fazer. Vai daí declararam uma greve de duas semanas aos deveres para casa. Dias depois uma associação espanhola de pais subscreveu a posição. Os trabalhos para casa estão proibidos em ambos os países para as crianças com idades compreendidas entre os seis e os 11 anos. Apesar disso, os professores franceses e espanhóis continuam a insistir nessa prática.

Para o professor de Psicologia da Universidade do Minho e autor de livros sobre educação, Pedro Sales Rosário, os TPC têm uma função instrutiva e de promoção de autonomia: "As aulas são importantes, ensinar é importante, mas aprender é apropriarmo-nos dos conhecimentos. E essa apropriação é pessoal", sustenta, notando que tal acontece no estudo e nos TPC. E estes são um "termómetro": "Quando um aluno se empenha e não consegue fazer, leva as dúvidas para a aula. Existe um feedback do trabalho do aluno e do professor".

Pedro Santos, com uma filha de sete anos, questiona se ter os pais "à mão" não será "a pior das formas de promover a autonomia". Em casa vê o que a Mafalda sabe ou não fazer e ajuda "com dúvidas simples". "Não creio que caiba aos pais - não me cabe certamente a mim, que não tenho competências pedagógicas para tal - substituir o papel da professora".

Cultura de trabalho

Pedro Sales Rosário concorda que "os pais não têm de ser professores": "Pode explicar-se coisas mínimas, mas é melhor dizer-lhes para perguntar ao professor no dia seguinte do que dar-lhes a solução".

Importante é perceber "por que é que a criança não sabe fazer aqueles trabalhos de casa". "Não apanhou a matéria? Esteve desatento? A pensar em quê? Por que é que não perguntou à professora? É tímido?"

Luís Marinho, coordenador do projecto "Estudar dá Futuro" - iniciativa da associação de pais do Externato de Penafirme que se organizou para apoiar voluntariamente alunos no estudo -, não vê "drama" nos TPC. Pelo contrário: "Se tiverem desde cedo uma cultura de esforço e de trabalho, mais preparados vão estar para enfrentar a realidade".

Marinho considera que as desigualdades no nível cultural e económico das famílias não acabam com o fim dos TPC e não vê razões para "embaraços". "O pai até pode nem saber ler nem escrever, mas sabe se o filho está no Facebook ou com um livro nas mãos. Há um sinal de disciplina que os pais têm de passar", defende este pai, que tem uma filha no ensino básico e outra no 8.º ano.

Também a presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação, Maria José Viseu, entende que os TPC "obrigam as crianças a organizarem-se".

Ritmo de vida

Há porém a questão do tempo que as famílias têm para dedicar a estas tarefas. Pedro Sales Rosário admite que os pais chegam cansados a casa, mas insiste no esforço: "Também posso optar pela comida pré-feita, é mais rápida, estou sem tempo para cozinhar, mas depois os miúdos engordam. Também nos TPC há uma dieta de trabalho para que não tenham problemas depois".

Quem se revê na posição dos pais franceses é Eduardo Sá, professor universitário e psicólogo clínico especializado em psicologia infantil e juvenil: "É um levantamento muito bonito". Em 2005, Eduardo Sá foi um dos promotores do Sindicato das Crianças e uma das iniciativas foi precisamente uma greve aos TPC. Pretendia-se alertar para a importância do tempo para brincar.

Eduardo Sá frisa que "mais escola não é obrigatoriamente melhor escola". "As crianças têm blocos de aulas de 90 minutos, muitas actividades extracurriculares. É penoso chegarem a casa e, entre o banho e o jantar, fazerem TPC. Exaustos, não vão aprender, mas desenvolver um ódio de estimação à escola". O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, Albino Almeida, também questiona: "Se na sala de aula não conseguem consolidar os conhecimentos, se no estudo acompanhado não fazem os TPC, vão fazer em casa?".

Apesar de não ter uma posição "fundamentalista", o coordenador do departamento de Psicologia Educacional do Instituto Superior de Psicologia Aplicada, José Morgado, não simpatiza com os TPC. Sobretudo nas idades mais baixas, "o bom trabalho na escola" devia dispensá-los: "É uma questão de saúde e qualidade de vida", escreve no blogue Atenta Inquietude. Morgado distingue o Trabalho para Casa e o Trabalho em Casa: "O TPC é trabalho da escola feito em casa, o trabalho em casa será o que as crianças podem fazer em casa que, não sendo tarefas de natureza escolar, pode ser um bom contributo para as aprendizagens dos miúdos".

Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, garante que os professores são incentivados a não mandarem todos os TPC "em simultâneo" e a evitarem tarefas que os alunos "não consigam fazer sozinhos e que possam potenciar as desigualdades"."

Abraço!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

E se o MEC segue o exemplo?









E se o MEC segue o exemplo?

"O bastonário da Ordem dos Advogados considera que o elevado número de reprovações nos exames de acesso à advocacia resulta da falta de qualidade dos cursos, já que as universidades, públicas e privadas, organizam as licenciaturas de acordo com “conveniências económicas”."

É só complicar no exame de admissão à carreira docente para acabar com muitos professores...


Abraço!




Todos professores

Parece que vamos ser todos professores... pelo menos no que diz respeito às compensações por caducidade de contrato:


"Contratados a termo certo sem direito a compensação em caso de despedimento


Funcionários públicos vão perder o direito à compensação em caso de despedimento pela entidade empregadora, que deixa de ser obrigada a comunicar atempadamente a sua intenção de despedir.

São duas medidas que dependem uma da outra. Ou seja, se a proposta do Governo avançar para todos os funcionários públicos com contratos a termo certo, o vínculo termina quando for atingido o prazo estipulado com o empregador, que deixa assim de estar obrigado a comunicar com antecedência a intenção de despedir.

A esta novidade junta-se outra; caindo essa comunicação, o trabalhador em causa deixa de ter direito à compensação por despedimento que tinha até ao momento.

Se, pelo contrário, o empregador quiser renovar um destes contratos, a comunicação tem de ser feita por escrito e 30 dias antes da data expirar.

Nesta proposta, que começa a ser discutida esta terça-feira com os sindicatos, também as regras vão mudar para os funcionários públicos com vínculos mais sólidos, ou seja, com contrato a termo incerto.

Para estes, a intenção é baixar o valor da indemnização em caso de despedimento.

Deste modo, os cálculos que têm por base três dias por cada mês de trabalho passam a ter um limite máximo de 20 dias por ano de trabalho."
TSF

Abraço!

Vale tudo?


"Óticas fazem rastreios nas escolas e receitam óculos a crianças que não precisam

Um especialista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia denunciou hoje que os oftalmologistas estão a receber nos consultórios cada vez mais crianças que usam óculos sem necessidade, por recomendação de empresas óticas que fazem rastreios nas escolas."

Abraço!

domingo, 8 de abril de 2012

Outra realidade

Querendo ver o lado positivo penso: "quem me dera ter alunos que enfrentassem comigo um rio com crocodilos para irem para as aulas..." Quem partilha este pensamento comigo?


"Professores moçambicanos têm que atravessar rio com crocodilos para irem dar aulas

A falta de uma ponte, destruída na guerra civil moçambicana, na região de Minas Gerais, distrito de Sussundenga, em Manica, está a condicionar aulas a mais de 700 alunos, que dependem dos professores para atravessar um rio infestado de crocodilos.

Érbio Sixpence, chefe do posto administrativo de Muoha, onde fica Minas Gerais, disse que atualmente os professores são obrigados todas as manhãs (na ida) e tardes (no regresso) a mandar atravessar os seus alunos no rio, altamente frequentado por crocodilos, na sequência de falta de ponte. Se os alunos não passam, não há aulas.

"Os professores atravessam os alunos para evitar ataques de animais (crocodilos) e isso é uma preocupação para a população e governo, por isso é que este ano a ponte foi contemplado pelo fundo de estrada e vai ser construída uma travessia segura de pessoas", explicou à Lusa Érbio Sixpence.

Atualmente os professores atravessam os alunos, um por um, os mais crescidos e segurados pela mão e os mais novos ao colo. No tempo chuvoso, quando o rio atinge alturas maiores e corrente forte, as aulas são paralisadas.

Érbio Sixpence disse que no local nunca foi registado nenhum incidente envolvendo alunos, mas o receio entre os encarregados de educação de mandar os alunos a escola tem crescido, "daí a necessidade urgente de colocar uma travessia" no rio.

A escola primária, a única de Minas Gerais, vai ascender próximo ano a Escola Primária Completa (EPC) e vai passar a lecionar o segundo grau do nível primário, pelo que vai acolher alunos de outras escolas da região de Muoha."
JN

Abraço

Ainda (sempre ainda) o AO

Muita tinta ainda se gasta a escrever sobre o assunto. Será que ainda vamos a tempo de voltar atrás?

"Acordo ortográfico e bocejo...

Com a adopção do novo acordo ortográfico a bagunça está instalada . Na mesma escola e na mesma turma, o mesmo professor, permite a utilização das duas grafias no mesmo teste. E valoriza ou desvaloriza o que bem lhe aprouver, o que se reflecte na avaliação de cada aluno.

A mãe de uma aluna do segundo ano proibiu a filha de aprender a ler a escrever segundo as normas do novo acordo ortográfico. A encarregada de educação, médica de profissão, considera, numa extensa carta ao ministro da Educação, que o novo acordo é baseado em diplomas hierárquica e constitucionalmente incompetentes para revogar decretos-lei vinculativos que impõem a norma ortográfica de 1945.

Já se gastaram rios de tinta na discussão do novo acordo. Não vou entrar nela. Circula por aí, em artigos de opinião, muita divergência assumida, pior ou melhor estribada. A uniformização pretendida, nomeadamente entre as Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, gorou-se.

Um dos mais aguerridos oponentes ao acordo ortográfico, Vasco Graça Moura, já o proibiu no seu Centro Cultural de Belém. Sabemos também que o coleccionador Berardo, também não precisa de acordos para se expressar, com elegância e erudição, na sua língua materna madeirense. Precisa é de euros, e muitos, para continuar a armazenar junto aos Jerónimos a sua arte.

O Brasil, um enorme e apetecível mercado editorial já se marimbou para o acordo ortográfico, assumindo sozinho o seu "Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa". Lá vamos de ter de vender um livrito ou outro numa grafia bizarra acordada. Os leitores irmãos que se amanhem.

Os meios de comunicação social sempre muito abertos à modernidade, na sua grande maioria, adoptaram o novo acordo. Mas não têm outra alternativa senão inserir, nas suas páginas, centenas de textos arcaicos saídos da pena de cronistas empedernidos. E imaginamos a angústia do copydesk (se ainda existir) ante o caracter a causar má impressão.

Os dedinhos, os meus, empurram-me ostensivamente para escrever em obsoleta ortografia. Como nasci depois de 1945, vejo-me constrangido a respeitar, até ver, a voz dos meus egrégios avós. E lá vou escrevendo, bem ou mal, como aprendi com o meu professor Andrade, em cima do estrado, a esconder com o seu corpanzil o crucifixo e os retratos de Thomaz e Salazar pendurados na parede. Aprendi, estes últimos, a não admirá-los. O primeiro, a respeitar, embora a frouxa fé deva soçobrar à primeira leitura da Bíblia, imposta pelo novo testamento do "Priberam". Se o conversor "Lince" não consegue converter muita gente, porque hei-de manter-me converso. E não converso mesmo sobre o acordo.

O que sei, e isto, é outra conversa, é que com a adopção do novo acordo ortográfico a bagunça está instalada nas escolas. Na mesma escola e na mesma turma, o mesmo professor, permite a utilização das duas grafias no mesmo teste. E valoriza ou desvaloriza o que bem lhe aprouver, o que se reflecte na avaliação de cada aluno.

E não é só na disciplina de Língua Portuguesa. Em quase todas as outras disciplinas, a dúvida está firmada e não há autoridade ortopédica que nos valha. Digo ortopédica, e não ortográfica, porque o chamado "pontapé na gramática", que outrora magoava, agora passa a ser mais difícil de diagnosticar.

Não há nada pior para a aprendizagem de um aluno do que escrever certo ou errado, segundo critérios aleatórios, que não foram ponderados na sua aplicação prática, nem testados cientificamente, em devido e longo tempo.

O acordo precisa do acordo dos académicos e de nós utentes da língua que só somos convocados para assentir de bico calado. A carta desta mãe nem sei se vai ser lida por quem deve e muito. Desconfio que infelizmente perdeu muito do seu precioso tempo e deixou um problema linguístico para a filha de sete anos resolver em classe.

Brinquemos pois, em desacordo, ao acordo. Pela minha parte quando acordo, ortográfico, bocejo torto e bem sonoro. Tento resistir a curvar-me perante o endireita... se a coluna, ortográfica, o permitir."

Abraço!

sábado, 7 de abril de 2012

Educação sofre o maior corte desde o 25 de Abril

"O desemprego que já disparou 120% vai marcar o ano dos professores.

O actual ministro da Educação, Nuno Crato, herdou uma pasta que vai sofrer o maior corte de verbas desde o 25 de Abril. Além de ter que cumprir com a meta de 380 milhões de euros de poupança na Educação, imposta pela ‘troika', Nuno Crato vai ter de gerir a Educação e a Ciência portuguesa com menos 600 milhões de euros na fatia orçamental para 2012, cerca de 0,4% do PIB nacional. Um valor que representa um corte de 8% na diminuição da despesa do Estado neste sector, estimada em 7.800 milhões de euros.

Mas nem por isso, o ministro deixa de seguir a máxima: "Fazer mais com menos" e adivinha-se um ano difícil para os professores que vão ter em Setembro um novo modelo de avaliação de desempenho, uma nova revisão de estrutura curricular, com exames nacionais no final de cada ciclo de ensino (4º, 6º e 9º anos) e menos 297 escolas.

Exigências da ‘troika' que já estão em marcha e que vão ter impacto no sector, mas será o número de docentes que ficarão no desemprego a pior previsão da classe. Segundo os números do último relatório do IEFP, o desemprego entre os professores mais do que duplicou, (um aumento de 120%), no ano passado e o ensino foi o sector que mais cresceu no número de inscritos nos centros de emprego. Indicador que comprova o que OE/12 diz: vão ser tomadas medidas conducentes a um "impacto significativo" na redução de recursos humanos da Educação já que a maior fatia de despesas da tutela diz respeito a custos com pessoal, que atinge um valor consolidado de 5.087 milhões de euros (62% da estrutura de despesas).

Uma redução que, segundo a Fenprof, pode conduzir ao desemprego cerca de 20 mil docentes contratados e a passagem à mobilidade de mais dez mil docentes, em Setembro.

"A instabilidade da situação profissional dos professores contratados, que serão os primeiros sacrificados pelos cortes no sector, é o ponto mais negativo do último ano", disse, ao Diário Económico, o professor Paulo Guinote. Além do quadro de desemprego que se desenha entre os professores, Guinote aponta também "a continuação da concentração escolar em agrupamentos cada vez maiores e, a breve prazo, perfeitamente ingovernáveis com uma qualidade de ensino mínima" como sendo outra das medidas mais negativas.

Na área do Ensino Superior, o cenário que se desenhou neste primeiro ano da execução do programa de assistência financeira não é melhor. Além dos cortes de salários e de subsídios, as instituições viram o seu orçamento encolher 8,5% (cerca de 95 milhões de euros) e perderam "a autonomia com a Lei dos Compromissos e do Enquadramento Orçamental que resultam numa perda da capacidade de reorçamentação", aponta o reitor da Universidade Técnica de Lisboa, António Cruz Serra."
Económico


Abraço!

Câmaras nas casas de banho

E se uma Escola quisesse por câmaras de vigilância nas casas de banho? E se a maior parte dos pais concordasse?

É assim numa Escola em São Paulo, no Brasil:


"Uma escola em São Paulo, Brasil, decidiu instalar câmaras de vigilância em várias partes do recinto escolar, incluindo o balneário feminino e masculino.

De acordo com a escola, a medida foi tomada para diminuir a violência dentro do recinto escolar, nomeadamente dentro das casas de banho.A polémica da medida está a dividir opiniões

Algumas mães foram a favor desta medida que visa diminuir os problemas de disciplina e discordam que os filhos possam ficar constrangidos, já que as câmaras instaladas nos balneários apenas mostram os lavatórios.

No entanto, as opiniões não são unanimes. Uma das alunas, por exemplo, alega que a casa de banho devia ser "um espaço onde nos podemos sentir à vontade".

O secretariado da escola afirma que as câmaras não serão retiradas uma vez que os objetivos foram cumpridos - houve uma diminuição da violência na escola."
Visão

Abraço!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Profissão de risco?


Somos maltratados, injuriados, agredidos física e verbalmente. Num momento em que nos tiram quase tudo, nem a nossa dignidade fica?

É certo que a culpa é, em boa parte, nossa, deixamos que fosse atingido este patamar de desrespeito. Mas as campanhas das duas "senhoras" anteriores, principalmente da penúltima, contra a nossa imagem e importância deram um belo empurrão, não acham?

"Mais de mil agressões em escolas do Básico e Secundário, diz Observatório

O Observatório da Segurança em Meio Escolar registou 1120 agressões em escolas do Básico e Secundário no ano letivo 2010/2011."


"Actos contra a honra e o bom nome das pessoas estão a aumentar nas escolas

Por comparação ao ano anterior, em 2010/2011 registou-se também um ligeiro aumento de participações relativas à posse/uso de armas (2% para 2,7%) e de estupefacientes e substâncias psicotrópicas (de 2% para 2,4%). Mantém-se o predomínio dos actos contra a liberdade e integridade física de pessoas, embora com um pequeno decréscimo (de 46,7 para 46,1%), que se deve sobretudo a uma redução de agressões a professores: o número de casos relatados passou de 169 para 140. Já os casos de agressões entre alunos e a funcionários aumentaram de 844 para 874 e de 102 para 107, respectivamente."


"140 professores agredidos no ano passado nas escolas básicas e secundárias

O Observatório de Segurança em Meio Escolar registou, no passado ano letivo, 1.121 agressões em estabelecimentos de ensino básico e secundário, 140 das quais contra professores, número inferior ao ano anterior. "


Abraço!

Professores não podem pedir reforma antecipada?

Deixo-vos dois extratos de notícias que se confrontam. 

Numa diz-se que a medida de impedir reformas antecipadas não se aplica à função pública (embora não seja bem assim, só aos que não descontam para a segurança social). Noutra, Mário Nogueira acusa que esta é uma forma vil de "penalizar" os professores.


Abraço!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Desemprego docente: quadros

Os quadros não vão ser despedidos (digo eu...), mas o que vão fazer se não tiverem serviço letivo? Horários zero só dão prejuízo e a ordem é para poupar...

E não pensem que é só para os colegas de EVT: se estes não derem aulas têm que fazer outra coisa, como ficar com dirções de turma, cargos, etc., que poderiam ser ocupados por outros. Já quando nos cortaram no Desporto Escolar os colegas de outras disciplinas pensaram que só nós desta área é que seriamos afetados e depois...

E não se esqueças dos colegas do 1º ciclo que vão ver mais escolas a encerrar.

São 100 milhões de euros que têm que poupar com despesas de pessoal...

"Professores dos quadros em risco


«O Ministério da Educação e Ciência (MEC) não sabe o que fazer aos professores do quadro que ficarão sem horário graças à revisão curricular». É esta a certeza com que saiu do encontro com o MEC José Alberto Rodrigues, da Associação de Professores de Educação Visual e Tecnológica (APEVT) – uma das áreas curriculares que mais horas vão perder com o novo currículo.

«O Ministério quer ideias para o que fazer com estes docentes», acrescenta José Alberto Rodrigues, que estima que três mil professores de EVT dos quadros deixarão de ter turmas para leccionar, com o fim do par pedagógico (aulas dadas por dois professores) e a passagem de Educação Tecnológica (ET) – que até aqui era obrigatória no 3.º Ciclo – a oferta de escola opcional.

Esta mudança vai, aliás, ter consequências na disciplina de Educação Musical no 3.º Ciclo. «Com a passagem a oferta de escola de ET, é natural que as escolas deixem cair a oferta de Música neste ciclo», comenta Manuela Encarnação da Associação de Professores de Educação Musical (APEM).

Esta associação não tem números sobre quantos docentes dos quadros podem ficar sem horários graças a estas mudanças, mas as contas da Federação Nacional de Professores (Fenprof) apontam para um valor global de cerca de dez mil professores – de várias áreas – que deixam de ter o que fazer nas escolas.

«É trágico para muitos professores que vão perder o emprego», afirma Manuela Encarnação, enquanto José Alberto Rodrigues conta que no Facebook da APEVT se têm acumulado relatos de «indignação e desânimo» de docentes que não sabem o que o futuro lhes reserva.

Contactado pelo SOL, o gabinete do ministro Nuno Crato não avança números de professores que podem ficar sem horários, explicando que «qualquer estimativa só poderá ser feita após a constituição de turmas pelos estabelecimentos de ensino». E também não revela qual a poupança que pode ser alcançada com estas medidas, apesar de ter sido traçado o objectivo orçamental de cortar cerca de 100 milhões de euros em custos com pessoal.

A mesma fonte sublinha que «a revisão da estrutura curricular não põe em causa os lugares dos docentes do quadro» e adianta que, «quanto aos restantes, estão a ser equacionadas alternativas».

Uma das ideias que saiu da reunião, esta quarta-feira, entre a APEVT e o secretário de Estado do Ensino, João Casanova, passa por pôr docentes das áreas de Expressão (como EVT e Música) a dar apoio a actividades do 1.º Ciclo. José Alberto Rodrigues diz, porém, que «não é claro em que moldes vão operacionalizar» esta ideia e que não está sequer definida «uma grelha específica com horas a atribuir».


Estudo na componente não lectiva

Certo é que o anunciado Apoio ao Estudo – que será opcional para os alunos – não dará mais horas de aulas aos docentes do quadro, uma vez que, como avançou ao SOL fonte oficial do MEC, este «deverá ser integrado na componente não lectiva de trabalho dos professores»."
SOL

Abraço!

Desemprego docente

Está mau, muito mau.

Para quem vai sobrar lugares para o novo ano letivo?

"FENPROF diz que desemprego docente «é uma brutalidade»

A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) afirmou hoje que os professores desempregados aumentaram 120 por cento, entre 2010 e 2011, citando dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

«Se tivermos em conta o ano de 2009, então o aumento foi de 225 por cento. Uma brutalidade», diz a FENPROF em comunicado.

A estrutura sindical foi hoje ao Ministério da Educação tentar saber qual o impacto da revisão curricular no desemprego docente a partir de Setembro.

O Governo tem dito que ainda não é possível ter esses dados, mas a FENPROF estima em cerca de 10 mil os professores que ficarão sem trabalho com as alterações ao currículo.

«Não será por mera coincidência que o Governo, através de proposta apresentada pelo Ministério das Finanças, pretende agora eliminar da lei a compensação por caducidade que é devida aos docentes cujos contratos cessam», lê-se no documento.

A FENPROF diz ainda que não obteve resposta do Governo relativamente aos docentes dos quadros, especialmente no Ensino Básico, que fiquem sem horário no próximo ano lectivo."
Diário Digital com Lusa

Abraço!

Contratados: Exame de ingresso na carreira

A ideia já é antiga e está prevista na lei. Agora parece mesmo que avança.

Não há pormenores. Não é para todos os contratados, vai depender de um determinado tempo de serviço que ainda não está estipulado.

Outro pormenor a destacar é a vontade de dar mais autonomia aos agrupamentos para a contratação dos docentes. A intenção é boa: escolher o melhor professor independentemente do tempo de serviço. Mas todos receiam que se abra a porta (que já está aberta nas TEIP e escolas com autonomia) do fator "C".

Mas quero ser otimista: se dão autonomia para contratar podem pedir responsabilidade nos resultados. Se contratarem os familiares e amigos podem não estar a contratar profissionais competentes e depois... E não há assim tantos primos e amigos para encher todas as vagas (digo eu). Quem conseguir comprovar que é bom vai ter mais hipóteses de trabalhar por mérito próprio. E pode ser uma forma de colocar os professores mais perto da sua área de residência. Ficam as esperanças...

"Professores vão fazer exame de ingresso na carreira este ano

Os professores com menos tempo de serviço vão realizar este ano civil uma prova de avaliação que terá influência no concurso de colocação, com vista a seleccionar os melhores docentes, afirmou hoje o ministro da Educação.

Nuno Crato respondia a perguntas dos jornalistas no final de um almoço do American Club, em Lisboa, em que falou das medidas que o Governo português tem estado a desenvolver na área da Educação.

Os moldes em que a prova vai ser aplicada estão ainda a ser discutidos pela equipa de Nuno Crato, que admite, no entanto, dispensar daquele exame “professores com um determinado tempo de serviço”, tal como chegou a ser equacionado pela tutela de Maria de Lurdes Rodrigues.

Durante o discurso que proferiu perante a plateia de convidados, o ministro sublinhou que a peça principal do ensino são os professores e que estes só podem ensinar bem se dominarem o conhecimento das matérias que têm de transmitir.

De acordo com Nuno Crato, não basta aumentar a escolaridade obrigatória e pôr mais dinheiro na educação para melhorar a qualidade do ensino.

Aos jornalistas, Crato afirmou que estão a ser introduzidas algumas mudanças em relação ao recrutamento e à formação inicial de professores.

“Queremos dar, na formação inicial de professores, mais peso aos conteúdos. Ninguém pode ensinar muito bem se não dominar aquilo que vai ensinar. E estamos a introduzir uma prova de acesso à carreira docente, que, aliás, está na lei, mas que vai este ano ser implementada”, indicou.

Os professores do quadro não terão de se submeter a esta avaliação, mas “para entrar na profissão, em termos definitivos, vai haver uma prova de acesso”, garantiu o ministro.

Nuno Crato referiu também a autonomia que progressivamente está a ser dada às escolas e manifestou o desejo de a ver reforçada.

“Estamos a reforçar os contratos de autonomia, têm sido experiências muito positivas”, disse, acrescentando que, havendo ainda concursos nacionais, a equipa que dirige gostaria também que “houvesse uma maior autonomia das escolas na contratação de professores”.

São questões que, segundo o ministro, têm de “ser resolvidas a pouco e pouco”.

Aos participantes no evento, Nuno Crato disse que o Governo está empenhado em reforçar os conhecimentos dos alunos nas matérias essenciais e seleccionar os melhores professores para melhorar a qualidade do ensino.

“A peça essencial que garante a qualidade do ensino chama-se professor. Sem bons professores é muito difícil ter sucesso no sistema de ensino”, afirmou, destacando: “Estamos a dar uma grande atenção à formação inicial de professores, avaliação e selecção. Queremos que os professores que vão ensinar sejam aqueles mais bem preparados”."

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É uma forma de "exportação"

Se virmos bem, é uma forma de exportação. Não mandamos nada para lá, mas eles mandam para cá para nosso ganho.

" Universidade de Massachusetts quer multiplicar número de alunos norte-americanos em Portugal

A Universidade de Massachusetts, Estados Unidos, vai lançar um programa de estudos para multiplicar o número de alunos norte-americanos a estudar em Portugal, usando o país como 'pólo' universitário para o mundo lusófono.

O programa Study Abroad 'UMass Lisbon', hoje publicamente apresentado, será o programa virado para Portugal, envolvendo todas as faculdades de uma grande universidade norte-americana, disse à agência Lusa Michael Baum, presidente do departamento de ciência política da universidade norte-americana.

«Gostávamos de aumentar dramaticamente o número de alunos norte-americanos a escolher Portugal como destino para estudar no estrangeiro. Quando se olhar para o número dos que estudam em Espanha, por exemplo, a diferença é desproporcionalmente baixa para Portugal», afirmou o professor norte-americano, que vai coordenar o programa.

«Esperamos que, tornando Lisboa no nosso pólo, o mundo lusófono se torne mais acessível aos nossos alunos, criando assim elos mais fortes entre as economias dos Estados Unidos, União Europeia, Brasil, Angola, Moçambique e outras economias emergentes em rápido crescimento no mundo lusófono», adiantou.

Com cinco 'campus' e 66 mil alunos, a Universidade de Massachusetts serve um Estado onde vivem muitos portugueses e luso-descendentes, mas também brasileiros e cabo-verdianos.

Baum frisou que, «apesar de todos os horrores da crise da zona euro», Lisboa «continua a ser uma cidade incrivelmente encantadora, com infra-estruturas de primeira».

Em Portugal, a universidade norte-americana terá como parceiro o ISCTE e Baum mostra-se confiante que o programa «vai crescer com o passa-palavra», assim que for atingida uma «massa crítica» de alunos a estudar em Lisboa.

Michael Baum assumiu que o mais difícil é «pôr Portugal no radar dos alunos norte-americanos a considerar estudar no estrangeiro», uma vez que a maioria considera naturalmente outros países anglófonos, Itália ou Espanha.

O programa é também aberto a alunos de outras universidades que queiram participar, por períodos de um verão, um semestre ou um ano lectivo.

A apresentação do programa, nos Arquivos Luso-Americanos Ferreira Mendes, contará com a presença do embaixador de Portugal em Washington, Nuno Brito, e com representantes da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e da TAP.

A FLAD apresenta-se como maior patrocinador da iniciativa, com 75 mil dólares ao longo de três anos, juntamente com a Elisia and Mark Saab Foundation (30 mil dólares em bolsas de estudo).

A TAP vai disponibilizar tarifas especiais Newark-Lisboa aos alunos norte-americanos.

O recrutamento está em curso para o primeiro grupo, de menos de 10 alunos, que chegará a Lisboa para o semestre de Outono.

«Esperamos ver este número crescer nos próximos semestres», adiantou Baum.

Desde 2001, a UMass tem um programa de estudos de verão em Lisboa, que vai continuar até no próximo ano ser integrado no novo programa.

Segundo o Consulado de Portugal em New Bedford, no âmbito da sua visita à Costa Leste, o embaixador em Washington vai ainda encontrar-se com os presidentes da câmara de New Bedford, Taunton e New Bedford, cidades de grande presença luso-americana, e participar no banquete anual da Prince Henry Society"
Sol

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Portugal no "Google Art Project"

Já despertamos interesse...


"O projecto online de acesso a museus de todo o mundo do Google vai ser alargado a 151 novos parceiros de 40 países, incluindo Portugal, com o Museu Colecção Berardo, e obras do pintor português Amadeo de Souza Cardoso."

Podem ver o Museu Coleção Berardo aqui.


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